sábado, 1 de dezembro de 2018

PROGRAMAÇÃO DAS FESTIVIDADES JUBILARES DOS 25 ANOS DA CRIAÇÃO DA DIOCESE

PROGRAMAÇÃO DAS FESTIVIDADES JUBILARES
DOS 25 ANOS DA CRIAÇÃO DA DIOCESE
5 DE DEZEMBRO DE 2018: BÊNÇÃO DAS ALFAIAS LITÚRGICAS
Às 18.00h.na capela da Casa Diocesana
1ª Vésperas solenes e bênção das alfaias litúrgicas.
6 DE DEZEMBRO DE 2018: DEDICAÇÃO DA CATEDRAL
Às 17.30h, na Igreja Catedral
Dedicação da Catedral e consagração do Altar.
7 DE DEZEMBRO DE 2018: ACOLHIMENTO
- ÀS 06.30H. Na Capela da Casa Diocesana, celebração da Eucaristia.
- Durante todo o dia: Acolhimento dos peregrinos e invitados na Casa Diocesana e nas casas das comunidades religiosas de Gurúè, Seminário S. José e Invinha.
8 DE DEZEMBRO DE 2018: PEREGRINAÇÃO MARIANA
ÀS 15.00H, Concentração dos fiéis no Campo de Futebol de Invinha.
Às 16.00h, início da Peregrinação à Igreja/Santuário da Imaculada Conceição de Invinha.
A seguir, leitura do Decreto da Proclamação da Imaculada Conceição Co-Padroeira da Diocese de Gurúè
Às 18.00h, Concelebração Eucarística, presidida por D. Francisco Lerma, Bispo de Gurúè.
ÀS 20.00H, Procissão das Velas e adoração eucarística
9 DE DEZEMBRO DE 2018: ENCERRAMENTO DO JUBILEU
ÀS 09.00H, Na Catedral:
Concentração afrente da Escola Paroquial
- Leitura da Mensagem do Papa Francisco.
- Procissão para a passagem pela Porta Santa Jubilar;
- Dentro da Catedral: renovação das Promessas baptismais.
À seguir, no largo da Igreja, afrente da Catedral:
- Solene Concelebração da Eucaristia, presidida por Dom Tome Muaqueliha, Arcebispo emérito de Nampula.
- Na Casa diocesana, bênção e inauguração da Cúria Diocesana.
- Convívio
Fim das Festividades Jubilares

SÁBADO - XXXIV SEMANA - TEMPO COMUM - ANOS PARES - 1 DEZEMBRO 2018

SÁBADO - XXXIV SEMANA - TEMPO COMUM - ANOS PARES - 1 DEZEMBRO 2018 Primeira leitura: Apocalipse 22, 1-7 Chegámos à última visão do Apocalipse que nos apresenta «um rio de água viva» (v. 1) e a «Árvore da Vida» (v. 2), que produz frutos abundantes e cujas folhas medicinais. A bem-aventurança prometida está diante de nós, à nossa disposição: «Nunca mais haverá nada maldito... porque o Senhor Deus irradiará sobre eles» (vv. 3-5). As imagens deram lugar à realidade. A luz de que precisa o crente é Deus; o remédio de que necessita é o Redentor; a vida por que anseia é dom de Deus. O livro do Apocalipse termina com uma perspectiva profética: «Eis que Eu venho em breve» (v. 7ª), e com uma bem-aventurança: «Feliz o que puser em prática as palavras da profecia deste livro» (v. 7b). A bem-aventurança do crente está ligada às palavras entregues no Evangelho, mas também a esta promessa. Somos peregrinos, entre o já e o ainda não, apoiados na fé e animados pela esperança. Por isso, a nossa bem-aventurança é incompleta enquanto não voltar o Senhor para um encontro de comunhão e de paz perene. Evangelho: Lucas 21, 34-36 Ao terminar o "Discurso escatológico", Jesus alerta-nos para o perigo do relaxamento espiritual. Mas também nos convida à coragem e à força do testemunho. Mas o que mais interessa ao Senhor é preparar os discípulos para a luta espiritual que há caracterizar a sua experiência histórica. Se são perigosos os ataques exteriores, não o são menos as fraquezas interiores. Para ser fiel ao Evangelho, é preciso estar atento a si mesmo e resistir aos outros. Por isso, o convite: «Velai, orando continuamente» (v. 36). Estas palavras apontam as atitudes de quem quer ser discípulo de Jesus. São atitudes indispensáveis a cada um dos crentes, mas também às comunidades. Na certeza de que todos havemos de comparecer diante do Filho do homem (cf. v. 36), Jesus indica-nos a necessidade de fazer algumas opções. Em primeiro, a da vigilância, isto é, a do exame crítico do tempo em que vivemos, a presença crítica na sociedade em que vivemos e actuamos, mas também o discernimento crítico das propostas de salvação que vamos recebendo de um lado e de outro. Em segundo lugar, a renúncia: para nos prepararmos para o encontro com o Senhor, para estar interiormente e exteriormente puros, para não nos deixarmos seduzir pelo mundo nem pelo Maligno. O tema da perseverança caracteriza todo o "Discurso escatológico" de Jesus e deve caracterizar a nossa vida de crentes. Não basta acreditar em Jesus e viver os seus ensinamentos durante algum tempo. É preciso perseverar até ao fim, para estarmos preparados no momento em que o Senhor vier. «Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.» (Lc 12, 40). Perseverar no bom caminho, nos bons propósitos, na fé, na esperança e na caridade, nunca foi fácil. Hoje parece particularmente difícil, num mundo em mudança permanente e acelerada. A eventualidade de não estarmos preparados para a vinda do Senhor é uma possibilidade que nos pode causar angústia e mesmo desespero. Mas a reacção que mais nos convém, e que Jesus recomenda, é a vigilância. Com a vigilância, podemos indicar o discernimento permanente, a humildade e a oração. É precisamente a oração que nos mantém vigilantes, à escuta dos passos e da voz e do Senhor que pode chegar e falar-nos a qualquer hora do dia ou da noite. Mas a atitude de vigilância também nos mantém em oração. Por outro lado, a oração ajuda-nos a estar vigilantes e a perseverar no caminho da salvação. Assim damos unidade à nossa vida: vigiando, rezamos e, rezando, vigiamos. Vivemos um tempo difícil. É precisa força para escaparmos a tudo quanto está para acontecer. Só Deus no-la pode dar. E dá-a, se lha pedirmos na oração assídua e perseverante. E a perseverança, por sua vez, cresce no exercício da fidelidade evangélica a todo o custo De modo particular, confiemo-nos a Maria para que nos acompanhe e ajude a ser constantes. A obra, que deve realizar-se em nós, é obra divina, é nova criação, e só Deus a pode levar a termo. Mas a Virgem Maria pode ajudar-nos e assistir-nos com o seu amor materno. Como os servos em Caná, trazemos a nossa água e, orientados por Maria, apresentamo-la a Jesus, que a transforma em vinho. Depois das tribulações deste mundo, pela perseverança, atingiremos, em plenitude a realidade do «o homem novo, (criado) à imagem de Deus, na justiça e na santidade verdadeiras. Fonte: Fernando Fonseca, scj, em “dehoniaanos.org/portal/liturgia)” |

