sábado, 22 de dezembro de 2018

CARTA DO BISPO PARA O ETXHEKO OUTUBRO - DEZEMBRO

(Etxheko/Família – Outubro – Dezembro 2018) CARTA DO BISPO Caríssimos diocesanos: FELIZ 2019: ANO MISSIONÁRIO! Com o encerramento do Jubileu dos 25 Anos da Criação da nossa Diocese, começamos uma nova etapa na vida da Diocese que se deve caracterizar com um renovado esforço na evangelização que Deus nos confiou. A recente Reunião Alargada de Pastoral (27 – 28 Novembro 2018), indicou-nos o caminho que devemos percorrer em fidelidade às orientações que o Papa Francisco nos traçou na “Mensagem à Diocese de Gurúè”. O Papa fala de discernimento, de renovação e de reforma da nossa pastoral em sintonia com os ensinamentos do seu magistério, especialmente a Exortação “Alegria do Evangelho”, que devemos ler, estudar e aplicar na programação pastoral da Diocese e das nossas Paróquias e comunidades. Tudo isto em fidelidade ao que recebemos dos nossos antepassados no anuncio do Evangelho na nossa terra. De. facto renovamos o nosso compromisso de testemunhar e anunciar o Evangelho em toda a parte e a todas as pessoas (Cfr “Oração do Jubileu”). Reforçamos ainda mais esse compromisso à luz do “MÊS MISSIONÁRIO EXTRAORDINÁRIO” que o Papa FRANCISCO estabeleceu para ser celebrado no próximo mês de Outubro para toda a Igreja e que nós, por conveniência pastoral, estendemos NA DIOCESE DE GURÚÈ PARA TODO O ANO DE 2019 (Cfr “Conclusões” da Reunião Alargada de Pastoral, Novembro 2018). Trata-se de um apelo para um maior vigor missionário em cada uma das nossas Paróquias, comunidades, núcleos, movimentos apostólicos e comunidades religiosas, reafirmando na vida de cada um e nas nossas actividades a nossa vocação missionária como discípulos de Jesus. Cada baptizado é radicalmente missionário. Em consequência de todo o anterior devemos concretizar em acções práticas as orientações indicadas. Cada Paróquia na elaboração do seu Programa Pastoral para 2019, deve indicar as actividades que julgar mais oportunas para que todos os fiéis vivam o ANO MISSIONÁRIO com acções concretas. Façamos concretamente PARÓQUIAS MISSIONÁRIAS, fazendo uma revisão das nossas actividades actuais para não nos limitarmos à celebração dos Sacramentos e á uma catequese apenas doutrinal. Acções missionárias concretas em cada Paróquia que nos levem a viver em “estado de missão”, isto é, ir ao encontro dos pobres, dos doentes, dos que mais sofrem e são esquecidos, dos que se afastaram das nossas comunidades, dos que não partilham a nossa fé mas se chamam cristãos, dos que nunca receberam o anúncio do Evangelho. Uma pastoral missionária paroquial para que seja de qualidade deve ter em conta alguns pontos fundamentais: a).Formação de base e permanente dos agentes de pastoral –novos e antigos-; b).Renovação da catequese nos conteúdos (usando os livros apropriados para cada grupo), nos métodos, na vivência do que se ensina, na introdução na vida de oração litúrgica e pessoal dos catequizandos; c).Vida missionária de todos os baptizados, seja qual for a sua idade ou condição: actividades de formação permanente, de Retiros e celebrações para cada grupo: Infância Missionária, Pastoral Juvenil, preparação para o Matrimónio, grupos de casais, grupos da Idade adultos e anciãos (“Vida Ascendente”). Assinalo três acontecimentos que merecem particular atenção para todo o Ano Pastpral de 2019: 1).SÍNODO SOBRE A JUVENTUDE. Convido os jovens a ler, estudar, meditar, rezar e viver o Documento do Sínodo sobre a Juventude que o Secretariado há-de distribuir. 2).ELEIÇÕES GERAIS. As Paróquias hão-de organizar encontros apropriados com os animadores para o estudo e divulgação das “Cartas sobre as Eleições” da Conferência Episcopal de Moçambique. 3).VII ASSEMBLEIA DIOCESANA. As paróquias hão de ter em conta na Programação de 2019, a realização de Assembleias extraordinárias (Pequenas Comunidades, Zonas, Centros, Paróquia) de preparação da VII Assembleia Diocesana de Pastoral. Renovo o meu apelo para que todos vivamos este novo ano de 2019, como ANO MISSIONÁRIO, com o compromisso de irmos ao encontro dos que estão longe de nós. Cada baptizado, cada membro da nossa família é missionário. “Anunciarão a minha glória aos Povos” (Is 66, 19). Vosso Bispo: + Francisco Lerma Martínez, IMC

