sexta-feira, 28 de abril de 2017

REFLEXÃO PARA O 3º DOMINGO DA PÁSCOA




3º Domingo da Páscoa Ano A
A liturgia deste domingo convida-nos a descobrir esse Cristo vivo que acompanha os homens pelos caminhos do mundo, que com a sua Palavra anima os corações magoados e desolados, que se revela sempre que a comunidade dos discípulos se reúne para “partir o pão”; apela, ainda, a que os discípulos sejam as testemunhas da ressurreição diante dos homens.
A primeira leitura (Actos 2,14.22-33), mostra (através da história de Jesus) como do amor que se faz dom a Deus e aos irmãos, brota sempre ressurreição e vida nova; e convida a comunidade de Jesus a testemunhar essa realidade diante dos homens.
: Deus ressuscitou Jesus e não permitiu que a morte O derrotasse… A ressurreição de Cristo prova que uma vida gasta ao serviço do plano do Pai, na entrega aos homens, Uma vida que se faz dom nunca é um fracasso; uma vida vivida de forma egoísta e auto-suficiente, à margem de Deus e dos outros, é que é fracassada, pois não conduz à vida em plenitude.
A Igreja é hoje, no mundo, a testemunha da proposta de salvação que Cristo fez; ela deve dizer a todos os homens o que aconteceu com Cristo e como Ele mostrou que a vida plena resulta do amor e do dom da vida. Sentimo-nos investidos dessa missão? Os homens desiludidos e desorientados encontram em nós – testemunhas de Cristo ressuscitado – uma proposta de vida definitiva e de realização plena? Somos nós que contaminamos o mundo e lhe oferecemos uma alternativa à desilusão, ou é o mundo que nos convence a viver de acordo com valores diferentes dos de Jesus?
A segunda leitura (1 Pedro 1,17-21), convida a contemplar com olhos de ver o projecto salvador de Deus, o amor de Deus pelos homens (expresso na cruz de Jesus e na sua ressurreição). Constatando a grandeza do amor de Deus, aceitamos o seu apelo a uma vida nova.
 O nosso texto convida-nos, antes de mais, a contemplar o imenso amor de Deus pelos homens. Esse amor traduziu-se no envio do próprio Filho (Jesus Cristo), com uma proposta de salvação. Da fidelidade do Filho ao projecto do Pai resultou o seu confronto com o egoísmo e o pecado e a morte na cruz. Não há maior expressão de amor do que entregar a vida em favor de alguém; e é dessa forma que Deus nos ama. Temos consciência disso?
 Da contemplação do amor de Deus tem de resultar uma resposta nossa. Segundo o autor da Primeira Carta de Pedro, essa resposta deve traduzir-se numa conduta nova de obediência a Deus, de entrega incondicional nas mãos de Deus, de adesão completa aos seus planos, valores e projectos. O amor de Deus inspira-me e motiva-me para viver – com coerência e fidelidade – os seus valores?
O mundo em que vivemos potencia mais o egoísmo e a auto-suficiência do que o amor e a doação… Os homens do nosso tempo vivem, de forma geral, voltados para si mesmos, para os seus pequenos interesses pessoais e para a realização imediata dos seus sonhos, desejos e prioridades. Nós, os crentes, no entanto, somos convidados a viver e a anunciar a lógica de Deus, que é a lógica do amor e da entrega da vida até às últimas consequências. Qual é a lógica que domina a minha vida e que eu transmito nas minhas palavras e nos meus gestos: a lógica do amor, da entrega, da doação até às últimas consequências, ou a lógica do egoísmo, do orgulho, do amor-próprio?
É no Evangelho (Lc 24,13-359, sobretudo, que esta mensagem aparece de forma nítida. O texto que nos é proposto põe Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos, a explicar-lhes as Escrituras, a encher-lhes o coração de esperança e a sentar-Se com eles à mesa para “partir o pão”. É aí que os discípulos O reconhecem.
• Na nossa caminhada pela vida, fazemos, frequentemente, a experiência do desencanto, do desalento, do desânimo. As crises, os fracassos, o desmoronamento daquilo que julgávamos seguro e em que apostámos tudo, a falência dos nossos sonhos deixam-nos frustrados, perdidos, sem perspectivas. Então, parece que nada faz sentido e que Deus desapareceu do nosso horizonte… Jesus, vivo e ressuscitado, caminha ao nosso lado. Ele é esse companheiro de viagem que encontra formas de vir ao nosso encontro – mesmo se nem sempre somos capazes de O reconhecer – e de encher o nosso coração de esperança.
• Como é que Ele nos fala? Como é que Ele faz renascer em nós a esperança? Como é que Ele nos passa esse suplemento de entusiasmo que nos permite continuar? Lucas responde: é através da Palavra de Deus, escutada, meditada, partilhada, acolhida no coração, que Jesus nos indica caminhos, nos aponta perspectivas novas, nos dá a coragem de continuar, depois de cada fracasso, a construir uma cidade ainda mais bonita. Que lugar é que a Palavra de Deus desempenha na minha vida? Tenho consciência de que Jesus me fala e me aponta caminhos de esperança através da sua Palavra?
• Quando é que os olhos do nosso coração se abrem para descobrir Jesus, vivo e actuante? Lucas responde: é na partilha do Pão eucarístico. Sempre que nos sentamos à mesa com a comunidade e partilhamos o pão que Jesus nos oferece, damo-nos conta de que o Ressuscitado continua vivo, caminhando ao nosso lado, alimentando-nos ao longo da caminhada, ensinando-nos que a felicidade está no dom, na partilha, no amor. Sempre que nos juntamos com os irmãos à volta da mesa de Deus, celebrando na alegria e na festa o amor, a partilha e o serviço, encontramos o Ressuscitado a encher a nossa vida de sentido, de plenitude, de vida autêntica.
• E quando O encontramos? Que fazer com Ele? Lucas responde: Temos de levá-l’O para os caminhos do mundo, temos de partilhá-l’O com os nossos irmãos, temos de dizer a todos que Ele está vivo e que oferece aos homens (através dos nossos gestos de amor, de partilha, de serviço) a vida nova e definitiva.

OS BISPOS DE MOÇAMBIQUE REUNIDOS NA 1ª SESSÃO PLENÁRIA DE 2017

OS BISPOS DE MOÇAMBIQUE REUNIDOS NA 1ª  SESSÃO PLENÁRIA DE 2017

De  25 a 30 de Abril do corrente ano de 2017, os Bispos da Conferência Episcopal de Moçambique, estão reunidos no Centro de Formação de Nazaré (Beira) na 1ª Sessão da Assembleia Plenária de 2017.

Paricipam todos os Bispos Diocesanos e alguns dos Bispos Eméritos. O Núncio Apostólico em Moçambique esteve presente no primeiro dia do encontro para saudar os membros do episcopado moçambiacano e tranmitir a tradicional mensagem da Nunciatura em nome da Santa Sé, como já é tradicional nestas ocasiões.

Os Bispos ananalizaram os a situação da Igreja e as suas actividades pastorais no contexto da situação socio-económica e política do País.

Também se espera dos nossos Pastores uma Carta Pastoral que ilumine a realidade que estamos a viver.

Para o Domingo, 30 de Abril, está programado o encerramento público dos trabalhos da Assembleia com uma solene celebração na Paróquia de N. S. de Fátima, para comemorar o 4Oº Aniversário da 1ª ASSEMBLEIA NACIONAL DE PASTORA (Beira, septembro 1977) e o 5O*. Aniversário da morte de insigne prelado  D. SEBASTIÃO SOARES DE RESEDENDE, PRIMEIRO BISPO DA BEIRA.