sábado, 23 de março de 2019

SÁBADO - 2ª SEMANA DA QUARESMA – 23 MARÇO 2019


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SÁBADO - 2ª SEMANA DA QUARESMA – 23 MARÇO 2019

Primeira leitura: Miqueias 7, 14-15.18-20

Regressado do exílio em Babilónia, o povo de Israel confrontou-se com grandes dificuldades e teve saudades da fartura das terras da Transjordânia, tal como, ao regressar do Egipto, perante as dificuldades do deserto, teve saudades do peixe, dos pepinos, dos melões, dos alhos porros, das cebolas e dos alhos que comia no Egipto (cf. Nm 11, 6).

Nesta situação, Miqueias ergue um lamento, quase que uma elegia fúnebre (v. 14):

«Mostra-nos os teus prodígios, como nos dias em que nos tiraste do Egipt(J» (v. 15).

E entra em cena Aquele que é o protagonista dos grandes eventos salvíficos: Deus preparou um lugar deserto onde, Ele mesmo, apascenta o seu rebanho disperso, que só n ' Ele encontra segurança e só n ' Ele confia. Então, o profeta entoa um hino cheio de emoção a Deus que perdoa (w. 18-20).

Deus é como um pai que se comove diante do sofrimento dos filhos que erraram e sofrem as consequências dos seus erros (v. 19). Como nos tempos do êxodo, levado por um instinto quase materno, Deus usa de compaixão para com o seu povo, apaga as suas culpas e lança-as ao mar, do mesmo modo que nele afogou o faraó e os seus exércitos (cf. Ex 15). A sua fidelidade manifesta-se na gratuidade do perdão, para que o «resto» do seu povo possa manter-se fiel à Aliança (v. 20).

Evangelho: Lucas 15, 1-3.11-32

As parábolas da misericórdia (Lc 15) revelam-nos o rosto do Pai bom, disposto a perdoar, a acolher e a fazer festa com os filhos que reconhecem o seu pecado.

Hoje, escutamos a parábola do filho pródigo. Este decide organizar a sua vida segundo os seus projectos, rejeitando os do pai. Por isso, exige ao pai a sua herança. Este termo equivale a vida (v. 12) ou a património.

Obtido o que pede, parte e esbanja «tudo quanto possuía (a sua riqueza), numa vida desreçrsde-. Este filho perde os bens, mas perde, sobretudo, a si mesmo. A experiência da miséria (v. 17) fá-lo cair em si e dar-se conta da desgraça a que o levara a sua vida de estroina. Decide, então, regressar a casa e recomeçar uma vida nova.

O pai esperava-o (v. 20), porque nunca tinha deixado o seu coração afastar-se daquele filho. Recebe-o comovido e de braços abertos, restituindo-lhe a dignidade perdida (w. 22-24).

Com esta parábola, Jesus revela o modo de agir do Pai, e o seu, em relação aos pecadores que se aproximam e dão um sinal de arrependimento.

Mas os fariseus e os escribas, recusam-se a participar na festa do perdão, como o filho mais velho (v. 29), sempre bem comportado e que, por isso, até se julga credor do pai. O pai não desiste, nem diante deste filho malévolo. Por isso, sai de casa, revelando a todos o amor que sabe esperar, procurar, exortar, porque todos quer abraçar e reunir na sua morada.

Esta parábola é claramente dirigida aos fariseus e escribas que criticavam Jesus pelo modo como lidava e tratava com os pecadores (cf. w 1-3). A intenção principal de Jesus vê-se no fim da narração, na reacção do filho mais velho e nas palavras do Pai, que são a chave de interpretação de toda a parábola.

Todos podemos ver-nos num ou noutro filho, no pecador assumido ou no justo presumido. O pai sai sempre ao encontro de um e de outro, quer venha da dispersão, como o filho pródigo, quer venha das regiões de uma falsa justiça ou de uma falsa fidelidade, como o filho mais velho.

O importante, para nós, quer venhamos de uma ou de outra situação, é que nos deixemos acolher e abraçar pelo Pai bom, que quer a felicidade de todos os seus filhos.

Talvez seja relativamente fácil ver-nos no filho pródigo. Pode ser mais difícil dar-nos conta de que pensamos e reagimos como o filho mais velho, que contabiliza o que dá ao Pai e o que não recebe d ' Ele, tal como contabiliza o que irmão mais novo recebeu, sem dar nada em troca, e até ofendendo o Pai. E clamamos pela injustiça.

Pode-se julgar anormal manifestar tanta bondade a quem cometeu o mal. Mas o Senhor quer fazer-nos compreender que, para quem é fiel a Deus, está reservada uma recompensa ainda maior: não a alegria de receber, mas a alegria de dar. «A felicidade está mais em dar do que em receber» (Act 20, 35).

Esta é, por excelência, a parábola da misericórdia. Mais que «parábola do filho pródigo», deve ser chamada «parábola do Pai misericordioso», do Pai pródigo em misericórdia. Como Ele, havemos de aprender a abrir o coração a todos os irmãos, a estarmos com Ele para acolher os pródigos ou os pretensos justos, a vermos a todos do seu ponto de vista, que não é a justiça fria e cega.

