sábado, 24 de junho de 2017

REFLEXÃO PARA O 12º DOMINGO DO TEMPO COMUM. 25.06.2017



12º DOMINGO DO TEMPO COMUM. ANO "A"
As leituras deste domingo põem em relevo a dificuldade em viver como discípulo, dando testemunho do projecto de Deus no mundo. Sugerem que a perseguição está sempre no horizonte do discípulo… Mas garantem também que a solicitude e o amor de Deus não abandonam o discípulo que dá testemunho da salvação.

A primeira leitura  (Jer 20,10-13) apresenta-nos o exemplo de um profeta do Antigo Testamento – Jeremias. É o paradigma do profeta sofredor, que experimenta a perseguição, a solidão, o abandono por causa da Palavra; no entanto, não deixa de confiar em Deus e de anunciar – com coerência e fidelidade – as propostas de Deus para os homens.

• Ser profeta não é um caminho fácil: o exemplo de Jeremias é elucidativo (como também o é o testemunho de tantos  profetas do nosso tempo). O “mundo” não gosta de ver ser posta em causa a sua “paz podre”, não está disposto a aceitar que se questionem os esquemas de exploração e injustiça instituídos em favor dos poderosos, nem que se critiquem os “valores” de alguns “iluminados” fazedores da opinião pública. O “caminho do profeta” é, portanto, um caminho onde se lida permanentemente com a incompreensão, com a solidão, com o risco… É, no entanto, um caminho que Deus nos chama a percorrer, na fidelidade à sua Palavra. Temos a coragem de seguir esse caminho? As “bocas” dos outros, as críticas injustas, a solidão que dói mais do que tudo, alguma vez nos impediram de cumprir a missão que o nosso Deus nos confiou?
No baptismo, fomos ungidos como “profetas”, à imagem de Cristo. Estamos conscientes dessa vocação a que Deus, a todos, nos convocou? Temos a noção de que somos a “boca” através da qual a Palavra de Deus ressoa no mundo e Se dirige aos homens?
• A experiência profética é um caminho de luta, de sofrimento, muitas vezes de solidão e de abandono; mas é também um caminho onde Deus está. O testemunho de Jeremias confirma que Deus nunca abandona aqueles que procuram testemunhar no mundo, com coragem e verdade, as suas propostas. Esta certeza deve trazer ânimo e dar esperança a todos aqueles que assumem, com coerência, a sua missão profética.
. Na segunda leitura, (Rom 5,12-15) Paulo demonstra aos cristãos de Roma como a fidelidade aos projectos de Deus gera vida e como uma vida organizada numa dinâmica de egoísmo e de auto-suficiência gera morte.
• A história do nosso tempo está cheia de exemplos de homens e mulheres que entregaram a vida para realizar o projecto libertador de Deus no mundo e que foram considerados pela cultura dominante gente vencida e fracassada (embora, com alguma frequência, depois de mortos sejam “recuperados” e apresentados como heróis). Jesus Cristo mostra, contudo, que fazer da vida um dom a Deus aos homens não é um caminho de fracasso e de morte, mas é um caminho libertador, que introduz no mundo dinamismos de vida nova, de vida autêntica, de vida definitiva. Eu estou disposto a arriscar, a fazer da minha vida um dom, para que a vida plena atinja e liberte os meus irmãos?
• Alguns acontecimentos que marcam o nosso tempo confirmam que uma história construída à margem de Deus e das suas propostas é uma história marcada pelo egoísmo, pela injustiça e, portanto, é uma história de sofrimento e de morte. Quando o homem deixa de dar ouvidos a Deus, dá ouvidos ao lucro fácil, destrói a natureza, explora os outros homens, torna-se injusto e prepotente, sacrifica em proveito próprio a vida dos seus irmãos. Qual o nosso papel de crentes neste processo? O que podemos fazer para que Deus volte a estar no centro da história e as suas propostas sejam acolhidas?
• A modernidade ensinou-nos que a fonte da salvação não é Deus, mas o homem e as suas conquistas. Exaltou o individualismo e a auto-suficiência e ensinou-nos que só nos realizaremos totalmente se formos nós – orgulhosamente sós – a definir o nosso caminho e o nosso destino. No entanto, onde nos leva esta cultura que prescinde de Deus e das suas sugestões? A cultura moderna tem feito surgir um homem mais feliz, ou tem potenciado o aparecimento de homens perdidos e sem referências, que muitas vezes apostam tudo em propostas falsas de salvação e que saem dessa experiência de busca mais fragilizados, mais dependentes, mais alienados?
.No Evangelho, (Mt 10,26-339 é o próprio Jesus que, ao enviar os discípulos, os avisa para a inevitabilidade das perseguições e das incompreensões; mas acrescenta: “não temais”. Jesus garante aos seus a presença contínua, a solicitude e o amor de Deus, ao longo de toda a sua caminhada pelo mundo.

