sexta-feira, 16 de julho de 2021

Nossa Senhora, flor do Carmelo

 

Hoje queremos dizer como Santa Teresinha do Menino Jesus em seu poema Porque te amo Maria: “Faz-me sentir que não é impossível seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos. O estreito caminho do Céu, tornaste-o visível, praticando sempre as mais humildes virtudes”.

Vatican News

Hoje, 16 de julho, celebramos a Festa de Nossa Senhora do Carmo, solenidade na Ordem Carmelita que desde suas origens cultiva e propaga a devoção à Santíssima Virgem Maria.

O Monte Carmelo na Palestina, lugar que nos remete aos grandes feitos do Profeta Elias narrados no Antigo Testamento, foi o lugar escolhido no final do século XII por um grupo de eremitas que ali se estabeleceu para viver em obséquio de Jesus Cristo, meditando dia e noite na Lei do Senhor. Essa comunidade eremítica deu origem a uma Ordem Religiosa, os Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo. Através do testemunho de alguns peregrinos que passavam pelo local, sabemos que no meio das celas onde os irmãos viviam existia uma capela dedicada à Virgem Maria, que chamavam carinhosamente de “Senhora do Lugar”.

Foi esse amor e intimidade com Nossa Senhora que levou São Simão Stock em 1251 a suplicar a ajuda e a proteção de Maria em um momento de dificuldade. A resposta veio do céu: o Santo Escapulário, que representa o olhar amoroso e atento de uma Mãe que está sempre pronta a nos socorrer. Depois de tantos séculos, o Escapulário do Carmo continua sendo um sinal da providência divina para com aqueles que confiam e se abandonam na Vontade de Deus.

A raiz do nome “carmelo” é jardim, de fato, a Ordem Carmelita é um verdadeiro jardim, com flores dos mais diversos tipos que fizeram brotar sementes de amor e de esperança no seio da Igreja. Tantos homens e mulheres que por meio dessa espiritualidade e desse carisma deixaram um exemplo maravilhoso de como servir a Jesus Cristo. O beato Tito Brandsma, carmelita holandês morto no campo de concentração nazista em Dachau em 1942, dizia que no jardim do Carmelo a mais bela flor é a Virgem Maria. Para ele, Nossa Senhora é como um girassol, levantando-se acima de todas as outras flores, revela seu esplendor e a sua beleza. O girassol ainda carrega uma característica importante, está sempre voltado na direção do sol, como Nossa Senhora que tudo fez sem tirar os olhos do Deus que havia roubado seu coração.

Segundo as Constituições da Ordem do Carmo, os carmelitas encontram em Maria tudo aquilo que esperam e desejam ser, ela é modelo perfeito de escuta da Palavra, silêncio orante, contemplação, serviço e fraternidade. Hoje queremos dizer como Santa Teresinha do Menino Jesus em seu poema Porque te amo Maria: “Faz-me sentir que não é impossível seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos. O estreito caminho do Céu, tornaste-o visível, praticando sempre as mais humildes virtudes”.

Que a Virgem do Carmo nos ajude a trilhar os seus passos em direção ao Céu. Boa Festa aos corações carmelitas espalhados por tantos lugares. Deus vos abençoe!

Frei Juliano Luiz da Silva, O.Carm.

Fonte: vaticannews, 16.07.2021

Novas normas sobre a missa antiga, maior responsabilidade ao bispo

 

O Papa publica um motu proprio para redefinir as modalidades de uso do missal pré-conciliar: as decisões voltam à disponibilidade dos pastores das dioceses. Os grupos ligados à antiga liturgia não devem excluir a legitimidade da reforma litúrgica, os ditames do Concílio Vaticano II e o Magistério dos Pontífices

Vaticann News

O Papa Francisco, após consultar os bispos do mundo, decidiu mudar as normas que regem o uso do missal de 1962, que foi liberalizado como "Rito Romano Extraordinário" há catorze anos por seu predecessor Bento XVI. O Pontífice publicou esta sexta-feira (16/07) o motu proprio "Traditionis custodes", sobre o uso da liturgia romana anterior a 1970, acompanhando-o com uma carta na qual explica as razões de sua decisão. Eis as principais novidades.

A responsabilidade de regulamentar a celebração segundo o rito pré-conciliar volta para o bispo, moderador da vida litúrgica diocesana: "é de sua exclusiva competência autorizar o uso do Missale Romanum de 1962 na diocese, seguindo as orientações da Sé Apostólica". O bispo deve certificar-se de que os grupos que já celebram com o antigo missal "não excluam a validade e a legitimidade da reforma litúrgica, os ditames do Concílio Vaticano II e o Magistério dos Sumo Pontífices".

