quarta-feira, 17 de abril de 2019
quinta-feira, 11 de abril de 2019
CHEGADA DO NOVO NÚNCIO A MOÇAMBIQUE: DIA 25 DE ABRIL 2019
DOM PIERGIORGIO BERTOLDI,
NOVO NúNCIO APOSTÓLICO EM MOÇAMBIQUE
De um comunicado da Nunciatura Apostólica em
Moçambique, vos comunica-mos que a chegada do novo Núncio Apostólico, D. PIERGIORGIO BERTOLDI, Arcebispo
Titular de Spello, que, até ao presente, exercia o mesmo cargo no Burquina
Faso, nomeado pelo Santo Padre o Papa Francisco, para esta missão no nosso País, no passado 19 de Março, chegará ao aeroporto de Maputo, no próximo dia 25 de Abril, na parte da manhã, no voo da TAP, procedente de Lisboa.
CURRICULUM VITAE
Sua Excel6ncia Reverendíssima
Monsenhor Piegiorgio BERTOLDI, Arcebispo titular de Spello, nasceu em Varese
(It6lia), no dia 26 de Julho de 1963. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de Junho
de 1988 e foi incardinado na Diocese de Milão (It6lia).
É Doutorado em Direito Canónico.
Entrou no serviço diplomático da Santa Se no dia 01 de Julho de 1995, e
sucessivamente trabalhou nas Representações Pontifícias de Uganda, República do
Congo, Colômbia, ex-Jugoslávia, Romania, Irão e Brasil.
No dia 24 de Abril de 2015
foi nomeado Núncio Apostólico de Burquina Faso e Níger.
No dia 19 de Março de 2019
foi nomeado Núncio Apostólico de Mozambique.
Línguas conhecidas: Francês,
Português, Inglês e Espanhol.
Desde já, desejamos as nossas melhoras BOAS VINDAS A MOÇAMBIQUE E A NOSSA IGREJA LOCAL
quarta-feira, 10 de abril de 2019
ORDENAÇÃ EPISCOPAL DO NOVO BISPO DE TETE: 12 DE MAIO DE 2019
ORDENAÇÃO EPISCOPAL DO NOVO BISPO DE TETE: DOMINGO 12 DE MAIO 2012
A Diocese de Tete tem a honra de convidar Vª.
Exª. Senhor
DOM FRANCISCO LERMA MARTINEZ, BISPO DE GURUE
para participar na Sagração Episcopal e Tomada de Posse do novo
Bispo de Tete,
Dom Diamantino Guapo Antunes
A Celebração
terá lugar no dia 12 de Maio de 2019, domingo do Bom Pastor, pelas 9h00.
P. Sandro Faedi Administrador
Apostólico
Agradece-se confirmação de
presença pelos telefones
nº 82 5943550 e
845471305 e 877576299
|
segunda-feira, 8 de abril de 2019
SEGUNDA-FEIRA - 5ª SEMANA DA QUARESMA - 8 ABRIL 2019
SEGUNDA-FEIRA - 5ª SEMANA DA QUARESMA - 8 ABRIL 2019
Primeira leitura: Daniel 13, 41c-62
O
episódio da jovem e bela Susana, assediada por dois anciãos de Israel, no tempo
do exílio em Babilónia, é uma história edificante colocada em apêndice ao livro
de Daniel. Encontramos aí o próprio profeta, como vidente muito jovem, que faz
ver a todos a inocência de Susana - cujo nome em hebraico significa
"lírio" - desmascarando a corrupção dos dois anciãos (vv. 42-59).
Neles são também acusados os chefes saduceus do século I a. c., aparentemente
irrepreensíveis, mas, na realidade, guias cegos que desviam o povo do bom
caminho.
Para
se manter fiel a Deus e ao marido, Susana enfrenta o perigo da lapidação, quer
ceda ao adultério, quer resista às torpes propostas dos anciãos e seja
caluniada (v. 22). Susana prefere morrer inocente a consentir no mal (v. 23).
Tendo posta a sua confiança nas mãos de Deus (v. 43), pôde verificar que Ele
escuta a voz dos seus fiéis (v. 44) e vem em seu auxílio com prontidão e força
(vv. 45-62).
Evangelho: João 8, 1-11
Cristo-Luz
(cf. v. 12) que inevitavelmente faz um juízo (v. 15), não segundo as aparências,
mas segundo a verdade mais profunda do coração de cada um.
