sábado, 15 de julho de 2017

SUBSÍDIO PARA A REFLEXÃO E HOMILIA DO XV DOMINGO DO TEMPO COMUM





15º Domingo.  Tempo Comum -  Ano A


A liturgia deste Domingo convida-nos a tomar consciência da importância da Palavra de Deus e da centralidade que ela deve assumir na vida dos crentes.
Na 1ª leitura (Is 55,10-11), o Profeta Isaias garante-nos que a Palavra de Deus é verdadeiramente fecunda e criadora de vida. Ela dá-nos esperança, indica-nos os caminhos que devemos percorrer e dá-nos o ânimo para intervirmos no mundo. É sempre eficaz e produz sempre efeito, embora não actue sempre de acordo com os nossos interesses e critérios.
Estamos na fase final do Exílio (à volta de 550/540 a.C.). A comunidade exilada está farta de belas palavras e de promessas de libertação que tardam a concretizar-se… A impaciência, a dúvida, o cepticismo vão minando lentamente a resistência e a fé dos exilados… Será que as promessas de Deus se concretizarão? Deus não está a ser demasiado lento, em relação a algo que exige uma intervenção imediata? Deus ter-se-á esquecido da situação do seu Povo?
Não – diz o profeta – Deus não se esqueceu do seu Povo.
 Quando escutamos a Palavra de Deus, sentimo-nos confiantes, optimistas, com o coração a transbordar de esperança; sentimos que o caminho que Deus nos indica é, efectivamente, um caminho de felicidade e de vida plena…
Depois, voltamos à nossa vida do dia a dia e reencontramos a monotonia, os problemas, o desencanto; constatamos que os maus, os corruptos, os violentos, parecem triunfar sempre e nunca são castigados pelo seu egoísmo e prepotência, enquanto que os bons, os justos, os humildes, os pacíficos são continuamente vencidos, magoados, humilhados… Então perguntamos: podemos confiar nas promessas de Deus? Não estaremos a ser enganados? A Palavra de Deus que hoje nos é proposta responde a estas dúvidas. Ela garante-nos: a Palavra de Deus não falha; ela indica sempre caminhos de vida plena, de vida verdadeira, de liberdade, de felicidade, de paz sem fim.
A Palavra de Deus não poderá ser uma espécie de ópio do Povo, no sentido de que projecta em Deus as esperanças e os sonhos que nos competem a nós concretizar?
É preciso estarmos bem conscientes de que Deus não prescinde de nós para actuar na história humana… A sua Palavra dá-nos esperança, indica-nos os caminhos que devemos percorrer e dá-nos o ânimo para intervirmos no mundo. A Palavra de Deus não só não adormece a nossa vontade de agir, mas revela-nos os projectos de Deus para o mundo e para os homens e convida-nos ao compromisso com a transformação e a renovação do mundo.
Passamos a vida numa correria louca, contando os minutos, sem tempo para as pessoas, sem tempo para Deus, sem tempo para nós. Tornamo-nos impacientes e exigentes; achamos que ser eficiente é ter feito ontem aquilo que é pedido para hoje… E achamos que Deus também deve seguir os nossos ritmos. Queremos que Ele aja imediatamente, que nos resolva logo os problemas, que actue de imediato, ao sabor dos nossos desejos e projectos. É preciso, no entanto, aprender a respeitar o ritmo de Deus, o tempo de Deus. Não nos basta saber que a Palavra de Deus é sempre eficaz (embora não tenha os nossos prazos) e que não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a vontade de Deus, sem ter realizado a sua missão?
Na 2ª leitura  (Rom 8,18-23), Paulo continua a oferecer-nos a sua catequese sobre o caminho que é preciso seguir para se poder acolher a salvação que Deus oferece.
Apresenta o tema da solidariedade entre o homem e o resto da criação. A Palavra de Deus é que fornece os critérios para que o homem possa viver “segundo o Espírito” e para que ele possa construir o “novo céu e a nova terra” com que sonhamos.
Na perspectiva de Paulo, o homem não é o único interessado na opção por uma vida “segundo o Espírito”: toda a criação está dependente das escolhas que o homem faz. O que é que isto significa?
Toda a criação aguarda ansiosamente que o homem escolha a vida “segundo o Espírito”. Até lá, vai nascendo – no meio da dificuldade e da dor – esse Homem Novo, bem como esse Novo Céu e Nova Terra com que todos sonhamos. Porquê na dificuldade e na dor? Porque a vida “segundo o Espírito” supõe a renúncia ao egoísmo, aos interesses mesquinhos, ao comodismo, ao orgulho e a opção por um caminho de entrega e de dom da própria vida a Deus e aos outros
Paulo utiliza até o exemplo das dores do parto, para iluminar a mensagem que pretende transmitir… O nascimento de uma criança dá-se sempre através da dor; no entanto, essa dor é o caminho obrigatório para o nascimento de uma nova vida.
De resto, vale a pena viver “segundo o Espírito”. Os “padecimentos”, as renúncias, as dificuldades, não são nada, em comparação com a felicidade sem fim que espera os crentes no final do caminho.
O Evangelho (Mt 13,1-23) propõe-nos, em primeiro lugar, uma reflexão sobre a forma como acolhemos a Palavra e exorta-nos a ser uma “boa terra”, disponível para escutar as propostas de Jesus, para as acolher e para deixar que elas dêem abundantes frutos na nossa vida de cada dia. Garante-nos também que o “Reino” proposto por Jesus será uma realidade imparável, onde se manifestará em todo o seu esplendor e fecundidade a vida de Deus.