As missas com o rito antigo não serão mais realizadas nas igrejas paroquiais; o bispo determinará a igreja e os dias de celebração. As leituras devem ser "na língua vernácula", utilizando traduções aprovadas pelas Conferências episcopais. O celebrante deve ser um sacerdote delegado pelo bispo. O bispo também é responsável por verificar se é ou não oportuno manter as celebrações de acordo com o antigo missal, verificando sua "utilidade efetiva para o crescimento espiritual". De fato, é necessário que o sacerdote responsável tenha no coração não apenas a digna celebração da liturgia, mas também o cuidado pastoral e espiritual dos fiéis. O bispo "terá o cuidado de não autorizar a constituição de novos grupos".

Os sacerdotes ordenados após a publicação hodierna do Motu próprio, que pretendem utilizar o missal pré-conciliar "devem enviar um pedido formal ao Bispo diocesano que consultará a Sé Apostólica antes de conceder a autorização". Enquanto aqueles que já o fazem devem pedir a autorização ao bispo diocesano para continuar usando-o. Os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, "na época erigidos pela Pontifícia Comissão Ecclesia Dei", estarão sob a competência da Congregação para os Religiosos. Os Dicastérios para Culto, e para os Religiosos supervisionarão a observância destas novas disposições.

Na carta que acompanha o documento, o Papa Francisco explica que as concessões estabelecidas por seus predecessores para o uso do antigo missal foram motivadas sobretudo "pelo desejo de favorecer a recomposição do cisma com o movimento liderado pelo bispo Lefebvre". O pedido, dirigido aos bispos, de acolher generosamente as "justas aspirações" dos fiéis que solicitavam o uso daquele missal, "tinha, portanto, uma razão eclesial de recomposição da unidade da Igreja". Essa faculdade, observa Francisco, "é interpretada por muitos dentro da Igreja como a possibilidade de usar livremente o Missal Romano promulgado por São Pio V, determinando um uso paralelo ao Missal Romano promulgado por São Paulo VI".

O Papa lembra que a decisão de Bento XVI com o motu proprio "Summorum Pontificum" (2007) foi apoiada pela "convicção de que tal medida não colocaria em dúvida uma das decisões essenciais do Concílio Vaticano II, atingindo de tal modo sua autoridade". Há 14 anos o Papa Ratzinger declarou infundado o temor de divisões nas comunidades paroquiais, porque, escreveu, "as duas formas de uso do Rito Romano poderiam enriquecer-se mutuamente". Mas a sondagem recentemente promovida pela Congregação para a Doutrina da Fé entre os bispos trouxe respostas que revelam, escreve Francisco, "uma situação que me aflige e me preocupa, confirmando-me na necessidade de intervir", vez que o desejo de unidade foi "gravemente desatendido", e as concessões oferecidas com magnanimidade foram usadas "para aumentar as distâncias, endurecer as diferenças, construir contraposições que ferem a Igreja e dificultam seu caminho, expondo-a ao risco de divisões".

O Papa diz ficar triste com os abusos nas celebrações litúrgicas "de um lado e do outro", mas também diz contristar-se por um "uso instrumental do Missale Romanum de 1962, cada vez mais caracterizado por uma crescente rejeição não só da reforma litúrgica, mas do Concílio Vaticano II, com a afirmação infundada e insustentável de que ele traiu a Tradição e a 'verdadeira Igreja'". Duvidar do Concílio, explica Francisco, "significa duvidar das próprias intenções dos Padres, que exerceram solenemente seu poder colegial cum Petro et sub Petro no Concílio ecumênico, e, em última análise, duvidar do próprio Espírito Santo que guia a Igreja".

Por fim, Francisco acrescenta uma razão final para sua decisão de mudar as concessões do passado: "é cada vez mais evidente nas palavras e atitudes de muitos que existe uma relação estreita entre a escolha das celebrações de acordo com os livros litúrgicos anteriores ao Concílio Vaticano II e a rejeição à Igreja e suas instituições em nome do que eles julgam ser a 'verdadeira Igreja'. Este é um comportamento que contradiz a comunhão, alimentando aquele impulso à divisão... contra o qual o Apóstolo Paulo reagiu com firmeza. É para defender a unidade do Corpo de Cristo que sou obrigado a revogar a faculdade concedida por meus Predecessores".

quarta-feira, 14 de julho de 2021

71º aniversário natalício de Dom Manuel Chuanguira Machado

 No passado dia 11 de Julho, Dom Manuel Chuanguira Machado celebrou o seu 71º aniversário natalício.

Ultimamente, o quadro clínico da saúde do nosso Bispo emérito não é dos melhores.

Desde a nossa página, queremos desejar a Dom Manuel MUITOS PARABÉNS e muita saúde.