sábado, 30 de junho de 2018

CRÓNICA DO ÚLTIMO DIA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ANIMADORES DAS COMUNIDADES


CRÓNICA DO ÚLTIMO DIA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ANIMADORES DAS COMUNIDADES  NA REGIÃO PASTORAL CENTRO B

 Os trabalhos do curso de formação dos agentes da Pastoral da Região Centro B, retomaram quando eram 14.30 hora do passado 22.06.18.

Após a oração, o Pe Tonito Muananoua, apresentou o tema da COORDENAÇÃO DOS MINISTÉRIOS na Igreja família.

Tendo presente o subsídio preparado para este Curso e que foi previamente distribuido aos particiantes, Pe Tonito Muananoua evidenciou a realidade da coordenação dos ministérios como uma caminhada de evangelização, de participação comunitária, de maturação e organização dos membros da Igreja família.

Mais adiante, Pe Muananoua apresentou a coordenação dos ministérios como meio para praticar e assumir a comunhão eclesial. Esta comunhão, sublinhou o orador, na Igreja família, deve desenvolver-se em torno do Bispo, que por sua vez espera de todos, um empenho efectivo de coordenação a todos os níveis da família diocesana.

Pe Tonito terminou a sua intervenção evidenciando a coordenação como uma concretização da colegialidade eclesial que revela-se cada vez mais como uma escola de comunhão.
Após a intervenção do Pe Tonito, seguiu-se um intervalo e os trabalhos retomaram quando eram 16.00 horas.

Na segunda parte da tarde, interviu o Pe Agostinho Vasconcelos com o tema dos MINISTÉRIOS ORDENADOS. 

Ao longo da sua intervenção, Pe Agostinho frisou que a nível da vida são os ministros ordenados que tornam possível o exercício do sacerdócio comum dos seus irmãos na fé para que possam gozar da sua dignidade baptismal. Assim, insistiu o Padre Agostinho, são os ministros ordenados que fazem nascer e crescer a vida divina dos membros da comunidade. Não só, a nível da organização, os ministros ordenados são coordenadores, divergindo dos não ordenados na dimensão e duração da coordenação..

A Igreja ministerial representa uma opção clara por uma Igreja povo de Deus com as seguintes consequências: uma fundamental igualdade; cada membro desempenha uma tarefa diferente na construção da mesma comunidade e, por fim, na concepção de uma Igreja ministerial todos os serviços são do Povo de Deus, exercidos pelo Povo de Deus para o Povo de Deus.

Padre Agostinho terminou apresentando o lugar dos ministros ordenados na Igreja local e a articulação daqueles com os não-ordenados.

As sessões da tarde terminaram às 17 horas. Às 18 horas teve lugar a celebração da Eucaristia com a comunidade, presidida pelo Pe Tonito Muananoua. Na Missa, colocou-se como intenção principal a vida do Pe Domingos da Cruz Agostinho Pauteia, por ocasião do 10º aniversário da sua passagem deste mundo para a Pátria celeste.

Pe Tonito Muananoua

sexta-feira, 29 de junho de 2018

29 JUNHO: S. PEDRO E S. PAULO, APÓSTOLOS -

29 JUNHO: S. PEDRO E S. PAULO, APÓSTOLOS 

Desde o século III que a Liturgia une na mesma celebração as duas colunas da Igreja, Pedro e Paulo. Mestres inseparáveis de fé e de inspiração cristã pela sua autoridade, simbolizam todo o Colégio Apostólico. 

Pedro era natural de Betsaida, onde exercia a profissão de pescador. Jesus chamou-o e confiou-lhe a missão de guiar e confirmar os irmãos na fé. É uma das primeiras testemunhas de Jesus ressuscitado e, como arauto do Evangelho, toma consciência da necessidade de abrir a Igreja aos gentios (At 10-11). 

Paulo de Tarso, perseguidor acérrimo da Igreja, converte-se no caminho de Damasco. A partir daí, a sua vivacidade e brilhantismo são postos ao serviço do Evangelho. Fortemente apaixonado por Cristo, percorre o Mediterrâneo para anunciar o Evangelho da salvação, especialmente aos pagãos. 

Depois de terem sofrido toda a espécie de perseguições, ambos são martirizados em Roma. Regando com o seu sangue o mesmo terreno, “plantaram” a Igreja de Deus.

