sábado, 23 de junho de 2018

COMUNICADO DA CONFERENCIA EPISCOPAL DE MOÇAMBIQUE Assunto: situação tensa na Província de Cabo Delgado


COMUNICADO DA CONFERENCIA EPISCOPAL DE MOÇAMBIQUE
Assunto: situação tensa na Província de Cabo Delgado

A Conferência Episcopal de Moçambique vem seguindo com apreensão, relatos graves e fidedignos sobre a situação de instabilidade que se tem estado a viver em determinados distritos do litoral da Província de Cabo Delgado. Trata-se de actos gratuitos de violência, protagonizados por pessoas até aqui sem rosto, designadamente em Mocimba da Praia, Palma, Quissança e Macomia, em consequência dos quais numerosos compatriotas têm vindo a perder a vida, com os seus bens a serem saqueados, vandalizados e queimados.

Como protagonistas desses actos têm vindo a ser apresentados alguns jovens, tidos por capturados ou arrependidos que voluntariamente se apresentaram às autoridades, de cujos depoimentos parece estar-se perante um cenário de logro, quando do seu recrutamento, pois muitos confessam terem sido aliciados em diferentes partes das Províncias de Nampula e Cabo Delgado, com promessas de enquadramento laboral ou de acesso a bolsas de estudo. Tais promessas são facilmente aceites, tendo em conta a fragilidade económica e social das pessoas envolvidas e da ausência de perspectivas para um número crescente de cidadãos.

Perante este quadro, os Bispos Católicos de Moçambique vêm expressar a sua profunda preocupação e solidarizar-se com as vítimas desta tragédia que, ainda que localizada em determinadas partes da Província de Cabo Delgado, atinge e enluta todo o nosso País. Encorajam as Autoridades competentes a saberem encontrar mecanismos de defesa das populações, e a buscarem soluções de enquadramento de um cada vez maior número de jovens actualmente desocupados, muitos dos quais até com um apreciável grau de escolaridade.

Aos jovens pedimos cautela e discernimento quando abordados por tentadoras ofertas de emprego e estudo apresentadas de modo verdadeiramente informal, ademais para longe das suas terras de origem. Aos fiéis das nossas Comunidades e Paróquias pedimos o empenho na oração pela Paz no País, e para que o Espírito Santo ilumine aqueles que têm nas suas mãos os destinos do Povo Moçambicano, conduzindo-os por caminhos de sabedoria e de inteligência na busca do bem comum. Aos mesmos Fiéis recomendamos a assunção de gestos concretos de solidariedade, acudindo às necessidades dos deslocados, muitos dos quais, tendo fugido para salvar a vida, nos locais de refúgio se apresentam com grandes carências materiais. Para estas carências, pedimos o apoio do Governo, através das instituições públicas vocacionadas para tanto, e no mesmo sentido apelamos aos nossos Parceiros de Desenvolvimento e Organizações da Sociedade Civil.

Que Maria Imaculada, Padroeira de Moçambique, nos obtenha do Príncipe da Paz a graça da Paz para o Povo Moçambicano e para todos os Povos em provação de conflitos.
Maputo, 22 de Junho de 2018
Assinado: D. FRANCISCO CHIMOIO
Arcebispo de Maputo e Presidente da CEM

24 JUNHO S. JOÃO BAPTISTA.

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24 JUNHO  S. JOÃO BAPTISTA.

João Batista, além da Virgem Maria, é o único santo de quem a Liturgia celebra o nascimento para a terra. João, como “Precursor” de Jesus teve, de fato, um papel único na História da Salvação. 

Filho de Zacarias e de Isabel, a sua vida não desabrochou por iniciativa humana, mas por dom de Deus a dois pais de idade avançada e, por isso, já sem possibilidade de gerar filhos. Situado na charneira entre o Antigo e o Novo Testamento, como Precursor, João é considerado profeta de um e outro Testamento. 

O paralelismo estabelecido por Lucas entre a infância de Jesus e de João Batista levou a Liturgia a celebrar o nascimento de ambos: o de Jesus no solstício de Inverno e o de João no solstício de Verão.

Primeira leitura: Isaías 49, 1-6

Como o Servo de Javé, João Baptista foi chamado a uma especial missão, desde que foi concebido o seio de sua mãe. Como Ele, recebeu um nome, um chamamento e uma revelação. Como Ele, teve que enfrentar a dureza e o sofrimento no desempenho da missão. Por isso, o nosso texto, retirado dos “Cânticos do Servo de Javé” adequa-se a João Baptista. O verdadeiro profeta realiza a missão, confiando unicamente n´Aquele que o escolheu, chamou e enviou. E só d´Ele espera recompensa.

