quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

MAU TEMPO MATA QUATRO PESSOAS NA ZAMBÉZIA

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Mau tempo mata quatro pessoas na Zambézia

Duas crianças foram apanhadas de surpresa quando se encontravam dentro de casa

Caos e luto são os efeitos causados pelas descargas atmosféricas que se fazem sentir na província da Zambézia.
Em 72 horas, houve registo de quatro mortos, nos distritos de Ile e Nicoadala. Trata-se de duas crianças, colhidas de surpresa quando se encontravam dentro da sua residência, e um casal que se encontrava na machamba a lavrar a terra.
E porque as vítimas foram colhidas de surpresa e em lugares inesperados, as autoridades da província da Zambézia mostram-se preocupadas com o fenómeno.
 
“É preocupante, por ser um fenómeno pelo qual não se pode esperar, muito menos prever. As circunstâncias nas quais o fenómeno acontece são ditadas pela própria natureza. A pessoa pode estar dentro de casa, na rua ou até mesmo no trabalho. O mais importante é tomar cuidado, porque os casos de morte por descargas atmosféricas estão a ser recorrentes”, advertiu Miguel Caetano, porta-voz da PRM na Zambézia.
 
Segundo Caetano, o que acontece é que as chuvas vêem acompanhadas de ventos e trovoadas, por isso, há registo de vítimas mortais de descargas atmosféricas, além de outros danos materiais não significativos causados pelo fenómeno.
Entretanto, as chuvas continuam a cair com alguma regularidade na província da Zambézia, por isso, a PRM apela à população a abandonar as zonas consideradas de risco, de forma a evitar prejuízos maiores, e manter-se em zonas seguras.
 
FONTE: Jorge Marcos, em "O Pais digital", 25.01.2017

REFLEXÃO PARA O IV DOMINGO DO TEMPO COMUM 29.01.2017


4º Domingo do Tempo Comum

As leituras deste domingo propõem-nos uma reflexão sobre o “Reino” e a sua lógica. Mostram que o projecto de Deus – o projecto do “Reino” – roda em sentido contrário à lógica do mundo… Nos esquemas de Deus  são os pobres, os humildes, os que aceitaram despir-se do egoísmo, do orgulho, dos próprios interesses que são verdadeiramente felizes. O “Reino” é para eles.
Na primeira leitura,  (Sof 2, 3; 3, 12-13), o profeta Sofonias denuncia o orgulho e a auto-suficiência dos ricos e dos poderosos e convida o Povo de Deus a converter-se à pobreza. Os “pobres” são aqueles que se entregam nas mãos de Deus com humildade e confiança, que acolhem com amor as suas propostas e que são justos e solidários com os irmãos.

  Deus  não pactua com os orgulhosos e prepotentes que dominam o mundo e que pretendem moldar a história com a sua lógica.  Deus não está onde se cultiva a violência e a lei da força, nem apoia a política dos dominadores do mundo. Os valores de Deus não se defendem com uma lógica de imposição, de violência, de apelo à força. Deus nunca esteve desse lado e esses nunca foram os métodos de Deus.

• A lógica da nossa sociedade exalta os que têm poder, os que triunfam por todos os meios, os poderosos, os que vergam a história e os homens a golpes de poder, de esperteza e de força… Hoje, como ontem, a sociedade exalta os que triunfam e marginaliza e rejeita os pobres, os débeis, os simples, os pacíficos, os que não se fazem ouvir nos areópagos do poder. Que podemos fazer para que o nosso mundo se construa de acordo com os valores de Deus?

• O apelo à conversão significa objectivamente a renúncia ao orgulho, à prepotência, ao egoísmo e um regresso à comunhão com Deus e com os irmãos. Estamos dispostos, pessoalmente, a este caminho de conversão?

Na segunda leitura, (1 Cor 1, 26-31), Paulo denuncia a atitude daqueles que colocam a sua esperança e a sua segurança em pessoas ou em esquemas humanos e que assumem atitudes de orgulho e de auto-suficiência; e convida os crentes a encontrar em Cristo crucificado a verdadeira sabedoria que conduz à salvação e à vida plena.

• Os homens do nosso  tempo (muitos) estão convencidos de que o segredo da realização plena do homem está em factores humanos (preparação intelectual, êxito profissional, reconhecimento social, bem-estar económico, poder político, etc.); mas Paulo avisa que apostar tudo nesses elementos é jogar no caminho errado”: o homem só encontra a realização plena, quando descobre Cristo crucificado e aprende com Ele o amor total e o dom da vida.