O
enredo é muito simples: de madrugada (v. 2), depois de ter passado toda a noite
em oração no Monte das Oliveiras, Jesus é abordado pelos escribas e fariseus
que lhe apresentam uma mulher apanhada em adultério para que a julgue. Faziam
isto para armar uma cilada a Jesus (v. 6), obrigando-o dissimuladamente a
pronunciar-se contra a lei de Moisés, que em tal caso prevê a lapidação, ou
contra o direito romano, que desde 30 d. c., retirou ao sinédrio o “jus gladii”, reservando para si o poder
de pronunciar condenações à morte.
Todo
o texto converge para a pergunta: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te
condenou?» ... «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a
pecar». No deserto criado pelo pecado, irrompe a novidade: um rio de
misericórdia, que purifica e cura tudo à sua volta (Ap 21, 5), tornando nova
toda a criatura.
O
episódio edificante de Susana revela-nos que o recto juízo de Deus descobre e
condena, mais tarde ou mais cedo, a injustiça humana. A Palavra de Deus é como
uma lâmpada que se acende numa sala escura: os seus raios alargam-se
instantaneamente até aos cantos mais afastados e esquecidos.
Assim
sucedeu quando Jesus, Luz do mundo, se tornou presente no meio de nós. Não se
pode resistir-lhe: quem não acolhe a Palavra de Deus, a Luz de Cristo, é por
elas julgado. Elas revelam o que estava oculto e fazem brilhar a justiça.
A
Palavra de Deus perscruta o mais íntimo dos corações, revela as intenções mais
secretas, desmarcara as tramas da mentira. Então, revela-se claramente quem
confia unicamente em Deus, e apenas teme não corresponder à grandeza do seu
amor misericordioso. E também se revela quem, tendo a mente e o coração
mesquinhos, vai procurar furtivas satisfações, como se a felicidade fosse
incompatível com a fidelidade à verdade e ao Evangelho.
É a
própria vida que, momento a momento, realiza este discernimento. Feliz quem se
deixa penetrar pela Palavra de Deus como por um raio de luz, que separa no seu coração
o ouro das escórias. À luz da verdade poderá saborear a liberdade do abandono
filial nas mãos paternas de Deus, e nada nem ninguém poderá meter-lhe medo ou
induzi-lo em engano.
O
evangelho apresenta-nos um caso em que a lei pode escravizar. Os fariseus, mais
do que cumprir a lei, queriam ficar bem com a sociedade e, por isso, iam
sacrificar o futuro de uma pessoa humana. Jesus tem uma atitude totalmente
diferente. Coloca-se do lado da pecadora, carrega sobre Si o castigo, a pena e
o sofrimento pelo pecado. Por isso pode ser indulgente e oferecer o perdão de
Deus. Não se trata, pois, de uma indulgência fácil. Perdoa à adúltera e
recomenda-lhe que não volte a pecar, porque, na sua paixão, expia o pecado e dá
força aos pecadores arrependidos para caminharem no amor do Pai.
O
texto que escutamos, mostra-nos também a mansidão com que Jesus se aproxima da
sua paixão. Ela é um acto de misericórdia que agrada mais a Deus do que todos
os sacrifícios rituais oferecidos no templo de Jerusalém. A narrativa da
adúltera (Jo 8) dá-nos a medida da profundidade da misericórdia divina, se tal
se pode dizer de uma misericórdia infinita. Deus amou-nos até ao fim, enviando
o seu Filho para tomar sobre Si os nossos pecados, nos perdoar e nos dar uma
vida nova cheia de caridade, de alegria e de paz.
Fonte: Adaptação de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia/”
sábado, 6 de abril de 2019
05º DOMINGO DA QUARESMA – ANO C - 7 ABRIL 2019
05º DOMINGO DA QUARESMA – ANO C - 7 ABRIL 2019
A
liturgia de hoje fala-nos de um Deus que ama e cujo amor nos desafia a
ultrapassar as nossas escravidões para chegar à vida nova, à ressurreição.
A primeira leitura -Is 43,16-21- apresenta-nos o Deus
libertador, que acompanha com solicitude e amor a caminhada do seu Povo para a
liberdade. Esse “caminho” é o paradigma dessa outra libertação que Deus nos
convida a fazer neste tempo de Quaresma e que nos levará à Terra Prometida onde
corre a vida nova.