Segunda leitura: Atos 13, 22-26

O discurso de Paulo em Antioquia, com explícita referência a João Batista, mostra a importância que o profeta tinha na primitiva comunidade cristã. Paulo refere-se também a David. David e João foram dois profetas que, de modo diferente, e em tempos distintos, prepararam a vinda do Messias: David recebeu a promessa do Messias; João preparou a vinda do mesmo, pregando um batismo de penitência.

Impressiona, nesta página, a clareza com que João identifica Jesus, e se define a si mesmo. É este o primeiro dever do verdadeiro profeta.

Evangelho: Lucas 1, 57-66.80

O paralelismo estabelecido por Lucas, ao narrar a infância do Batista e a de Jesus é rico sob os pontos de vista literário e teológico. O nascimento de João preanuncia o de Jesus. João, ainda no ventre materno, anuncia um outro Menino. O nome de João é prelúdio do de Jesus. O extraordinário evento da maternidade de Isabel prepara outro, o da maternidade de Maria. A missão de João faz-nos pregustar a de Jesus. Trata-se de uma única missão, em dois tempos; dois tempos de uma única história que se desenrola em ritmos alternos mas sincronizados. Não devemos contrapor a missão do Batista e a de Jesus.

A festa do nascimento de João Batista leva-nos a pensar no amor preveniente de Deus e na importância das suas preparações para o acolhermos devidamente e com fruto. Deus prepara o nascimento de João: um anjo anuncia a Zacarias que a sua mulher, idosa e estéril, vai ter um filho, cujo nascimento alegrará a muitos; inesperadamente, o nome da criança não é Zacarias, mas João, cujo significado é: “Deus faz graça”; João é enviado a preparar os caminhos do Senhor, o “ano de graça” do Senhor, a vinda de Jesus.
  Como o agricultor prepara o terreno antes de lhe lançar a semente, assim Deus prepara os tempos e os corações para receberem os seus dons. É por isso que havemos de viver vigilantes, de estar atentos à acção de Deus em nós e nos outros, para a sabermos discernir no meio dos acontecimentos humanos e nas mais variadas situações da nossa vida. João ajuda-nos a estarmos atentos a Jesus e ao que Ele quer fazer em nós e no nosso mundo. João acreditou e indicou Jesus aos que o seguiam: “depois de mim, virá alguém maior do que eu… Eis o Cordeiro de Deus!”
Por todas estas razões, a festa de hoje é um dia de alegria para a Igreja. E, todavia, João foi um profeta austero, que pregou a penitência com uma linguagem pouco amável: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera que está para vir? Produzi, pois, frutos dignos de conversão e não vos iludais a vós mesmos, dizendo: ‘Temos por pai a Abraão!’” (Mt 3, 7-8). O profeta exortava a uma penitência que se torna alegria, alegria da purificação, alegria da vinda do Senhor.
 
A missão de João Batista é, de certo modo, a missão de todo o crente: preparar a vinda do Senhor, o que é mais do que simplesmente anunciar. É preciso por ao serviço de Jesus não só as nossas palavras, mas também a nossa vida toda.

Fonte: Adaptação e resumo de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia/”

sexta-feira, 22 de junho de 2018

CURSO DE FORMAÇÃO DOS AANIMADORES DAS PEQUENAS COMUNIDADES CRISTÃS

CURSO DE FORMAÇÃO DOS AANIMADORES DAS PEQUENAS COMUNIDADES CRISTÃS

Região Centro – B: Paróquias de S. Pedro Claver de Muiane, Nossa Senhora de Anunciação de Moneia e Santa Josefina Bakhita de Gilé.

No âmbito da celebração dos 25 anos da criação da Diocese de Gurúè e, fiéis às orientações da Comissão diocesana do Jubileu, está a decorrer desde a manhã de hoje (22.06) na Paróquia de Santa Josefina Bakhita – Gilé Sede, um curso de formação dos Agentes da Pastoral das Paróquias de S. Pedro Claver de Muiane, Nossa Senhora da Anunciação de Moneia e Santa Josefina Bakhita de Gilé-sede.

O curso está a ser orientado pelo Pe. Agostinho Martino Vasconcelos, Director do Secretariado da Coordenação Pastoral da Diocese de Gurúé, acompanhado pelo Pe Tonito José Francisco Xavier Muananoua, Chanceler e Moderador da Cúria diocesana e pela Irmã Eugénia Lopes das Filhas de Nossa de Visitação.

O curso arrancou com 59 participantes, dos quais 06 coordenadores e 04 “Muholis” (animadores/coordenadores  das comunidades)  de da Paróquia de S. Pedro Claver de Muiane, 13 coordenadores e 11 “muholis” da Paróquia de Nossa Senhora de Anunciação de Moneia e 13 coordenadores e 12 Muholis da Paróquia de Santa Josefina Bakhita de Gilé sede.