Primeira leitura: Atos, 12, 1-11

Pelos anos 41-44 da nossa era, reinava na Judeia Herodes Agripa, que moveu uma perseguição contra a Igreja. Foi por essa ocasião que Pedro foi preso, durante a páscoa hebraica, e teria a mesma sorte de Jesus, se Deus não tivesse intervindo com um milagre (vv. 1-4) : um anjo libertou Pedro da morte certa. Tal fato deixou os cristãos espantados e admirados com a benevolência de Deus. No evento foi importante a oração da Igreja, compenetrada da importância única da missão de Pedro. Mais tarde, também S. Paulo recuperará, de modo idêntico, a sua liberdade (At 16, 25-34).

Segunda leitura: 2 Timóteo 4, 6

Este texto apresenta-nos o que podemos chamar o testamento de Paulo. O Apóstolo pressente próxima a sua morte e dá-nos a conhecer o seu estado de espírito: sente-se só e abandonado pelos irmãos, mas não vítima, porque a sua consciência está tranquila e o Senhor está com ele. Guardou a fé e cumpriu a sua vocação missionária com fidelidade. Compara-se à libação derramada sobre as vítimas nos sacrifícios antigos. Quer morrer como viveu, isto é, como verdadeiro lutador, uma vez que se entregou a Deus e aos irmãos. A vitória é certa! As suas palavras são já um cântico de vitória, porque está próximo o seu encontro com Cristo Ressuscitado.

Evangelho: Mateus 16, 13-19

O nosso texto evangélico de hoje consta de duas partes: a resposta de Pedro acerca da messianidade de Jesus, Filho de Deus (vv. 13-16) e a promessa do primado que Jesus confere a Pedro (vv. 17-19). 

O povo reconhecia Jesus como um profeta. Mas os Doze têm uma opinião muito própria, que é expressa por Pedro: Jesus é o Messias, o Filho de Deus (cf. v. 16). Essa opinião, mais do que baseada na experiência que tinham de Jesus, era fruto da acção do Espírito neles: “não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.” (v. 17).

Por causa desta confissão, Pedro será a rocha sobre a qual Cristo edificará a sua Igreja. A Pedro e aos seus sucessores é confiada a missão de serem o fundamento visível da realidade invisível que é Cristo Ressuscitado. O poder de ligar e desligar, expresso na metáfora das chaves, indica a autoridade sobre a Igreja.

Celebrar os Apóstolos Pedro e Paulo é um testemunho de fé na Igreja “una, santa, católica, apostólica”. Pedro é, efectivamente, a pedra que se apoia directamente sobre a pedra angular que é Cristo. Pedro, e Paulo são os últimos elos de uma corrente que nos liga a Jesus. Celebrando Pedro e Paulo celebramos os “fundadores” da nossa fé, os genearcas do povo cristão. Ambos foram martirizados em Roma, na perseguição de Nero, por volta do ano 64 d. C.

O Novo Testamento permite-nos reconstruir, o itinerário da vida dos dois apóstolos e dar-nos conta da gratuidade da escolha divina. Pedro era um pescador da Galileia. Passava os dias no lago de Tiberíade, com o seu pai Jonas e com o seu irmão André. O seu trabalho consistia em lançar as redes, esperar, retirá-las e, depois, à tarde, remendá-las, sentado na margem.

Foi aí que, uma tarde, quando lançava as redes para uma última pescaria, ouviu, com o seu irmão, o chamamento de Jesus que passava: 

Segui-me; farei de vós pescadores de homens” (Mc 1, 17). 

Começou, assim, a sua extraordinária aventura; seguiu o Mestre da Galileia para a Judeia; daí, depois da morte de Jesus, percorreu a Palestina, até se mudar para Antioquia e, daí, chegou finalmente a Roma.

Em Roma animou a fé dos crentes, esteve preso, e foi morto no Vaticano, onde ficou para sempre, não só com o seu túmulo, mas também com o seu mandato: ficou naqueles que lhe sucederam naquela que os cristãos 
chamaram sempre “a cátedra de Pedro”, até ao papa que hoje governa a Igreja. Nele, Pedro continua a ser “a rocha”, sobre a qual Cristo continua a edificar a sua Igreja, o sinal da unidade para “aqueles que invocam o nome do Senhor”. 