IV DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO – ANO C

IV DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO – ANO C Nestes últimos dias antes do Natal, a mensagem fundamental da Palavra de Deus gira à volta da definição da missão de Jesus: propor um projecto de salvação e de libertação que leve os homens à descoberta da verdadeira felicidade. A primeira leitura (Miq 5,1-4ª), sugere que este mundo novo que Jesus veio propor é um dom do amor de Deus. O nome de Jesus é “a Paz”: Ele veio apresentar uma proposta de um “reino” de paz e de amor, não construído com a força das armas, mas construído e acolhido nos corações dos homens. A releitura cristã vê nesta promessa de Deus veiculada por Miqueias uma referência a Jesus, o descendente de David, nascido em Belém. A missão de Jesus não passa, no entanto, pela instauração do trono político de David, mas sim pela proposta de um reino de paz e de amor no coração dos homens. Os cristãos, seguidores de Jesus, são a comunidade que aceitou o convite para integrar esse “reino” de paz e de amor que Jesus veio propor. A mensagem deste texto faz-nos constatar, também, a presença contínua de Deus na história humana. Apesar do egoísmo e do pecado dos homens, Deus continua a preocupar-Se connosco, a querer indicar-nos que caminhos percorrer para encontrar a felicidade. A vinda de Cristo, Aquele que é “a Paz”, insere-se nesta dinâmica. A segunda leitura (Heb 10,5-10), sugere que a missão libertadora de Jesus visa o estabelecimento de uma relação de comunhão e de proximidade entre Deus e os homens. É necessário que os homens acolham esta proposta com disponibilidade e obediência – à imagem de Jesus Cristo – num “sim” total ao projecto de Deus. A encarnação de Jesus e o seu “eis-Me aqui, Pai” correspondem ao projecto de Deus de aproximar os homens de Si, de estabelecer com eles uma relação de filiação e de amor. O encontro com Deus não é feito a partir de rituais mas é feito a partir de Cristo, o Filho que entrega a vida, a fim de que o projecto do Pai se torne presente na vida dos homens e de que os homens, aprendendo o amor e a entrega total, aceitem tornar-se “filhos de Deus”. O encontro com Cristo significa aprender com Ele a obediência e a disponibilidade ao projecto de Deus. O Evangelho (Lc 1,39-47 ), sugere que esse projecto de Deus tem um rosto: Jesus de Nazaré veio ao encontro dos homens para apresentar aos prisioneiros e aos que jazem na escravidão uma proposta de vida e de liberdade. Ele propõe um mundo novo, onde os marginalizados e oprimidos têm lugar e onde os que sofrem encontram a dignidade e a felicidade. Este é um anúncio de alegria e de salvação, que faz rejubilar todos os que reconhecem em Jesus a proposta libertadora que Deus lhes faz. Essa proposta chega, tantas vezes, através dos limites e da fragilidade dos “instrumentos” humanos de Deus; mas é sempre uma proposta que tem o selo e a força de Deus. Nós, os cristãos, somos verdadeiramente o veículo desta mensagem? A proposta libertadora de Deus para os homens alcança o mundo através da fragilidade de uma mulher que aceita dizer “sim” a Deus. É necessário ter consciência de que é através dos nossos limites e da nossa fragilidade que Deus alcança os homens e propõe o seu projecto ao mundo. Maria, após ter conhecimento de que vai acolher Jesus no seu seio, parte ao encontro de Isabel e fica com ela, solidária com ela, até ao nascimento de João. Temos consciência de que acolher Jesus é estar atento às necessidades dos irmãos, partir ao seu encontro, partilhar com eles a nossa amizade e ser solidário com as suas necessidades? Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia”

