sexta-feira, 2 de março de 2012

.“Que todos sejam um…” . Carta Pastoral de D. Francisco.

Partilhando pão e vida

Carta às Comunidades


Caríssimos diocesanos

1.“Que todos sejam um…” (Jo 17,21).

 Jesus orou na hora de sua Paixão, e não cessa de orar ao Pai pela unidade de seus discípulos: "... Que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles esteja me nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17,21).

Saúdo-vos com estas palavras que o Senhor pronunciou na sua Última Ceia, na noite em que ia ser entregue e instituiu a Eucaristia. Saúdo a cada um dos agentes da Pastoral empenhados na evangelização, a todos os membros da nossa família diocesana e a todas as pessoas de boa vontade, homens e mulheres, crianças, jovens, adultos e anciãos desta Igreja Diocesana de Gurúè, localizada nas terras da Alta Zambézia.

As palavras do Senhor despertam a nossa a sensibilidade para a unidade e a comunhão diocesana que, junto com a Eucaristia, na qual têm a sua origem e fundamento, queremos viver com especial dedicação durante este Ano Pastoral de 2012.

Foi muito consolador e entusiasmante o que vivemos durante a preparação e na celebração da VI Assembleia Diocesana de Pastoral. Agora, passado quase um ano da sua realização, não queremos perder a riqueza das suas conclusões, que resumem os anseios actuais da nossa família diocesana, isto é: 1. A intima união entre nós como os primeiros cristãos, homens e mulheres de um só coração e unidos na acção; 2. A renovação da evangelização com a catequese actualizada com tempo em que vivemos; 3. A formação dos agentes da Pastoral; 4. A sustentabilidade económica a partir das nossas próprias forças.

Durante o ano que terminou, como constatamos no Encontro de Pastoral do passado mês de Dezembro, houve um esforço generalizado na maioria das Paróquias e durante as Visitas Pastorais por transmitir as Conclusões da Assembleia. Este trabalho não foi completo. Devemos, pois, continuar o trabalho começado e explicar bem todos os conteúdos da Assembleia, e não apenas algumas decisões, para todos assumirem cada um dos quatro temas das Conclusões, que devem orientar as nossas actividades pastorais durante o triénio que agora começamos.

Com esta Carta Pastoral é minha intenção contribuir para manter acesa a lâmpada que a Assembleia nos entregou. Não devemos apagar da memória e do coração a ilusão, a esperança e o desejo ardente de renovação da pastoral diocesana que surgiram daquele grande encontro. Sentimo-nos de facto, todos, leigos, religiosos e religiosas, padres e Bispo comprometidos com renovado entusiasmo na revitalização das nossas comunidades.

O objectivo do Plano Pastoral Trienal (2012 – 2014), fazer “uma Diocese de comunhão, serva e missionária, onde evangelizar é dever de todos”, se for assumido por todos, deve representar um salto qualitativo na revitalização da nossa vida de discípulos de Jesus e da vida diocesana; e na reorganização das nossas estruturas, dos nossos programas e das nossas actividades. È pois motivo de acção de graças a Deus que nos conduz como Bom Pastor pelos caminhos difíceis do nosso tempo.

Em comunhão de vida com todos os que nos tempos passados anunciaram a Boa Nova de Jesus nas terras da Alta Zambézia e dóceis ao que o Espírito nos diz neste tempo, nós os trabalhadores da última hora, queremos continuar a obra evangelizadora com renovado zelo apostólico neste tempo eclesial da Nova Evangelização (Bento XVI).

Atentos aos vários apelos que nos vem do Papa Bento XVI ao proclamar o Ano da Fé (2012 – 2013); do Plano Nacional de Pastoral preparado pela Conferência Episcopal de Moçambique e, querendo implementar para o ano de 2012 o 1º Tema nuclear das Conclusões da VI Assembleia Diocesana de Pastoral, vos escrevo esta primeira Carta Pastoral sobre a Unidade e a Comunhão Diocesana, base de toda a Evangelização.