Todo o evangelho de Jesus é uma mensagem de alegria, sobretudo para os pobres, para os infelizes, para os pecadores. A alegria por causa de um pecador que se arrepende é alegria de Deus. "As parábolas de Lc 15 são uma trilogia do perdão e da misericórdia divina e mostram-nos a estreita ligação que há entre o perdão e a alegria, entre a conversão e a festa.

Tal como a ovelha tresmalhada ou a dracma perdida são causa de alegria para quem as encontra, assim também exulta de alegria o coração de Deus, quando um dos Seus filhos regressa a Ele. Mais ainda, todo o céu faz festa por um pecador que se converte, porque se trata de um irmão que estava morto e volta à vida, estava perdido e foi encontrado".

Fonte: Adaptação de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia/”

sexta-feira, 22 de março de 2019

COMUNICADO DE DOM LERMA: " Pe. DIAMANTINO GUAPO NUNES, ELEITO BISPO DE TETE"

COMUNICADO DE DOM LERMA
Pe. DIAMANTINO GUAPO NUNES, ELEITO BISPO DE TETE
A Nunciatura Apostólica em Moçambique  nos comunica que o Papa FRANCISCO dignou-se nomear o Rev.do Pe. DIAMANTINO NUNES GUAPO, Superior Regional dos Missionários da Consolata em Moçambique-Angola, BISPO DE TETE,
CURRICULIUM VITAE
O Pe. DIAMANTNO nasceu em 30 de Novembro de 1966 em Albergaria dos Doze – Leiria – (Portugal).
Estudo Filosofia na Universidade Católica de Lisboa (1985 – 1988) e Teologia na Universidade Pontifícia Urbaniana (Roma 1989 – 1992). Fez Professai-o Perpétua no Instituto Missionário da Consolata (em Maúa (Niassa) 19.09.1993); ordenado Diácono em Cuamba aos 5.12.1993, e sacerdote em Fátima (Portugal) em 30.07.1994. Em 1999 obteve o doutoramento em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Concluídos os estudos, regressou a Moçambique onde prestou vários serviços pastorais nas Dioceses de Lichinga (Paróquias de Maúa, Mepanhira, Mecanhelas e Entre-Lagos); em Inhambane (Paróquias de Nova Mambone e Guiúa; Vigário Episcopal para a Pastoral e Director do Centro de Promoção Humana de Guiúa (Centro Catequético).
Actualmente é Superior Regional dos Missionários da Consolata (Moçambique e Angola) e Postulador da Causa de Beatificação dos Catequistas Mártires do Guiúa.
Destas páginas, o Bispo, os Sacerdotes, Religiosos e Religiosas, animadores das comunidades  e todos os fiéis da Diocese de Gurúè felicitam V. E. R. Dom Diamantino Guapo Nunes, Bispo Eleito de Tete, e formulam os melhores votos para que o Espírito Santo o ilumine no serviço eclesial que lhe foi entregue.
Fonte: Da Nota informativa da Nunciatura Apostólica e adaptação local.
 
 

SEXTA-FEIRA - 2ª SEMANA DA QUARESMA - 22 MARÇO 2019


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SEXTA-FEIRA - 2ª SEMANA DA QUARESMA - 22 MARÇO 2019

Primeira leitura: Génesis 37, 3-4.12-13a.17b-28

A história de José é mais um exemplo de como Deus escolhe os «pequenos» (v. 3) para realizar os seus projectos de salvação. Essas escolhas de Deus suscitam, muitas vezes, o ódio e a inveja (v. 4) que levam ao afastamento, se não mesmo à eliminação, do predilecto (w. 20.28).

A história tem evidentes objectivos didácticos. Há, em toda a história, um horizonte de optimismo e universalidade (v. 28): dentro das intrigas e contendas tribais, actua a invisível providência de Deus (cf. 45, 7; 50, 20), que conduz o seu eleito por aparentes caminhos de morte, mas que acaba por ser salvo e salvar a todos.

José é um homem permanentemente atento aos sinais da vontade de Deus, mesmo durante os sonhos, que aprende a interpretar (cf. v. 19). A túnica de príncipe separa-o dos irmãos, cavando uma profunda incomunicabilidade entre eles (v. 4).

José é figura de Cristo: a sua perseguição e o seu sangue são o preço que o pai tem de pagar para abraçar, num só amplexo, todos os filhos, já não unidos pela corresponsabilidade no mal (v. 25), mas pelo beijo de paz que, com o perdão (cf. 45, 15), lhes é oferecido pelo irmão inocente.

Evangelho: Mateus 21, 33-43.45-46

Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos são os vinhateiros que têm o privilégio de cultivar a vinha predilecta de Deus, o povo de Israel.

No momento da colheita, em vez de apresentarem os frutos ao dono, que é Deus, querem apropriar-se deles e maltratam os profetas que lhes são enviados. «Finalmente, Deus envia-lhes o seu próprio Filho, que é Jesus que lhes está a falar. É a última oportunidade que Deus lhes oferece para que se tornem seus colaboradores na obra da salvação.

