sexta-feira, 8 de julho de 2011

RENOVAR-SE NO PRÓPRIO MINISTÉRIO


Reflexão orientada por D. Francisco Lerma,Gurúè 20.07.2010 

RENOVAR-SE NO PRÓPRIO MINISTÉRIO

ENCONTRO DOS SACERDOTES DIOCESANOS COM O BISPO


INTRODUÇÃO


João Paulo II,  dirigindo-se aos sacerdotes, diz que “os retiros, os dias de recolecção e de espiritualidade constituem ocasião para um crescimento espiritual e pastoral, para uma oração mais prolongada e calma, para um regresso às raízes do seu ser sacerdote, para reencontar vigor de motivações para a fidelidade e o impulso pastoral (Pastores dabo vobis, 80).

Antes de mais nada, convidamos a Cristo para nos acompanhar no caminho do nosso crescimento espiritual. Ele é a fonte, a cabeça, o esposo, o modelo da nossa vida e da nossa missão pastoral.
Abramos o nosso coração para escutar a sua Palavra com a que nos chama:

 “Vós sois meus amigos” (Jo 15,14);
, “Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).
“Deixai tudo e segui-me (Cf.Mt 19,23-30)
“Que todos sejam um só para que o mundo creia” (Jo 17,21);
“Ide, pois, e fazei meus discípulos de todos os povos” (Mt 28,19-20);
“Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21, 15-17).

Como pastores, somos importante para Deus, para a Igreja e para as nossas comunidades.

Da nossa renovação dependem tantos frutos para a evangelização do nosso povo.

Para este fim, é necessário ajudar-nos entre nós nesta renovação da nossa vida e ministério, e ajudar os outros irmãos no sacerdócio. É preciso convertermo-nos em verdadeiros irmãos, amigos, colaboradores dos Bispos, sacerdotes e diáconos, do nosso presbitério diocesano e de toda a igreja.

Tantos meios temos ao nosso dispor: encontros diários de oração nas comunidades onde nos encontramos, dias de retiro mensal, o retiro anual, encontros de formação permanente, etc. Neste sentido devemos reforçar e revitalizar a nossa vida sacerdotal e apostólica.
Como ajudar-nos mutuamente no seguimento evangélico do Bom Pastor no presbitério diocesano, a nossa comunhão fraterna, o nosso ministério como servidores do povo de Deus.

Devemos melhorar a nossa vida, a qualidade da nossa vida sacerdotal e do nosso serviço às comunidades que nos foram entregues pelo Senhor.


Devemos estar unidos em comunhão de vida e de serviços, para nos ajudarmos a superar a solidão, o individualismo, as dificuldades pessoais, as discriminações e injustiças; para partilharmos experiências a apoiarmo-nos no ministério; para percorrermo-nos juntos um caminho de crescimento espiritual, segundo a nossa própria espiritualidade diocesana; a ajudarmo-nos como irmãos no sacerdócio.

O Concílio Vaticano II insiste em que os sacerdotes diocesanos fomentem a comunhão fraterna e se ajudem na própria santificação como pastores (PO, 8).
Devemos, pois promover a união e comunhão entre nós; que esta união seja apostólica, isto é, vivermo-nos como os apóstolos, enraizada em Cristo e consagrada à evangelização. E que seja de todos os diocesanos, bispo, presbíteros e diáconos.

Devemo-nos comprometer a ajudarmo-nos mutuamente para atingir a plenitude de vida segundo o Espírito, mediante o exercício do nosso ministério. A nota característica deve ser privilegiar a fraternidade sacerdotal que tem origem no sacramento da Ordem que todos recebemos. Tal fraternidade deve ter como objectivo primordial uma vida de comunhão inspirada no modelo dos apóstolos com Cristo, fundamentada na Trindade e testemunhada no serviço pastoral.

Devemos ajudarmo-nos a viver em comunhão fraterna a nossa própria espiritualidade de clero diocesano e a crescermo-nos na dimensão humana, espiritual, intelectual e pastoral, para sermos pastores santos como Ele é santo.