Não muito longe de Pedro, repousa Paulo que, de perseguidor, se tornou o Apóstolo dos Gentios, o missionário ardoroso do Evangelho. O seu martírio revelou a substância da sua fé. A evangelização das duas colunas da Igreja apoia-se, não sobre uma mensagem intelectual, mas sobre uma praxis profunda, sofrida e testemunhada com a palavra de Jesus.

O lugar de Pedro e dos seus sucessores não é um cargo honorífico ou uma recompensa de méritos. É um serviço, o serviço de apascentar as ovelhas do Senhor: “Apascenta as minhas ovelhas”, disse Jesus (Jo 21, 15ss). Com o dever de dar testemunho d´Ele, Jesus confiou a Pedro a sua própria missão de Servo e Pastor. Testemunha de Cristo, pastor e servo dos crentes são prerrogativas que, de Cristo passaram a Pedro e, de Pedro, aos seus sucessores, os bispos de Roma.

Rezemos pelo Santo Padre, sucessor de Pedro, para que Ele, que o confiou uma tal missão, o ilumine e o torne, cada vez mais, capaz de confirmar na fé os seus irmãos. 

Fonte: Adaptação local de um texto de F. Fonseca em: “dehonianos.org/portal/liturgia”

quinta-feira, 28 de junho de 2018

QUINTA-FEIRA – XII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - TEMPO COMUM – ANOS PARES

QUINTA-FEIRA – XII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - TEMPO COMUM – ANOS PARES

Primeira leitura: 2 Reis 24, 8-17

A Assíria, que se aliou ao Egipto, para fazer frente ao expansionismo babilónio, diminuiu a sua ameaça sobre Jerusalém. Mas surgiu a ameaça da própria Babilónia. Tendo caído Nínive, capital da Assíria, Nabucodonosor tornou-se rei da Babilónia. Na Primavera de 598, apoderou-se do fraco reino de Joiaquim, expugnando Jerusalém, e procedendo a uma primeira deportação, que envolveu o profeta Daniel. Sedecias substituiu o fraco Joiaquim como rei de Judá. É nesta época que actua o profeta Jeremias (cf. Jr 22, 13-17). 

Como sempre acontece, o autor sagrado liga os dramas do povo à sua infidelidade à aliança (cf. v. 9). O profeta de Anatot em vão tinha apelado à conversão. O mal do povo tornou-se tão grande, que Jeremias chegou a perder as esperanças (Jr 5, 1-3).

Evangelho: Mateus 7, 21-29

Ao concluir o Sermão da Montanha, Jesus previne contra a presunção de se salvar apenas pela invocação do nome divino, ou em virtude de acções carismáticas, sem as acompanhar com uma vida coerente, com a prática da caridade, ainda que sejam expressão da própria fé.

Não se pode ficar pelo «dizer»; há que «fazer».

Notemos também que a referência, no juízo final, será sempre Cristo: «me dirão», «minhas palavras» (cf. Mt 25). Também é significativa a acentuação de «muitos»: «muitos me dirão…». «Então, dir-lhes-ei»: no texto original, lê-se: «Então declararei», numa clara alusão ao «dia do Senhor», ao dia do juízo. 

Quando Cristo declara que não conhece (como na parábola das virgens insensatas: Mt 25, 12) tais «tais praticantes da iniquidade» (cf. Mt 13, 14; 24, 12), onde encontramos o mesmo termo), utiliza a fórmula judaica de excomunhão do mestre, que implicava uma suspensão temporária do discípulo.

O Sermão da Montanha repõe o esquema de bênçãos e maldições diante das quais era colocado o povo da Aliança (Lv 26, Dt 28) e termina com a expressão «e grande foi a sua ruína» (Mt 7, 27), que contrasta com as palavras de abertura: «Felizes…» (Mt 5, 2ss.). 

Finalmente, Cristo fala de duas maneiras de escutar a Palavra: de modo superficial e descomprometido, ou de modo atento e eficaz. Fala também das consequências de escutar de um ou de outro modo.