Mas acontece exactamente o que a parábola dizia sobre os vinhateiros malvados: compreenderam que eram eles os visados e procuravam prendê-lo (cf. vv. 45-46). E, conduzidos habilmente por Jesus, são eles mesmos que tiram as consequências de um tal acto: o dono, que é Deus:

«Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida» (v. 41).

Quando Mateus escreve este evangelho, já se tinham verificado a alegoria de Isaías e a profecia de Jesus: os chefes do povo de Israel tinham efectivamente matado o Filho fora da vinha - fora dos muros de Jerusalém - e a cidade santa já tinha sido destruída por Tito, no ano 70, e caído em mãos estrangeiras, o império romano. Os novos vinhateiros, os pagãos convertidos, cultivavam a nova vinha, a Igreja, dando a Deus abundantes frutos, com adesões cada vez mais numerosas à fé cristã.

José, de quem nos fala a primeira leitura, é uma impressionante figura de Jesus, tal como o filho herdeiro de que nos fala o evangelho. Em ambas as leituras escutamos já o «Crucifica-o». «Eis que se aproxima o homem dos sonhos. Vamos matemo-lo», disseram os irmãos de José; «Este é o herdeiro. Matemo-lo», disseram os vinhateiros malvados.

O único protagonista é, portanto, Jesus, escondido na figura de José e na figura do filho herdeiro da parábola. Estes textos fazem-nos pensar nos sofrimentos do Coração de Jesus, morto por inveja, como nos referem os relatos da paixão. Foi a inveja que mobilizou a má vontade dos irmãos contra José e a dos vinhateiros contra o filho herdeiro da parábola.

Mas também se fala de nós nas leituras que escutamos hoje. Jesus é o protagonista. Mas nós também entramos na sua história. Somos os irmãos, somos os vinhateiros malvados.

Mas não devemos desesperar com os nossos pecados. Na história de José, a inveja foi maravilhosamente vencida: no Egipto, José não puniu os irmãos, mas salvou-os. Soube ler a história das suas tribulações, do seu exílio, como preparação, querida por Deus, para poder salvar os seus irmãos e todo o seu povo no tempo da carestia.

Jesus também venceu a inveja aceitando tornar-se o último de todos. Quando O contemplamos na cruz, não podemos dizer que cause inveja a alguém! Pondo-se no último lugar, Jesus revelou o seu poder. O domínio que o Pai lhe prometeu é um domínio de amor, no serviço de todos.

Ao escutarmos as leituras de hoje, não devemos, portanto, sentir-nos condenados, mas devemos erguer os olhos mais alto, para o coração do Pai. Jesus veio revelá-lo. É Ele, o Pai, que, por amor, envia Jesus, como fora enviado José, a «procurar os irmãos» (cf. Gn 37, 16).

A predilecção de Israel por José, ou do Pai por Jesus, não é mais do que uma particular participação no amor paterno. É esse amor, que tem origem no coração do Pai, que os torna diferentes e capazes de vencer a inveja, o ódio e a rivalidade, com o perdão.

Fonte: Adaptação de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia/”

quinta-feira, 21 de março de 2019

QUINTA-FEIRA - 2ª SEMANA DA QUARESMA - 21 MARÇO 2019


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QUINTA-FEIRA - 2ª SEMANA DA QUARESMA - 21 MARÇO 2019

Primeira leitura: Jeremias 17, 5-10

Jeremias oferece-nos duas sentenças sapienciais. Servindo-se da contraposição, aponta claramente onde está, para o homem, a maldição cujo resultado é a morte (w. 5- 8), e onde está a bênção cujo resultado é a vida.

O ímpio é aquele que, ainda antes de praticar o mal, apenas confia no que é humano e se afasta interiormente do Senhor. O resultado só pode ser a prática do mal. Aquilo em que o homem põe a sua confiança é como o terreno donde uma árvore retira o alimento. Por isso, o ímpio é comparado a um cardo do deserto que não pode dar fruto nem durar muito (v. 6).

O homem piedoso também se caracteriza, em primeiro lugar, pela sua atitude de confiança diante de Deus. Por isso, é comparado a uma árvore plantada junto de um rio: não há-de morrer de sede, nem será estéril (w. 9ss.).

Na segunda sentença, o profeta insiste na importância do «coração», centro das decisões e da afectividade do homem. Só Deus experimenta e avalia com justiça os comportamentos e os frutos de cada um dos homens, porque, só Ele conhece de verdade o coração do homem e o pode curar.

Evangelho: Lucas 16,19-31

S. Lucas recolhe, no capítulo 16 do seu evangelho, os ensinamentos de Jesus sobre as riquezas. A parábola, que hoje escutamos, ensina-nos a considerar a nossa condição actual à luz da condição eterna. A sorte pode inverter-se. E seguem algumas aplicações práticas (v. 25). Jesus fala-nos de um homem rico que «fazia todos os dias esplêndidos banquete» e de um pobre significativamente chamado Lázaro (termo que significa Deus ajuda). Atormentado pela fome e pela doença, permanece à porta do rico, à espera de alguma migalha. Os cães comovem-se com Lázaro; mas o rico permanece indiferente.