PROGRAMAÇÃO DAS FESTIVIDADES JUBILARES

PROGRAMAÇÃO DAS FESTIVIDADES JUBILARES 05.12.2018. 18.00 Horas. Na Capela da Casa Diocesana. • Vésperas. • Bênção dos paramentos e das alfaias litúrgicas. 06.12.2018. 18.00.Horas. Na Sé Catedral de Gurúè. • CERIMÓNIA DA DEDICAÇÃO DA IGREJA CATEDRAL E CONSAGRAÇÃO DO ALTAR e • CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA 08.12.2018.15.00Horas: Em Invinha .PEREGRINAÇÃO MARIANA Peregrinação ao Santuário Mariano de N. S. da Imaculada Conceição, Co-Padroeira da Diocese. • 15.00Horas: Concentração no Campo de futebol, à entrada da Estrada de Invinha, ao lado oposto do Lar masculino da Escola Madre Clara. • 16.00Horas: Início da Peregrinação à Paróquia-Santuário de Invinha. • 18.00Horas: Concelebração da Eucaristia • 21.00Horas: Procissão das Velas. 09.12.2018. ÀS 09.00Horas. Na Sé Catedral. ENCERRAMENTO DO JUBILEU: SOLENE CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA DE ACÇÃO DE GRAÇAS POR OCASIÃO DAS BODAS DE PRATA DA CRIAÇÃO DA DIOCESE DE GURÚÈ. • Concentração dos fiéis à frente da Escola Paroquial • Leitura da Mensagem do Papa Francisco, Procissão e Entrada na Catedral pela Porta Santa da Jubileu. • Renovação das Promessas do Baptismo. Saída em direcção da Celebração à frente da Igreja. • Concelebração da Eucaristia , presidida por S. E. R. Dom Tomé Muaqueliha, Arcebispo Emérito de Nampula. • Às 13.45. Na Casa Diocesana, Inauguração da Cúria Diocesana. • Às 14.00 Horas: Copo de água no Lar Família, Bairro Barragem. “ANUNCIARÃO A MINHA GLÓRIA AOS POVOS”

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

30 NOVEMBRO 2018 - S. ANDRÉ, APÓSTOLO

30 NOVEMBRO 2018 - S. ANDRÉ, APÓSTOLO André era discípulo de João Batista, e companheiro de João Evangelista. Quando o Precursor apontou Jesus que passava, dizendo: "Eis o cordeiro de Deus" (cf. Jo 1, 35-40) tornou-se imediatamente discípulo do Senhor. Logo a seguir, comunicou a Pedro, seu irmão a descoberta do Messias (cf. Jo 1, 41s.). Jesus chamou a ambos para se tornarem "pescadores de homens" (Mt 4, 18s.). É André que, na multiplicação dos pães indica a Jesus o rapaz que tem cinco pães e dois peixes (Jo 6, 8s.). Com Filipe, André refere a Jesus que alguns gregos O querem ver (Jo 12, 20s.). A tradição reconhece em Santo André o evangelizador da Acaia (Grécia) e em Patras o lugar onde morreu após dois dias de suplício na Cruz, donde anunciou Cristo até ao último momento. Primeira leitura: Romanos 10,9-18 A fé leva à salvação quando nos abandonamos a Deus, reconhecendo-O como único Salvador. Mas a fé pressupõe a escuta da Palavra, pela pregação dos missionários. A pregação e a fé têm o mesmo objeto: o mistério de Jesus-Senhor, morto e ressuscitado pelo poder de Deus Pai. Por isso, quando alguém acredita, expropria-se de si mesmo e torna-se propriedade de Deus, garante e fundamento de toda a confiança dos homens n´Ele. Mas também a pregação pressupõe um evento histórico absolutamente necessário: ter sido enviado. Por outras palavras, a pregação pressupõe a missão. A mensagem evangélica, destinada a todos os povos, passa pela escolha que Jesus faz das suas testemunha e pelo seu envio em missão: "Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura." (Mc 16, 15). Evangelho: Mateus 4, 18-22 Jesus reúne à sua volta alguns discípulos aos quais dirige um especial ensinamento, porque os quer como discípulos e como testemunhas. Depois da Ressurreição, enviá-los-á ao mundo inteiro. Os Doze, de pescadores de peixes, tornam-se pescadores de homens. É o que Jesus lhes garante: "farei de vós pescadores de homens" (v. 19). André, com o seu irmão Simão, é um dos primeiros a ouvir o chamamento de Jesus e a segui-l´O. Mateus realça a prontidão com que o fizeram: "E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no." (v. 20). O seguimento de Jesus não admite hesitações ou demoras. Exige radicalidade! A adesão pronta de André, e dos outros apóstolos, ao seguimento de Jesus e à missão que lhes confiava, permitiram-lhes levar a "Boa Notícia" da salvação aos confins da terra. A fé, adesão a Cristo e ao projeto de salvação que nos propõe, vem da escuta da Palavra, isto é, de Cristo, Palavra definitiva de Deus aos homens. Pregar essa Palavra, para que todos possam conhecê-la e aderir-lhe é, ainda hoje, a missão da Igreja. Somos, pois, convidados a escutar a Palavra, a acolhê-la no coração. É, sem dúvida, uma palavra exigente. Mas é Palavra salutar. Por isso, não podemos cair na tentação de lhe fechar os nossos ouvidos. Tal como certos remédios, a Palavra pode fazer-nos momentaneamente sofrer. Mas é a nossa salvação. A palavra é também alimento. Os profetas dizem que Deus promoverá no mundo uma fome, não de pão, mas da sua Palavra. Precisamos de experimentar essa fome, sabendo que a Palavra de Deus nos pode saciar para além de todas as realidades terrestres, e muito mais do que podemos imaginar. A palavra de Deus é exigência. Jesus fala de uma semente que deve crescer e espalhar-se por todo o lado. É a Palavra que torna fecundo o apostolado. Não pregamos palavras nossas, mas a Palavra que escutamos e acolhemos, e nos impele a proclamá-la, para pôr os homens em comunhão com Deus. S. João ensina-nos que não é fácil escutar a palavra, porque não é fácil ser dóceis a Deus. Mas só quem dócil ao Pai, escuta a sua Palavra: "Todo aquele que escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim" (Jo 6, 45). A Palavra é a nossa felicidade. A palavra, meio de comunicação humana por excelência, permite-nos comunicar com Deus. Para entrar em comunicação e em comunhão com Deus, havemos de acolher a sua Palavra em nós. Que Santo André nos ensine a escutar e a acolher a Palavra de Deus, para estarmos em comunhão com Ele e uns com os outros. Santo André foi um dos apóstolos que melhor compreendeu e saboreou o mistério da cruz. O seu bom coração foi penetrado pela graça do Calvário. Pregou a cruz na Cítia, no Ponto e noutras regiões. Desejava morrer sobre a cruz, para dar a Nosso Senhor amor por amor. Teve esta graça em Patras. Censurava ao juiz as suas perseguições contra a verdade. O juiz irritado ordenou-lhe que sacrificasse aos deuses. «É ao Deus todo-poderoso, o único e verdadeiro, respondeu André, que imolo todos os dias, não a carne dos animais, mas o Cordeiro sem mancha, inteiro e cheio de vida sobre o altar, depois de ter sido imolado e dado em alimento aos cristãos». Mostrava assim sobretudo o seu amor pela Eucaristia. Contam que, vendo de longe a cruz sobre a qual devia ser ligado, exclamou: «Eu vos amo, cruz preciosa, que fostes consagrada pelo corpo do meu Deus, e ornada com os seus membros como com ricas pedrarias... Aproximo-me de vós com alegria, recebei-me nos vossos braços... Há muito tempo que vos desejo e que vos procuro. Os meus votos cumpriram-se. Que aquele, que de vós se serviu para me resgatar, se digne receber-me apresentado por vós». Fonte: “Dehonianos.org/portal/liturgia

