sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A Extensão de Gurúè da Universidade Católica de Moçambique festeja o seu Padroeiro



Brinde  à saúde de alunos e professores  da Universidade Católica no Gurúè na Festa de S. Agostinho
A Extensão de Gurúè da Universidade Católica de Moçambique (EGUCM), celebrou pela primeira vez a Festa do seu Padroeiro Santo Agostinho.

Os vários actos programados pela instituição deram início às 8.00h, na Sé Catedral, com a celebração da Eucaristia presidida por D. Francisco Lerma, Bispo da Diocese e concelebrada pelo Director da extensão, o Pe. Daniel A. Raul, o Chanceler e Secretário da Diocese, Pe. Agostinho Vasconcelos e pelo Pe. Paulino Nicau, Vigário Paroquial e Professor.


A Celebração da Eucaristia na Catedral presidida por D. Francisco Lerma
Participaram os alunos, professores e pessoal auxiliar da extensão e as Autoridades Civis do Distrito e do Município e da Direcção Distrital de Educação e mais outras pessoas convidadas da comunidade.


O Director da Extensão, Dr. Pe. Daniel Raul, abre a sessão académica.
À seguir à Eucaristia, no Cinema Gurúè, realizou-se o acto académico com uma palestra sobre a Vida e Escritos de Santo Agostinho, apresentada pelo Prf. Pe. Paulino Nicau, seguida de um vivo debate entre algumas questões levantada pelo palestrante.

O Dr. Pe. Paulino Nicau orientou a palestra sobre a Vida e Escritos de S. Agostinho
Depois de uma breves palavras de agradecimento a todos os que colaboraram pela instauração da Universidade Católica de Moçambique na Diocese de Gurúè, o Bispo deu por encerrada a sessão académica.

O corte do bolo em sinal de unidade e comunhão entre os membros da família académica

 
Eis o texto da Homilia proferida por D. Francisco  durante a Eucaristia
DUAS PALAVRAS: “SANTO e AGOSTINHO”

I.- Santo e Padroeiro da UCM. Sentido: celebramos alguém que viveu em plenitude o caminho de todo cristão: o discipulado de Jesus, a sua doutrina e o seu exemplo. Ele escreveu no Livro das Confissões: “Para  vós sou pastor –bispo- , mas convosco sou colega, sou cristão”.

O Padroeiro é para ser imitado, e exemplo de vida. Mas, ao mesmo tempo, o padroeiro torna-se protector e intercessor junto de Deus pois ele já atingiu a meta aonde todos nós desejamos chegar um dia, meta de plenitude absoluta de paz, verdade, vida e amor.

II. AGOSTINHO

Um homem dos primeiros tempos da nossa era (viveu entre o séculos IV (354) e V (430), mas um homem do nosso tempo pelo seu estilo de vida, pelos seus ensinamentos.

1.A Inquietação.

“O nosso coração está inquieto em quanto não descansa em Vós”.

Um homem de dimensões enormes e muito variadas: uma pessoa, de carne e ossos como nós; um homem que, desde a sua juventude – ainda aluno- andava inquieto à procura da verdade, da beleza, do amor, dimensões humanas que procuro constantemente através de leituras, diálogos, viagens. Uma sede de verdade que nunca se apagou.

Esta é a característica que sobressai na vida de gostinho, grande pensador, filósofo, professor pastor manje e santo, a inquietação do coração, um suspiro de verdade e de amor.

2.O encontro com a Verdade.

 Na sua constante procura nada lhe satisfazia até que encontro a luz do Evangelho, a luz de Deus”

Oh eterna verdade! Tarde Vos amei;

Oh beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei!

Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora

E fora de mim Vos procurava com o meu espírito deformado”

Agostinho finalmente encontra a Verdade e o Amor absolto, Deus. Abre toda a sua vida a Deus: o seu passado, o seu presente e o seu futuro. Ele escreve:

“Fizeste-nos para Ti, Senhor; e o nosso coração não encontra sossego até não repousar em Ti”.

3. Na sua morte, em Agostinho nada morre.

Para ele, nasce a plenitude da verdade e do amor, a paz definitiva que sempre procurou.

Para nós nasce um caminho a percorrer, um exemplo a imitar e seguir, uma doutrina a ler e estudar.