O
nosso Deus é o Deus libertador, que não Se conforma com qualquer escravidão que
roube a vida e a dignidade do homem e que está, permanentemente, a pedir-nos
que lutemos contra todas as formas de sujeição. Quais são as grandes formas de
escravidão que impedem, hoje, a liberdade e a vida?
A
vida cristã é uma caminhada permanente, rumo à Páscoa, rumo à ressurreição.
Neste tempo de Quaresma, somos convidados a deixar definitivamente para trás o
passado e a aderir à vida nova que Deus nos propõe.
A segunda leitura - Filip 3,8-14 - é
um desafio a libertar-nos do “lixo” que impede a descoberta do fundamental: a
comunhão com Cristo, a identificação com Cristo, princípio da nossa
ressurreição.
Neste
tempo favorável à conversão, é importante revermos aquilo que dá sentido à
nossa vida. É possível que detectemos no centro dos nossos interesses algum
desse “lixo” de que Paulo fala (interesses materiais e egoístas, preocupações
com honras ou com títulos humanos, apostas incondicionais em pessoas ou
ideologias…); mas Paulo convida a dar prioridade ao que é importante – a uma
vida de comunhão com Cristo, que nos leve a uma identificação com o seu amor, o
seu serviço, a sua entrega. Qual é o “lixo” que me impede de nascer, com
Cristo, para a vida nova?
O Evangelho –
Jo 8,1-11 - diz-nos que, na perspectiva de Deus, não são o castigo e a
intolerância que resolvem o problema do mal e do pecado; só o amor e a
misericórdia geram activamente vida e fazem nascer o homem novo. É esta lógica
– a lógica de Deus – que somos convidados a assumir na nossa relação com os
irmãos.
O
nosso Deus Ele não quer a morte daquele que errou, mas a libertação plena do
homem. Nesta lógica, só a misericórdia e o amor se encaixam: só eles são
capazes de mostrar o sem sentido da escravidão e de soprar a esperança, a ânsia
de superação, o desejo de uma vida nova. A força de não está no castigo, mas
está no amor.
Neste
caminho quaresmal, há duas coisas a considerar: Deus desafia-nos à superação de
todas as realidades que nos escravizam e sublinha esse desafio com o seu amor e
a sua misericórdia; e convida-nos a despir as roupagens da hipocrisia e da
intolerância, para vestir as do amor.
Fonte: Adaptação de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia”
Sábado - 4ª Semana da Quaresma - 6 Abril 2019
Sábado - 4ª Semana da Quaresma - 6 Abril 2019
Primeira
leitura: Jeremias 11, 18-20
Escutamos,
hoje, a primeira das chamadas «confissões de Jeremias», que são como pedaços de
luz que nos permitem entrever a caminhada interior do profeta pelas
repercussões pessoais da sua missão. Trata-se de um testemunho precioso, único
na Bíblia. Por vontade de Deus, Jeremias descobre que os seus conterrâneos
tinham armado uma cilada para o arrancarem do meio deles (v. 19). Não sabemos
quais as causas históricas da conjura.
Mas
o modo como o profeta viveu essa situação tornouse paradigmático. Jeremias,
vítima inocente, compara-se a um cordeiro levado ao matadouro, imagem já
presente no quarto cântico do Servo sofredor de Javé (cf. Is 53, 7) e
amplamente usada no Novo Testamento para descrever o Messias sofredor que, em
silêncio, expia o pecado do mundo (cf. Jo 1, 29; 1 Pe 1, 19; Ap 5, 6ss.).
Martirizado
no corpo e no espírito, o profeta, manso, atreve-se a pedir a Deus a vingança
dos seus inimigos. Jeremias é um homem do Antigo Testamento, que segue a lei de
Talião. Jesus será o verdadeiro inocente que morre, abandonando nas mãos do
Pai, não só a ele mesmo, mas também os seus adversários e algozes, para que
sejam perdoados. Jeremias é figura. Jesus é a realidade. É Ele o verdadeiro
cordeiro conduzido ao matadouro sem lançar um balido.