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

DIA 22 DEZEMBRO - III SEMANA DO ADVENTO

DIA 22 DEZEMBRO - III SEMANA DO ADVENTO Primeira leitura: 1 Samuel 1, 24-28 Ana pedira a Deus a graça de um filho. Deus concedeu-lha. Por isso, vai ao templo de Silo agradecer o dom da maternidade, levando com ela alguns dons e, sobretudo, o filho, Samuel, para o oferecer ao Senhor: «a fim de que só a Ele sirva todos os dias da sua vida» (v. 28). Depois de imolar um novilho, em sacrifício de acção de graças e de louvor ao Senhor, apresenta o filho ao sacerdote EIi, lembrando-lhe o episódio e a oração que fizera na sua presença, uns anos antes, e narrando-lhe como o Senhor a tinha escutado. «Por isso, o ofereço ao SENHOR», conclui a mulher (v. 28). Esta narrativa bíblica é profecia daquilo que Deus, de modo ainda mais maravilhoso, irá realizar em Maria. Como no caso de Isaac (cf. Gn 18, 9-14), de Sansão (cf. Jz 13, 2-25) e de João Baptista (cf. Lc 1, 5-25), o nascimento de um filho, por obra de Deus, de uma mulher estéril, foi sinal de uma vocação especial, como acontece com Samuel, destinado a tornar-se o primeiro grande profeta de Israel (cf. Act 3, 24) e guia espiritual do povo. Evangelho: Lucas 1, 46-56 o Magnificat é uma das mais belas orações do Novo Testamento, com várias reminiscências do Antigo Testamento (cf. 1 Sam 2, 1-18; SI 110, 9; 102, 17; 88, 11; 106, 9; Is 41, 8-9). É o cântico dos pobres, dos simples e humildes, sempre prontos a acolher e a admirar-se com as iniciativas de Deus .. É significativo que este cântico tenha sido posto nos lábios de Maria, a criatura mais digna do louvor a Deus, que nasce no culminar da história da salvação, e que é imagem da Igreja, sempre guiada por Deus, que usa de amor e de misericórdia para com todos, especialmente para com os pobres e pequenos. O texto divide-se em duas partes: Maria dá glória a Deus pelas maravilhas realizadas na sua humilde vida, tornando-a colaboradora da salvação realizada por Cristo, seu Filho (vv. 46-49). Depois, exalta a misericórdia de Deus pelos critérios extraordinários e impensáveis com que confunde as situações humanas, expressas por seis verbos: «Manifestou, dispersou, derrubou, exaltou, despediu, acolheu », que reflectem o modo de agir forte e paterno de Deus em favor dos últimos e dos carenciados (vv. 50-53). Finalmente, recorda o cumprimento fiel das promessas de Deus, feitas aos Pais e mantidas em relação a Israel (vv. 54-55). Deus realiza sempre grandes coisas na história dos homens, mas apenas se serve daqueles que se fazem pequenos e querem servi-lo com fidelidade, no escondimento e no silêncio adorante. As leituras de hoje falam-nos da acção de graças de duas mães: Ana e Maria. Ana agradece com três novilhos, uma medida de farinha, um odre de vinho e, sobretudo, com o dom do próprio filho, a graça da maternidade. Samuel, devolvido ao Senhor, torna-se um laço vivo entre Ana e Deus. Maria também dá graças ao Senhor, com grande efusão de alma: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador», Jesus ainda não tinha nascido. Mas a Virgem já dava graças por Ele e O oferecia a Deus Pai, porque tinha dado início à obra da salvação, santificando João Baptista no seio de sua mãe. Ana e Maria, cheias de alegria, agradecem o dom da vida que está nelas, sinal da bondade de Deus. Ao mesmo tempo, com simplicidade e pureza de coração, entregam-se ao Senhor porque «a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem» (v. 50). É bom que também nós nos demos conta de que a pobreza e a simplicidade de coração são condições essenciais para agradar a Deus e ser cheios da sua riqueza. Os frutos das obras de Deus desenvolvem-se no silêncio e na calma, não na agitação ou na violência. Deus actua com discrição e no segredo. Não se podem forçar os tempos do Espírito. Como Maria, somos convidados, na proximidade do Natal, a partilhar esta delicadeza do Senhor, confiando todos os nossos projectos e a nossa vida Àquele que nos amou por primeiro e quer o nosso bem. Ofereçamos-lhe o nosso louvor, porque Ele «escolheu o que era louco aos olhos do mundo para confundir os sábios, escolheu aquilo que no mundo era fraco para confundir os fortes para que ninguém possa gloriar-se diante de Deus» (1 Cor 1, 27-29). O louvor e a acção de graças, como as outras dimensões da oração, nascem do silêncio que possibilita a escuta do Senhor que fala, e que possibilita dar-nos contas das maravilhas que faz em nós e à nossa volta. O barulho e a agitação dispersam, distraem. Um salmista rezava: "Ponde, Senhor, vigilância à minha boca, guardai a porta dos meus lábios" (SI 141(140),3). O tempo de Natal implica sempre alguma agitação. É natural, mas há que ter o cuidado de não perdermos o essencial. Muitas pessoas do nosso tempo, também religiosos, perderam o sentido do silêncio; parece terem medo dele. Desperdiçaram um grande valor, um dom importante, e correm o risco de perder a si mesmos. Pelo silêncio, entramos na profundidade de nós mesmos, conhecemos as nossas verdadeiras exigências, aceitamo-las e, com a ajuda do Espírito, realizamo-las. Demasiadas pessoas andam imersas em tagarelices, rumores, músicas, imagens; estão sem defesas, sem refúgio interior; andam fora de si, alienados. Por isso, não se reconhecem, nem reconhecem o que Deus faz e quer fazer nelas. Por isso, não cantam os louvores de Deus! Nem vistam os que precisam, porque não ouvem os seus gritos! Jesus e Maria rezavam sempre no fundo do seu coração. Jesus no-lo diz: «É preciso rezar sempre e sem cessar» (Lc 18, 1). Quando o arcanjo Gabriel desce a Nazaré, Maria revela-nos a sua alma: Eu sou a serva do Senhor, que me seja feito segundo a vossa palavra!». Eis, portanto, a disposição habitual de Maria na sua oração, é a humildade e o abandono: o que Deus quer, e é tudo. É a suprema santidade. Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia/”