O acolhimento do Evangelho não depende, nem da semente, nem de quem semeia; mas depende da qualidade da terra. Diante da Palavra de Jesus, há várias atitudes…
- Há aqueles que têm um coração duro como o chão de terra batida dos caminhos: a Palavra de Jesus não poderá penetrar nessa terra e dar fruto.  Faz-nos pensar em corações insensíveis, egoístas, orgulhosos, onde não há lugar para a Palavra de Jesus e para os valores do “Reino”. Este caminho de orgulho e de auto-suficiência alguma vez foi “o meu caminho”?

- Há aqueles que têm um coração inconstante, capaz de se entusiasmar instantaneamente, mas também de desanimar perante as primeiras dificuldades: a Palavra de Jesus não pode aí criar raízes. Faz-nos pensar em corações inconstantes, capazes de se entusiasmarem com o “Reino”, mas incapazes de suportarem as contrariedades, as dificuldades, as perseguições. A Palavra de Deus é, para mim, uma realidade que eu levo a sério, ou algo que eu deixo cair quando me dá jeito?

- Há aqueles que têm um coração materialista, que dá sempre prioridade à riqueza e aos bens deste mundo: a Palavra de Jesus é aí facilmente sufocada por esses outros interesses dominantes. Faz-nos pensar em corações materialistas, comodistas, instalados, para quem a proposta do “Reino” não é a prioridade fundamental.
- Há também aqueles que têm um coração disponível e bom, aberto aos desafios de Deus: a Palavra de Jesus é aí acolhida e dá muito fruto. Os verdadeiros discípulos (a “boa terra”) identificam-se com aqueles que escutam as parábolas, as entendem e acolhem a proposta do “Reino”. Faz-nos pensar em corações sensíveis e bons, capazes de aderirem às propostas de Jesus e de embarcarem na aventura do “Reino”.

Temos aqui, portanto, uma exortação aos cristãos no sentido de acolherem a Palavra de Jesus, sem deixarem que as dificuldades, os acidentes da vida, os outros valores a afoguem e a tornem uma semente estéril, sem vida.
A parábola do semeador e da semente é, sobretudo, um convite a reflectir sobre a importância e o significado da Palavra de Jesus. Temos consciência de que é a Palavra anunciada, proclamada, meditada, partilhada, celebrada, que cria a comunidade e que a alimenta no dia a dia?
O Evangelho de hoje responde: “coragem! Não desanimeis pois, apesar do aparente fracasso, o ‘Reino’ é uma realidade imparável; e o resultado final será algo de surpreendente, de maravilhoso, de inimaginável”.