Evangelho: João 7, 40-53
João
mostra-nos a multidão que rodeia Jesus e se interroga sobre a sua identidade e
faz palpites. A palavra autorizada do Senhor fascina os próprios guardas
enviados para O prenderem (v. 46). Mas há dois argumentos de peso, com sentido
contrário: Jesus vem da Galileia, e as Escrituras dizem que o Messias havia de
nascer em Belém. Mais ainda: os chefes do povo e os fariseus não acreditam n
'Ele; como pode o povo comum ter uma opinião diferente? Os detentores do poder
e da sabedoria olham a situação com sarcasmo e desprezo, porque temem perder o
seu prestígio. Apenas Nicodemos ousa invocar a Lei que não condena ninguém sem
antes ser ouvido. O resultado é ser, também ele, tachado de ignorante.
João
termina abruptamente a narrativa (cf. v. 53), deixando uns com maior desejo de
conhecer Jesus e outros mais decididos na recusa d ' Ele. Mas a Palavra não
emudece: ainda não tinha chegado a sua hora.
Aproxima-se
a Paixão. As leituras fazem-nos escutar o grito sofrido de Jeremias e as
interrogações sobre a identidade de Jesus. O profeta faz-nos ver até que ponto
havemos de estar dispostos a sofrer para sermos fiéis a Deus, e servi-lo de
coração puro. O evangelho dá-nos conta do avolumar das controvérsias e das
hostilidades contra Jesus, verdadeiro cordeiro que serenamente se encaminha
para o matadouro.
Os
guardas, enviados a prender Jesus, voltam sem cumprir a ordem, porque «Nunca
nenhum homem falou assim» (v. 46). Mas os fariseus, de coração cada vez mais
endurecido, ripostam: «Será que também vós ficastes seduzidos?» . Barricados
nos seus preconceitos, não querem ouvir nada sobre Jesus. Apenas O querem
prender.
Também
hoje as opiniões se dividem acerca de Jesus. Muitos fecham-se nas suas dúvidas
e na sua indiferença, porque recusam Aquele que pode trazer a paz aos corações
e a união entre os homens. Muitos não buscam realmente a verdade, mas apenas
confirmar os seus preconceitos. Também não faltam ameaças, perseguições,
condenações de inocentes. Felizmente também não faltam pessoas corajosas, como
Nicodemos, capazes de desafiar a opinião dos «poderosos», porque estão
decididamente apaixonados pela verdade. Para estar com Cristo, é preciso estar
cordialmente abertos aos desejos de Deus, à verdade de Deus, à luz de Deus.
Então seremos capazes de acolher a Cristo em todos os momentos e situações da
vida.
Não
foi fácil, para os contemporâneos de Jesus, acreditar n ' Ele. Devemos estar
gratos àqueles que acreditaram e nos transmitiram a fé. Com esta gratidão,
havemos também de nos sentir estimulados a procurar Cristo onde Ele se nos
revela, hoje. É a única coisa importante, na nossa vida: reconhecer a Cristo,
encontrar-nos verdadeiramente com Ele, aderir a Ele de todo o coração.
A
leitura e a meditação destes textos, confrontando-os com a nossa história, são
uma preciosa ajuda para conhecer Cristo, para viver Cristo e para colaborarmos
na construção do Reino de Deus.
Fonte: Adaptação de um texto de “dehonianos.org/portal/liturgia”
quinta-feira, 4 de abril de 2019
SEXTA-FEIRA - 4ª SEMANA DA QUARESMA - 5 Abril 2019
SEXTA-FEIRA - 4ª SEMANA DA QUARESMA - 5 Abril 2019
Primeira leitura: Sabedoria 2, la.12-22
O
autor sagrado, depois de ter convidado a uma vida segundo a justiça (cf. Sab 1,
1-15), dá a palavra aos ímpios que expõem a sua «filosofia»: a vida deve ser
vivida na busca frenética do prazer, eliminando - não importa com que violência
- tudo o que for obstáculo a esse prazer. Trata-se de uma filosofia errada, (v.
1), fruto da ignorância, pois «ignoram os desígnios secretos de Deus> (v.
22).
Os
ímpios de que fala o texto são presumivelmente os hebreus apóstatas da
comunidade de Jerusalém que, aliados aos pagãos, perseguem os irmãos que
permaneceram fiéis a Deus e à aliança. A sua forma de vida é insuportável:
armam ciladas, insultam e condenam à morte, desafiando o próprio Deus (cf. v.
18; v. 20).
O
«resto» de Israel vive a sua paixão e profetiza a do Messias. É Jesus o
verdadeiro justo, o Filho predilecto, o manso posto à prova, escarnecido (v.