Estamos a viver o tempo comum da Liturgia. Enquanto o tempo do Advento ao Pentecostes representa o tempo de Jesus, em que Ele realiza historicamente a nossa redenção, o tempo comum representa o tempo da Igreja, porque nele se constrói a mesma Igreja, Corpo de Cristo, que continua no mundo a obra salvífica de Jesus e prolonga a sua incarnação. É neste tempo que os homens são chamados a entrar na Igreja pelo baptismo, e a crescer nela pelos sacramentos e pelo empenhamento pessoal até alcançarem a plena estatura de Cristo, o estado de adultos na fé. É, pois, o nosso tempo, em que havemos de construir o nosso destino eterno, o tempo para nos realizarmos como homens e como cristãos.

Jesus fala deste tempo com a imagem da casa, que pode ser construída sobre a rocha ou sobre a areia. A imagem é clara e eficaz. Enquanto a primeira resiste aos ventos e às enxurradas, a segunda fica reduzida a um monte de ruínas. Ambos os construtores conheceram Jesus e ouviram a sua palavra. Mas, enquanto um a põe em prática, o outro não. Um faz a vontade do Pai. O outro limita-se a dizer: «Senhor! Senhor!» (v. 22). 

O evangelho de hoje apela para a coerência da nossa vida de cristãos. Com estas parábolas, Jesus não nos deixa ilusões. A porta do Reino só se abre para aqueles que fizeram a vontade do Pai. A rocha representa essa vontade. Sobre ela, pode construir-se uma casa bonita, acolhedora e forte.
A vontade de Deus não é algo de abstracto, porque se «fez carne» e, em certo sentido, se materializou em Jesus Cristo. 
Por isso, Paulo escreve: «estais edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus» (Ef 2, 20). Pedro também fala de Jesus como pedra angular (1 Pe 2, 5-6). Construir sobre a rocha quer dizer construir a própria vida sobre Jesus, sobre a sua Palavra, sobre a sua Pessoa. 

Este convite à “escuta” já estava expresso na famosa «shemá» («escuta…»), com que o piedoso israelita manifestava a Deus a sua fé, a adesão da sua vontade e a oblação da sua própria vida, cumprindo a Palavra de Deus:
«Escuta, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda as tuas forças. Estes mandamentos que hoje te imponho, serão gravados no teu coração. Ensiná-los-ás aos teus filhos…» (Dt 6, 4-7).
Assim Deus Se revelava a na vida do piedoso israelita como Javé («Eu sou aquele que sou» Ex 3, 14), isto é, como presente na vida como libertador, como guia, como salvador.
A presença da Palavra era a presença da Pessoa. Com maior razão tudo isto se realiza em Jesus, que é a Palavra, o Verbo de Deus feito carne:
«Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha…» (Mt 7, 24).
“Rocha”, “Rochedo” são as imagens típicas de Deus, que exprimem solidez, segurança e, portanto, fé, adesão completa: «Deus é a rocha da minha defesa…» (Sl 62(61), 3): «Vós sois, meu Deus, a rocha da minha salvação…» (Sl 89(88), 27).
É como dizer: o Senhor é o meu «amem», a minha segurança, a minha salvação. É assim que Cristo é chamado no Apocalipse: «Assim diz o Amem, a Testemunha fiel…» (3, 14) e Paulo: «Por meio de Jesus Cristo sobe até Deus o nosso Amem» (2 Cor 1, 20).
Fonte: adaptação local de um texto de F. Fonseca em:  “dehonianos.org/portal/liturgia”

quarta-feira, 27 de junho de 2018

VISITA PASTORAL À PARÓQUIA S. TIAGO MAIOR DE NAMARRÓI (1ª FASE) -

VISITA PASTORAL À PARÓQUIA S. TIAGO MAIOR DE NAMARRÓI (1ª FASE)
PROGRAMA DA PRIMEIRA FASE

27.06.2018
Concentração na comunidade de Quathane.
ZONAS PASTORAIS: Quathane, Namitipo e Enyasse

28.06.2018
Concentração na comunidade de S. Verónica
ZONA PASTORAL: Intxassima

29.06.2018
Concentração na comunidade de Regone
ZONAS PASTORAIS: Regone, Namombe e Elutxa.

XII SEMANA – QUARTA-FEIRA – TEMPO COMUM – ANOS PARES - 27 JUNHO 2018


XII SEMANA – QUARTA-FEIRA – TEMPO COMUM – ANOS PARES - 27 JUNHO 2018 

Primeira leitura: 2 Reis 22, 8-13; 23, 1-3

Ezequias, que Isaías curou milagrosamente (2 Rs 1, 11; cf. Is 36-38), sucedeu a Manassés (687-642), em cujo reinado se chegou ao ponto de perder o Livro da aliança (2 Rs 23, 2.21), em que se reivindicava um só Deus e um só templo. A apostasia generalizou-se. A crueldade do «ímpio Manassés» levou-o a mandar serrar em dois o profeta Isaías. 