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Quinta-feira – XXXIV Semana –Tempo Comum – Anos Pares – 29.11.18

Quinta-feira – XXXIV Semana –Tempo Comum – Anos Pares – 29.11.18 Primeira leitura: Apocalipse 18, 1-2. 21-23; 19, 1-3.9a João fala-nos de outra visão que tem por objectivo iluminar a história do povo de Deus peregrino. A alusão ao céu e ao esplendor que dele vem indicam a origem divina da palavra que vai ser proclamada. Quem a ouvir, e acolher a mensagem, pode caminhar seguro rumo à meta. É proclamado o fim de Babilónia, símbolo das forças que se opõem a Deus. A derrota dessas forças, que tentam levar os crentes à idolatria, é inevitável e certa, ainda que, de momento parecem estar a vencer. A derrota de Babilónia provará que nada nem ninguém é capaz de se opor ao desígnio de Deus. A ausência de alegria nessa cidade, «a melodia das cítaras e dos músicos, das flautas e das trombetas nunca mais se ouvirá dentro de ti» (v. 22), indica a falta de Deus e a surdez dos seus habitantes ao apelo do Senhor à conversão. Pelo contrário, o Aleluia proclamado logo a seguir (19, 1.3) manifesta a vitória de Deus sobre os seus adversários, a vitória do Cordeiro sobre os seus inimigos e a alegria dos redimidos. O «banquete das núpcias» (v. 19, 9), que o Cordeiro oferece a todos os convidados, é o símbolo final da sua retumbante vitória. Evangelho: Lucas 21, 20-28 Esta secção do “Discurso escatológico” apresenta duas partes. Na primeira, é descrita a ruína de Jerusalém (vv. 20-24); na segunda é descrito o fim do mundo (vv. 25-28). Na primeira parte verificamos, mais uma vez, como Lucas gosta de passar da apocalíptica à história: «quando virdes Jerusalém sitiada por exérci¬tos… esses dias serão de punição» (cf. vv. 20-22). A destruição de Jerusalém é um juízo de Deus sobre o comportamento passado dos seus habitantes. Mas é também um aviso em relação ao futuro, e de alcance universal: «até se completar o tempo dos pagãos» (v. 24), isto é, o tempo do testemunho, o tempo dos mártires (cf. Actos dos Apóstolos). S. Lucas gosta de distinguir os tempos: o Antigo Testamento, a plenitude dos tempos caracterizada pela presença de Jesus, e o tempo da Igreja. O «tempo dos pagãos» insere-se nesta última fase da história. Entre a primeira e segunda parte desta página, o evangelista deixa entender que, depois do tempo dos pagãos, será o juízo universal. Os vv. 25-28 caracterizam-se pela vinda do Filho do homem para o juízo universal. O crente nada tem a temer, ainda que a descrição desse momento o induza ao temor de Deus. De facto, o regresso do Senhor caracteriza-se por «grande poder e glória» (v. 27). Mas será nesse regresso que irá trazer aos fiéis o dom da libertação definitiva, o dom da redenção. S. Lucas é o teólogo da história da salvação, em que distingue três grandes etapas: a Antiga Aliança, a Nova Aliança e a Parusia. A Antiga Aliança foi profecia e figura da Nova Aliança, realizada em Jesus Cristo morto e ressuscitado, que a Igreja continua a pregar e a tornar presente, até à sua última vinda. Para S. Lucas faz sentido empenhar-se na obra da evangelização, que parte da história de Jesus, mas que engloba a história das suas testemunhas da primeira comunidade cristã e das comunidades cristãs de todos os tempos. Quando Jerusalém for destruída, Jesus diz-nos: «cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima» (v. 28). Babilónia e Jerusalém simbolizam o pecado, as forças que se opõem a Deus. É o mundo que deve ser destruído. Por outro lado, a Sagrada Escritura também fala do mundo como objecto do amor de Deus, que manda o Filho para o salvar. Temos, então, que esclarecer o significado do termo mundo: «mundo» são a violência, a desonestidade, o abuso do sexo, as estruturas de pecado. É contra esse mundo que havemos de lutar. É esse mundo que tem de ser destruído. Mas, «mundo» é também o universo e a humanidade que Deus ama e que o cristão também deve amar, na solidariedade com que luta contra o pecado, para que seja salvo. A relação Igreja-mundo é, pois, muito complexa: é uma relação semelhante à de Jesus, cheio de amor e solidariedade para com todos, mas inflexível contra o pecado. É ao mundo dos homens que a Igreja deve anunciar Jesus Cristo, para que nele encontrem a libertação e a redenção por que anseiam, e que é uma nova criação. Jesus veio, efectivamente, libertar o homem do pecado e dar-lhe a possibilidade de recuperar a primitiva imagem de Deus que lhe foi imprimida ao ser criado. No fim dos tempos, Cristo há-de voltar para criar os «novos céus e a nova terra» mas, sobretudo, para aperfeiçoar no homem a original imagem de Deus. Fonte: F. Fonseca em “dehonianos.org/portal/liturgia/”