19) e condenado a uma morte infame (v. 20). É Ele, sobretudo que, tendo posto
toda a confiança no Pai, ressurge do abismo da morte. A esperança do Antigo
Testamento adquire uma dimensão inesperada, e ultrapassa toda a «profecia»:
pelo mérito de um só, todos são tornados «justos», desde que estejam abertos à
graça.
Evangelho: João 7, 1-2.25-30
Jesus
não é um provocador. Mas a sua pessoa suscita interrogações e inquietações
crescentes nos seus contemporâneos, enquanto os chefes Judeus, movidos pela sua
aversão, decidem matá-lo (v. 1b).
Jesus
aguarda serenamente a hora do Pai. Não foge, mas também não apressa os tempos.
Evita a Judeia e, quando decide subir a Jerusalém, fá-lo «quase em searedo. (v.
24). Mas é rapidamente reconhecido e logo as opiniões se dividem, agora sobre a
sua messianidade. Para alguns, membros de círculos apocalípticos, se Jesus vem
de Nazaré, não é mais do que um impostor (vv. 26s.) pois, para eles, «quando
chegar o Messias, ninguém saberá donde vem» (v. 27).
Entretanto, Jesus sabia bem donde vinha. Por
isso, «bradava», proclamando de modo solene e autorizado: «Eu não venho de mim
mesmo; há um outro, verdadeiro, que me enviou, e que vós não conheceis. Eu é
que o conheço, porque procedo dele e foi Ele que me enviou» (vv. 28-29). Com
subtil ironia, afirma que a sua origem é efectivamente desconhecida dos que
julgam saber muito e, por isso, não o reconhecem como enviado de Deus. Estas
palavras ecoam nos ouvidos dos adversários como ironia, insulto e blasfémia.
Tentam apoderar-se d ' Ele, mas não conseguem, pois é Ele o Senhor do tempo e
das circunstâncias. Submeteu-se totalmente aos desígnios do Pai, e a sua hora
ainda não tinha chegado.
João
gosta de jogar com os símbolos. No seu evangelho, os pormenores têm sempre um
valor simbólico. É o caso da conjura contra Jesus colocada poucos dias antes da
festa dos Tendas. Nesta festa, agradecia-se a Deus pelas colheitas, mas também
se recordavam os 40 anos de caminhada no deserto. Construíam-se tendas mesmo em
Jerusalém. Muitos retiravam-se nelas para meditarem. Era um regresso simbólico
ao deserto.
A
controvérsia referida por João situa-se na vigília deste tempo propício à
meditação. É como que um último esforço, feito por Jesus, para levar os seus
adversários a meditarem sobre a sua pessoa e sobre as «obras» por Ele
realizadas. Não resultou em relação aos judeus. Julgam conhecer a Jesus e saber
tudo sobre Ele. Na verdade, não sabem. Jesus aproveita a ocasião para Se
manifestar mais claramente: «Eu não venho de mim mesmo; há um outro,
verdadeiro, que me enviou, e que vós não conheceis. Eu é que o conheço, porque
procedo dele e foi Ele que me enviou» (vv. 28b-29). Mas o resultado foi o
aumento da hostilidade dos judeus. Decidem prender Jesus e acabarão por
fazê-lo.
Mas
a tentativa de Jesus pode resultar em relação a nós, se acolhermos a sugestão
da liturgia de hoje e aproveitarmos a caminhada, que estamos a fazer rumo à
Páscoa, para relermos e meditarmos este texto tão denso e inesgotável, e nos
interrogarmos mais a fundo sobre o mistério da pessoa de Jesus e aderirmos a
Ele com um amor maior.
O
livro da Sabedoria mostra-nos que, mesmo as coisas mais positivas, podem ser
aproveitadas para fazer o mal ou para fazer pior. Se o justo é manso, os maus
dizem: «Provemo-lo com ultrajes e torturas para avaliar da sua paciência» (v.
19). Se se diz Filho de Deus e se ufana de ter a Deus por Pai, decidem
experimentá-lo e condená-lo a uma morte infamante, para ver se Deus o protege!
(cf. Sab 2, 18-20).
Peçamos
ao Senhor que nos dê um coração simples e aberto às suas iniciativas
surpreendentes para tomarmos a atitude dos justos e rejeitarmos a dos
pecadores.
