terça-feira, 22 de agosto de 2017

A PALAVRA HOJE, PALAVRA VIVA. SUBSÍDIO PARA A IV FEIRA DA XX SEMANA DO TEMPO COMUM



Quarta-feira – XX Semana – Tempo Comum – Anos Ímpares 


Houve várias tentativas para estabelecer a monarquia em Israel, mas esta não conseguia impor-se. A corrente antimonárquica era poderosa e fundamentava-se sobre um princípio teológico que lemos em Jz 8, 22-23. Gedeão, convidado a tornar-se rei, responde: «Não reinarei sobre vós, nem eu nem meu filho; o Senhor é que será vosso rei» (8, 23). «O Senhor é que será vosso rei». Temia-se que, interpondo uma figura humana, um rei, entre Javé e o povo, resfriasse a fidelidade de Israel para com Deus. Foi o que efectivamente aconteceu, quando se estabeleceu a monarquia em Israel. O próprio povo sofrerá bastante com muitos dos seus reis. Só o senhorio de Deus garante plena dignidade e satisfaz os desejos de paz e de liberdade do seu povo.

E assim temos uma grande lição de humildade para aqueles que ambicionam o poder para estarem sobre os outros. Ser rei, ser chefe, ser superior, é uma posição de relativa esterilidade, uma vez que “mandar” não é, em si mesma, uma função produtiva. Se não houver quem trabalhe, quem faça o que é preciso, de pouco serve mandar. Mas, por outro lado, são indispensáveis administradores, dirigentes, chefes, superiores, para que os esforços produtivos dos outros contribuam para o bem comum, e não se percam, ou se oponham entre si. A autoridade deve ser um serviço efectivo à comunidade, e não um vão agitar-se sobre os outros. Nenhum grupo humano pode sobreviver sem uma cooperação recíproca, sem uma coordenação da actividade dos seus membros, sem um responsável por esta cooperação e por esta coordenação que tome, nem clima de diálogo, decisões atempadas, em ordem ao bem comum. É próprio do serviço da autoridade coordenar, controlar, decidir, caso contrário, o grupo desagrega-se na anarquia e na desordem.

Evangelho: Mateus, 20, 1-16ª

«Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos dos últimos serão os primeiros», afirmou Jesus (Mt 20, 16ª). A parábola de hoje, esclarece esta afirmação. Esta parábola, contada por Jesus com tanta vivacidade, é um aviso ao povo de Israel, o primeiro a ser chamado, para que se alegre com o surpreendente uso que o Senhor faz da liberdade em relação aos «últimos», os pagãos, os publicanos, os pecadores. Mas é também um aviso a nós, cristãos de hoje, para que nos convertamos aos critérios de Deus. Não são os ricos e poderosos que entram, ou têm precedência no reino de Deus, mas os pobres e fracos. O reino de Deus não se conquista por méritos próprios, mas é um dom gratuito, a acolher com humildade e gratidão
 pelo profeta Isaías, Deus avisara: «Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos – oráculo do Senhor. Tanto quanto os céus estão acima da terra, assim os meus caminhos são mais altos que os vossos, e os meus planos, mais altos que os vossos planos» (Is 55, 8-9). 
Se ao jovem rico era exigido um salto de qualidade, a todos é pedido que se desembaracem da própria justiça, baseada em cálculos exactos, para usufruir da bondade infinita de Deus e da superabundância da sua graça.
Fonte: resumo e adaptação local de um texto de:  :<dehonianos.org/portal/liturgia>

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