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

JUBILEU DIOCESANO. REFLEXÃO NA ASSEMBLEIA DE PASTORAL ANUAL

JUBILEU DIOCESANO. REFLEXÃO NA ASSEMBLEIA DE PASTORAL ANUAL O DISCERNIMENTO PASTORAL NA FAMILIA DIOCESANA - 25 ANOS DEPOIS: QUE CAMINHOS PARA O FUTURO? Na reunião alargada dos agentes da Pastoral do Ano passado, depois de apresentar o caminho histórico que estava na origem da nossa família diocesana, os fundamentos teológicos e as implicações pastorais do nosso ser família, em gesto de conclusão, questionava à toda nossa família quais eram os caminhos que deveriamos ter em consideração, rumo à celebração dos 25 anos, e para o futuro? Com a pergunta acima, escondia-se um trabalho pessoal e comunitário, que era e continua a ser o de questionar-se sobre o nosso "Ser-família"- Identidade - e o nosso "agir como família" diocesana,- acção pastoral, volvidos 25 anos da nossa existência. Tal trabalho tem como finalidade despertar permanentemente uma reflexão sobre a qualidade do nosso ser "Agentes promotores" da vida Pastoral que nos leve à uma acção pastoral coerente com a nossa identidade e a tornar uma realidade, por meio da fé e determinação, os caminhos para a concretização do "Ide" de Jesus aos Homens do nosso tempo. A confirmar este inalienável e inevitável trabalho de cada membro da nossa família diocesana, a abertura do Ano jubilar em Dezembro do ano pasado, deixou claro em 4 palavras-chave, as exigências e atitudes que se requeriam de cada membro da nossa família diocesana, contidas na oração e logotipo do Jubileu: 1º-LOUVOR, 2º-AGRADECIMENTO, 3º-CONVERSÃO E 4º-MISSÃO. Em concreto, os sentimentos de louvor e gratidão pelos 25 anos da errecção da nossa família diocesana, devem-nos conduzir à uma constante e permanente conversão para darmos coninuidade com convicção e determinação à missão na nossa Diocese. Como confirmação deste ambicioso projecto da nossa família Diocesana, o Santo Padre Papa Francisco, na Bênção Apostólica que enviou `a Igreja família dos fiéis Guruenses, depois de reconhecer o trabalho feito ao longo destes 25 anos, oferece-nos orientações concretas e práticas que se apresentam em forma de um indicativo caminho pastoral para o futuro, cuja realização, passa por um discernimento pastoral sábio e realista (wivarerya ni ovarerya ni miruku saphama ohkalawahu anamuthxaka mwelaponi). Foi assim, que procurando reflectir sobre o caminho que nos deve orientar para o futuro 25 anos depois da criação da nossa família diocesana e, acolhendo as indicações do Magistério da Igreja que nos propusemos reflectir nesta ocasião importante da reunião alargada dos Agentes da Pastoral do presente ano, o tema do DISCERNIMENTO PASTORAL da nossa família, para evidenciarmos as linhas orientadoras para o futuro da nossa família. Como esquema, iniciaremos a nossa reflexão, detendo-nos sobre o discernimento do Agente da Pastoral enquanto sujeito activo e colaborador do projecto pastoral diocesano. Com esta abordagem, é nossa intenção evidenciar a relação e a coerência que se espera no Ser e no Agir (Okhala ni merelo) do Agente da Pastoral. Seguidamente, faremos uma reflexão em torno do discernimento dos métodos (iphiro) que nos norteiam na nossa acção pastoral e terminaremos apresentando algumas implicações pastorais concretas, que se nos impõem rumo ao futuro, como fruto do discernimento acima apresentado. I- Discernimento do agente da pastoral em vista à afirmação da sua identidade Por detrás de todo projecto pastoral, que deve ser acolhido como resposta ao mandato apostólico de Jesus "Ide", esconde-se uma Pessoa (Jesus Cristo) que envia e as pessoas que pela fé, tornam-se testemunhas e continuadoras do Seu mandato missionário. O discernimento do agente da pastoral deve ser um exercício perseverante e fiel, como condição para vêr se o nosso ser e modo de agir, nos identifica cada vez mais com o Mestre que nos envia a fim de sermos na Igreja e no mundo, seus dignos embaixadores. Tal exercício constante do discernimento evangélico, não se pode esgotar na individuação de um método de trabalho, mas na contínua análise de situações concretas que caracterizam o contexto no qual nos toca viver e agir a fim de elaborarmos um projecto e apresentar estratégias operativas na nossa acção pastoral. Mais ainda, o discernimento não se trata de um excesso ou um meticuloso diagnóstico, mas sim, tal como nos ensina o Papa Francisco na Evangelii Gaudium, o discernimento é e deve ser um olhar missionário que se move à luz do Evangelho e na força do Espírito Santo - ovarerya okhalawahu anumuthxaka ni mahusiho a Muthxaka ni ikuru sa Munepa Wawela(cfr EG, 50). Nesta óptica, um olhar para o passado da nossa família diocesana, desde os pioneiros que das barcas nos trouxeram a fé cristã até aos Agentes que estão na origem do sinuoso e exigente caminho incontornável da história que leva à criação da nossa Diocese, deparamo-nos com homens e mulheres movidos por uma grande paixão por Cristo e o Seu Reino. A história nos traz à memória homens e mulheres sacrificados, dedicados a tempo pleno, que foram capazes de renunciar as suas comodidades, seguranças e colocando a sua confiança só Deus (cfr Oração para o Jubileu), deixaram tudo por causa de Cristo e o seu Reino. Embora em contexto e realidades muito diferentes, há valores e ideiais dos nossos predecessores que não se pode omitir, concretamente: uma visão de longo alcance com as atenções voltadas