A
adesão à Pessoa de Cristo é essencial para uma autêntica vida cristã. O nosso
zelo apostólico brota dessa adesão. Esta "adesão" deve ser entendida,
não o sentido fraco de um simples "acordo", mas no sentido forte de
"aderir", até se identificar com Cristo e viver a sua vida, os seus "mistérios",
os seus "sentimentos: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mini'
(Gal 2, 20).
Fonte: Adaptação local de um texto de
“dehonianos.org/portal/liturgia”
quarta-feira, 3 de abril de 2019
QUINTA-FEIRA - 4ª SEMANA DA QUARESMA - 4 ABRIL 2019
QUINTA-FEIRA - 4ª SEMANA DA QUARESMA - 4 ABRIL 2019
Primeira leitura: Êxodo 32,7-14
Havia
pouco que Deus estabelecera aliança com Israel, e a confirmara com uma solene
promessa (cf. Ex 24, 3). Moisés ainda estava no monte Sinai, onde recebia das
mãos de Deus às tábuas da Lei, documento base dessa aliança. Entretanto, o povo
caía na idolatria, adorando o bezerro de ouro, obra das suas mãos, como se
fosse o Deus que o tirara Egipto (v. 8). Deus, acende-se em ira e informa
Moisés do sucedido (v. 7): a aliança fora quebrada. Deus quer repudiar Israel,
apanhado em flagrante adultério, e começar uma nova história cheia de
esperanças (v. 10) com Moisés, que permanecera fiel. Mas Moisés, que recebera a
missão de guiar Israel à terra prometida, não abandona o seu povo, não cede à
tentação de pensar apenas em si mesmo. Como Abraão, diante da cidade pecadora
(cf. Gn 18), Moisés intercede pelo povo pecador. Procura «acalmar» a justa ira
de Deus, fazendo uma certa «chantagem» (cf. v. 12) e recordando-Lhe as
promessas feitas aos antigos patriarcas. A sua oração toca o coração de Deus.
As características antropomórficas, com que Deus é descrito neste episódio,
atestam a antiguidade deste texto.
Evangelho: João 5, 31-47
Jesus
continua a responder aos Judeus. O discurso apologético vai endurecendo.
Aumenta gradualmente a separação entre o «eu» de Jesus e o «vós» dos
adversários. O texto marca o culminar do processo intentado por Deus contra o
seu povo predilecto, mas obstinadamente rebelde, cego e surdo.
Jesus
apresenta quatro testemunhos que deveriam levar os seus ouvintes a reconhecê-lo
como Messias, enviado pelo Pai, como Filho de Deus: as palavras de João
Baptista, homem enviado por Deus; as obras que ele mesmo realizou por mandado
de Deus; a voz do Pai; e, finalmente, as Escrituras. Estes testemunhos, na sua
diversidade, têm duas características que os unem: por um lado, em resposta à
acusação de blasfémia dirigida contra Jesus pelos Judeus, remetem para o agir
salvífico de Deus; por outro lado, elas não dizem nada de realmente novo.
Os
Judeus estão sob processo porque não procuram a «a glória que vem do Deus úma»
(v. 44), mas tomam a glória uns dos outros. Caíram, assim, numa cegueira
radical, interior. Agarrados à Lei, recusam o Espirito. Jesus revela-lhes o
risco que correm e avisa-os: pensam alcançar a vida eterna perscrutando os
escritos de Moisés, mas são esses mesmos escritos que os acusam. O intercessor
deverá tornar-se seu acusador? O texto termina convidando cada um a examinar a
autenticidade e a verdade da própria fé.
O
povo de Israel, revela uma memória curta. Foi libertado por Deus, no meio de
prodígios e celebrou livremente a aliança com o Senhor. Mas, logo que
sobrevieram novas dificuldades, esqueceu-se de tudo e caiu na idolatria. Assim
pode acontecer também connosco. Mas o verdadeiro crente não abandona a Deus,
quando surgem dificuldades, como se fosse Ele a causá-Ias. Pelo contrário,
continua a sentir-se dependente de Deus, ligado a Ele e, como Moisés, não
desiste de orar por si e de interceder pelos irmãos. A oração de intercessão
revela maturidade na fé. O crente adulto na fé vê as provações dos irmãos como
suas. Por isso reza por eles, faz-se intercessor universal, disposto a carregar
sobre si as fraquezas dos outros, e a sofrer para que possam ser aliviados. Foi
a atitude de Moisés; será a atitude de Jesus.