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

21 DEZEMBRO 2018 – III SEMANA DO ADVENTO - Primeira leitura: Cântico dos Cânticos 2,8-14 O texto do Cântico dos Cânticos celebra delicadamente o amor entre a esposa e o esposo. Esse amor, descrito de forma tão ousada e inspirada, é considerado um dom de Deus. O nosso texto descreve o regresso do esposo a casa, depois de prolongada ausência à busca de pastagens para o rebanho, durante o inverno. A alegria da esposa pelo regresso do seu amado, e a grande ternura manifestada, são tão intensas que as palavras utilizadas, cheias de inspiração poética, e as imagens primaveris tão expressivas, parecem insuficientes para descrever a sua emoção. Na tradição da Igreja, a imagem do esposo e da esposa foi sempre entendida como símbolo da relação entre Deus e o povo (cf. Os 1-3; Is 62, 4-5; Jer 3, 1-39) e entre Cristo e a Igreja (cf. Mc 2, 19-20; Ef 5, 25-26; 2 Cor 11, 2; Apoc 21, 9). Deus é o esposo do poema e Israel, a esposa. E, porque o amor de Deus pelo seu povo se prolonga no amor de Cristo pela sua Igreja, o esposo é Cristo e a esposa é a Igreja. A liturgia utiliza esta simbologia nupcial entre Cristo e Maria e entre Cristo e o crente: a Virgem é figura da Igreja que vai alegre ao encontro de Cristo-esposo que vem. O mesmo sucede com todo o membro da comunidade cristã que vive na expectativa de acolher o Senhor para O deixar falar-lhe ao coração. Evangelho: Lucas 1, 39-45 A narrativa da visitação de Maria à prima Isabel, que vivia em Ain Karin, nas montanhas da Judeia, é uma página rica de referências bíblicas, de humanidade e de espiritualidade. Maria percorre o caminho feito antes pela Arca da Aliança, quando David a fez transportar para Jerusalém (cf. 2 Sam 6, 2-11). É o mesmo caminho que Jesus fará quando se dirigir corajosamente para Jerusalém, a fim de realizar a sua missão (cf. Lc 9, 51). É sempre Deus que, em diferentes momentos da história, vai ao encontro do homem para o salvar. A narrativa da visitação está ligada ao da anunciação, não só pelo clima humano, cheio de gestos de serviço, mas porque se torna a verificação do «sinal» dado pelo Anjo a Maria (cf. Lc 1, 36-37). O salto de João no seio da mãe representa a exultação de todo o Israel pela vinda do Salvador (vv. 41.44). As palavras de bênção, inspiradas pelo Espírito, dirigidas por Isabel a Maria, são prova do especial agrado de Deus pela Virgem. A salvação que leva no segredo da sua maternidade é fruto da sua fé na palavra de Deus: «Feliz aquela que acreditou no cumprimento das palavras do Senhor» (v.45; Lc 8, 19-21). É sempre Maria que precede e que, solicitamente se dá a todos, em tudo: a maior faz-se dom para a mais pequena, como Jesus para o Baptista. O encontro de Maria e Isabel, a mãe de Jesus e a mãe de João, é ocasião para um único cântico de louvor e de acção de graças a Deus pela sua presença salvífica no meio dos homens. Agora, cabe-nos a nós abrir os corações à iniciativa fecunda do Espírito, corresponder ao dom de Deus e dar-lhe graças. O tempo de Natal é tempo de alegria porque Deus se fez nosso companheiro ao dar-nos o seu Filho, e porque nos tornámos todos irmãos e filhos do mesmo Pai. É curioso e, em certo sentido, até chocante que festejemos o nascimento de Jesus celebrando a Eucaristia, memorial da sua paixão e morte. E todavia é uma prática correctíssima porque é o dom da morte de Cristo, o mistério da sua morte e da sua ressurreição que nos dá o sentido do seu nascimento. É também graças à sua morte e ressurreição que podemos celebrar plenamente o seu nascimento. É na Eucaristia que podemos compreender plenamente o Antigo e o Novo Testamento e, portanto, o sentido da vida terrena de Jesus, do seu nascimento e dos acontecimentos que o precederam. A Visitação alcança significado pleno na Eucaristia porque, contemplando o Menino do presépio, contemplamos o amor de Deus que se dá a nós: «Um filho nos foi dado DUm Menino nasceu para nós ». O nascimento de Jesus está orientado para o dom de Si mesmo. É a doação que começa e será plena quando Jesus der a sua vida por nós na cruz. Pensando neste dom total de Jesus, podemos celebrar melhor o seu nascimento, acolhê-lo como dom, que se consumará na morte. A Eucaristia também nos permite celebrar o Natal, não como simples lembrança de um acontecimento passado há dois mil anos, mas como uma realidade actual e presente a cada um de nós. O Deus connosco, o Emanuel, é uma realidade actual, que podemos viver: Jesus torna-se presente e vem a cada um de nós, graças à Eucaristia. Ainda graças à Eucaristia, podemos unir-nos à Virgem Mãe que leva em si o seu Menino; podemos ir ao encontro dos outros, conscientes dessa presença em nós, que pode despertar também neles a mesma presença. A presença de Cristo, pela Incarnação no seio de Maria, pô-la a caminho da casa de Isabel, para a confortar e servir. A visitação foi ensejo para Deus encher de Espírito Santo Isabel e João. Fonte: “Dehonianos.org/portal/liturgia/”

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

DATA DA SAGRAÇÃO EPISCOPAL DO NOVO BISPO AUXILIAR DE MAPUTO

DATA DA SAGRAÇÃO EPISCOPAL DO NOVO BISPO AUXILIAR DE MAPUTO Conforme o comunicado do Arcebispado de Maputo, enviado no dia 07 de Dezembro sobre a nomeação do Bispo Auxiliar de Maputo, Padre António Juliasse Ferreira Sandramo, vimos por meio desta, anunciar que a sua Sagração Episcopal será no dia 17 de Fevereiro de 2019 na Sé Catedral de Chimoio. E a missa de recepção em Maputo será no dia 03 de Março na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição – Sé Catedral de Maputo. Unidos em Cristo.

