2º DOMINGO DA
PÁSCOA – ANO B
A liturgia deste domingo apresenta-nos essa
comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a
Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que
brota da ressurreição.
Na primeira leitura (Act 4,32-35), Lucas apresenta a comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade formada por pessoas diversas, mas que vivem a mesma fé num só coração e numa só alma; é uma comunidade que manifesta o seu amor fraterno em gestos concretos de partilha e de dom e que, dessa forma, testemunha Jesus ressuscitado.
a). A comunidade cristã é uma “multidão” que abraçou a
mesma fé – quer dizer, que aderiu a Jesus, aos seus valores, à sua proposta de
vida.
A Igreja não é um grupo unido por uma ideologia, ou por uma mesma visão
do mundo, ou pela simpatia pessoal dos seus membros; mas é uma comunidade que
agrupa pessoas de diferentes raças e culturas, unidas à volta de Jesus e do seu
projecto de vida e que de forma diversa procuram incarnar a proposta de
Jesus na realidade da sua vida quotidiana•
b). A comunidade cristã é uma família unida, onde os irmãos têm “um só
coração e uma só alma”. Tal facto resulta da adesão a
Jesus: seria um absurdo aderir a Jesus e ao seu projecto e, depois, conduzir a
vida de acordo com mecanismos de divisão, de afastamento, de egoísmo, de
orgulho, de auto-suficiência… A minha comunidade cristã é uma comunidade de
irmãos que vivem no amor, ou é um grupo de pessoas isoladas, em que cada um
procura defender os seus interesses,?
c).A comunidade cristã é uma
comunidade de partilha. No centro dessa comunidade está o
Cristo do amor, da partilha, do serviço, do dom da vida… O cristão não pode,
portanto, viver fechado no seu egoísmo, indiferente à sorte dos outros irmãos.
Em concreto, o nosso texto fala na partilha dos bens
d).A comunidade cristã é uma
comunidade que testemunha o Senhor ressuscitado.
O testemunho mais impressionante e mais convincente
será sempre o testemunho de vida dos discípulos… .
A segunda leitura (1 Jo 5,1-6),: o verdadeiro crente é aquele que ama Deus, que adere a Jesus Cristo e à
proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai faz aos homens e que vive no
amor aos irmãos. Quem vive desta forma, vence o mundo e passa a integrar a
família de Deus.
No Evangelho (Jo 20,19-31), Jesus vivo e
ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade
se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite
enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da
comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens
encontram as provas de que Jesus está vivo.
. Os discípulos de Jesus vivem no mundo, numa
situação de fragilidade e de debilidade; experimentam, como os outros homens e
mulheres, o sofrimento, o desalento, a frustração, o desânimo; têm medo
… Mas são sempre animados pela
esperança, pois sabem que Jesus está presente, oferecendo-lhes a sua paz e
apontando-lhes o horizonte da vida definitiva.
É esse Espírito que Jesus oferece continuamente aos seus, que faz deles
homens e mulheres novos, capazes de amar até ao fim,
A comunidade cristã gira em torno de Jesus é construída à volta de Jesus e
é de Jesus que recebe vida, amor e paz. Sem Jesus, estaremos secos e estéreis,
incapazes de encontrar a vida em plenitude; sem Ele, seremos um rebanho de
gente assustada, incapaz de enfrentar o mundo e de ter uma atitude construtiva
e transformadora; sem Ele, estaremos divididos, em conflito, e não seremos uma
comunidade de irmãos… Na nossa comunidade,
Fonte: Resumo e adaptação local de um texto de “dehonianos.org/portal/liturgia”.