para o futuro, um espírito de despreendimento e doação, uma entrega desmedida para que o Homem se salve e chegue ao conhecimento da Verdade. A leitura do Papa Francisco na Evangelium Gaudium é oportuna se não indicativa para ver a realidade hodierna da nossa família diocesana e questionarmo-nos sobre algumas realidades que ofuscam o nosso dever de evangelizar. O Santo Padre Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, apresenta alguns elementos que enfermam a evangelização na actualidade, concretamente: " A propagação de uma crise no empenho comunitário na Evangelização (nºs 52-75), " Uma crise provocada por uma economia de exclusão (53-54), " Por uma nova idolatria do dinheiro (55-56), " Um dinheiro que governa no lugar de estar ao serviço (57-58); " Proliferação de uma injustiça social que gera violência (57-58) " Os desafios relativos à inculturação da fé (68-70), o que faz com que a fé, seja assumida superficialmente e não se reflicta no ser e nas múltiplas áreas do agir da pessoa crente. Uma análise atenta, humilde e realista da nossa família diocesana, tendo presente os problemas elencados pelo Papa Francisco, não poucas vezes constatámos uma ligeira e gradual superficialidade que se arrasta na dedicação pastoral em atenção aos empenhos sociais que provocam rendimento económico. Esta realidade, não poucas vezes provoca diferenças entre os agentes da Pastoral e nos arrasta à idolatria do ter, aliciando-nos ao esquecimento daquilo que somos e, nalgumas vezes, é motivo determinante que dá espaço à vida pendular e superficial que culmina com a falta de definição de prioridades na nossa vida e no nosso projecto pessoal. Não só, tal gradual superficialidade na dedicação pastoral nos leva ao comodismo pastoral, que abre as portas ao "minimalismo pastoral", ao vazio interior tornando-nos, não poucas vezes, funcionários do sagrado e até mesmo "bombeiros sacramentais" que se contentam com uma pastoral improvisada relegando para Plano B as exigências do testemunho do mandato apostólico-"Ide". Vinte e cinco anos depois da criação da nossa família, o nosso discernimento tem de se situar na linha de uma conversão pessoal, condição de possibilidade para uma convesão Pastoral que passa por um exame de consciência sério e humilde, para identificarmos tudo aquilo que pode arrefecer, eclipsar e nalguns casos, apagar o nosso fervor e ardor missionários. Não só, acolhendo as indicações do Magistério do Papa Francisco, o discernimento do Agente da Pastoral na nossa família deve ter em consideração as grandes tentações dos Agentes da Pastoral hoje, concretamente: " a acédia egoísta - busca e preservação dos próprios espaços e tempos, como se a dedicação missionária fosse nociva. Esta tentação abre espaço ao pragmatismo cinzento, onde tudo parede estar a correr bem, mas na realidade a fé vai-se deteriorando e acabando por cair na mesquinhez (80); " o pessimismo estéril- o perigo de vivermos a nossa fé com uma interminável ladaínha de lamentações com a impressão de que nada de bom foi feito(84), " o mundanismo espiritual - falta de referências e de uma bagagem interior que nos ajude a lêr a realidade com os olhos de Deus(93-97); " a guerra entre nós - o que frequentemente acontece quando a nossa acção pastoral é menos fecunda e passamos o tempo a combater aqueles que estão entusistas e decididos no seu zelo pastoral porque a sua dedicação nos incomoda(98) " e outros perigos (prepotência, autoritarismo, clericalização laical e laicização clerical) que eclipsaram o nosso fervor e entusiasmo pastoral ao longo dos vinte cinco anos da errecção da nossa Diocese. A revisão da nossa vida em torno dos perigos acima, não pode nos desviar de contemplar, agradecer e imitar os testemunhos vivos, que se arrastam na nossa história. No meio dos perigos acima, não nos esqueçamos de evidenciar os inúmeros testemunhos que herdamos do nosso passado histórico, a maior parte já na Igreja celeste, de onde continuam a acompanhar-nos com a sua poderosa intercessão. II- Discernimento dos métodos e dos objectivos Pastorais Antes de enfrentar o directamente o discernimento dos nossos métodos e objectivos pastorais, é necessário situarmo-nos no periódo em que nos encontramos relativamente ao perfil histórico com o qual a Igreja enfrentou o problema missionário que se distingue em três momentos: a) Momento da salvação das almas como prioridade da actividade missionária, onde o projecto pastoral era norteado pelo princípio teológico extra ecclesia nulla salus- fora da Igreja não há salvação. Evangelizar, neste periodo significava evitar que muitas almas caissem no inferno. Método pastoral resumia-se no convite a entrar na Igreja e na admnistração do Baptismo como condição para a salvação. b) O segundo momento corresponde à implantatio ecclesiae- implantação da Igreja. Um facto histórico social que está vinculado a este periódo é a Conferência de Berlim (1884-1885) onde as grandes potências europeias dividem e partilham a África. A partir deste facto a Santa Sé confiou às Congregações Religiosas a tarefa de implantar a Igreja local em África. No caso de Moçambique, chegam os Franciscanos, Jesuítas, Missionários de África, Combonianos que tomam conta de Prelazia e fornecem tudo: Bispo, Padres, dinheiro para construir Igrejas, Seminários, hospitais, escolas,… ideia reforçada mais tarde com a Concordata e o Acordo Missionario de 1940…tornando os cristãos simples