Fonte: Resumo e adaptação local de um texto de: <dehonianos@org.portal/liturgia>

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Sábado– XIV Semana – Tempo Comum



Sábado– XIV Semana – Tempo Comum

Primeira leitura: Génesis 49, 29-32;50, 15-26a

O epílogo da história de José reaviva o grande tema que a domina: a destruição e a reconstrução da família.

 Num plano mais geral, recorda a promessa de Deus a Abraão, fio condutor de todas as tradições patriarcais. 

Num plano ainda mais alargado suscita o tema da luta entre o bem e o mal, entre a bênção e a maldição, entre a salvação e a perdição, tema de toda a Bíblia.

O nosso texto une o pedido de Jacob para ser sepultado no lugar onde estão os seus pais com a conclusão do livro do Génesis, onde se contrapõem o medo dos irmãos por causa de possível represália de José, depois da morte do pai, e a reacção do mesmo José reafirmando o perdão, e revelando a consciência de que, sendo embora poderoso, jamais poderá assumir o lugar de Deus, o único a quem pertence julgar e dar ou tirar a vida.

O regresso dos restos mortais de Jacob-Israel à terra dos pais preanuncia o regresso do povo de Israel, depois de anos de sofrimento no Egipto. Nas palavras de José, faz-se memória do compromisso, da aliança  que Deus estabeleceu com os pais, e que dá sentido à esperança do povo. Essa esperança irá concretizar-se numa nova fase que encherá de alegria a terra, quando o Filho de Deus vier fazer de todos os homens um só povo, e conduzi-lo à pátria dos seus desejos, Deus Pai.

A conclusão da história de José lança luz sobre o modo como havemos de encarar a questão do mal. Essencialmente, diz-nos que Deus respeita a liberdade das criaturas e permite o mal porque pode transformá-lo em bem.
São respostas que é preciso aprofundar. Deus permitiu que os irmãos de José agissem maldosamente contra ele, e não os forçou a fazer o bem, porque os criou livres, respeita a liberdade e quer o nosso bem. Nunca é eficaz obrigar a fazer o bem. Quem faz o bem obrigado, sofre uma dura opressão e, no mais íntimo de si mesmo, continua a desejar fazer o mal.
Por isso, Deus, querendo a nossa felicidade, respeita a liberdade que nos deu para que possamos fazer o bem livremente, com amor e sem constrangimentos.

Por outro lado, Deus permite o mal porque pode fazê-lo servir ao bem: «Premeditastes contra mim o mal. Mas Deus aproveitou-o para o bem» (v. 20), afirma José. É uma reflexão profunda. Deus é capaz de virar o sentido das acções humanas. Mas – há que tê-lo em consideração – Deus procura pessoas que acolham a sua acção. José acolheu o pensamento de Deus. Em vez de responder ao mal com o mal, consciente da bondade e da misericórdia de Deus, agiu como Ele: renunciou à vingança e perdoou.

Quando nos debatemos com o problema do mal, devemos sempre interrogar-nos: «Aceito as intenções de Deus?» As intenções de Deus exigem conversão, que nos leva a responder ao mal com o bem.

A história de José antecipa o mistério da Cruz. A cruz de Jesus é o exemplo mais flagrante da inversão do mal em bem. Mas isso só foi possível porque Jesus abriu o seu coração às intenções positivas de Deus. O segredo da redenção está na generosa abertura de Jesus ao acolhimento da vontade salvífica do Pai e em assumi-la.

Evangelho: Mateus 10, 24-33

As exigências da missão são extremas, podendo incluir a perseguição e a morte, como lemos ontem.

 Hoje, Jesus introduz no seu discurso a expressão «Não temais», que ocorre 366 vezes na Bíblia. O nosso texto está estruturado sobre a repetição, a modo de imperativo, do convite a não ter medo (vv. 26.28.31), seguido das razões pelas quais a confiança deve sempre vencer. 