Interroguemo-nos sobre a nossa realidade:
Que fazemos actualmente (que meios/instrumentos usamos) para resolvermo-nos os nossos problemas e dificuldades e crescer como sacerdotes bons segundo o coração de Cristo, bom pastor?

II.- SEGUIMENTO EVANGÉLICO DO BOM PASTOR


A gente se pergunta que somos os sacerdotes, o que nos propomos, qual é a nossa missão.
Até nós próprios nos esforçamo-nos por compreender melhor qual é a nossa identidade, qual é o nosso caminho, o nosso estilo de vida, quais são os serviços que devemos oferecer às comunidades. De facto, temos necessidade de ajudarmo-nos e de ajudar. Estando unidos poderemos ajudar-nos mutuamente a viver segundo a nossa identidade de sacerdotes e pastores do povo de Deus, dando-nos as mãos para vivermo-nos e crescermo-nos com Cristo, como Ele e por Ele.

1.Como os Apóstolos com Jesus

Como aos Apóstolos Cristo pede-nos amá-lo mais do que os demais e cumprir com alegria e fidelidade a missão de apascentar o seu rebanho com Ele, como Ele e por Ele:
“Jesus Perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes? Pedro respondeu-lhe: Sim, Senhor, Tu sabes que sou deveras teu amigo. Jesus disse-lhe:“Apascentas as minhas ovelhas”. (Jo 21,15-17).

Jesus continua pedindo-nos “deixá-lo tudo e segui-lo, ser um só e de dar a vida para darmo-nos fruto abundante que permaneça:

Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”(Jo 10,11; cfr vv. 7-18).
Não fostes vós que me scolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça” (Jo 15,16).
Que todos sejam um só. Como Tu, Pai, estás em m im e Eu em Ti; para que assim eles estejam em nón e o mundo creia que Tu me enviastes (Jo17,21).

O “seguimento de Cristo” é um caminho decisivo de crescimento para nós pastores da Igreja: imitar Jesus Cristo pobre, casto e humilde, assumir os seus sentimentos, encher-se da sua caridade pastoral, faz-nos crescer continuamente na união íntima com Deus, aperfeiçoa-nos na caridade e configura-nos com Cristo.

Além disso, torna-nos livres e eficazes como sinais, ministros e servidores do Senhor na comunidade. Ele, que se fez servo de todos, é a nossa fonte e o nosso modelo permanente. Santificar-nos no seguimento e na configuração pessoal com Cristo, Cabeça, Pastor, Servo e Esposo do seu povo é o fundamento da nossa espiritualidade de sacerdotes diocesanos.

Como os Apóstolos com Jesus, podemos ajudarmo-nos e ajudar, colaborando com a acção do Espírito Santo, no seguimento de Cristo, segundo a graça recebida no Sacramento da Ordem e na missão que nos foi confiada na Igreja.
Podemos ajudarmo-nos nas circunstâncias concretas em que vivemos e conforme a espiritualidade diocesana, com um seguimento radical, encarnado, inserido no meio do povo, humildes e servos, para sermos sinais do Bom Pastor no meio das comunidades desta Igreja local que nos foram confiadas.

2. Ajudar-nos e ajudar no seguimento de Cristo


Jesus pede-nos aos pastores:

·        Viver dele, viver a sua vida; viver em profunda amizade e compromisso.
·        Viver como Ele na caridade pastoral, na pobreza e simplicidade evangélica, a castidade pelo Reino e a obediência ao Pai.
·        Viver configurados progressivamente com Cristo Pastor, guia e servo humilde do seu povo.   

Todo o seguimento de Cristo deve ser feito com generosidade evangélica, segundo a nossa identidade e em conformidade com a realidade da nossa Igreja local.

Eis algumas aplicações práticas:

·        Ajudar-nos a viver a radicalidade evangélica, como Jesus propõe no sermão da montanha.
·        Esforçar-nos por viver o Evangelho, nós próprios em primeiro lugar, para, depois, podermos transmiti-lo adequadamente às nossas comunidades: Para este fim nos deixaremos modelar pela Palavra, celebrando cada dia a Liturgia das Horas (quando possível comunitariamente) e dedicando um tempo à meditação.
·        Considerar a celebração da Eucaristia o centro da nossa vida. Na celebração diária encontraremos a raiz, a razão de ser, a força e o alimento da nossa vida pastoral.
·        Fazer uma caminhada de conversão pessoal permanente, examinado frequentemente a própria consciência e celebrando o sacramento da reconciliação.