receptores. Este modelo durou até ao Concílio Vaticano II c) O terceiro momento é o da Construção do Reino- Trata-se de um periódo marcado profundamente pela grande renovação e revolução operada no seio da Igreja com o Concílio ecuménico Vaticano II (1962-965). As ideias provenientes deste Concílio nos mostram que, neste periódo, a Igreja está com as suas atenções voltadas para a construção e edificação do Reino (RM 20), um Reino inaugurado por Jesus Cristo. Trata-se de um Reino que não se esgota num conceito, numa doutrina, num programa sujeito à livre elaboração, mas é, acima de tudo, uma pessoa que tem o nome e o rosto de Jesus de Nazaré (Cfr GS 22; RM 18). Nesta ordem de ideias, o período em que nos encontramos hoje, é um período em que a Igreja é um instrumento para a construção do Reino de Deus, um Reino que pretende transformar as relações entre Homens e realiza-se progressivamente à medida que estes aprendem a amar, a perdoar e a servir-se mutuamente (RM 15). No Pontificado do Papa Francisco, a construção do Reino concretiza-se com a atenção da Igreja para com os pobres e os excluídos… Conscientes do periodo em que nos encontramos e das exigências para a edificação do Reino de Paz, de Justiça, de Verdade e de Amor, revisitemos os nossos modelos pastorais para ver se eles respondem às exigências do momento presente. Uma leitura atenta e profunda e, conscientes das indicações das III Assembleias Nacionais e as seis Assembleias diocesanas, constatámos que apesar das fecundas, claras e práticas orientações pastorais que nos foram oferecidas e que respondem às necessidades do hoje da nossa Igreja, ainda prevalece entre nós, alguns modelos de acção pastoral que fogem do espírito apresentado nas Assembleias acima elencadas. Verificamos com muita dor a prevalência de modelos tais como: a) O assistencialismo sacramental - trata-se de um modelo pastoral com o qual a nossa acção pastoral reduz-se pura e simplesmente na administração de sacramentos e sacramentais. Com este modelo pastoral, o conhecimento das ovelhas é muito superficial. b) Transmissão doutrinal- descarregamos teorias do Catecismo no fiel crente, mas não lhe oferecemos elementos que o ajudem a um crescimento integral que lhe garantam dar razões à sua fé. c) A improvisação pastoral- por falta de profundidade e tempo para dedicar a vida em favor das ovelhas, notamos também, nalgumas vezes, a prevalência nalguns Agentes de Pastoral, modelos de improvisação pastoral que são postos a funcionar como "Bombeiros de Salvação" que pretendem debelar chamas de um incêndio. O discernimento sobre os métodos e projectos pastorais, deve-nos ajudar cada vez mais a apostar em: " Métodos ou modelos que incluam na sua acção mais luta pelos Direitos Humanos de todos, sobretudo dos oprimidos e menos lutas para manter os privilégios na Igreja; " Métodos com uma componente muito forte na luta pela Paz-Justiça-Ecologia, uma tríade em torno da qual pode ser um ponto de referência para fazer ecumenismo com as outras Igrejas e movimentos da Sociedade civil; " Métodos que incluam entre as suas prioridades, a promoção e investimento na formação dos leigos. III- Implicações do nosso discenimento pastoral O caminho de discernimento, quer na vertente do Agente, quer nos métodos e prioridades pastorais que acabamos de fazer, devem conduzir-nos à uma conversão pastoral. Em concreto, a revisão pessoal e pastoral que fizemos acima, deve suscitar em nós uma tomada de consciência da missão que se nos impõe 25 anos após a nossa criação. Rumo ao futuro, como membros da nossa família e como consequência do exercício acima feito, somos convidados: " A saber ocupar e a sentir-se realizados com o nosso lugar dentro da nossa família diocesana " A privilegiar o diálogo com Deus como fundamento de toda a nossa acção pastoral " A sentir vergonha e a ter remorsos de consciência por todas as vezes em que não agimos de acordo com aquilo que somos por graça; " A privilegiarmos uma Pastoral de conjunto em comunhão com o nosso Bispo " A promover uma pastoral de visita, caminhando com o povo, conhecendo as suas dificuldades e alegrias e não ficar na clausura dos nossos conventos, escondidos nas casas paroquiais ou sentados na Igreja a tocar sinos a espera dos fieis que venham ao nosso encontro…Numa Igreja em saída, somos convidados a ser missionários e a sentir o cheiro das ovelhas " A apostar nas equipas missionárias itinerantes " A investir mais na Pastoral social- seria ideal se todas as Paróquias tivessem um sector de Caridade social bem organizado e estruturado para respondermos como família as exigências do momento presente. Conclusão A celebração dos 25 anos da nossa família diocesana, constitui um momento de graça e de bênção em que somos chamados a olhar o nosso passado com orgulho, o presente com fé e o futuro com muita esperança. Não só, aniamdos pelo testemunho dos que formaram esta família, somos convidados humildemente a renovarmo-nos interiormente, a optar decididamente por um constante discernimento profundo, a fim de descobrirmos o que o Espírito diz à Igreja que está no Gurue. Que a celebração do Jubileu diocesano seja uma oportunidade para contemplarmos as maravilhas que o Senhor operou em nós e connosco, a retemperarmos as nossas forças físicas e espirituais e a caminharmos de mãos dadas para o futuro com os olhos postos em Deus previdente e providente. Padre Tonito Munanoua Chanceler da Cúria