COMUNICADO DO BISPO: DESTINAÇÕES 2019

COMUNICADO DO BISPO: DESTINAÇÕES 2019 1.- Pe. João Ernesto Tarua, Reitor do Seminário S. José, Pároco da Quase Paróquia Bto Isidoro Bakhanja e Coordenador da Rádio Diocesana. 2. Pe. Adelino Eduardo Mualicamo, Admnistrador e Formador do Seminário S. José. 3.- Pe Santos Víctor, Administrador da Casa Diocesana e Vigário Paróquia da Paróquia S. Bernardo da cidade de Gurúè. 4.- Pe. Américo Joãos António, P´roco da Paróquia N. S. de Fátima de Alto Molócué. 5.- Pe. Francisco Matias, Pároco da Quase Paróquia S. Kizito do Mote Namuli. 6.- Pe Pedro Esquadro, Vigário0 Paróquial da Paróquia S. Teresa do Menino Jesus de Ile-sede. 7.- Pe. Ángelo Tavares, Vigário Paroquial da Paróquia N. S. de Fátima de Alto Molócuè. 8.- Pe. Alves André Araújo, Ano Sabático. 9.- Pe. Damião Chicote, Ano Sabático. 10. Minorista Adelino Germano, colaborador da Paróquia S. Paulo de Naburi. Secretaria da Diocese de Gurúè, 14 de Dezembro de 2018 + Francisco Lerma Martínez Bispo de Gurúè

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

DIA 19 DEZEMBRO - III SEMANA DO ADVENTO

DIA 19 DEZEMBRO - III SEMANA DO ADVENTO Primeira leitura: Juízes 13,2-7. 24-25a O nascimento de certos personagens, que tiveram grande importância na história do Povo de Israel, é relatado na Bíblia segundo um determinado género literário que se tornou clássico. Lembremos o nascimento de Isaac (Gen 11, 30; 18, 10-11; 30, 22-24) e o nascimento de Samuel (1 Sam 5.20). Hoje lemos o nascimento de Sansão. Nestes casos, Deus escolhe pessoas humildes e «fracas», como se verifica pela esterilidade das mães. O filho que nasce é claramente um dom de Deus, com uma missão salvífica em favor do povo. Aos chamados, Deus apenas pede uma total colaboração, uma alegre simplicidade e uma completa fidelidade ao projecto de salvação. Uma mulher que «não tinha ainda concebido» (v. 2), e o seu marido Manoé, geram um filho, Sansão, um nazireu «consagrado ao Senhor» (v. 5.7) que é profecia do que acontecerá com João Baptista e, sobretudo, com Jesus, filho da virgem de Nazaré, esposa de José. Evangelho: Lucas 1, 5-25 A narrativa do nascimento de João Baptista oferece-nos pormenores que encontramos já no Antigo Testamento, nomeadamente no nascimento de Sansão: aparição do anjo, perturbação e temor na pessoa visitada, comunicação da mensagem celeste; um sinal de reconhecimento. A narrativa da anunciação a Zacarias deve também ler-se tendo presente a da anunciação do nascimento de Jesus. Encontramos algumas semelhanças, mas também diferenças essenciais: Zacarias é visitado no templo e Maria é visitada em sua casa, em Nazaré; Zacarias revela-se incrédulo e Maria, cheia de fé; João Baptista nasce de uma mulher estéril, enquanto Jesus nasce de uma virgem; João «será cheio do Espírito Santo já desde o ventre da sua mãe» (v. 15) e «muitos se alegrarão com o seu nascimento» (v. 14); Jesus será concebido por obra do Espírito Santo (Lv 1, 35) e todos se hão-de alegrar com o seu nascimento (Mt 2, 13); Zacarias ficará mudo; Maria entoa o Magnificat em casa de Isabel Na plenitude dos tempos só há lugar para o acolhimento da palavra de Deus e para a fé simples e jubilosa. O nascimento de Sansão, tal como o de João Baptista, mostra-nos que Deus é capaz de vencer dificuldades humanamente inultrapassáveis: a mulher de Manoé é estéril, Isabel é estéril e avançada nos anos. Assim, Deus mostra que nada se pode opor à sua vontade de salvar os homens. Por meio de Sansão, salva Israel da opressão dos filisteus; por meio de João Baptista, liberta espiritualmente aqueles que se mostram disponíveis, proporcionando para Si «um povo com boas disposições», isto é, realiza a libertação espiritual daqueles que acolherem a sua iniciativa divina. O acolhimento da iniciativa divina é preparado pela conversão pessoal, isto é, pela aceitação da libertação do pecado. Essa libertação manifesta-se na mudança das nossas relações com os outros que passam a caracterizar-se pela liberdade, pela caridade e não pela opressão. A Igreja, no Advento, faz-nos contemplar as maravilhas de Deus para suscitar em nós a esperança: Deus é Senhor do impossível, Deus vence as maiores dificuldades porque quer salvar-nos. O evangelho faz-nos ver claramente estas verdades: Zacarias e Isabel são «justos». Cumprem rigorosamente os mandamentos e preceitos do Senhor. Mas vivem numa certa desilusão. Sofrem intimamente pela ausência de filhos, e, apesar das suas orações, já não têm esperança de os gerar. Por isso é que o anjo começa por dizer a Zacarias: «a tua súplica foi atendida» (v. 13). Zacarias acolhe o anúncio com cepticismo: «Gomo hei-de verificar isso, se estou velho e a minha esposa é de idade avançada?» (v. 18). Esta falta de fé e de esperança, ou esta falta de esperança que leva à falta de fé, exige outro sinal. Será um sinal muito duro, mas necessário: Zacarias ficará mudo até que se cumpra a palavra do Senhor (cf. v. 20). Zacarias e Isabel recebem um filho que não será para eles, mas que se votará a Deus, irá para o deserto e estará ao serviço de todo o povo. A provação preparou para essa graça, dispondo-os a viver um total desapego em relação ao filho. Abramo-nos à esperança que vem de Deus, e não ponhamos obstáculos à realização dos seus projectos de salvação. Vivamos com Maria a nossa preparação para o Natal. Como escreveu João Paulo II: "Maria apareceu cheia de Cristo no horizonte da história da salvação" (RM 3). "Na noite da espera, Maria é a estrela da manhã", é "a aurora" que anuncia o dia, o surgir do sol. Maria é espera cheia de esperança e amorosa confiança, além de segura certeza da presença do Redentor no Seu seio». Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia/”