Ao
reagir contra o pecado do povo, Deus diz a Moisés: «a minha cólera vai
inflamar-se contra eles e destru-tos-ei Mas farei de ti uma grande neção. (v.
10). O povo pecou e merecia ser destruído. Mas os desígnios de Deus deviam
cumprir. Por isso, propõe a Moisés tornar-se pai de um novo povo. Moisés recusa
a proposta de Deus e implora:
«Não te deixes dominar pela cólera e abandona a decisão de fazer mal a este pOV(J» (v. 12). Mais adiante faz ele uma proposta a Deus: «perdoa-lhes este pecado, ou então apaga-me do livro que escreveste (Ex 32, 32), isto é, destrói-me também a mim. Moisés solidarizou-se completamente com o seu povo, para alcançar de Deus a salvação do seu povo.
«Não te deixes dominar pela cólera e abandona a decisão de fazer mal a este pOV(J» (v. 12). Mais adiante faz ele uma proposta a Deus: «perdoa-lhes este pecado, ou então apaga-me do livro que escreveste (Ex 32, 32), isto é, destrói-me também a mim. Moisés solidarizou-se completamente com o seu povo, para alcançar de Deus a salvação do seu povo.
Tudo
isto se realiza de modo completamente inesperado no mistério de Cristo.
Na
morte de Cristo, Deus destrói o povo. A morte de Cristo é destruição do mundo
antigo, do homem velho, como escreve S. Paulo. Mas não é apenas destruição,
porque a morte do Senhor leva à ressurreição. Jesus é, pois, o novo Moisés que
aceita morrer com o povo e pelo povo, mas é também o novo Moisés, pai de uma
nova grande nação. A palavra de Deus, «farei de ti uma grande nsçãt»,
realiza-se na ressurreição de Cristo. De modo imprevisível, as Escrituras dão
testemunho da ressurreição de Cristo.
Lemos
nas Constituições: «Unidos à acção de graças e à intercessão de Cristo, somos
chamados a colocar toda a nossa vida ao serviço da Aliança de Deus com o seu
Povo» (n. 84). A nossa vida oferecida a Deus, para sua glória, e para o serviço
dos irmãos, e uma atitude de perdão e de súplica pelos pecadores, são um óptimo
testemunho de Deus-Amor, que não se demonstra com teorias, mas que transparece
na vida daqueles em cujos corações habita.
Fonte: adaptação de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia”
terça-feira, 2 de abril de 2019
TERCA-FEIRA - 4ª SEMANA DA QUARESMA - 2 ABRIL 2019
TERCA-FEIRA - 4ª SEMANA DA QUARESMA - 2
ABRIL 2019
Primeira leitura: Ezequiel 47, 1-9.12
Numa
terra árida, como a Palestina, uma nascente era vista como verdadeira bênção de
Deus e símbolo do seu poder. Por isso, muitas vezes, construía-se junto dela um
templo. o profeta Ezequiel contempla uma fonte que brota dos fundamentos do próprio
templo e corre para oriente, por onde entrara a glória do Senhor para morar no
meio do povo regressado do exílio.
A
nascente deu origem, primeiro a uma pequena corrente de água, nada comparável
aos grandes rios da Mesopotâmia, que os exilados tinham contemplado. Mas, pouco
a pouco, a corrente engrossa até se tornar um rio navegável.
Ezequiel
é convidado a experimentar no seu corpo a grandeza e a força da torrente, bem
como a sua fecundidade e eficácia: ela torna verdejante o deserto e salubre o
mar morto que se enchem de vida. e surge uma época de prosperidade.
Esta
visão profética realiza-se em Jesus, verdadeiro templo, de cujo lado aberto
jorra a água viva do espírito (cf. jo 7, 38; 19, 34).
Evangelho: João 5, 1-3a.5-16
Jesus,
salvação de Deus, passa por entre os doentes e deficientes que se acumulam à
volta da piscina, junto à porta da ovelhas, em Jerusalém. Dá especial atenção a
um homem que ali jaz paralítico há 38 anos e faz-lhe uma pergunta aparentemente
óbvia:
«Queres
ficar são;»,
mas
a pergunta, e a ordem que se segue, são suficientes para que este homem, que
talvez já nada esperava da vida, se reanime, se erga, volte a agarrar na vida
com coragem e até dê testemunho de cristo àqueles que teimavam em permanecer
paralisados na interpretação literal da lei.
