quarta-feira, 11 de julho de 2012

PRESENÇA DA COMPANHIA MISSIONÁRIA NA DIOCESE DE GURUE


D. Lerma com a Mariolina, responsável da Companhia Missionária no Gurúè, e o grupo de pedreiros

PRESENÇA DA COMPANHIA MISSIONÁRIA NA DIOCESE DE GURUE

               Este ano de 2012 decidimos responder ao desafio lançado pelo Bispo de Gurue de voltarmos à Diocese onde iniciamos a nossa presença em terra moçambicana. A escolha do lugar onde iremos trabalhar é no Invinha onde iniciamos a construção da nossa casa CM.

               Foi no ano de 1968 que as primeiras missionárias chegaram a Milevane (Nauela) e em 1969 a Namarroi. Houve depois uma presença no Gurue nos anos de 1976 a 1978 e de novo a Gurue de 1999 a 2006. As missionárias presentes nesse periodo: Lisetta, Elisabetta, Teresa Castro, Mariolina, Irene Ratti, Rosanna, Martina, Glória e Edvige.
D. Lerma abençoa a 1ª Pedra na presença da Mariolina
             
               Nos anos de 1968-69, quando chegamos pela primeira vez, “tínhamos definido em diálogo com os Padres Dehonianos e o Bispo daquela altura …, que a nossa presença devia iniciar no Seminário de Milevane (Nauela) e na Missão de Namarroi. Em Milevane colaborava-se no ensino, na saúde e na pastoral das pequenas comunidades cristãs bem como na promoção humana. Em Namarroi trabalhou-se nas comunidades, na pastoral familiar, na saúde e educação sanitária e com os professores….

               Em 1975 vivemos a alegria da Independência com todo o povo. Foi neste momento que o nosso grupo fez a sua caminhada para uma identidade laical mais evidente. Sentíamo-nos missionárias leigas e como tais aceitamos a dispersão provocada pelo “zelo político” e entramos na “diáspora” como tantas pessoas do povo: Teresa foi para Gurue deixando o Seminário já nacionalizado; Irene foi para Pemba, exercendo no Hospital Provincial a sua profissão de enfermeira. Lisetta e Elisabetta continuaram a trabalhar como enfermeiras e com Martina e Mariolina formavam o grupo de Namarroi fortemente inseridas na pastoral e na vida social. …

               …Vivemos mais inseridas na realidade da vida dos irmãos partilhando na simplicidade, as mesmas dificuldades, anseios, incertezas e esperanças”…

               Em 1979 alguns acontecimentos, provocados também pela situação política, obrigaram-nos a deixar forçadamente  Namarroi (ficamos na prisão alguns dias)e começamos a nossa presença em Quelimane.  ( cf. Livrinho CM – 1988 – 20 anos de presença CM em Moçambique).

               A partir de Quelimane voltamos de novo ao Gurue com a presença de Edvige, Glória e Irene. As primeiras duas colaboraram com os Padres Dehonianos na Escola Artes e Oficios e na administração da mesma e Irene colaborou na Caritas e na pastoral.
O terreno escolhido para a futura residência em Invinha (Gurúè)

               De 2006 até hoje sempre sonhamos voltar nesta terra querida e nesta Diocese e agora o sonho se realizou.
O Bispo cimenta a 1ª Pedra com o documento que testemunha o evento
              Eis o texto que colocámos nos alicerces da futura residência da Companhia Missionária em Invinha, no dia do lançamento da 1ª Pedra:
             No dia 11 de Junho do Ano do Senhor  2012, em Invinha, sede da Paróquia de N. S. da Imaculada Conceição, desta Diocese de Gurúè, província da Zambézia (Moçambique), sendo Sumo Pontífice da Igreja o Papa Bento XVI e Bispo da Diocese Dom Francisco erma Martínez, na presença de várias testemunhas, foi abençoada e lançada a primeira pedra deste edifício que vai servir como residência da Companhia Missionária do Sagrado Coração de Jesus, Instituto Secular de Direito Pontifício que, respondendo ao pedido de D. Francisco, aceite e aprovado posteriormente pela sua Direcção Geral do referido Instituto, voltam à Diocese de Gurúè para retomarem as suas actividades sociais e apostólicas.

A Mariolina com o grupo de pedreiros e serventes da futura residência