Desde aquele longínquo 28 de Agosto do ano 430 há qualquer traço de Agostinho na história da humanidade e na história de cada um de nós.
Gurúè, 28.08.2014
+ flerma

terça-feira, 26 de agosto de 2014

PEREGRINAÇÃO DIOCESANA AO SANTUÁRIO DE N. S. RAINHA DO MUNDO. MALUA

A imagem de Nª. Sª. que presidiu a Peregrinação

Nos dias 23 e 24 de Agosto deste na 2014, realizou-se a 3ª Peregrinação Diocesana ao Santuário de N. S. Rainha do Mundo, em Malua, a 12 kms. de Alto Molocué-Sede.

Grupo de jovens peregrinos
Presidida pelo Bispo da Diocese, D. Francisco Lerma, participaram na Peregrinação mais de três mil peregrinos vindos da maior parte das paroquias e capelanias da Diocese, nomeadamente: Molumbo, Lioma, Invinha, Muagiua, Ile, Muliquela, Gilé, Muiane, Moneia e Seminário Diocesano.
Os mais pequenos animaram a Celebração Litúrgica

Por volta das 15.00H começou a procissão com a imagem de Nossa Senhora. ÀS 18.00h, e após o acolhimento e bênção dos peregrinos, celebrou-se a Eucaristia em honra de Maria, Rainha do Mundo. A seguir, começo a Adoração ao Santíssimo Sacramento por turnos de uma hora, que durou toda a noite até ás 7.00H do dia seguinte, 24 de Agosto.
A multidão de peregrinos encheram por completo o interior do amplo templo de Malua

Às 7.30H. celebrou-se a Eucaristia do XXI Domingo, presidida por D Francisco e pelos Párocos das Paróquias dos peregrinos. A seguir foi o Encerramento da Peregrinação, com a bênção e o Envio dos peregrinos.
O Santuário de Nª Sª Rainha do Mundo. Malua, no dia da Peregrinação

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

DE NOVO A PAZ. CESSAR-FOGO COM EFEITOS IMEDIATOS EM TODO MOÇAMBIQUE



O Governo e a Renamo assinaram ontem em Maputo, ao fim de mais de um ano de negociações, um cessar-fogo, com efeitos imediatos em todo o território, e a base de entendimento para o fim das hostilidades no país.

Foram assinados o memorando de entendimento, os mecanismos de garantia e os termos de referência da equipa militar de observação do cessar de hostilidades.

O acordo foi assinado pelo chefe da delegação governamental e ministro da Agricultura, José Pacheco, e pelo líder dos negociadores da Renamo, Saimone Macuiana, que depois se abraçaram perante os jornalistas, representantes de ambas as partes, numa cerimónia transmitida em directo pelas principais televisões do país.

Macuiana disse "este acordo significa também que a partir deste momento Moçambique começa um novo caminho em que as Forças de Defesa deixam de ser de um partido político, como acontecia até este momento".

"As forças armadas de Moçambique, a Polícia da República de Moçambique e o serviço de segurança de informação do Estado passam a servir o estado moçambicano e são proibidos de participar em actos partidários", revelou, insistindo que este "é o fim de uma jornada difícil mas necessária".

O chefe dos negociadores da Renamo referiu-se ainda ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que permanece em parte incerta, algures na Gorongosa, no centro do país, desde que o seu acampamento foi atacado pelo exército em Outubro do ano passado.

"Não poderíamos terminar sem saudar o presidente da Renamo, que escapou à morte no dia 21 de Outubro de 2013, na sua residência em Satungira, província de Sofala. Valeu o sacrifício. Com a sua persistência o povo moçambicano ganhou a paz, a liberdade, a democracia e mais uma vez mostrou ao mundo a sua capacidade de entre si resolver os problemas nacionais", observou Macuiana.

No último ano e meio, os confrontos entre exército e o braço armado da oposição provocaram um número indeterminado de mortos e feridos na região da Gorongosa, província de Sofala, bem como nas emboscadas da Renamo a colunas de veículos escoltadas pelos militares num troço de cem quilómetros da única estrada que liga o sul e o centro do país.

Dhlakama disse que só abandonará o seu esconderijo após a declaração de um cessar-fogo, o que se verificou ontem, tendo-se recusado a aceder ao pedido do Presidente da República  de assinar o entendimento ao mais alto nível em Maputo.

Moçambique tem previstas eleições gerais para 15 de Outubro.

Fonte:: SAPO com Lusa