Chega porém o dia da morte, a que ninguém escapa. E inverte-se a situação.

Jesus levanta um pouco o véu do tempo para nos fazer entrever o banquete eterno, anunciado pelos profetas. Lázaro é conduzido pelos anjos a um lugar de honra, nesse banquete, enquanto o rico é sepultado no inferno. Do lugar dos tormentos, o rico vê Lázaro e atreve-se a pedir, por meio dele, um mínimo gesto de conforto (v. 24).

Mas as opções desta vida tornam definitiva e imutável a condição eterna (v. 26). Nem o milagre da ressurreição de um morto, diz Jesus, aludindo a Si mesmo, podem sacudir um coração endurecido que se recusa a escutar o que o Senhor permanentemente ensina.

Hoje, tanto a primeira leitura como o evangelho, com imagens muito simples mas pintadas a cores fortes, nos colocam perante o facto de que é nesta vida que decidimos o nosso destino eterno, a vida ou a morte, sem outras possibilidades.

Aquele que, nesta vida, põe a sua confiança nos meios humanos e nas coisas materiais e, sobretudo, aquele que se afasta do Senhor, e organiza a própria existência independentemente de Deus, é «maldito».

O apego a uma felicidade egoísta leva à cegueira, que não permite ver para além do imediato, do material. Não permite ver a Deus, nem a caducidade da nossa actual condição, como não permite ver as necessidades dos pobres que jazem à nossa porta. Aquele que confia no Senhor, reconhecendo a sua condição de criatura, dependente e amada por Ele, é «bendito», Leva no coração uma semente de eternidade que florescerá em felicidade e paz eternas. Por outro lado, a verdadeira confiança em Deus é sempre acompanhada pela solidariedade com os pobres, com pobres que o são materialmente, com os que o são espiritualmente, mas também com os doentes, com vítimas de contrariedades e opressões de qualquer espécie. Tanto Jeremias como Jesus nos ensinam tudo isto, não de modo abstracto, mas com imagens expressivas como a da árvore plantada no deserto ou junto de um rio ou como o pobre Lázaro.

O pobre Lázaro caracteriza-se pelo silêncio, tanto diante das provações da vida como diante da falta de atenção daqueles de quem esperava ajuda. Não grita contra Deus nem contra os homens. Permanece silencioso e paciente no seu sofrimento físico, psicológico e espiritual, confiando em Deus.

Finalmente surge a morte e tudo se transforma. Levado pelos anjos para o seio de Abraão, continua em silêncio. No seu rosto, primeiro sereno e confiante, e agora glorioso, transparece outro Rosto, o de Jesus, que se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza. Sendo de condição divina, por nosso amor, assumiu a condição humana, para que pudéssemos participar da sua condição divina. Sendo rico fez-Se pobre, homem pobre, para que todos pudéssemos participar da sua riqueza.

A nossa confiança em Deus leva-nos a solidarizar-nos com o amor de Jesus por todos os homens, um "amor que salva". Como Ele, queremos estar presentes e actuantes junto de todos os lázaros desta humanidade de que somos parte.

Fonte: Adaptação de um texto de “dehonianos.org/portal/liturgia/”

quarta-feira, 20 de março de 2019

TERÇA-FEIRA - 3ª SEMANA DA QUARESMA - 26 MARÇO 2019


É tempo da Quaresma... Amais os vossos inimigos e orais pelos que vos perseguem.
TERÇA-FEIRA - 3ª SEMANA DA QUARESMA - 26 MARÇO 2019

Primeira leitura: Daniel 3, 25.34-43

A oração de Azarias começa com um pedido que nos faz lembrar o «Pai nosso»: «Cobre de glória o teu nome, Senhom(v. 43; cf. Mt 6, 9). No cadinho do sofrimento, Azarias apenas teme que o nome de Deus não seja glorificado. Ainda que o sofrimento seja enorme, que o povo esteja reduzido a um «resto», e seja humilhado, Deus deve continuar a ser glorificado. Nem a profanação do templo, nem a helenização com a destituição dos chefes religiosos e do culto oficial hão-de impedir a fidelidade a Deus e a consequente glorificação do seu nome.

 O profeta lê todos esses acontecimentos como purificação providencial. Na provação, o povo reencontra o coração contrito e humilhado que agrada ao Senhor como um verdadeiro sacrifício (vv. 40s.) que dá glória a Deus. E, então, renasce a esperança (vv. 42s.). Deus é fiel às promessas feitas aos patriarcas (vv. 35s.).

A grandeza da sua misericórdia pode ainda transbordar em benevolência e bênçãos para o povo da Aliança (v. 42). Por isso, de salmo penitencial, a súplica de Azarias transforma-se em hino de louvor cantado em coro pelos três jovens da fornalha ardente (vv. 52-90). E Deus é glorificado pelos seus fiéis e por aqueles que se dão conta do seu poder (v. 95).