Como tema celebrativo escolhemos a Eucaristia, centro, começo e meta de toda a Evangelização, pelo que na Diocese o ano 2012 será o Ano da Eucaristia

2. O percurso deste Ano Pastoral 2012

No presente ano pomos em marcha o Plano Trienal traçado pela VI Assembleia Diocesana de Pastoral. Começamos por nos centrarmos no 1º Tema nuclear: A Unidade e Comunhão Diocesana como alicerce e condição fundamental de toda a evangelização.

Para este ano propomo-nos três objectivos:

-1) despertar em cada um de nós a consciência da nossa identidade cristã, isto é a nossa identificação com Cristo em ordem à evangelização: unidos a Cristo, “por Cristo, com Cristo e em Cristo” (Conclusão das Preces Eucarísticas). Sem Ele nada podemos fazer ( Cfr Jo 15,5).
- 2) promover uma espiritualidade e uma formação de comunhão: somos um mesmo corpo;
-3) desenvolver uma pastoral de conjunto, através da qual todos nos sintamos participantes, responsáveis e comprometidos na evangelização, unindo forças e superando quaisquer divisões ou caminhos paralelos ou caminhos fechados.

3. A Unidade: Valor natural e universal
A unidade no seu aspecto estático é um valor natural e fundamental em ordem à identidade das coisas e das pessoas e da sua realização e funcionamento. Para que uma coisa seja o que deve ser, as partes que a compõem devem estar unidas entre si e de um modo apropriado, isto é cada coisa deve estar unida às outras no seu próprio lugar. A unidade entre as partes exige a comunhão entre as mesmas.

Por exemplo, num edifício, não é suficiente termos os materiais necessários (o cimento, as pedras, os tijolos, a areia, as chapas, os barrotes, etc.); é necessário unir todos esses materiais de tal maneira que entre eles estejam entrelaçados de maneira apropriada para termos a casa que desejamos, bem construída, forte e em condições de ser habitada.

 Do mesmo modo podemos pensar nas pessoas. O nosso corpo compõe-se de muitas partes (cabeça, mãos, pés...), mas se todas as partes não estiverem bem unidas entre si e da maneira apropriada, não teríamos um corpo normal em condições de viver e de agir adequadamente. Se assim não fosse, teríamos um corpo sem vida.

4. A unidade: Valor evangélico
Para nós cristãos, para além do valor natural, a unidade e comunhão entre nós tem um valor muito especial que nos leva até o próprio Jesus Cristo. Foi na Última Ceia, antes de oferecer a sua vida por nós na Cruz, que Ele rezou pela unidade de todos os seus discípulos para que o mundo acreditasse. Esta foi a sua última vontade: “Que todos sejam um...” (Jo 17,21).

A unidade tem a sua origem na Santíssima Trindade, isto é, em Deus que se nos manifestou como primeira unidade, origem e comunhão de vida e de amor, Pai, Filho e Espírito Santo. Nele é que todos nós somos baptizados: uma só fé, um só Baptismo, um só Deus, Pai e Senhor de todos.

Trata-se duma unidade que vai além dos programas ou da utilidade prática. Uma unidade que toca o mais profundo do nosso ser, unidade intima, total com Cristo e entre nós. Sem esta unidade não há vida cristã e não pode haver evangelização. Por isso esta união com Cristo é uma verdadeira comunhão de vida, que tem a sua raiz na Eucaristia: “Quem come o meu corpo e bebe o meu sangue está em mim e Eu nele” (Jo 6,57).

 Os que comungamos o mesmo corpo e bebemos e mesmo sangue formamos uma união tão profunda que nada nos poderá separar de Cristo: “Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? De acordo com o que está escrito: Por causa de ti, estamos expostos à morte o dia inteiro, fomos tratados como ovelhas destinadas ao matadouro “ (Rom 8,35-36).

