sexta-feira, 2 de junho de 2017

SUBSÍDIO PARA A REFLEXÃO NO DOMINGO DE PENTECOSTES




SOLENIDADE DO PENTECOSTES

O tema deste domingo é o Espírito Santo. Dom de Deus a todos os crentes, o Espírito dá vida, renova, transforma, constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo.

Na primeira leitura (Actos 2,1-11), Lucas sugere que o Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes. É Ele que cria a nova comunidade do Povo de Deus, que faz com que os homens sejam capazes de ultrapassar as suas diferenças e comunicar, que une numa mesma comunidade de amor, povos de todas as raças e culturas.

Temos, neste texto, os elementos essenciais que definem a Igreja: uma comunidade de irmãos reunidos por causa de Jesus, animada pelo Espírito do Senhor ressuscitado e que testemunha na história o projecto libertador de Jesus. Desse testemunho resulta a comunidade universal da salvação, que vive no amor e na partilha, apesar das diferenças culturais e étnicas. 

Perguntemo-nos: A Igreja de que fazemos parte é uma comunidade de irmãos que se amam, apesar das diferenças? 

Antes do Pentecostes, tínhamos apenas um grupo fechado dentro de quatro paredes, incapaz de superar o medo e de arriscar, sem a iniciativa nem a coragem do testemunho; depois do Pentecostes, temos uma comunidade unida, que ultrapassa as suas limitações humanas e se assume como comunidade de amor e de liberdade. 

Para se tornar cristão, ninguém deve ser espoliado da própria cultura: nem os africanos, nem os europeus, nem os sul-americanos, nem os negros, nem os brancos; mas todos são convidados, com as suas diferenças, a acolher esse projecto libertador de Deus, que faz os homens deixarem de viver de costas voltadas, para viverem no amor.

Na segunda leitura, (1 Cor 12,3b-7.12-13), Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso, esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.

 Temos todos consciência de que somos membros de um único “corpo” – o corpo de Cristo – e é o mesmo Espírito que nos alimenta, embora desempenhemos funções diversas?. No entanto, encontramos, com alguma frequência, cristãos com uma consciência viva da sua superioridade e da sua situação “à parte” na comunidade (seja em razão da função que desempenham, seja em razão das suas “qualidades” humanas), que gostam de mandar e de fazer-se notar. 

Às vezes, vêem-se atitudes de prepotência e de autoritarismo. Os “dons” que recebemos não podem gerar conflitos e divisões, mas devem servir para o bem comum e para reforçar a vivência comunitária.

Perguntemo-nos:  As nossas comunidades são espaços de partilha fraterna, ou são campos de batalha onde se digladiam interesses próprios, atitudes egoístas, tentativas de afirmação pessoal?

É preciso ter consciência da presença do Espírito: é Ele que alimenta, que dá vida, que anima, que distribui os dons conforme as necessidades; é Ele que conduz as comunidades na sua marcha pela história. Ele foi distribuído a todos os crentes e reside na totalidade da comunidade.

O Evangelho (Jo 20,19-23) apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências.

 A comunidade cristã só existe de forma consistente, se está centrada em Jesus. Jesus é a sua identidade e a sua razão de ser. É n’Ele que superamos os nossos medos, as nossas incertezas, as nossas limitações, para partirmos o compromisso de testemunhar a vida nova do Homem Novo.
Identificar-se como cristão significa dar testemunho diante do mundo dos “sinais” que definem Jesus: a vida dada, o amor partilhado. 

Perguntemo-nos: É esse o testemunho que damos? Os homens do nosso tempo, olhando para cada cristão ou para cada comunidade cristã, podem dizer que encontram e reconhecem os “sinais” do amor de Jesus?

As comunidades construídas à volta de Jesus são animadas pelo Espírito. O Espírito é esse sopro de vida que transforma o barro inerte numa imagem de Deus, que transforma o egoísmo em amor partilhado, que transforma o orgulho em serviço simples e humilde… É Ele que nos faz vencer os medos, superar as cobardias e fracassos, derrotar o cepticismo e a desilusão, reencontrar a orientação, readquirir a audácia profética, testemunhar o amor, sonhar com um mundo novo. É preciso ter consciência da presença contínua do Espírito em nós e nas nossas comunidades e estar atentos aos seus apelos, às suas indicações, aos seus questionamentos.

Fonte: resumo e adaptação local de um texto em: <dehonianos.org/portal/liturgia>

quarta-feira, 31 de maio de 2017

VISITA PASTORAL À PARÓQUIA DE SANTO ANTÓNIO DA CATEDRAL. GURÚÈ



VISITA PASTORAL Á PARÓQUIA S. ANTÓNIO DA CATEDRAL

De 26 a 30 de Maio do corrente ano 2017, D. Francisco Lerma, Bispo da Diocese, acompanhado pelo Pe. Agostinho Vasconcelos, Moderador da Cúria e Director do Secretariado Diocesano de Pastoral, realizou mais uma Visita Pastoral à Paróquia de S. António da Sé Catedral de Gurúè.

A Paróquia de Santo António foi criada a 1 de Janeiro de 1967 e erigida como Catedral em 1993.
Actualmente a Paróquia é constituída por três Zonas Pastorais, nomeada mente a Zona Urbana, com 13 Núcleos de oração; a Zona de Enkala, com 6 comunidades e a Zona de Mangone, com 6 comunidades.

A Catequese e a Formação dos fiéis

A formação  dos cristãos e catecúmenos caracterizou-se neste período em análise (2016-2017) em actividades de catequese segundo as várias etapas do catecumenado e de preparação para os sacramentos e em encontros de formação permanente para os fiéis e de reconciliação.