A primeira razão é: ainda que o bem esteja, por agora, velado, e a astúcia e a virulência do mal pareçam escondê-lo, acontecerá uma reviravolta completa e veremos, no triunfo de Cristo, a vitória dos que escolheram praticar o bem. Eis a razão pela qual os discípulos de Jesus são encorajados à audácia do anúncio. O que recebemos é pequeno como uma luzinha nas trevas, como um sussurro ao ouvido, mas deve ser dado à plena luz do dia, gritado sobre os telhados. 

Inicialmente, o Evangelho era algo de oculto e misterioso, que era preciso manter em segredo, dado a conhecer a poucos e com as devidas precauções, para não desencadear a perseguição. Mas chegou o tempo de o dar a conhecer ao mundo inteiro! O pior que pode acontecer aos missionários do Reino é a morte do corpo. Mas seria muito pior a morte da alma, a perda da vida (alma significa vida). Ora, só Deus pode tirar a vida. Mas não o faz àqueles que O amam e O temem.
 Jesus conclui a sua argumentação com duas imagens muito ternas: a dos pássaros que, valendo pouco, são amados pelo Pai, e a dos cabelos da cabeça, contados por Ele. Não há, pois, que temer: «Ide: proclamai que o Reino do Céu está perto!» (Mt 10, 7).

Muita gente se escandaliza e interroga ao ver o mal que campeia no mundo. Como pode Deus permitir tantos acontecimentos trágicos, que enchem de sofrimento a vida de pessoas e de povos inteiros?

O evangelho diz-nos que o discípulo, chamado a anunciar o Evangelho, deve fazê-lo corajosa e coerentemente. O Senhor está com ele (cf. Mt 28, 19s.). Essa companhia liberta o discípulo do medo da morte, e leva-o a olhar para além dela. De facto, em Cristo a morte foi destruída e a vida triunfou. «É digna de fé esta palavra: Se com Ele morrermos, também com Ele viveremos. Se nos mantivermos firmes, reinaremos com Ele. Se o negarmos, também Ele nos negará. Se formos infiéis, Ele permanecerá fiel, pois não pode negar-se a si mesmo» (2 Tm 2, 11s.). É o novo começo da vida do crente, porque, Jesus Cristo, ao vencer a morte, constrói a história a partir do novo início da sua ressurreição. O discípulo constrói-se sobre Cristo (Cl 2, 7) e é «associado à sua plenitude» (Cl 2, 9), por ser «sepultado com Ele no Baptismo, também foi com Ele que foi ressuscitado, pela fé que tem no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos» (cf. Cl 2, 12).
A missão do discípulo encontra neste acontecimento o seu “começo” e a certeza que é acompanhada pela presença providente do Pai, que guarda os seus fiéis.

Fonte:
De um texto resumido e adaptado localmente de :<dehonianos.org/portal/liturgia>

quinta-feira, 13 de julho de 2017

REFLEXÃO PARA A VI FEIRA DA XIV SEMANA DO TEMPO COMUM



Sexta-feira– XIV Semana – Tempo Comum

Primeira leitura: Génesis 46, 1-7.28-30

O reencontro de José com os seus irmãos e a reunificação da família de Jacob é o tema central da longa história do Génesis. O itinerário de Jacob, ligado ao de Abraão, torna-se uma última etapa decisiva na história da salvação de Israel. Se Abraão partiu de Ur para chegar à terra de Canaã, agora Jacob, da terra de Canaã, parte para o Egipto acompanhado, tal como Abraão, pela promessa: «tornar-te-ei ali uma grande nação» (v. 3). 

A etapa da descida ao Egipto é diferente da descrita no capítulo 28, porque Jacob, agora, conhece o seu interlocutor: «Eu sou o Deus de teu pai» (v. 3). Esta, como outras vicissitudes da sua vida, faz parte da história da salvação, que o próprio Deus guarda e orienta: « não hesites em descer ao Egipto… Eu mesmo descerei contigo…; e Eu mesmo far-te-ei voltar de lá » (vv. 3-4).