3.  Interroguemo-nos para a meditação


É necessário ter coragem e lealdade para olharmo-nos interiormente.
Com quê espírito de ânimo começo este encontro?
Há em mi qualquer parede, muro interior… que me impede entrar com serenidade e alegria interior?
 Como fazer para superar esta incomodidade, esta dificuldade inicial?
Ou tal vez há a desconfiança de sempre e penso que este encontro será como todos os outros que já fiz? Como fazer para  sair deste nevoeiro que obscurece a visão do espírito e torna pesado o ambiente interior?
Ou tal vez temos o receio de empenharmo-nos demasiado?
 É suficiente ficarmos como estamos agora mesmo?

Temos medo do esforço, da mudança, da novidade…?
Estamos cansados de pensar em coisas fundamentais? Ou talvez nos alegramos de esta oportunidade para podermos dar mais tempo ao dialogo interior, a estarmos a sós com nós mesmos e com Deus, e conversarmos de  coração a  coração com Ele?
Há qualquer coisa que me mantenha a distância  dele?
Começamos desde já a  dar-nos conta de que talvez vez tenhamos que  rever algumas atitudes?

A  nossa oração inicial está composta por una pergunta dupla, a pergunta do Mestre e a pergunta do discípulo: 38Jesus voltou-se e, notando que eles o seguiam, perguntou-lhes: «Que pretendeis?» Eles disseram-lhe: «Rabi - que quer dizer Mestre - onde moras?» (Jo 1,38);  e a disposiçâo do jovem Samuel: “10Veio o SENHOR, pôs-se junto dele e chamou-o, como das outras vezes: «Samuel! Samuel!» E Samuel respondeu: «Fala, Senhor; o teu servo escuta!» (1 Sam 3,10).
Os sentimentos que nos devem acompanhar nestes   momentos, são os seguintes: disponibilidade para deixarmo-nos  conduzir e surpreender por Deus; coragem para continuar pelo  caminho começado; e total liberalidade de coração e vontade.

Visão Panorámica da Diocese






DIOCESE DE GURÚÈ
C. P. 116
Bairro Moneia
GURÚE (ZAMBÉZIA) Moçambique
Tel. 249 10 560
Fax 249 10 561
E-mail: flerma2008@gmail.com

  