Evangelho: Mateus 18, 21-35

A segunda parte do discurso eclesial (Mt 18), é particularmente dedicada ao perdão das ofensas pessoais. Pedro, sempre impulsivo, julga escapar à rede da vingança ilimitada (cf. vingança de Lamec, Gn 4, 23s.), dizendo-se disposto a perdoar «até sete vezes» (v. 21). Mas Jesus aponta para um horizonte mais amplo, ilimitado, afirmando que é preciso perdoar «até setenta vezes sete» (v. 22), sempre. O cristão é chamado a assumir uma mentalidade completamente nova.

Jesus ilustra o seu ensinamento com uma parábola em três actos contrastantes mas complementares: encontro do servo devedor com o senhor, encontro do servo libertado com outro servo que lhe é devedor, e novo encontro entre o servo e o senhor. Desta parábola, os discípulos hão aprender o que significa ser imitadores do Pai celeste (v. 35). A dívida do servo é enorme, mas o senhor tem compaixão por ele e perdoa-o de modo completamente gratuito.

O servo insolvente, mas perdoado, encontra outro que lhe deve uma quantia irrisória, e não lhe perdoa (vv. 28-30). A graça recebida não lhe transformou o coração. Por isso, atraiu sobre si o inevitável juízo e o castigo divino. O perdão ao irmão condiciona o perdão do Pai que está no céu: «Perdoai-nos as nossas ofensas, como nós perdoamos ... ).

Azarias dá-nos exemplo de como se reza na desolação. Tudo fora perdido, e Deus parecia distante e inacessível. O risco do desespero, da perda da fé, ou da queda na blasfémia, espreita. Mas Azarias resiste, pede perdão para o seu povo e pede que o nome de Deus continue a ser glorificado, usando mais uma vez de doçura e misericórdia para com o seu povo: «Cobre de glória o teu nome, Senhor». E Deus escuta a oração do seu servo.

A misericórdia de Deus para connosco há-de modelar o nosso de agir em relação aos outros, deve fazer de nós portadores da misericórdia divina. O nosso Deus tem um coração de Pai cheio de bondade e de misericórdia, lento para a ira e grande no amor. Santo Ambrósio escreveu que Deus criou o homem para ter alguém a quem perdoar. Por vezes, somos muito rudes e mesquinhos diante de tanta magnanimidade.

É o que nos revela a parábola que hoje escutamos. Deus ama-nos e está sempre disponível para nos perdoar, ainda que sejam grandes os nossos pecados. Nós, muitas vezes, não sabemos perdoar coisas quase insignificantes. Assim somos causa de escândalo para os nossos irmãos. Experimentámos a misericórdia de Deus, mas não a deixamos transparecer na relação com os outros. Mas, desse modo, não reconhecemos a grandeza do nosso pecado, nem mostramos gratidão para com Deus, que nos perdoou. Assim, impedimos que cresça em nós a imagem e
semelhança com Deus, «lento para a ira e cheio de bondade. (Nm 14, 18).

Diante de Deus, somos todos devedores insolventes. Ele perdoa-nos gratuitamente. E é também assim que havemos de comportar-nos com todos quanto tem alguma dívida para connosco, perdoando para além de qualquer limite: «setenta vezes sete». Mais uma vez, Deus quer dar-nos, para além de tudo, a felicidade de darmos sem nada querermos receber, a felicidade de participarmos na festa da reconciliação, na glória dos filhos de Deus comprados com o sangue do Filho, derramado para remissão dos pecados.

Fonte: Adaptação local de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia”

COMUNICADO DE DOM FRANCISCO LERMA: “SOLIDARIEDADE COM O SOFRIMENTOS DOS IRMÃOS”


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COMUNICADO DO BISPO

 

“SOLIDARIEDADE COM O SOFRIMENTOS DOS IRMÃOS”

 
A DIOCESE DE GURÚÈ E AS COMISSÕES SOCIAIS vem por este meio solidarizar-se com todas as pessoas que sofreram a devastação do ciclone IDAI e das gravíssimas inundações em várias Províncias do Centro do Pais, endereçamos as nossas mais sentidas condolências pelos que perderam a sua vida e encorajamos  os que perderam casas, alimentação, bens materiais, e até à esperança, vítimas de tanto sofrimento, para que não desesperem e confiem em Deus e nos seus irmãos, na sua generosidade, na sua partilha de bens morais, espirituais e materiais.  
 
Neste sentido unimo-nos ao apelo nacional, lançado pela Caritas Moçambicana a todas as pessoas do boa vontade e aos fieis das nossas comunidades, a contribuírem segundo as suas possibilidades e bondade do coração com a oração, com produtos e géneros alimentícios imperecíveis, roupa e/ou com valores monetários:
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Secretaria da Diocese, Gurúè, 20 de Maço de 2019
 
+ Francisco Lerma Martínez
Bispo de Gurúè



QUARTA-FEIRA - 2ª SEMANA DA QUARESMA -20 MARÇO 2019


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QUARTA-FEIRA - 2ª SEMANA DA QUARESMA -20 MARÇO 2019