terça-feira, 27 de novembro de 2018

TERÇA-FEIRA - XXXIV SEMANA - TEMPO COMUM - ANOS PARES - 27 NOVEMBRO 2018

TERÇA-FEIRA - XXXIV SEMANA - TEMPO COMUM - ANOS PARES - 27 NOVEMBRO 2018 Primeira leitura: Apocalipse 14, 14-19 Mais uma vez, João utiliza símbolos cuja interpretação nos introduz na compreensão da mensagem. O primeiro símbolo é a nuvem (v.14): na tradição bíblica indica uma teofania, uma manifestação de Deus. Neste caso é o Filho do homem que aparece para julgar e oferecer a salvação. Este Filho do homem é Cristo. João conclui a sua mensagem sobre a pessoa e a missão de Cristo. O símbolo da ceifa (v. 15s.) e o da vindima (v. 18-19) ilustram o juízo que Jesus veio e virá pronunciar sobre a humanidade. Trata-se de um juízo aberto à salvação, que é exactamente dom d´Aquele cujo nome é Salvador. Considerar esse juízo apenas pelo lado negativo, seria desconhecer o dom de Deus e subtrair-se à vontade salvífica universal do Senhor. É verdade que, os que tiveram recusado a salvação, serão afastados de Deus, e objecto da sua cólera (v. 19). Mas isso acontece porque livremente se subtraíram à divina misericórdia. A página joânica oferece-nos outra mensagem: há uma íntima relação entre a vida presente e a vida futura. Tudo depende de Deus e da sua divina bondade, mas tudo depende também das nossas opções pessoais e das obras que fazemos. Evangelho: Lucas 21, 5-11 O fim do mundo e a vida futura marcam a espiritualidade cristã. É o que Lucas nos indica ao referir mais um "Discurso escatológico" de Jesus (cf. Lc 17, 20-37). As perguntas que os ouvintes fazem a Jesus - «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?» - são duas pistas para investigarmos a mensagem. O discurso de Jesus é pronunciado diante do templo, com as suas «belas pedras» e «ofertas votivas», o que cria contraste entre o presente, que ameaça fechar a religiosidade dos contemporâneos de Jesus, e o futuro para onde Jesus deseja orientar a fé dos seus ouvintes. Ao responder, Jesus anuncia o fim do templo e, de certo modo, de tudo aquilo que ele simboliza. Anuncia o fim do mundo que se concretizará nessa catástrofe e em tantas outras. Tudo o que é deste mundo terá certamente fim, mais tarde ou mais cedo. Por isso, o mais importante é acolhermos o ensinamento de Jesus e deixar-nos guiar por ele, enquanto aguardamos a sua vinda. A sua palavra ajudar-nos-á a discernir pessoas e acontecimentos, e a optar pelos valores que nos propõe. Há muita gente que anuncia a proximidade do fim do mundo, para nos aterrorizar, e nos oferece caminhos de salvação. Jesus não faz isso. Mesmo quando fala do fim do mundo, preocupa-se em iluminar-nos e em confortar-nos. As leituras de hoje colocam-nos perante a realidade do fim do mundo e do juízo de Deus que não pode suportar o pecado e intervém com força terrível: «o Anjo vindimou os cachos da vinha da terra... e lançou as uvas no grande lagar da ira de Deus», diz-nos o Apocalipse (14, 18-19); «Não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído», diz-nos Jesus, ao falar do templo de Jerusalém. Mas entre as duas leituras há um salmo de exultação, porque Deus vem julgar a terra: «Alegrem-se os céus, exulte a terra, ressoe o mar e tudo o que ele contém, exultem os campos e quanto neles existe, alegrem-se as árvores das florestas diante do Senhor que vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com fidelidade» (cf. Sl 95). Tudo neste mundo é efémero, menos o Reino de Deus que já está presente e actuante, e que Cristo, um dia, virá completar e conduzir ao Pai. No "Discurso escatológico" de Jesus temos que distinguir três níveis: a destruição de Jerusalém o fim da vida terrena de cada um de nós, os acontecimentos finais da história de toda a humanidade. Tudo passa. Só Cristo e o seu reino de amor, de justiça e de paz, hão-de permanecer. E cada cristão, como templo de Deus, adornado com as belas pedras das virtudes cristãs, pode e deve perseverar no bem, resistindo às diversas provações. Entretanto, individualmente e, sobretudo, em comunidade de fé, iluminados pela Palavra e fortalecidos pelo Espírito, os crentes devem ler os sinais dos tempos e fazer um verdadeiro discernimento do bem e do mal, do verdadeiro e do falso, para não se não se deixar enganar pelos falsos profetas e afastar do seguimento de Jesus Cristo, o único Salvador. O Espírito impele-nos a ser entre os homens e no mundo testemunhas deste amor de Deus, derramado em nós no baptismo, um amor que regenera e salva. Impele-nos a apressar a recapitulação de todos os homens e de todo o universo em Cristo. Nós suspiramos pela "plenitude dos tempos", quando se há-de realizar o "desígnio" do Pai «de recapitular em Cristo todas as coisas, as do céu e as da terra» (Ef 1, 10; cf. Rm 8, 19-25). Fonte:Fernando Fonseca em “dehonianos.org/portal/liturgia/”

ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORA: Casa Dioesana 27 a 29 de Novembro. CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORA: Casa Dioesana 27 a 29 de Novembro 2018 CONVOCATÓRIA O Secretariado Diocesano da Coordenação Pastoral convoca aos Párocos e Agentes de Pastoral da nossa Diocese para a “Reunião Alargada aos Agentes de Pastoral” (: Assembleia Diocesana anual) subordinada ao tema: “O DISCERNIMENTO PASTORAL NA FAMÍLIA DIOCESANA, 25 ANOS DEPOIS: QUE CAMINHOS PARA O FUTURO?” O Orientador será o Pe. Tonito Muananoua, do clero diocesano de Gurúè. Terá lugar na Casa Diocesana, nos dias 27 a 29 de Novembro do ano em curso. De recordar que participarão nesta Reunião: - Um (1) Padre; Uma (1) Irmã e Um (1) Leigo de cada Paróquia. - Para as Paróquias onde não há presença de irmãs: Um (1) Padre e Dois (2) Leigos. Portanto TRÊS (3) participantes de cada Paróquia e os Catequistas Formados em Guiúa, mais Quatro (4) jovens, sendo um e cada Região Pastoral e alguns convidados. Para fazer face às despesas, como é de costume, se pede a contribuição de MIL Meticais a cada Paróquia. REUNIÃO DO CONSELHO DOS PRESBÍTEROS Antecipadamente, no dia 27.11.18, na parte da manhã, a partir das 09.Horas, haverá a 2ª Sessão Plenária do Conselho dos Presbíteros, convocado pelo Sr. Bispo, segundo os Estatutos. O Director do Secretariado Diocesano da Coordenação Pastoral Gurúè e Cúria Diocesana, aos 12 de Outubro de 2018 Pe. Agostinho Vasconcelos