Enquanto
o paralítico quis ser curado, os adversários de jesus não quiseram deixar-se
curar da sua cegueira e rigidez, passando a uma aberta hostilidade.
Ao
encontrar, mais tarde, no templo, o doente curado, Jesus dirige-lhes palavras
de grande exigência, dando-lhe a entender que o pecado e as suas consequências
são algo de pior que 38 anos de paralisia. Há que deixar-se curar completamente
dos males do corpo, mas também do mal da alma. É uma opção a fazer livremente
cada dia: deixar-se curar e não pecar.
As
leituras de hoje falam-nos ambas de água que cura. O Evangelho diz-nos que Jesus
é o verdadeiro médico e o verdadeiro remédio para os nossos males. A água é
apenas símbolo da sua graça.
Os
Padres da Igreja reconheceram no templo, de que nos fala a visão de Ezequiel, o
verdadeiro templo que é Jesus de lado aberto e coração trespassado na cruz,
donde jorram sangue e água, símbolos do Espírito que dá a vida.
Ezequiel
contempla o Templo, de cujo lado direito, brota a água prodigiosa que leva a
vida e a fecundidade ao deserto e ao próprio mar morto. Este mar tem água. Mas é
uma água que não permite a vida, porque saturada de sal. Pelo contrário, a água
que vem do Templo, é viva e gera vida, porque é pura.
É a
transformação que o Espírito de Deus realiza em nós e nas nossas comunidades,
quando o acolhemos e nos abrimos à sua acção.
Em
cada um de nós, e nas nossas comunidades, há um «mar morto», um espaço de
amargura, de preconceitos, de egoísmo que tornam difíceis as nossas relações e
estéril o nosso apostolado.
Só o
Espírito Santo nos pode transformar.
No
baptismo recebemos o Espírito Santo, como uma pequena fonte, que há-de ir
crescendo, à medida que nos abrimos a Ele e colaboramos na sua acção, até se
tornar em nós uma torrente capaz de transformar a nossa vida e de tornar
fecundo o nosso apostolado.
O Evangelho
fala-nos do paralítico que, havia 38 anos, esperava junto à piscina uma
oportunidade para entrar nela e ser curado.
Como
ele, muitos dos nossos irmãos jazem impotentes nas margens da esperança,
desiludidos de tudo, talvez até da religião e, por isso, incapazes de
mergulharem na vida.
São
estes homens e mulheres do nosso tempo que Cristo vem procurar, onde quer que
estejam, paralisados pelo sofrimento, pelo pecado e pelas circunstâncias da
vida. também a eles, Jesus pergunta: «queres ficar são;».
Parece
uma pergunta desnecessária. Mas Jesus sabe que é a resposta pessoal que renova
e faz sentir a cada um a sua dignidade humana, a sua liberdade e
responsabilidade.
Perante
a resposta do paralítico, Jesus diz-lhe simplesmente: «levanta-te, toma a tua
enxerga e anda». O poder da palavra de Deus dispensa os ritualismos ou o uso de
águas medicinais.
A
palavra de Deus cura, rompe cadeias, liberta. Liberta o corpo e liberta o espírito,
porque há paralisias bem piores do que as corporais, que tolhem o coração no
pecado.
A Igreja,
por vontade de Cristo, dispõe da palavra e da graça que brotaram do seu lado
aberto na Cruz, para as distribuir aos homens, sobretudo no Baptismo, na Eucaristia
e nos outros sacramentos.
Abramo-nos
ao dom do Espírito Santo, invoquemo-lo e demos-lhe lugar nos nossos diálogos
comunitários. experimentemos os seus saborosos frutos: a caridade, a paz, a
alegria, a bondade, a benevolência, a mansidão, etc. não só pessoalmente, mas
também comunitariamente.
Estamos
convencidos de que a realidade escatológica dos "novos céus' e da
"nova terra", onde "habita a justiça" (2 pe 3, 13), obra do
Espírito que tudo renova, pode ser uma realidade actual, antecipada, a nível
pessoal, mas também a nível comunitário.
Tudo
depende se damos ou não a deus a possibilidade de realizar em nós a profecia de
Ezequiel: "dar-vos-ei um coração novo' (36, 26); Jesus manso e humilde de
coração, dá-me o teu coração! "infundirei em vós um espírito novo':
"vem, Espírito Santo ...
Fonte: Adaptação de um texto de :”dehonianos.org/portal/liturgia”
Subscrever:
Mensagens (Atom)