Primeira leitura: Jeremias 18, 18-20
 
O versículo 18 situa o texto que hoje escutamos. Jeremias está novamente sob ameaça de morte (cf. Jer 11, 18s.). Agora são os próprios chefes de Israel que tentam reduzi-lo ao silêncio. Daí a dureza da invocação de vingança que, de acordo com a lei vetero-testamentária de Talião, sai da boca do profeta. Mas o nosso texto omite esses versículos, orientando-nos, sim, para a escuta do evangelho.
Jeremias é tipo do Servo sofredor (cf. Is 53, 8-10) e é perseguido por causa da fidelidade à sua vocação e do seu amor ao povo. Jeremias abandona-se confiadamente a Deus, de quem espera a salvação.
Tudo aquilo que o profeta faz por amor do seu povo, e diz na sua oração, irá realizar-se de modo perfeito no verdadeiro Servo sofredor, Jesus. Ele será morto pelos chefes do povo. Mas não pedirá vingança a Deus; pedirá perdão para os seus inimigos, e oferecerá livremente a vida em favor daqueles que O crucificam.
Evangelho: Mateus 20, 17-28
Jesus sobe a Jerusalém consciente daquilo que lá O espera. Pela terceira, vez fala aos discípulos da sua paixão. Fala claramente. Para espanto e confusão dos seus contemporâneos, identifica-se com o Filho do homem, figura celeste e gloriosa esperada para instaurar o reino escatológico de Deus, mas também se identifica com outra figura, de sinal aparentemente oposto, a do Servo sofredor. Os discípulos não conseguem compreender e aceitar tais perspectivas e preferem cultivar as de sucesso e poder (vv. 20-23). Jesus explica-lhes, mais uma vez, o sentido da sua missão e o sentido do seguimento que lhes propõe: Ele veio para «beber o cálic(!» (v. 22), termo que, na linguagem dos profetas, indica a punição divina a reservada aos pecadores.
Quem aspira aos lugares mais elevados no Reino, terá que, como Ele, estar pronto a expiar o pecado do mundo. É mesmo o único privilégio que pode oferecer, porque não Lhe compete distribuir lugares no Reino. Ele é o Filho de Deus, mas não veio para dominar. Veio para servir como o Servo de Javé, oferecendo a sua vida em resgate para que os homens, escravos do pecado e sujeitos à morte, sejam libertados.
À mãe dos filhos de Zebedeu, que pensava que a vida vale pelos lugares que se ocupam na sociedade, pelo poder de que se dispõe, o profeta Jeremias e, sobretudo, Jesus oferecem o exemplo de uma vida gasta no serviço, por amor.
Não é fácil compreender uma tal perspectiva. Jesus vê-se na necessidade de, por três vezes, preparar e anunciar aos discípulos a sua paixão, dizendo-lhes que será preso, condenado, escarnecido, crucificado. Mas eles continuam a procurar satisfazer as suas ambições. Hoje, são os filhos de Zebedeu que, por meio da mãe, tentam a sua sorte. Jesus tinha falado de humilhações. Eles pedem honras, lugares de privilégio: sentar-se «um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino. (v. 21).
Isto mostra-nos a necessidade da paixão. Só ela poderia mudar o coração do homem. Não eram suficientes palavras, mesmo que fossem as de Jesus.
 A paixão de Jesus revela-nos onde se encontra a verdadeira alegria, a verdadeira glória, a verdadeira vida: servir, amar como Ele, até ao sacrifício da própria vida pelos outros vistos como mais importantes do que nós mesmos. Isto pressupõe a humildade, virtude que torna verdadeiro todo o gesto de amor e o liberta de equívocos, da busca dos interesses. Foi o caminho do profeta Jeremias. Só depois de o percorrer, descobriu o seu verdadeiro significado.
Também no caminho espiritual de cada um de nós, a provação é importante para nos transformar interiormente. Depois, dela já não ambicionamos a satisfação terrena que antes procurávamos. E, se a vivemos unidos a Cristo, d ' Ele recebemos a força para realizar o bem incondicionalmente, sabendo que não se perderá, mas que, a seu tempo, dará fruto: depois da paixão e da morte, vem a ressurreição (cf. Mt 20, 18ss.). O serviço humilde, até ao fim, motivado pelo amor, conduz à vida, a glória eterna.
O Espírito faz-nos superar o nosso egoísmo ou amor de exigência e impele-nos para o amor oblativo; faz-nos ultrapassar a busca dos interesses e comodidades pessoais, para actuar conforme a justiça em relação a cada uma das pessoas e em relação à comunidade, para não violarmos os seus direitos.
O Espírito impele-nos a dar-nos aos outros, especialmente aos mais pobres e marginalizados, não só com aquilo que temos, mas também com aquilo que somos: tempo, capacidades, cultura, etc. O Espírito leva-nos à vida de amor e serviço desinteressado, mas também universal, porque deita por terra todas as barreiras de raça, de cultura, de sexo:
"Todos os que fostes baptizados em Cristo, vos revestistes de Cristo. Não há judeu nem grego; não há servo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Cristo' (Gal 3, 27-28).
Fonte: Adaptação de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia/”

terça-feira, 19 de março de 2019

DOM PIERGIORGIO BERTOLDI, NOVO NúNCIO APOSTÓLICO EM MOÇAMBIQUE



DOM PIERGIORGIO BERTOLDI,  NOVO NúNCIO APOSTÓLICO EM MOÇAMBIQUE


Da Nunciatura Apostólica em Moçambique rebemos o seguinte comunicado:


Foi nomeado Núncio Apost6lico em Mogambique Sua Excel6ncia Reverendíssima DOM PIERGIORGIO BERTOLDI, Arcebispo Titular de Spello, que, até ao presente, exercia o mesmo cargo no Burquina Faso.
CURRICULUM VITAE
Sua Excel6ncia Reverendíssima Monsenhor Piegiorgio BERTOLDI, Arcebispo titular de Spello, nasceu em Varese (It6lia), no dia 26 de Julho de 1963. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de Junho de 1988 e foi incardinado na Diocese de
Mi1ão (Itália).
E Doutorado em Direito Canónico. Entrou no serviço diplomático da Santa Se no dia 01 de Julho de 1995, e sucessivamente trabalhou nas Representações Pontifícias de Uganda, República do Congo, Colômbia, ex-Jugoslávia, Romania, Irão e Brasil.
No dia 24 de Abril de 2015 foi nomeado Núncio Apostólico de Burquina Faso e Níger.
No dia 19 de Março de 2019 foi nomeado Núncio Apostólico de Mozambique.
Línguas conhecidas: Francês, Português, Inglês e Espanhol.



























































 
 





S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM S. MARIA - 19 MARÇO 2019


São José Pai de Jesus
S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM S. MARIA - 19 MARÇO 2019
O culto litúrgico a S. José celebra-se, pelo menos, desde o século IV, quando Santa Helena lhe dedicou uma igreja. No Oriente, celebrava-se, a partir do século IX, uma festa em sua honra.
No Ocidente o culto é mais tardio. No século XII, é celebrado entre os Beneditinos. No século XII, é celebrado entre os Carmelitas, que o propagam na Europa. No século XV, João Gerson e S. Bernardino de Sena são os seus fervorosos propagandistas. Santa Teresa de Jesus era uma devota fervorosa de S. José e muito promoveu o seu culto.
S. José, descendente de David, era provavelmente de Belém. Por motivos familiares ou de trabalho, transferiu-se para Nazaré e tornou-se esposo de Maria. O anjo de Deus comunicou-lhe o mistério da incarnação do Messias no seio de Maria, e José, homem justo, aceitou-o apesar da dura crise por que passou. Indo a Belém para o recenseamento, lá nasceu o Menino Jesus.
Pouco depois, teve de fugir com ele para o Egipto, donde regressou a Nazaré. Quando Jesus tinha doze anos, vemos José e Maria em Jerusalém, onde perdem o filho e acabam por o reencontrar entre os doutores do templo.
A partir deste episódio, os evangelhos nada mais dizem sobre José. É possível que tenha morrido antes de Jesus iniciar a sua vida pública.

Primeira leitura: 2 Samuel 7, 4-5a.12-14a.16
A profecia de Natã acena a Salomão, filho de David e construtor do templo. Mas as palavras: "manterei depois de ti a descendência que nascerá de ti e consolidarei o seu reino" (v. 12), indicam uma longa descendência no trono de Judá. Esta descendência teve um fim histórico, recebendo força profética na alusão velada ao Messias, descendente de David. Ele reinará para sempre. Mas o seu reino não será deste mundo. Será um reino espiritual para salvação da humanidade. A tradição cristã sempre aplicou este texto a Jesus, Messias descendente de David, e indiretamente também a José, o último elo da genealogia davídica.
Segunda leitura: Romanos 4, 13.16-18.22
Paulo evoca a figura de Abraão, pai dos crentes, que reconheceu a sua indigência e se apoiou, isto é, "acreditou" em Deus recebendo o "juízo de salvação", a "justificação". A sua indigência foi superada e pôde realizar a sua "tarefa existencial", a sua "obra", que naquelas circunstâncias consistia na sua paternidade para com Isaac.
A liturgia aplica a S. José o elogio de Paulo a Abraão. A fé do esposo de Maria, submetida a duras provas, manteve-se firme, fazendo dele "homem justo", e pai adoptivo de Jesus. A sua resposta de fé manteve-se durante toda a sua vida. Por isso, colaborou com disponibilidade e generosidade no projeto de salvação a que Deus o associou.
Se Abraão é "tipo" do cristão, José também o é. Abraão sabia-se condenado à morte, pois não teria descendência. Mas acreditou e recebeu uma grande descendência da mão de Deus. José aceitou ser "pai" de Quem não era seu filho, mas Filho de Deus e de Maria, e colaborou na geração da humanidade nova, nascida da morte e da ressurreição de Cristo.
Evangelho: Lucas 2, 41-51a
A lei judaica mandava que os primogénitos, sendo sagrados, deviam ser entregues a Deus ou sacrificados. Como o sacrifício humano era proibido, a lei obrigava a fazer uma espécie de troca, de maneira que em vez do menino, era oferecido um animal puro (cordeiros, pombas) (cf. Ex 13 e Lv 12). Lucas parece ter presente que Jesus, primogénito de Maria, era primogénito de Deus. Por isso, com a substituição do sacrifício - oferecem-s duas pombas - é evidenciado o fato de Jesus ser "apresentado ao Senhor", isto é, solenemente oferecido ao Pai.
O sentido deste oferecimento só se compreende à luz da cena do calvário, onde Jesus já não pode ser substituído e morrerá como autêntico primogénito, que se entrega ao Pai pela salvação dos homens.