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

SEGUNDA FEIRA XXXIV SEMANA - TEMPO COMUM - ANOS PARES - 26 NOVEMBRO 2018

XXXIV SEMANA - SEGUNDA-FEIRA - TEMPO COMUM - ANOS PARES - 26 NOVEMBRO 2018 Primeira leitura: Apocalipse 14, 1-3. 4b-5 João apresenta-nos os redimidos, o povo eleito que, reunido em assembleia, aclama a Deus e ao Cordeiro imolado. A mensagem joânica é eclesial, e mesmo universal, como se vê pelo número simbólico dos eleitos: 144 mil assinalados. Este número resulta da multiplicação de 12 por 12 por 1.000. Cento e quarenta e quatro mil é o produto de três números, cada um dos quais significa perfeição. Trata-se, pois, de um número aberto que será perfeito quando todos os chamados também forem eleitos. «O monte Sião» (v. 1) também é um símbolo. Sobre ele se hão-de encontrar todos os que tiverem na fronte o nome do Cordeiro e do seu Pai (v. 1). Ter o nome indica uma relação especial com a pessoa: neste caso, indica que o povo dos eleitos tem uma relação especial com Deus e com Jesus. É pela fé que se entra a fazer parte desse povo, que é a comunidade daqueles que invocam o Nome e reconhecem nele a fonte da salvação. É um povo que acredita e por isso canta: «um cântico novo diante do trono... Ninguém podia aprender aquele cântico a não ser os cento e quarenta e quatro mil que tinham sido resgatados da terra» (vv. 3-4). É o cântico do Aleluia pascal que se transforma em Aleluia eterno. Evangelho: Lucas 21, 1-4 Naquele tempo, 1Levantando os olhos, Jesus viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as suas ofertas. 2Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas 3e disse:«Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros; 4pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua indigência, deitou tudo o que tinha para viver.» Lucas, para nos inserir numa situação de vida que, hoje como ontem, nos interpela pela sua dramaticidade, serve-se de elementos contrastantes: os «ricos» e a «viúva», a «miséria» e o «supérfluo». O Evangelho não é um livro de piedosas exortações. Ilumina a realidade em que vivemos para que a possamos ler em profundidade. Jesus vê e elogia a pobre viúva; vê e não pode deixar de estigmatizar o gesto daqueles ricos. O olhar de Jesus é como que um juízo sobre a atitude daqueles que têm uma relação diferente com os bens, com o dinheiro. Um juízo que é sempre difícil de aceitar, mas que ilumina o gesto e o coração das pessoas. Jesus elogia a viúva pobre por causa das «duas moedas» que ofereceu ao templo. Também aqui há um forte contraste nas palavras de Jesus: duas moedas são duas moedas; mas Jesus considera-as mais preciosas do que as ofertas dos ricos. O gesto desta mulher lembra o da mulher anónima que, na véspera da paixão de Jesus, perfumou os seus pés e a sua cabeça com perfume precioso. É um gesto belo que agrada a Jesus mais do que qualquer outro. O pouco da pobre viúva é tudo aos olhos de Deus, enquanto o muito dos ricos é simplesmente supérfluo. Também aqui encontramos um juízo bastante claro: Deus aprecia mais o valor qualitativo do que o valor quantitativo dos nossos gestos. Só Ele vê o nosso coração e nos conhece profundamente. E S. Bernardo continua a dizer: um pecador arrependido segue o Cordeiro; um que é virgem, segue o Cordeiro; mas pode acontecer que, nem um nem outro, o sigam para onde quer que vá: um porque não está sem mancha e outro porque se ensoberbeceu por causa da sua virgindade. O melhor, conclui o Santo, é segui-lo como pecador arrependido, porque o arrependimento purifica das culpas e torna possível seguir o Cordeiro, enquanto a soberba mancha a virgindade e impede segui-l´O. Por vezes, pode ser um bem tocar com a mão a própria miséria, porque nos pode impedir de cairmos na soberba. O texto evangélico leva-nos a reflectir sobre o valor do dom, do dom de si mesmo. A viúva fez um gesto eloquente: deu com generosidade e confiança, revelando o seu bom coração e o valor d´Aquele a Quem doava. Manifesta-se aberta a Deus, cheia de confiança n´Ele e, ao mesmo tempo, mostra que, para ela, Deus é o supremo bem. O seu gesto é um acto de fé, de abandono à Divina Providência, um acto de adoração. Os dons ligam as pessoas umas às outras, não tanto pelo valor que têm em si mesmos, mas por causa dos sentimentos que revelam no coração de quem dá, e pelo valor atribuído a quem se dá. É o coração que torna precioso o dom. Sob o ponto de vista religioso, a fé altera radicalmente o valor do que se dá. O pouco da viúva, dado com fé, é tudo; o muitos dos ricos, dado sem fé, é nada. O que torna precioso um dom é a intenção que o acompanha. Se o termo do gesto oblativo é Deus, o dom assume um valor extremamente grande. É Deus Quem o acolhe, o aprecia e o agradece. Fonte: Fernando Fonseca em “dehonianos.org/portal/liturgia”

domingo, 25 de novembro de 2018

25 NOVEMBRO 2018 - SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO - B

25 NOVEMBRO 2018 - SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO - B No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: LEITURA I - Dan 7,13-14 A primeira leitura anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a violência, a opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de um "filho de homem" que vai aparecer "sobre as nuvens", Deus vai devolver à história a sua dimensão de "humanidade", possibilitando que os homens sejam livres e vivam na paz e na tranquilidade. Os cristãos verão nesse "filho de homem" vitorioso um anúncio da realeza de Jesus.. A profecia de Daniel convida-nos à esperança e à confiança: Deus não abandona o seu Povo em marcha pela história e saberá derrubar todos os poderes humanos que impedem a realização plena do homem. O anúncio de um "filho de homem" que virá "sobre as nuvens" para instaurar um reino que "não será destruído" leva-nos a Jesus. Ele veio ao encontro dos homens para lhes propor uma nova ordem, em que os pobres, os débeis, os fracos, os marginalizados, aqueles que não podem fazer ouvir a sua voz nos grandes areópagos internacionais não mais serão humilhados e espezinhados. Esse reino ainda não se tornou uma realidade plena na nossa história; contudo, o reino proposto por Jesus está presente na vida do mundo, como uma semente a crescer ou como o fermento a levedar a massa. Compete-nos a nós, discípulos de Jesus, fazer com que esse reino seja, cada vez mais, uma realidade bem viva, bem presente, bem actuante no nosso mundo. LEITURA II - Ap 1,5-8 Na segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as coisas, o "príncipe dos reis da terra", Aquele que há-de vir "por entre as nuvens" cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a interpretação cristã dessa figura de "filho de homem" de que falava a primeira leitura Esta imagem de Jesus apela à confiança e à esperança: sejam quais forem as circunvoluções e as derrapagens da história humana, o caminho dos homens não será um caminho sem saída, destinado ao fracasso; mas será um caminho que desembocará inevitavelmente nesse reino novo de vida e de paz sem fim que Jesus veio anunciar e propor. Neste dia em que celebramos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, somos convidados a agradecer pelo amor de Jesus que nos libertou. Jesus está, efectivamente, no centro das nossas comunidades cristãs? EVANGELHO - Jo 18,33b-37 A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra. A missão "real" de Jesus é dar "testemunho da verdade"; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida. Os inícios do séc. XXI estão marcados por uma profunda crise de liderança a nível mundial. Os grandes líderes das nações são, frequentemente, homens com uma visão muito limitada do mundo, que não se preocupam com o bem da humanidade e que conduzem as suas políticas de acordo com lógicas de ambição pessoal ou de interesses particulares. Sentimo-nos, por vezes, perdidos e impotentes, arrastados para um beco sem saída por líderes medíocres, prepotentes e incapazes… Esta constatação não deve, no entanto, lançar-nos no desânimo: nós sabemos que Cristo é o nosso rei, No entanto, a realeza de Jesus não tem nada a ver com a lógica de realeza a que o mundo está habituado. Jesus, o nosso rei, apresenta-Se aos homens sem qualquer ambição de poder ou de riqueza, sem o apoio dos grupos de pressão que fazem os valores e a moda. Ele apresenta-se só, indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força do amor e da verdade. Não impõe nada; só propõe aos homens que acolham no seu coração uma lógica de amor, de serviço, de obediência a Deus. Como Jesus, também nós temos a missão de lutar - não com a força do ódio e das armas, mas com a força do amor - contra todas as formas de exploração, de injustiça, de alienação e de morte… O reconhecimento da realeza de Cristo convida-nos a colaborar na construção de um mundo novo, do Reino de Deus. Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia/”