O Conselho Paroquial  Pastoral

O Conselho Paroquial Pastoral, depois da criação das duas novas Paróquias na sede do Distrito, As Paróquias de S. Carlos Lwanga  (2015) e de S. Bernardo (2016), está constituído por representantes das Comissões Paroquiais, representantes dos grupos e movimentos apostólicos, representantes das Zonas Pastorais e dos Núcleos, totalizando um número de 35 membros. 

Grupos da Paróquia

1.Infância Missionária
As crianças e adolescentes realizam suas actividades acompanhadas pelos responsáveis adultos, orientados pela Irmã Henriqueta, Filha de N. S. da Visitação. Realizam a animação das celebrações litúrgicas, encontros de formação humana e cristã e visitas nas comunidades. Em toda a Paróquia contamos com 3.330 crianças e adolescentes.

2.Vocacionados

Os jovens vocacionados são assistidos por uma equipa constituída por um casal e as Irmãs de diferentes congregações religiosas: as Irmãs Filhas de N. S. da Visitação, as Irmãs Missionárias Capuchinhas e as Religiosas do Coração de Maria. Para além dessa equipa, os vocacionados recebem apoio directo do Pároco na realização das suas actividades de formação. Graças a esta formação a Paróquia tem jovens no Seminário Propedêutico Diocesano de S. José.

3.Proclamadores da Palavra

O grupo de Proclamadores da Palavra é composto por irmãos oriundos dos Núcleos que se apresentam a título de voluntários. Este grupo encontra-se todos os Sábados para a preparação das Leituras dominicais.

4.Grupo dos Acólitos

Este grupo, composto por 55 jovens e adolescentes, realiza a suas actividades assistidos por uma Irmã, colaborando em trabalhos, ajudando na boa celebração das acções litúrgicas. Os acólitos tiveram várias formações durante o ano, além de terem estado disponíveis nas Missas normais e campais. Também participaram nas Peregrinações diocesanas.

5.Grupo de Acolhimento

O Grupo de Acolhimento exerce acções de acolhimento durante as celebrações litúrgicas. Além disso cuida sobre como os fiéis devem apresentar-se na Igreja e de tocar o sino antes das celebrações para convidarem os fiéis a serem pontuais.

Movimentos apostólicos

1.Legião de Maria

Este movimento desenvolve as suas actividades com um total de 320 membros, de entre os quais 250 são adultos e 70 jovens.

Este movimento apostólico realizou as seguintes actividades: visitas aos doentes nas residências e no hospital rural de Gurúè, visitas aos carenciados e reclusos, encontros de fraternidade com outros movimentos,  acelebração da Eucaristia semanas para os membros do movimento e a participação das peregrinações diocesanas marianas de Muliquela, Malua e Invinha.

2.Ordem Franciscana Secular

Este movimento foi fundado na nossa Paróquia em Setembro de 2006. Conta actualmente com 100 membros. Realiza a seguintes actividades: formação nas comunidades, animação das Celebrações da Eucaristia, participação nas Peregrinações Diocesanas, visitas nas comunidades (doentes e presos. Realiza quinzenalmente encontros de avaliação e planificação das actividades.

Liturgia

A Comissão da liturgia acompanha todas as celebrações da Paróquia, partindo de ensaios regulares.

Actividades no Ano da Família

Em referência ao Ano da Família seguindo o Plano Pastoral Diocesano, a Paróquia realizou actividades de formação contínua das famílias em encontros nos Núcleos com o propósito de fortificação das famílias e para que conheçam o bem e as prioridades da fraternidade no lares e com outros irmãos. Foram recomendadas as famílias para adquirirem Bíblias para o seu estudo familiar e a realização de retiros, encontros com os pais, com as mães e com os casais.

Dificuldades

Falta de livros de catequese em todos os grupos e, especialmente, em língua portuguesa.
Falta de material litúrgico (missais em ambas as línguas, Lómwe e Português).

Perspectivas para o Ano de 2018

- Elaboração e distribuição para o estudo mensal de textos de formação para os grupos paroquiais preparados pelo Pároco;
- Continuação da formação dos fiéis nas diversas áreas, com maior incidência nos vários ministérios;
- Aumento de jovens vocacionados de modo a seguir a vida consagrada, tendo em conta a abertura do Seminário Diocesano;
Intensificação da formação de catequistas e dos fiéis na sede da Paróquia e nas novas Zonas Pastorais;
- Mudança de mentalidade dos fiéis em aspectos da Partilha Diocesana (= dízimo).

ENCONTRO DIOCESANO DE RELIGIOSAS JUNIORAS

Na Casa Diocesana de Gurúè, no último fim de semana (27 e 28 de Maio do corrente anos), realizou-se mais um Encontro de Formação de Irmãs Junioras das Congregações presentes na Diocese.

O Encontro foi organizado pela CIRMO local (a Conferência dos Institutos Religiosos de Moçambique), e orientado pelas Irmãs Maria Verónica,  Missionária Claretiana, da comunidade de Muiane, e pela Irmã Maria das Graças, Missionária Capuchinha, da comunidade de Gurúè-Sede.

D. Francisco, Bispo da Diocese, teve um encontro com as Irmãs participantes e com as orientadoras, no fim da tarde do primeiro dia do encontro, no Sábado 27.05. Durante a sua intervenção D. Francisco saliento  três aspectos fundamentais e permanentes da vida consagrada: Identidade vocacional, Formação de base e permanente e Missão/vida apostólica

Celebrou à Eucaristia da Sábado e do Domingo o Pe. Agostinho Vasconcelos, Director do Secretariado Diocesano de Pastoral e Chanceler da Diocese.