Na Eucaristia, presença real e verdadeira de Cristo e sacramento da unidade, encontramos o alimento da nossa peregrinação na terra, o remédio das nossas doenças mais profundas e as forças para cumprir o mandato missionário anunciar Cristo aos nossos irmãos que ainda não o conhecem ou se separaram de nós. Só a partir da Eucaristia poderemos ser uma diocese serva e missionária, assumindo o compromisso de evangelização nas nossas comunidades. Cumpriremos assim o dever missionário. Como responsabilidade e empenho de cada um. Ninguém pode ficar excluído desta tarefa apostólica.

Os que celebramos e nos alimentamos da Eucaristia devemos afastar as divisões no seio das comunidades, nos grupos ou nos movimentos; o desinteresse pelos programas diocesanos; e as actividades à margem da pastoral de conjunto. Na fidelidade ao Espírito que conduz a Igreja, devemos fazer da nossa Diocese lugar de encontro e de comunhão da riqueza das nossas comunidades, dos carismas da vida consagrada e dos movimentos e grupos laicais, reconhecendo os dons que Ele distribui livremente por todos nós.

5. A Eucaristia: Sacramento da Unidade
O próprio simbolismo –o pão amassado com a farinha feita de muitos grãos moídos - é sinal da unidade. Já não há grãos amontoados ou dispersos, há um só alimento, grãos amassados e cozinhados, formando uma unidade completa. Olhando o pão, já não podemos distinguir os grãos, e sem grãos moídos não há farinha e sem farinha amassada com a água e ao fogo não há pão.

Símbolo maravilhoso da unidade dos que nos juntamos à volta do altar para celebrarmos a Eucaristia, sacramento da unidade. Desta maneiro constituímo-nos em comunidades unidas e coesas, formando uma unidade, uma comunhão total, Igreja santa, Povo de Deus congregado pelo Senhor. Sem perdermos cada um a nossa identidade, a nossa maneira de ser, o nosso carisma, mas identificando-nos e unindo-nos aos irmãos, na unidade verdadeira dos filhos de Deus.

A recomendação de Jesus Cristo é exigente, comporta consequências concretas na vida: a reconciliação, o perdão, o sentido da fraternidade, a partilha de bens espirituais e materiais, luta contra as divisões e contra as injustiças na má distribuição dos bens da terra, na unidade diocesana, na pastoral de conjunto. Precisamos de estarmos e de agir unidos. A Eucaristia deve realizar permanentemente esse milagre da unidade entre nós. Tem a sua origem no dom de Deus, e depende da nossa resposta, da nossa fé, da nossa oração, do nosso esforço e da nossa vivência.

6. Recebido da Tradição apostólica
Sabemos muito bem que os cristãos dos primeiros tempos tinham consciência clara desta verdade. Nos Actos dos Apóstolos encontramos os vectores que devem caracterizar as comunidades cristãs: escuta assídua do ensinamento dos Apóstolos, comunhão fraterna e solidariedade, participação na fracção do pão e nas orações (2,42-47; 4,32-35; 5,12-15).

Esta comunhão, que nos une como família diocesana, encontra-se bem explicada nos ensinamentos dos Apóstolos. Ao longo das suas cartas, S. Paulo desenha o retrato fiel de uma comunidade viva e fervorosa. Apresentando a imagem do corpo, o Apóstolo conclui: “De facto, num só Espírito, fomos todos baptizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito. Vós sois o corpo de Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro” (Cfr. 1Cor 12,12-27).

 Assim, Paulo exorta aos baptizados: “Esforçai-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos” (Ef 4,3-6).

7. Nos ensinamentos do Concílio Vaticano II
Na fidelidade aos ensinamentos do Concilio a nossa Diocese dever ser imagem da Santíssima Trindade, onde a unidade e a diversidade estão intimamente enraizadas: O Espírito Santo com diversos dons jerárquicos e carismáticos dirige a Igreja e enriquece com todos os seus frutos, guia-a à verdade e unifica-a em comunhão e ministério” (LG 4).