INSTITUIÇÃO DE LEITORES E ACÓLITOS

No passado Domingo 16 de Dezembro do corrente, na Catedral de Gurúè, durante a celebração da Eucaristia, presidida por D. Francico Lerma, Bispo da Diocese, realizou-se a Instituição de Leitores e de Acólitos. Concelebraram vários Padres do clero dicoesano e religioso da Diocdese. LEITORES - SEMINARISTAS DO 3º ANO DE TEOLOGIA: 1. Barnabé Vieira Mauindo 2. Comido Lucas Manhenhua 3. Constantino Januário Nacache 4. Dinis Nunes Francisco 5. Eustácio Domingos José Namanla 6. Lázaro Germano Namalua 7. Samuel Alegria dos Santos 8. Tarcísio António Pereira ACÓLITOS - SEMINARISTAS DO 4º ANO DE TEOLOGIA 1. Cahurito Maurício 2. Sauzi Lacerda Macaula José. 3. Timóteo Henrique Cristino 4. Amós Fernando Acabada a Cerimónia, houve convívio fraterno na Casa Diocesana, durante o qual os neo instituidosmLeitires e acóltos enderezaram uma sugestiva mensagem a D. Francisco e aos Firmadores dos vários Seminários.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

NOTÍCIAS DA DIOCESE. 1ª QUINCENA DE DEZEMBRO 2018

NOTÍCIAS DA DIOCESE. 1ª QUINCENA DE DEZEMBRO 2018 05.12.2018. Na Capela da Casa Diocesana: Vésperas solenes l Vésperas solenes da Dedicação da Igreja Catedral. Bênção do material litúrgico do Jubileu Diocesano. 06.12.2018. Na Igreja Catedral de Gurúè: Dedicação da Igreja Catedral. Celebração da Dedicação da Igreja e da Consagração do Novo Altar. 08.12.2018. Na Paróquia/Santuário de Invinha: Peregrinação Mariana. Peregrinação Diocesana e Proclamação da Imaculada Conceição Co-Padroeira da Diocese. Presidiu S. E. R. Dom Tomé Makhweliha, Arcebispo emérito de Nampula. 09.12.2018. Na Catedral de Gurúè: Encerramento do Jubilelu das bodas de Prata da Diocese. Encerramento do Ano Jubilar dos 25 Anos da Criação da Diocese. Presidiu D. Tomé Makhweliha, Arcebispo Emérito de Nampula. Concelebraram D. Inácio Saure, Arcebispo de Nampula; D. Alberto Vera Aréjula, Bispo de Nacala; D. Manuel Chaunguira, Bispo Emérito de Gurúè; D. Francisco Lerma, Bispo de Gurúè; Mons. Cristiano Antonietti, Encarregado de Negócios da Nunciatura Apostólica; e numerosos sacerdotes do clero diocesano de Gurúè e delegados das Dioceses de Lichinga, Nampula, Nacala e Quelimane. 10 a 14. 12. 2018. Na Casa Diocesana: Retiro anual do clero diocesano Exercícios Espirituais para o Clero Diocesano. Orientador Pe. Tonito José Francisco Xavier Muananoua, Chanceler da Cúria Diocesana do Gurúè. 14.12.1018. Na Casa Diocesana: Encontro do clero com o Bispo. Encontro do Bispo com os sacerdotes diocesanos da Diocese. 15.12.2018. Na Catedral e no Salão do Cine Gurúè II Graduação Universitária. Precedida por uma Solene celebração da Eucaristia na Catedral, presidida pelo Bispo da Diocese, realizou-se no Salão do Cine Gurúè, a II Graduação de 223 finalistas da Extensão de Gurúè da Universidade Católica de Moçambique e do Centro de Ensino a Distância da referida Universidade. Graus de Licenciatura e de Mestrado nas Áreas de Direito, Administração Pública, Gestão, Informática e diversos Cursos na Área da Educação (Geografia, História, Psicologia, Pedagogia, etc.). 16.12.2018. Na Catedral. Durante a Celebração da Eucaristia realizou-se a Instituição dos Ministérios do Leitorado com oito candidatos do 3º Ano de Teologia; e do Acolitado com 4 candidatos do 4º Ano de Teologia. Na mesma celebração realizou-se o Envio Missionário de dois casais de Catequistas das Paróquias de N. S. de Fátima de Alto Molócuè e da Beata Anaurite de Mugulama, que concluíram o Curso de formação no Centro Catequético de Guiúa (Inhambane).