 RELATÓRIO DA DIOCESE REFERENTE AO 1º SEMESTRE DE 2011

I.- Generalidades.
Extensão de 42.450 km².
 Habitantes: por volta de 2.000.000 de habitantes.
Católicos: 40% aproximadamente são católicos.
Outras expressões religiosas: igrejas evangélicas, nomeadamente Igreja de Cristo de Moçambique, União Baptista Universal, Testemunhas de Jeová e Adventistas do Sétimo Dia. O Islamismo encontra-se apenas no litoral, Distrito de Pebane.
II.- A Diocese de Gurúè
2.1 A Diocese tem actualmente 2.200 pequenas comunidades cristãs, organizadas en Zonas e Centros Pastorais que constituem actualmente 17 Paróquias, agrupadas em Quatro Regiões Pastorais.  Cada Comunidade cristã tem à sua frente um Coordenador e vários animadores. Cada Zona tem um coordenador e ministros encarregados dos vários ministérios; e cada Centro tem um Conselheiro. Em cada Paróquia há uma equipe missionária residente composta por dois sacerdotes e, em seis paróquias, também por três religiosas.
2,2.Pessoal missionário:
2.2.1. Os Padres Diocesanos a trabalhar actualmente na Diocese são 27. Fora da Dioceses há 5 dos quais 2  nos Seminários Interdiocesanos  e três no exterior (Brasil, Itália e Espanha) Itália  por motivos de estudo; há também um sacerdote “fidei donum” da Argentina. TOTAL = 34 Padres Diocesanos
 2.2.2. Os sacerdotes religiosos são:
·           5 Missionários do Coração de Maria (Claretianos).
·         12 Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos);
·           1 monge da Pequena Família da Ressurreição. TOTAL= 18 Padres religiosos.
2.2.3. Irmãos Religiosos: 1 Professo Dehoniano (diácono); 1 monge da Pequena Família da Ressurreição (finalista de teologia); 3 Irmãos Maristas. TOTAL= 5 Irmãos religiosos.
2.2.4. Irmãs Religiosas. Congregações: 4 Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição;  3 Irmãs de N.S. das Vitórias (Vitorianas); 3 Irmãs do Coração de Maria; 3 Irmãs de N.S. da Visitação (diocesanas de Quelimane); 3 Irmãs Missionárias Capuchinhas; 5 Irmãs Religiosas do Amor de Deus; 2 Irmãs Missionárias Mercedárias;3 Irmãs de São Baptista; 3 Irmãs de Jesus Maria José.; 3 Irmãs da Imaculada Conceição (Diocesanas de Liching); 3 consagradas TOTAL= 35 Irmãs religiosas
III.- A  VIDA DA DIOCESE
3.1. Problemas económicos e sócias:
- ao norte da Diocese, nos Distritos de Milange e Gurúe, os terrenos são riquíssimos para a agricultura: produção de milho, feijão manteiga, batata reno, bananas, tomate, e as grades plantações de chá na área de Gurúe.
-  esta região da Alta Zambézia é rica em minérios –pedras preciosas (especialmente nos Distritos de Ile e Gilé), e em madeira, que só beneficiam às empresas proprietárias;
-  há potencialidades turísticas na Reserva Nacional de Gilé, e na área de Gurúe, a montanhas, cascatas, cima do Monte Namuli, e maravilhosa visão do verda das plantações do Chá e o clima, mas sem estruturas adequadas;
-  pobreza absoluta em algumas aldeias do  interior de alguns por causa da seca sistemática e abandono dos cultivos tradicionais em troca de novos cultivos de dinheiros fácil (tabaco) e novas plantações (“tectona”, biogénicos…)de empresas multinacionais;
- estradas impraticáveis durante o período das chuvas (Novembro - Maio) e com muita dificuldade no tempo seco, que dificulta a comunicação entre as pessoas e o escoamento dos produtos, criando novas  bolsas de fome em algumas zonas;
-  fontes de água longe das casas, falta de poços , falta de energia, rede de telefonia móvel, aldeias e postos Administrativos isolados;
-  problemas de desertificação bastante avançada em alguns distritos, corte de madeira, introdução de certas espécies de culturas que prejudicam e hão-de criar novas fomes e pobrezas no futuro próximo;
-   rede  sanitária deficitária (distâncias enormes entre postos de saúde e maternidades e a residência das pessoas, edifícios degradados, mobiliário inexistente, falta de medicamentos), atendimento das pessoas;
-  rede escolar: edifícios em muito mau estado de conservação, falta de mobiliário em condições, deontologia profissional dos professores (falta prolongadas, preparação, acompanhamento dos alunos…); não há em toda o território da Diocese nenhuma instituição de ensino universitário;
- as nossas estradas principais são também corredor de tráfico humano.
3.2 Estruturas física
3.2.1 Casa Episcopal
No terreno do paço existe apenas uma antiga Casa familiar. Esta casa não tem as condições necessárias nem para receber qualquer hóspede, nem para os serviços diocesanos. É um edifício antigo, composto de uma sala, um escritório, dois quartos, um refeitório, uma arrecadação, e uma pequena cozinha. Mas ainda, casa é construída com material tradicional: os muros estão rebocados com cal, areia e pouquíssimo cimento; e sem ferro (vigas e pilares).
3.2.2  Serviços centrais:
 Não existe nenhuma estrutura nem para a Cúria nem para Secretariado de Pastoral nem para acolher os missionários, sacerdotes ou quaisquer hóspedes. A Diocese do Gurúè nunca pensou a sério na possibilidade de dar-se os edifícios mínimos necessários para o seu bom funcionamento.
3.2.3  Casas paroquiais:
As 14 casas paroquiais do clero diocesano (Pebane, Namarroi, Molumbo, Lioma, Gurue, Invinha, Ile, Alto Molócue, Mualama, Naburi e Mulevala) precisam todas elas de reabilitação (sistema hidráulico, instalação eléctrica, pintura, telhados, mobiliário, equipamento de escritórios).
Existem mais quatro Casas Paroquiais em completo abandono: Antigas Missões de Nauela e Alto Molócue (embora sob responsabilidade dos Padres Dehonianos) e Ilé e Moneia (antiga Missão de Gilé).