Após a oração inicial presidida pelo Padre Agostinho Vasconcelos, seguida da oração do JUBILEU DIOCESANO DOS 25 ANOS DA  CRIAÇÃO DA DIOCESE DE GURÚÈ, o Padre Agostinho deu as boas vindas aos participantes e esclareceu as linhas orientativas que se pretendem lograr com estes cursos: reflectir sobre o nosso ser família diocesana, a intensidade do nosso compromisso, agudizar o sentido de pertença à nossa família e, acima de tudo, como colaboradores e animadores das Comunidades da nossa família diocesana, reflectir sobre o nosso serviço na Igreja ministerial como família diocesana que se alegra pelos 25 anos da sua criação.

O curso está a decorrer tendo presente o seguinte horário:
·        06.30: Oração da Manhã – Pequeno Almoço
·        08-12 horas: trabalhos
·        10 - 10.30 horas: intervalo
·        12.30 horas: Almoço-recreio
·        14.00 horas: Re-início dos trabalhos
·        17.00 horas: fim dos trabalhos
·        18.00 horas: Eucaristia com a comunidade cristã
·        19.30 horas: Jantar – recreio – descanso.

Na primeira parte da manhã de hoje, foi apresentado o perfil histórico da nossa família diocesana pelo Padre Tonito Muananoua, tendo como base o texto apresentado na última reunião dos agentes da Pastoral sob o tema A Família cristã: a Igreja local como família.

Na sua intervenção, Pe Tonito falou da história da nossa família diocesana, dos primeiros contactos com a fé a partir das viagens das descobertas do século XV e terminou apresentado a criação das primeiras dioceses em Moçambique até chegar a falar da criação da Diocese de Gurúè, da nomeação do seu primeiro Bispo e do seu sucessor. No fim da sua intervenção, seguiu-se uma inter-acção dos participantes, pedindo esclarecimento sobre algumas realidades evidenciadas  na exposição.

Terminada a intervenção, seguiu-se um intervalo de 30 minutos. Às 10 horas, retomou o encontro com o tema da formação das comunidades cristãs, apresentado pelo Pe Agostinho Martinho Vasconcelos a partir de um subsídio previamente distribuído aos participantes, evidenciado a realidade indispensável da vida cristã, da centralidade da Palavra de Deus e da Oração, da Reunião dominical e do conselho da comunidade.

Nas próximas horas prometemos trazer-vos mais notícias sobre o dsenvolvimento deste Curso.

Desde a Paróquia de Santa Josefina Bakhita de Gilé-Sede,
Pe Tonito Muananoua.


quarta-feira, 20 de junho de 2018

VISITA PASTORAL Á PARÓQUIA DA PISTA VELHA. ALTO MOLÓCUE: 6º DIA, 20.06.2018


VISITA PASTORAL Á PARÓQUIA DA PISTA VELHA. ALTO MOLÓCUE: 6º DIA, 20.06.2018

No 6º Dia (Quarta Feira, 20.06.18) da Vista Pastoral de D. Francisco Lerma à Paróquia N. S. Rainha da Paz da Pista Velha – Alto Molócué, os cristãos procedentes do Centro Pastoral Turúa, Zonas Pastorais de Limiha e Muharra, reuniram na comunidade de S. António de Limiha.

Zona Pastoral Limiha.
Comunidades cristãs: S. António de Limiha; N. S. do Rosário de Epatxe; N. s. da Paz de Napalakwe; S. Miguel de Evilivili; S. Pedro de Namitatare; S. Mateus de Nahavara; e S. Lúcia de Namihuvi.

Zona Pastoral de Muharra
Comunidades cristãs: S. Filipe de Muharra; S. Carlos Lwanga de Mauere; Imaculada Conceiçaõ de Ehikiri; N. S. da Ascensão de Nanvetho; S. Pedro de Namarrokane; S. Teresa do Menino Jesus de Makalama; e  S. João Baptista de Evuku.

Mensagem
Na Mensagem das comunidades foi evidenciada a  partilha de bens entre os cristãos e a generosidade com os mais carenciados.

Catequese
Na primira parte da catequese, o Pe. Cunlela, Vigário Geral da Diocese falou sobre a identidade do cristã, do Matrimónio e da pastoral vocacional.

Pela sua parte, o Bispo falou sobre o significado do Jubileu Diocesano com motivo dos 25 anos da criação da Diocese, salientado três aspectos: o louvor e o agradecimento a Deus, o espírito de conversão e o compromisso de todos os baptizados pela obra de evangelização na Diocese.

Núcleos
No fim da tarde, o Bispo visitou o Núcleo S. João de Deus, na Comunidade de S. Inês, na sede da Paróquia.
Este núcleo está composto por 118 cristãos. 

Diálogos
O Vigário dedicou toda a tarde para manter diálogos pessoais com diversas pessoas que o solicitaram.