O Concílio lembra-nos onde está a raiz da unidade nas Igreja: “Na fracção do pão eucarístico, participando realmente do Corpo do Senhor, nos elevamos em comunhão com Ele e entre nós mesmos. " Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque todos participamos desse único pão (1Cor., 10,17)” (LG 7).

A Igreja fundada nos carismas e nos ministérios forma uma sólida unidade entre todos os seus membros através de laços de caridade: “Todos, embora em grau e formas distintas, estamos unidos em fraterna caridade e cantamos o mesmo hino de louvor ao nosso Deus, porque todos os que são de Cristo e têm o seu Espírito crescem juntos e nEle se unem entre si, formando uma só Igreja (cf. Ef 4,16)” (LG. 49).

O Concílio ensina-nos também que a Eucaristia é o centro da vida da Igreja (LG 11) e que toda a acção evangelizadora começa na Eucaristia e nela tem a sua meta:
.Na Igreja celebra-se o mistério da Ceia do Senhor "a fim de que pelo corpo e a sangue do Senhor fique unida toda a fraternidade". E toda celebração reunida a comunidade sob o ministério sagrado do Bispo, manifesta-se o símbolo daquela caridade e "unidade do Corpo místico de Cristo sem a qual não pode haver salvação". Nas comunidades, por mais pequenas e pobres que sejam o vivam na a dispersão, Cristo está presente, dando com o seu poder unidade à Igreja, una, católica e apostólica”. (LG 26).

8.  Temas para a formação permanente
A VI Assembleia Diocesana de Pastoral sentiu vivamente a necessidade de uma pastoral de conjunto na Diocese. Trabalharmos pastoralmente unidos é fruto de comunhão com Cristo e entre os seu membros, na qual a Igreja não se fecha em si mesma, mas sim procura diálogo constante entre os seus agentes de Pastoral, com as outras igrejas a através de acções de carácter ecuménico e fomentando o diálogo com a realidade social e política.

Em consequência, toda esta riqueza de ensinamentos recebidos da Sagrada Escritura e da Tradição da Igreja sobre o tema da Unidade e da Eucaristia deve ser objecto de reflexão pessoal e comunitária nos encontros de formação e na catequese. Neste sentido o Secretariado Diocesano de Pastoral preparou temas apropriados para serem estudados durante este ano. Estes temas devem ser usados por todas as comunidades durante este ano pastoral, pois constituem a parte formativa do mesmo. As Paróquias, na programação das actividades pastorais, devem criar condições para que tais temas sejam estudados por todos e todos sejam instruídos em matéria tão importante para a nossa vida cristã e para a evangelização.

9. Exigências e sugestões práticas
 Devemos concretizar o nosso empenho pastoral durante este ano.
Em primeiro lugar, devemos renovar a nossa fé na Eucaristia tendo em conta as suas exigências na vida de cada dia: unidade com Cristo e entre nós; a acção de graças por tudo o que somos e recebemos, pelo dom da vida, da natureza, dos irmãos, da família e de toda a humanidade; a oferta da própria vida pelo bem de todos homens; e o compromisso na vida social, prestando atenção aos pobres, aos doentes, aos que mais sofrem, às injustiças, às situações de discriminação, de exploração, de violência e de morte.

Em segundo lugar, devemos fazer uma revisão das Celebrações da Eucaristia em todo o que se refere à sua preparação doutrinal, espiritual e litúrgica. Isto exige formação permanente sobre o significado e valor e exigências da Eucaristia na nossa vida e na vida das comunidades; na preparação das celebrações (vivência cristã, escolha e preparação do ministro extraordinário da Comunhão, dos leitores, dos cantores e dos acólitos, das próprias leituras e cânticos, do lugar da celebração).