• O projecto de Jesus, vivido com radicalidade e coerência, não é um projecto “simpático”, aclamado e aplaudido por aqueles que mandam no mundo ou que “fazem” a opinião pública; mas é um projecto radical que exige a vitória sobre o egoísmo, o comodismo, a instalação, a opressão, a injustiça.
. A nossa época inventou formas  de reduzir ao silêncio os discípulos: ridiculariza-os, desautoriza-os, calunia-os, corrompe-os, massacra-os com publicidade enganosa de valores efémeros… Como a comunidade de Mateus, também nós andamos assustados, confusos, desorientados, interrogando-nos se vale a pena continuar a remar contra a maré… A todos nós, Jesus diz: “não temais”.
O medo  não pode impedir-nos de dar testemunho. A Palavra libertadora de Jesus não pode ser calada, escondida; mas tem de ser vivamente afirmada com palavras, com gestos, com atitudes provocatórias. Viver uma fé cómoda,  que não muda nada, que aceita passivamente valores, esquemas, dinâmicas e estruturas desumanizantes), não chega para nos integrar plenamente na comunidade de Jesus.
• De resto, o valor supremo da nossa vida não está no reconhecimento público, mas está nessa vida definitiva que nos espera no final de um caminho gasto na entrega ao Pai e no serviço aos homens; e Jesus demonstrou-nos que só esse caminho produz essa vida de felicidade sem fim que os donos do mundo não conseguem roubar.
• A Palavra de Deus que nos foi hoje proposta convida-nos também a fazer a descoberta desse Deus que tem um coração cheio de ternura, de bondade, de solicitude. Se nos entregarmos confiadamente nas mãos desse Deus, que é um pai que nos dá confiança e protecção e é uma mãe que nos dá amor e que nos pega ao colo quando temos dificuldade em caminhar, não teremos qualquer receio de enfrentar os homens.

Fonte: resumo e adaptação local  de um texto de <dehonianos.org.liturgia>

segunda-feira, 19 de junho de 2017

VISITA PASTORAL À QUASE PARÓQUIA BEATA ANAURITE. MUGULAMA.ILE. Conrinuação...


VISITA PASTORAL À PARÓQUIA DA BEATA ANAURITE. MUGULAMA. Distrito de Ile. Zambézia. (Continuação)

14.06.2017. QUARTA FEIRA. 2º DIA.

Concentração na Comunidade de Muruma.

ZONA PASTORAL DE JAKARA

Comunidades: S. Agostinho de Jakara; S. Isabel de Narokane; S. João Baptista de Muelamassi; S. André Sukwe; S. Tiago de Natxhetxhe; S. Maria de Malua; e Kotxheme.

ZONA PASTORAL DE MURUMA

Comunidades: s. Mateus de Muruma; S. Luzia de Tapatero; S. Miguel de Munanara; N. S. de Fátima de Namasile; S. Ambrósio de Mutepua; S. António de Murela; S. Carlos Lwanga de Murakokwa; S. Tiago de Marrebone.

A catequese do Bispo versou sobre o Plano Diocesano  Pastoral: “A Família e a sua relação com a comunidade. Cada Família uma Bíblia” .

Os crismados hoje foram 99.

As Igreja evangélicas existentes nestas Zonas Pastorais são: União Baptista Universal; Igreja Evangélica de Cristo; Igreja de Cristo; Igreja Nova Apostólica; Igreja Adventista do Sétimo Dia

15.06.2017. QUINTA FEIRA. 3º DIA.

Concentração na Comunidade de Naretete

ZONA PASTORAL DE LIKWANGA

Comunidades: S. Estêvão de Likwanga; S. André de Impuáha; S. Isabel de Makaremo; S. Paulo de Namaluko; S. Carlos Lwanga de Nehava.

ZONA PASTORAL DE MWAZIWA

Comunidades: S. Francisco Xavier de Mwaziwa; S. João de Deus de Asinyara; S. João Baptista de Murika; S. João de Deus de Nanuru; S. José de Munepo; S. Pedro deMwelepwesi; e Makukubi.

ZONA PASTORAL DE NAUME

Comunidades: S. Judas Tadeu de Naume; S. José de Nanretete; S. Carlos Lwanga de Mununu; S. Miguel Arcanjo de Mukotda; S. Luzia de Naiope; S. António de Mwalua.