• Paulo diz-nos que o Deus em quem acreditamos não é o Deus que só escolhe os ricos, os poderosos, os influentes para realizar a sua obra no mundo; mas que Deus que não faz acepção de pessoas e que se serve da fraqueza, da fragilidade, da finitude para levar avante o seu projecto de salvação e libertação.

• Trata-se de revelar o verdadeiro rosto de Deus que Se solidariza com os pobres, com os humilhados, com os ofendidos, com os explorados de todos os tempos e a todos oferece, sem distinção, a salvação.

O Evangelho  (Mt 5,1-12), apresenta a magna carta do “Reino”. Proclama “bem-aventurados” os pobres, os mansos, os que choram, os que procuram cumprir fielmente a vontade de Deus, porque já vivem na lógica do “Reino”; e recomenda aos crentes a misericórdia, a sinceridade de coração, a luta pela paz, a perseverança diante das perseguições: essas são as atitudes que correspondem ao compromisso pelo “Reino”.

.• Jesus diz: “felizes os pobres em espírito”; o mundo diz: “felizes vós os que tendes dinheiro – muito dinheiro – e sabeis usá-lo para comprar influências, comodidade, poder, segurança, bem-estar, pois é o dinheiro que faz andar o mundo e nos torna mais poderosos, mais livres e mais felizes”. Quem é, realmente, feliz?

• Jesus diz: “felizes os mansos”; o mundo diz: “felizes vós os que respondeis na mesma moeda quando vos provocam, que respondeis à violência com uma violência ainda maior, pois só a linguagem da força é eficaz para lidar com a violência e a injustiça”.

• Jesus diz: “felizes os que choram”; o mundo diz: “felizes vós os que não tendes motivos para chorar, porque a vossa vida é sempre uma festa, porque vos moveis nas altas esferas da sociedade e tendes tudo para serdes felizes.

 • Jesus diz: “felizes os que têm ânsia de cumprir a vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que não dependeis de preconceitos ultrapassados e não acreditais num deus que vos diz o que deveis e não deveis fazer, porque assim sois mais livres”.

• Jesus diz: “felizes os que tratam os outros com misericórdia”; o mundo diz: “felizes vós quando desempenhais o vosso papel sem vos deixardes comover pela miséria e pelo sofrimento dos outros, pois quem se comove e tem misericórdia acabará por nunca ser eficaz neste mundo tão competitivo”.

• Jesus diz: “felizes os sinceros de coração”; o mundo diz: “felizes vós quando sabeis mentir e fingir para levar a água ao vosso moinho, pois a verdade e a sinceridade destroem muitas carreiras e esperanças de sucesso”.

 • Jesus diz: “felizes os que procuram construir a paz entre os homens”; o mundo diz: “felizes vós os que não tendes medo da guerra, da competição, que sois duros e insensíveis, que não tendes medo de lutar contra os outros e sois capazes de os vencer, pois só assim podereis ser homens e mulheres de sucesso”.

• Jesus diz: “felizes os que são perseguidos por cumprirem a vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que já entendestes como é mais seguro e mais fácil fazer o jogo dos poderosos e estar sempre de acordo com eles, pois só assim podeis subir na vida e ter êxito.
FONTE: Adaptação da Liturgia dominical: www.dehonianos.org

domingo, 22 de janeiro de 2017

REFUGIADOS MOÇAMBICANOS NO ZIMBABWE

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Refugiados famintos

De acordo com a VOA, milhares de moçambicanos, que se refugiaram no Zimbabwe, têm enfrentando fome severa e não têm nenhuma ajuda alimentar no campo de concentração em Chipingue, junto à fronteira com o distrito de Mossurize, em Manica, onde no ano transacto registaram-se “violentos confrontos entre as forças governamentais e o braço armado da Renamo.”

Recentemente, diz a VOA, a imprensa zimbabweana reportou que mais de três mil moçambicanos refugiados em acampamentos improvisados no distrito de Chipinge, no sudeste do Zimbabwe, estavam a enfrentar fome severa.

De acordo com o jornal Manica Post, as condições de sobrevivência dos moçambicanos são muitas vezes sombrias, com a falta de água e alimentos num acampamento em Mutoki Village, que igualmente não tem banheiros.

O número de refugiados para o Zimbabwe começou a acentuar-se em Agosto passado, quando já eram contabilizados no acampamento 712 moçambicanos.

As últimas doações de alimentos “aconteceram em Junho do ano passado”, refere a fonte
 
FONTE: O Pais digital, 19.01.2017