3.2.4  Casas das Irmãs
a) Existem Casas para as Irmãs em condições para serem habitadas nas Paróquias de Molumbo, Namarrói, Invinha, Mulevala, Gilé, Muiane e Pebane.
b) Em Gurúe, Lioma, Invinha, Ile, Milevane, Gilé, Ile e Alto Molócue as Congregações têm casas e obras próprias.
c) Casas das Irmãs que devem ser reabilitadas na totalidade, pois ainda se encontram es estado de abandono desde os tempos da guerra: Em  Muliquela (Ile), Moneia (Gilé), Mualama (Pebane), Nauela e Alto Molócue  (Missão).
3.2.5  Igrejas
 13 das 16 Igrejas das antigas Missões precisam também de reabilitação urgente. Apenas se encontram em estado de conservação razoável: a Catedral, Namarrói, Pebane, Gilé  e Muiane . A própria Catedral de Gurúè deve ser ampliada .
As restarantes: Nauela, Lioma, Mulumbo, Invinha, Alto Molócue (antiga Missão e a igreja da sede), Moneia e Mualama, precisam de reabilitação urgente. Em Naburi nunca foi construída a igreja.
Faltam Igrejas em Naburi, Alto Molócue e Ile (sede).
3.2.6 Outras instalações.
 Outras instalações: Centros pastorais paroquias, internatos femininos e masculinos (alguns ,foram restituídos, outros ainda continuam. A maioria  encontra-se em estado de abandono e ruinoso:  Naburi, Mualama, Nauela, Ile, Namarroi, Lioma, Mulumbo, Alto Molocue, e Invinha.
3.2.7  Em consequência
-  os edifícios das Paróquias (igrejas, residências e outros) em estado precário e ruinoso  esperam  reabilitação urgente;
- os terrenos das antigas missões, improdutivos ou ocupados em grande parte pela população; devem ser recuperados urgentemente: necessidade urgente da legalização do bens imóveis  (edifícios e terrenos), património da diocese;
- a necessidade de reabrir as paróquias ainda fechadas desde a Revolução e de criar novas paróquias;
- a  escassez de meios de transporte e situação ruinosa dos existentes;
- a falta de estruturas centrais para o governo da Diocese: casa, escritórios diocesanos, lugar para encontros com o clero e demais agentes de pastoral e residência sacerdotal para o clero diocesano;
- a deficitária situação da economia diocesana, em dependência absoluta dos subsídios e projectos vindos do exterior, sem nenhum actividade económica de auto-sustentamento local nem nas Paróquias nem a nível da própria diocese;
- a situação económica e assistência sanitária e social do clero diocesano, um problema que merece ser  considerado e encontrar uma solução a nível nacional.
3.3  Riqueza: as pessoas
-   grande número de cristãos. Catecúmenos e comunidades;
- empenho dos leigos no cuidado pastoral que desempenham em cada um dos ministérios, mas  falta-lhes  formação de base sólida  e específica para cada um dos ministérios;
-  o bom número de padres diocesanos (28 a trabalhar actualmente na Diocese). Por motivos económicos,  17 deles estão inseridos no sistema nacional de educação, pelo que estão limitados no tempo e no espaço no exercício normal do seu ministério;
- a escassez de Religiosas, pois mais da metade das paróquias não têm Irmãs;
- a organização da pastoral vocacional com bons frutos: 39  seminaristas no Seminário Propedêutico; 12 no Seminário Filosófico; 6 no Teológico;  TOTAL: 57.
3.4.  A pastoral
 -  Catequese deficiente por falta de formação dos catequistas;
- a falta de catecismos, livros e demais subsídios para a catequese, a liturgia, a formação, material que deve ser reelaborado e adequado ao nosso tempo (cultura, modernidade, situação histórica, social, documentos recentes da Igreja…).
- pastoral juvenil que  tenha em conta os desafios dos jovens de hoje com os seus problemas concretos: gravidezes precoces, abortos, casamentos prematuros, HIV/SIDA, prostituição nos centros urbanos, e falta de una preparação adequada para o matrimónio;
- pastoral familiar: convivência familiar, abandono do lar, violência familiar, divórcios, amiguismo, poligamia, separações, tráfico de pessoas nas zonas fronteiriças. Todo isto exige uma pastoral de conjunto a nível diocesano e nacional.
IV. Assembleia Diocesana de Pastoral:
Para fazermos frente a todos este desafios, de 8 a 12 de Março  de 2011, realizamos a  VI Assembleia Diocesana de Pastoral , com os seguintes temas nucleares:
1.      Comunhão Diocesana
2.      Evangelização e catequese
3.      Formação dos agentes de Pastoral
4.      Sustentabilidade económica.
Encontramo-nos na fase de implementação das Conclusões, com a reorganização do Secretariado Diocesano de Pastoral e das Comissões Diocesanas.
V.- Nomeações
Foi renovado o Conselho de presbíteros e nomeados os membros do Colégio de Consultores, e do Conselho para Assuntos Económicos.
Foram nomeados os responsáveis pelos serviços centrais de governo: Vigário Geral: Pe. Francisco Cunlela; Administrador Diocesano: Pe. Luciano Cominotti; Chanceler e Vigário Judicial, Pe. Júlio Pedro; Director do Secretariado Diocesano de Pastoral: Pe. Júlio Pedro. Foram nomeados novos párocos e vigários paroquiais, para cada uma das Paróquias
VI. Ordenações sacerdotais
No Domingo de Pentecostes, 12.06.11, na Paróquia de N. S. de Lurdes de Mulevala foram ordenados três novos Sacerdotes diocesanos: P. Eustáquio, P.Maganisto e Pe, Niveremo. com eles de enriquece aIgreja nos seus Pastores e a nossa Diocese com um Presbitério formado neste momento por 33 Padres Diocesanos. Estams todos de Parabens. Recemos para que eles sejam pastores segundoo coração de Deus.
Gurúè, 8 de Julho de 2011
+ Francisco
Bispo de Gurúè

