Nossa Senhora de Fátima.13 Maio
A 13 de Maio de 1917, Nossa Senhora apareceu aos Três
Pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta. Nos meses seguintes, até Outubro
inclusive, a Virgem Maria voltaria a manifestar-se nos dias 13, excepto em
Agosto, quando se manifestou no dia 19, nos Valinhos. Nesses encontros, Nossa Senhora recordou, em linguagem muito
simples, acessível aos pastorinhos, as verdades fundamentais do Evangelho.
A sua mensagem pode resumir-se nos
termos de “oração e penitência”.
Primeira leitura: Apocalipse 21, 1-5.
Eu, João, vi, então, um novo céu e
uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham desaparecido e o
mar já não existia. 2E vi descer do céu,
de junto de Deus, a cidade santa, a nova Jerusalém, já preparada, qual
noiva adornada para o seu esposo. 3E ouvi uma voz potente que vinha do trono e dizia:
“Esta é a morada de Deus entre os homens. Ele habitará com eles; eles serão o seu povo e o próprio Deus
estará com eles e será o seu Deus. 4Ele enxugará todas as lágrimas dos
seus olhos; e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor. Porque as
primeiras coisas passaram.» 5O que estava sentado no trono afirmou: «Eu renovo
todas as coisas.»
A grande utopia da ressurreição do
homem e do mundo chegará a ser realidade. A cidade nova não tem nada da antiga: nem da
Jerusalém israelita, nem sequer da Igreja cristã. É algo de novo que integra
aquilo que o antigo tinha de melhor numa espécie de continuidade descontínua.
João admira-se de não haver templo na cidade nova. Para o cristianismo, todo o
universo é templo: Deus pode revelar-se onde quiser.
A liturgia aplica este texto a Maria. Deus revelou-se nela. Ela foi a verdadeira Arca de Deus no meio do seu povo. Glorificada no Céu, não esquece aqueles que lhe foram confiados como filhos. Daí, as suas numerosas intervenções ao longo da nossa história. Ela faz tudo para que, em cada um dos seus filhos, se realize o que já se realizou n´Ela.
Evangelho: João 19, 25-27
Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da
sua mãe, Maria, a mulher de Cleofas, e Maria Madalena. 26Então, Jesus, ao ver
ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» 27Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela
hora, o discípulo acolheu-a como sua.
A mãe de Jesus aparece no princípio
e no fim da vida pública de Jesus, ou seja, nas bodas de Caná (Jo 2, 1ss.) e junto à
cruz do Senhor (Jo 19, 1ss.). Nas bodas de Caná, Jesus dirige-lhe palavras que
devem entender-se no sentido de separação: Jesus diz-lhe que não intervenha na
fase da sua vida pública, que estava a iniciar. A partir desse momento, Maria
como que desaparece de cena. Mas, agora que chegou a hora de Jesus, Maria
reaparece, pois é também a sua hora. Em ambas as situações Jesus se lhe dirige
chamando-a “mulher” e não mãe, como seria normal. O Senhor parece querer
apresentá-la como a mulher estreitamente
unida a Ele na realização da obra da redenção, a mulher de que se fala no
Génesis (Gn 3, 15) e no Apocalipse (Ap 12). As palavras que Jesus dirige a
Maria: “Eis o teu filho!” têm um sentido mais profundo do que o imediatamente
literal. A Igreja encarregou-se de aprofundá-lo. O afecto e a relação maternal
– a maternidade espiritual de Maria – concentrar-se-ão naqueles por quem o seu
Filho está a dar a vida. João
personifica todos os seguidores de Jesus. Segundo a teologia paulina, os
crentes são “irmãos” de Cristo, participantes da sua filiação.
Venerarem o seu coração maternal e compassivo, desejamos mais uma vez chamar a atenção de todos os filhos da Igreja para o inseparável vínculo que existe entre a maternidade espiritual de Maria e os deveres que têm para com Ela os homens resgatados.
1).-. A
primeira verdade é esta: Maria é Mãe da Igreja, não só por
ser Mãe de Jesus Cristo, mas também porque brilha à
comunidade dos eleitos como admirável modelo de virtude, pelo seu SIM
incondicional à vontade de Deus.
, Ela continua agora no Céu a
desempenhar a sua função materna de cooperadora no nascimento e desenvolvimento da
vida divina em cada alma dos homens remidos. Antes de tudo, pela sua oração incessante, inspirada
por uma ardentíssima caridade.
A Virgem Santa, de facto, não esquece os seus filhos que caminham, como Ela outrora, na
peregrinação da fé; pelo contrário, deles se constitui Advogada,
Auxiliadora, Amparo e Medianeira.
2). A segunda
verdade :. É em Maria que os cristãos podem admirar o exemplo que lhes mostra como
realizar, com humildade e magnanimidade, a missão que Deus confiou a cada um
neste mundo, em ordem à sua eterna salvação e à do próximo.- Ela exerce sobre os homens remidos a
influência importantíssima, a do
exemplo, Assim também a suavidade e o encanto das excelsas virtudes da
Virgem Maria atraem irresistivelmente os cristãos para a imitação de Jesus
Cristo.
É necessária a nossa perseverante vontade de honrar
Jesus Cristo e a Virgem Mãe de Deus com a fiel imitação das suas sublimes
virtudes. É, pois, dever de todos os
cristãos imitar os exemplos de bondade
que nos deixou Nossa Senhora.
A contemplação
de Maria incita-nos, de facto, à oração
confiante, à prática da penitência, ao santo temor de Deus, e recorda-nos: Arrependei-vos e acreditai no Evangelho.
Renovemos todos pessoalmente e comunitariamente a
própria consagração ao Coração Imaculado da Mãe da Igreja e a viver esta
consagração com uma vida cada vez mais conforme à vontade de Deus, em espírito
de serviço filial.
Fonte: adaptação local de um texto de
:<dehonianos.org/liturgia>