O Bispo na sua catequese falou do relacionamento entre a “Pastoral Familiar e a Pastoral da Juventude”, tendo em conta o Plano Diocesano de Pastoral para o presente triénio (2016 – 2018).

Os crismados hoje foram 225.

 

16.06.2017. SEXTA FEIRA. 4º DIA.

Concentração na Comunidade de Mwathiwa

ZONA PASTORAL DE NAPHUA

Comunidades: S. Anselmo de Naphua; S. António de Muhaatheia; S. Maria Madalena de Namaraleni; S. Luzia de Natxhekele; S. Luzia de Warape.

ZONA PASTORAL DE MWATHIWA

Comunidades: N. S. de Fátima de Mwathiwa; Santa Maria de Rwanekwe; S. José de Muleliwa; S. Tiago Maior de Nahanorumeia; Santa Maria de Nakhalaka; e N. S. da Anunciação de Marrabone

Os crismados hoje foram 102.

As Igrejas evangélicas existentes na área destas duas Zonas Pastorais são: União Baptista Universal; Igreja de Cristo; Igreja dos 12 Apóstolos; Igreja  Cristo Vive; Igreja Novos Apóstolo; Igreja Nova Apostólica.

A Catequese do Bispo hoje versou sobre “A formação dos jovens é responsabilidade de todos os membros da comunidade”.

17.06.2017. SÁBADO. 5º DIA

Na sede da Capelania, Comunidade de Mugulama

1.-Celebração da Eucaristia

2.-Reunião do Bispo com os membros do Conselho Pastoral Paroquial.

Participantes 28 + o Pároco.

Agenda do Encontro:

  1. Apresentação dos membros;
  2. Relatório das Actividades Pastorais de 2015-2017. A Paróquia consta de 80 comunidades, 3 Núcleos de Oração e Catequese e 12 Zonas Pastorais. Os cristãos são 28.408; os catecúmenos 556; catequistas 460; os animadores 327.
    Existem 22 capelas melhoradas e 58 de pau-a-pique. Na maioria tem a Casa da Eucaristia.
  3. Relatório Económico da Capelania,
  4. Diálogo livre e apresentação de assuntos e pedido de esclarecimentos: Património da Capelania; obras (construção/acabamento da Igreja; e construção adiantada do Centro Pastoral e casa do Padre; economia (dízimo); problemas sociais (o problema das terras, os raptos, o tráfico de seres humanos e de órgãos humanos, os albinos, os assaltos às casas, os roubos); problemas da juventude (casamentos prematuros, gravidezes precoces, a escola, a droga, o alcoolismo; o relacionamento com os pais, os casamentos obrigatórios das filhas menores); os problemas familiares (o relacionamento entre os casais, o alcoolismo, a droga, a violência familiar, as separações, o “amantismo”, os divórcios, as uniões de facto sem a celebração do matrimónio), o relacionamento entre os agentes da pastoral; a falta de alguns livros, de terços e de imagens de N. Senhora; a falta de apoio nas calamidades; o uso do dinheiro colectado na comunidade; os cristãos que vem de outras igrejas; os centros de catequese e o momento de se tornarem comunidade; e outros mais.
  5. Orientações do Bispo: a formação dos líderes, segundo os ministérios; a formação catequética para os vários sacramentos, a formação permanente da comunidade; a fidelidade às “orientações diocesanas”.
  6. Encerramento

18.06.2017. DOMINGO. SEXTO DIA. FESTIVIDADE DO CORPO E SANGUE DE CRISTO.

Concentração na Comunidade de Mugulama, Sede da Capelania.

ZONA PASTORAL DE ELOPE

Comunidades: S. Sebastião de Elope; S. Carlos Lwanga de Matumane; S. Pedro Claver de Namikonya; S. João Baptista de Nakuku; Erupala; S. Tiago de Murokula; e Mussakwane.

ZONA PASTORAL DE MUGULAMA

Comunidades: Beata Anaurite de Mugulama; S. Agostinho de Nivavara; N. S. da Conceição de Mussilosi; S. Estêvão de Matrane; S. Maria Goretti de Naholossa; Sagrado Coração de Jesus de Milevane; e S. Fortunato de Saaguate.

Catequese do Bispo sobre a “Igreja somos nós, pedras vivas. O lugar e o compromisso de cada cristão na comunidade e o relacionamento entre os responsáveis da comunidade e com os fiéis”.

Celebração da Eucaristia.

Celebração do Sacramento da Confirmação. 

Primeiras Comunhões.

Procissão do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.

Os crismados foram: 170

As Primeiras Comunhões foram: 74

Almoço com as Equipas pastorais de Elope e de Mugulama.

Na parte da tarde, o Sr. Bispo regressou ao Gurúè.