18 DEZEMBRO III SEMANA DO ADVENTO -

18 DEZEMBRO III SEMANA DO ADVENTO - Primeira leitura: Jeremias 23, 5-8 Jeremias vive num momento muito difícil da história de Israel. Os seus textos são fortemente dramáticos. Mas, na página que lemos hoje, apresenta-nos uma profecia cheia de esperança, com dois oráculos: o primeiro anuncia um rei sábio, descendente de David que, como «rebento justo», guiará o povo como um pastor (vv. 5-6); o segundo é uma declaração do fim do exílio e da dispersão do povo, que regressará para «habitar na sua própria terra» (vv. 7-8). A profecia coloca-nos diante de uma intervenção de Deus que é sinal da sua fidelidade à promessa feita a David (cf. 2 Sam 7, 12-16), e faz a unidade do povo, guiado por um verdadeiro rei (cf. Is 11, 1-9; Zc 3, 8), que realiza um reino de paz e de justiça. Por isso, será chamado «Senhor-nossa-justiça» (v. 6). Todas as características deste sucessor de David são atribuídas ao Messias, que governará o povo com o direito da sua Palavra e com a justiça do seu amor misericordioso (v. 5). O segundo anúncio trata da libertação do exílio e do regresso à Terra, descritos como um novo êxodo, profecia da libertação realizada pelo Messias, que reconduzirá todo o exilado e o introduzirá na terra da paz sabática. Evangelho: Mateus 1, 18-25 Mateus descreve-nos a anunciação do nascimento de Jesus a José, filho de David. Maria, noiva de José, encontra-se grávida por obra do Espírito Santo. Enquanto José pensa despedi-la secretamente, o Anjo revela-lhe em sonhos o projecto de Deus: Maria dará à luz o Salvador esperado. José, homem justo cf. v. 19), acolhe com fé e simplicidade o projecto de Deus, recebe Maria como esposa, e reconhece legalmente o filho que está para nascer, transmitindo-lhe todos os direitos próprios de um descendente de David. Ao dar-lhe o nome de Jesus, que qualifica a sua missão, cumpre a vontade de Deus. Mesmo fora dos laços de sangue, Jesus é da linhagem de David, como demonstra Mateus ao citar Is 7, 14: «Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco» (v. 23). Deus, para realizar o seu desígnio de amor e de salvação, serviu-se dos homens que veneram a sua vontade, muitas vezes misteriosa. José é um deles. Vivendo na fé e no escondimento, colaborou com Deus na história da salvação. No filho de Maria e de José, que está para nascer, Deus revela-se Emanuel, «Deus connosco». o evangelho de hoje mostra-nos a realização da profecia de Jeremias: «farei brotar de David um rebento justo - diz o Senhor - ». José, filho de David recebe o anúncio desse nascimento próximo, também anunciado por Isaías: «Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho». Ao mesmo tempo, verificamos que o cumprimento desta promessa, tão longamente preparado, não se realiza sem um drama pessoal e muito doloroso. José pensava ter de renunciar a Maria, ter de renunciar a casar com Ela. Os grandes dons de Deus são geralmente precedidos de grandes sofrimentos. Deus quer alargar-nos o coração, demasiado pequeno para receber os seus dons. Uma vocação não se realiza sem drama e sofrimento: seja a vocação matrimonial, sejam as diversas vocações de consagração e de serviço na Igreja. Não ter em conta, ou esquecer essa realidade explica provavelmente muitos fracassos na fidelidade à própria vocação. A ligação entre a primeira leitura e o evangelho é feita pelo «rebento justo» que floresce no tronco de David e «que será rei e governará com sabedoria». Este rei misterioso que nasce por obra do Espírito, é o Messias que «salvará o povo dos seus pecados». Mas Deus serve-se de José, homem simples e de fé profunda, para levar por diante a história da salvação centrada em Jesus. José não põe entraves ao projecto de Deus, entra no mistério mesmo sem o compreender completamente, acredita no seu criador e colabora com docilidade e confiança. O homem justo não é aquele que teoriza, mas aquele que lê os acontecimentos da vida à luz da Palavra de Deus. Estar disposto a obedecer a Deus, é uma condição prévia para entrar em diálogo com Ele e "entrar" nos seus projectos em favor dos homens. Maria e José, verdadeiros pobres, tinham essa disposição. Por isso, puderem ser chamados a colaborar e colaboraram efectivamente no grandioso projecto da nossa salvação realizado em Jesus Cristo, Morto e Ressuscitado. de Cristo, introduz-nos no mistério de Deus: José e Maria são exemplo luminoso. S. José é um modelo e um protector. A sua pureza, a sua inocência, a sua humildade são modelos oferecidos às almas que aspiram à piedade. Pela sua pureza, foi julgado digno de ser o esposo de Maria. Pela sua humildade, mereceu a glória de ser o pai adoptivo de Jesus. Pela sua inocência, tornou-se digno da união e da intimidade que devia ter com Jesus e a sua mãe em Nazaré. Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia/”