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Alarga o espaço da tua tenda

"Alarga o espaço da tua tenda!" (Is. 54,2-3)

Com estas palavras do profeta Isaias a DIOCESE DE GURÚÈ em Moçambique quere entrar no mundo dos novos meios da comunicação. Abre assim as suas portas a todos os que livremente queiram entrar na nossa Casa e partilhar a nossa vida.

Hoje, a nossa Familia diocesana alarga o seu espaço tradicional aos que de perto ou de longe nos queiram vistar. Hão-de encontrar sempre a porta aberta e uma esteira para descansar. Também haverá sempre um chá quente para se reanimar, uma palavra amiga, uma notícia de casa, uma palavra de vida, um consolo para a sua tristeza, uma alegria para para partilhar, uma esperança para continuar a caminhada., um anbraço amigo e uma mão fraterna para se apoiar.

Eis o sentido da nossa presença nestes meios da comunicação. O nosso mundo é uma aldeia e nela qeremos estar presentes também nós, os católicos da Alta Zambézia, dos Distritos que formam a nossa Diocese: Pebane, Gilé, Alto Molócue, Ile, Namarrói, Gurúe e Porto Administrativo de Molumbo.
Em nome de todos eles, Sejam benvindos à nossa Casa

+ Francisco Lerma Martínez
   Bispo de Gurúè 
- Alta Zambézia - Moçambique