Sucedeu-lhe Josias (640-609), bisneto de Ezequias. Durante o seu reinado foi reencontrado o Livro da Lei. A descoberta desse livro ecoava como denúncia da infidelidade do povo. E a profetisa Hulda anunciava o consequente castigo (2 Rs 22, 14-20).

Então o rei mandou ler o Livro e renovar a aliança, como já acontecera no Sinai (Ex 24, 7s.) e em Siquém (Js 24, 25-27), e convocar uma solene celebração da páscoa. Uma menor pressão da Assíria permitiu a Josias prosseguir a reforma (2 Rs 23, 4-30).

Evangelho: Mateus 7, 15-20

Jesus não impôs a selecção dos seus seguidores. O convite é para todos. Por isso, a Igreja, a comunidade dos discípulos de Jesus, compõe-se de «bons e de maus». Naturalmente, não tardaram a surgir dificuldades na comunidade, e impôs-se o discernimento ou distinção dos espíritos.
Na Igreja, povo de Deus, surgiram profetas que gozaram de grande estima, mas também falsos profetas. Havia que saber distingui-los. O critério para essa distinção era o fruto que produziam. 

A imagem da árvore encontra-se noutros textos bíblicos, por exemplo, em Is 61, 3, Jr 2, 21, Mt 15, 3, Jo 15, 1-8. A árvore boa dá bons frutos; a árvore má dá maus frutos.

Ao ouvir a leitura do Livro do Deuteronómio, Josias verificou que, ele e o seu povo, estavam a ser infiéis a Deus. E prometeu solenemente aderir de alma e coração às palavras da Aliança: 

«Pondo-se de pé sobre o estrado, o rei renovou a aliança na presença do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor, a observar os seus mandamentos, as suas instruções e os seus preceitos, com todo o seu coração e com toda a sua alma, e a cumprir todas as palavras da aliança contidas neste livro. (2 Rs 23, 3). O povo seguiu o exemplo do rei: «Todo o povo concordou com esta aliança» (2 Rs 23, 3).

No Salmo responsorial, que hoje rezamos, manifesta-se o desejo de ser guiados no caminho do Senhor: 

«Ensinai-me, Senhor, o caminho dos vossos decretos para ser fiel até ao fim. Dai-me entendimento para guardar a vossa lei e para a cumprir de todo o coração» (Sl 118 (119), 33-34).

Quando se ama alguém, procura-se conhecer a sua vontade e cumpri-la. A busca da vontade de Deus, e o seu cumprimento, são o caminho para a verdadeira felicidade do homem. Foi esse o caminho seguido por Jesus: 

«faço sempre aquilo que lhe agrada» (Jo 8, 29;
«O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou» (Jo 9, 4). 

S. Agostinho compreendeu a importância de fazer a vontade de Deus, de seguir o caminho que Ele nos traça. Por isso, rezava: 

«Afasta os meus olhos das coisas vãs, faz-me viver no teu caminho».

As «coisas vãs» não são sempre más. Podem mesmo ser boas. Mas não o são, se nos afastam do caminho do Senhor, do cumprimento da sua vontade.
No evangelho, Jesus recomenda-nos que não nos fixemos nas aparências das pessoas e das suas acções. Oferece-nos até um critério de discernimento: 

«Pelos seus frutos, os conhecereis» (v. 16). 

Há, pois, que avaliá-las pelos «frutos» que produzem. Paulo indica alguns desses frutos: «o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio» (Gl 5, 22-23); «o Reino de Deus não é uma questão de comer e beber, mas de justiça, paz e alegria no Espírito Santo» .

Fonte: Adaptação local de u texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia/”