domingo, 16 de dezembro de 2018

DIA 17 DEZEMBRO III SEMANA DO ADVENTO - 17 DEZEMBRO 2018. Primeira leitura: Génesis 49,2.8-10 Jacob moribundo reúne a família e pronuncia palavras consideradas sagradas e proféticas sobre o futuro dos seus doze filhos e da descendência deles. Refere-se especialmente a Judá, pai da tribo homónima, na qual haveria de nascer o Messias (cf. vv. 8- 10). Esta profecia, que remonta ao tempo de Isaías (século VIII-VII), é misteriosa, mas exalta a superioridade de Judá entre os seus irmãos por causa da sua força real, semelhante à do leão, e pelo «ceptro» e pela autoridade (v. 1Qa), que exercerá sobre as tribos de Israel e sobre todos os seus inimigos. Trata-se de uma alusão à monarquia davídica, que receberá o ceptro do Ungido do Senhor, que trará a salvação esperada. Essa profecia irá realizar-se quando o verdadeiro rei anunciado, a quem pertence o ceptro, a autoridade e o reino, dominar sobre todos os povos. Este rei ideal e definitivo aparecerá no Messias, de que fala o Apocalipse: «Venceu o leão da tribo de Judá» (Apoc 5,5). Só ele possui o ceptro de Deus, cujo reino não é um domínio, um poder, mas serviço e amor em favor de todos os povos, que lhe deverão obediência filial. Evangelho: Mateus 1,1-17 Mateus abre o seu evangelho com a narração das origens humanas de Jesus: a «Genealogia de Jesus Cristo» (v. 1), que começa em Adão e termina em «José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo» (v. 16). O evangelista divide a história da salvação, que tem o seu ponto culminante em Jesus-Messias, em três grandes períodos: Abraão, David, o exílio. Apesar da monotonia e do carácter artificial da sucessão dos nomes, o texto tem importante valor teológico, pois nos oferece a genealogia humana dAquele que será o protagonista do Evangelho. Confirmam-se as promessas dos profetas, segundo as quais Jesus é descendente de Abraão e de David e, portanto, possui as bênçãos e a glória dos antepassados. o projecto de Deus foi longamente preparado, como mostra a genealogia com que Mateus inicia o seu evangelho. Cristo veio na plenitude dos tempos, uma plenitude, à primeira vista, desconcertante: o tempo nada fazia esperar de bom, o lugar do nascimento é uma pequena aldeia, José, embora sendo da descendência de David, era um modesto trabalhador desconhecido. Mas Deus é senhor do impossível e realiza os seus planos, quando nada o fazia prever. A primeira leitura é uma profecia de Jacob que fala do ceptro de Judá, que promete um vencedor: «um leãozinho, Judá», um dominador: «Os filhos de teu pai inclinar-se-ão diante de ti!». Judá é o elo que liga a primeira leitura ao evangelho. Cristo é filho de Judá. O segundo Adão entrou na aventura humana, marcada pelo pecado, pelo sofrimento e pela morte, por causa da desobediência dos nossos primeiros pais, não para punir a humanidade, mas para a transformar e reconduzir à amizade com Deus, como estava previsto no primeiro projecto. Toda a história de Israel é testemunho do anúncio da vinda de um redentor, que os homens esperam para receber a promessa: toda a lei está grávida de Cristo, diria Agostinho de Hipona. Em Jesus, Deus fez-se efectivamente homem, e o sonho tornou-se realidade. O Deus-connosco fez Deus- para-nós, apesar das nossas infidelidades e do nosso fraco acolhimento. Fazemos parte desta história, que nos liga a Abraão e a David, fio de ouro que muitas vezes quebrámos com o nosso pecado e que Deus volta a ligar em Jesus, aproximando-nos cada vez mais do seu coração. E Ele, que conheces as fragilidades do espírito humano, sabe compreender e perdoar a nossa fraqueza, mas espera a conversão do nosso coração e o reconhecimento dAquele a quem pertence toda a realeza e a quem todos os povos devem obediência, fidelidade e amor. Cristo, Verbo eterno de Deus, assumiu a carne humana, da estirpe de David. Fez-Se intimamente próximo de nós homens: pela sua humanidade, ergueu a sua tenda no meio das nossas (cf. Jo 1,14); tornou-Se nosso companheiro da caminhada terrena, peregrino connosco rumo à pátria celeste, em tudo igual a nós, com as nossas fragilidades, os nossos sofrimentos, excepto o pecado; mas carregou sobre Si os nossos pecados e ofereceu-Se em sacrifício por eles. Assim alcançou a vitória: «venceu o Leão da tribo de Judá, o rebento da dinastia de David» (Apoc 5, 5). Mas este vencedor é um Cordeiro imolado, não um leão que devora a presa. E todavia é verdadeiramente o leão de Judá, o vencedor. Mas a sua vitória não foi obtida de maneira humana. Venceu-a com o sacrifício de si mesmo. E a sua vitória continua a realizar-se: Cristo, de Lado aberto e Coração trespassado, continua a atrair todos os homens. É, na verdade, o vencedor prometido, que vem da tribo de Judá. Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia/”