Em terceiro lugar, devemos fazer uma revisão sobre a Conservação da Eucaristia nas comunidades que tenha em conta vários aspectos:

- a parte material: isto é, a capelinha da Eucaristia, a sua construção forte e segura; e a limpeza e decoro do lugar, do sacrário, da píxide, dos corporais e dos purificadores. A este respeito o Catecismo da Igreja Católica diz o seguinte: “O tabernáculo (ou sacrário) deve estar localizado "nas igrejas em um dos lugares mais dignos, com o máximo decoro". A nobreza, a disposição e a segurança do tabernáculo eucarístico devem favorecer a adoração do Senhor realmente presente no Santíssimo Sacramento do altar (nº 1183).
- a parte doutrinal e formativa: a catequese sobre o significado e valor da Conservação da Eucaristia nas comunidades segundo os ensinamentos da Igreja, da Tradição e da caminhada da nossa Diocese e da Igreja em Moçambique;
- a parte pastoral: a escolha do ministro extraordinário da Comunhão, a sua formação, o seu trabalho específico na Celebração Dominical, na comunhão aos doentes e no cuidado pela conservação e no respeito da capelinha;
- a parte espiritual: a adoração pessoal e comunitária da Eucaristia, as visitas ao Santíssimo Sacramento, as Horas Santas organizadas semanalmente por grupos e pela própria comunidade nas capelas onde se conserva a Eucaristia.
10. O ministro extraordinário da Comunhão.
As primeiras comunidades cristãs, logo a seguir aos tempos dos Apóstolos, sentiram a necessidade de colaborar com os sacerdotes e os diáconos no serviço de levar à comunhão aos doentes e os prisioneiros. Deste modo nasce a tradição da Igreja de conservar a Eucaristia com as Hóstias consagradas na Celebração presidida pelo Sacerdote ou pelo Bispo.

Os ministros extraordinários da Comunhão devem ser pessoas de boa reputação, de provada piedade e adequada preparação para o ministério que recebem da Igreja. Neste Ano da Eucaristia devemos rever o exercício deste ministério na Diocese: as pessoas que estão a exercer este ministério actualmente, o tempo que levam neste ministério, a sua vida cristã, a sua formação permanente e as suas actividades.

Para tal fim as Paróquias e as Regiões Pastorais com a colaboração do Secretariado Diocesano de Pastoral hão-de organizar encontros, cursos de formação permanente e retiros para os ministros extraordinários da Comunhão.

Aproveitando os dias mais significativos far-se-á envio dos que foram escolhidos pela primeira vez. Ao mesmo tempo hão-de ser renovados os envios de todos os que estão e exercer este ministério.

Conclusão: Renovada consciência
Todas estas acções visam uma renovada consciência do mais íntimo e profundo do nosso ser cristão em ordem ao empenho na vida e na evangelização da Diocese.
Desta maneira assumiremos os nossos compromissos dentro das comunidades e em todas as actividades sociais, lugar onde devemos testemunhar a nossa fé.

É necessário que na Diocese se intensifique a comunhão de vida e de acção, e a partilha de bens espirituais e materiais, numa pastoral de conjunto, onde cada um tenha o seu lugar, se responsabilize pelas tarefas apostólicas e cumpra o dever de anunciar Cristo aos irmãos.

Caminharemos em união de intenções e de acções, unidos com Cristo e entre nós como ramos de uma árvore ao tronco, conscientes de que sem Ele nada podemos fazer, como nos lembra no Evangelho: “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).

A comunhão entre todos nós, entre os Presbíteros, entre todos os Consagrados e Consagradas e entre todos os Agentes da pastoral com o Pastor da Diocese é o primeiro testemunho que devemos dar para que o nosso trabalho na obra da evangelização seja credível.

Sob a protecção e intercessão de Santo António, padroeiro da Diocese, e de Maria, mulher Eucarística e Mãe da unidade, caminhemos, de mãos dadas e firmes na fé, na revitalização da nossa vida eucarística e da mais forte Comunhão Diocesana.

                            + Francisco
                                                  Bispo de Gurúè