 A presença de Deus, mesmo em terra estrangeira, dá sentido a uma viagem que, de outro modo, seria incompreensível, pois afasta Jacob da terra prometida, à qual nem sequer regressará: «será José quem te fechará os olhos» (v. 4). A história de José representa a história de todos aqueles crentes que, fiados na Palavra de Deus, se abandonam aos seus desígnios.

Evangelho: Mateus 10, 16-23

O nosso texto reflecte a profecia de Jesus sobre a sorte dos seus discípulos, mas também a experiência posterior da Igreja, que descobriu todo o sentido das palavras do seu Senhor e Mestre. Quando Mateus escreveu, já muitos discípulos tinham sido presos, levados aos tribunais e executados por causa do «nome» de Jesus. 

O judaísmo oficial, pelo ano 70, declarou excomungados da Sinagoga todos aqueles que confessassem que Jesus é o Messias. E surgiu, ou acentuou-se a divisão e o ódio nas famílias: uns a favor de Jesus e outros contra. 

Os discípulos, particularmente os missionários, são comparados ao Cordeiro «que tira o pecado do mundo» (Jo 1, 29), Aquele que carregou sobre si os nossos pecados e os nossos sofrimentos (cf. Is 59, 11), para realizar o projecto de Deus, que quer salvar todos os homens (1 Tm 2, 4). 
A mansidão e a não-violência do missionário não são fraqueza nem masoquismo, mas vivência de duas virtudes aparentemente opostas: a prudência da serpente, como exercício de inteligência vigilante, realista e crítica, que evita o engano; a simplicidade da pomba, como exercício de um procedimento límpido e confiante, próprio de quem sabe estar nas mãos de Deus-Pai, poderoso e bom. Nos tribunais, há que confiar na presença e na acção do Espírito.

O futuro do discípulo não é róseo. O mal gera o mal e abala as próprias relações familiares. Mas quem suportar ser odiado, não pelos seus crimes, mas por causa de Cristo, será salvo.

A história de José mostra como aqueles que se fiam de Deus acabam por sair vitoriosos e por se tornar benfeitores para os outros. O acolhimento da chamada a partilhar a missão de Jesus também pressupõe absoluta confiança n´Aquele que chama. 
A missão de Jesus passou pelo despojamento da sua condição divina para se fazer homem entre os homens, servo (Fl 2, 7), vivendo entre os seus «como aquele que serve» (Lc 22, 27). Esta conformidade a Cristo «servo» é dada pelo Espírito que permite ao discípulo juntar, numa existência renovada, o agir e o ser, e assim unificar o amor para com Deus e para com o próximo no serviço prestado na verdade (cf. Mt 9, 13).

Em Cristo, a vida e a missão do discípulo são postas sob o signo da cruz gloriosa: «Aos que me batiam apresentei as espáduas e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me ultrajavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio; por isso não sentia os ultrajes. Endureci o meu rosto como uma pedra, pois sabia que não ficaria envergonhado» (Is 50, 6s.). 

Também no momento do abandono e do fracasso, do medo que leva a olhar para trás, a fixar-se no passado em que se julga encontrar protecção, o discípulo confia a sua história à memória de uma Palavra consoladora: «Sou Eu, sou Eu o vosso consolador.
 Quem és tu para teres medo de um simples mortal, de um homem que acabará como a erva? Esqueceste o Senhor, teu criador, que estendeu os céus e fundou a terra.» (Is 51, 12s.). 
Assim, o Evangelho é subtraído a critérios de avaliação mundanos e é definitivamente entregue ao discernimento da palavra do Senhor: «Irmãos, não sejais crianças, quanto à maneira de julgar; sede, sim, crianças na malícia; mas, quanto à maneira de julgar, sede homens adultos» (1 Cor 14, 20).

fonte: resumo e adaptação local de um texto de: <dehonianos.org/portal/liturgia