Como pai adoptivo, José preocupa-se por tudo uanto diz respeito a Jesus. Embora não lhe seja dado penetrar completamente no mistério das relações de Jesus com o Pai, e também não compreendendo tudo quanto Jesus faz e diz, deixa-se no entanto, conduzir por Deus, com uma fé dócil e silenciosa.
A Igreja convida-nos, hoje, a voltar-nos para S. José, a alegrar-nos e a bendizermos a Deus pelas graças com que o cumulou. S. José é o "homem justo" (Mt 1, 19). A sua justiça vem-lhe do acolhimento do dom da fé, da retidão interior e do respeito para com Deus e para com os homens, para com a lei e para com os acontecimentos. É o que nos sugere a segunda leitura.
Não foi fácil para José aceitar uma paternidade que não era dele e, depois, a responsabilidade de ser o mestre e guia d´Aquele que, um dia, havia de ser o pastor de Israel. Respeito, obediência e humildade estão na base da "justiça" de José. Foi esta atitude interior, no desempenho da sua missão única, que guindaram José ao cume da santidade cristã, junto de Maria, a sua esposa.
As atitudes de José são características dos grandes homens, de que nos fala a Bíblia, escolhidos e chamados por Deus para missões importantes. Embora se considerassem pequenos, fracos e indignos, aceitavam e realizavam a missão, confiando n´Aquele que lhes dizia: "Eu estarei contigo".
José não procurou os seus interesses e satisfações, mas colocou-se inteiramente aos serviços dos que amava. O seu amor pela esposa, Maria, visava unicamente servir a vocação a ela que fora chamada. Deste modo, o casal chegou a uma união espiritual admirável, donde brotava uma enorme e puríssima alegria. Era a perfeição do amor.
 O amor de José por Jesus apenas visava servir a vocação de Jesus, a missão de Jesus. Para José, o filho não era uma espécie de propriedade a quem impunha uma autoridade e afeto tirânico, como, por vezes, acontece com alguns pais. José sabia que Jesus não era dele, e nada mais desejava do que prepará-lo, conforme as suas capacidades, para a missão de Salvador, como lhe fora dito pelo Anjo.

Por intercessão do nosso santo, peçamos a Deus a fé, a confiança, a docilidade, a generosidade e a pureza do amor para nós mesmos e para quantos têm responsabilidades na Igreja, para que as maravilhas de Deus se realizem também nos nossos dias.
Fonte: Adaptação de um texto de : “dehonianos.org/portal/liturgia/”

segunda-feira, 18 de março de 2019

CARTA DO BISPO PARA O ETHXEKO/FAMILIA JANEIRO – MARÇO 2019



CARTA DO BISPO PARA O ETHXEKO/FAMILIA JANEIRO – MARÇO 2019

A Diocese de Gurúè em “missão”: baptizados e enviados”

Caríssimos Diocesanos: fiéis às orientações do Papa Francisco, escolhemos  para esta ano pastoral de 2019, o ANO EXTRAORDINÀRIO MISSIONÁRIO. É para todos nós a linha de accão  que deve estar presente nos programas e actividades das  paróquias e comunidades e das próprias Congregações nas suas comunidades locais e casas de Formação.

No logotipo do nosso recente Jubileu, a última das quatro palavras chaves era a “MISSÃO”, para nos lembrar o caminho que a Diocese deve percorrer  logo a seguir às celebrações jubilares, isto é: A Diocese de Gurúè em estado Missão para consolidar a Igreja local, para anunciar o Evangelho aos que ainda não o conhecem, para procurar a “ovelha perdida” - os que abandonaram a nossas comunidades  e a vida cristã”, para nos comprometermos com maior empenho com as causas da Justiça, da Reconciliação e da Paz, para consolar os afligidos e os que padecem quaisquer sofrimento.

O Papa FRANCISCO, na Carta que enviou a toda a Igreja e que neste ETHXEKO/FAMILIA é comentada como o “tema do mês (pp. 5-6), marcou o caminho que devemos seguir e indicou como exemplo algumas actividades que devemos ter em conta nos programas Pastorais das Paróquias para este Ano Extraordinário Missionário.

  1. Abertura. Vos lembro especialmente: em todas as Paróquias se deve escolher uma celebração própria de abertura deste Ano Extraordinário. E os Sacerdotes, aproveitando as vistas às Comunidades, aproveitem para falar aos cristãos do significado deste tema, para todos conhecerem e serem sensibilizados e assumirem a “Missão” como compromisso essencial dos  baptizados: Se és baptizado, és missionário.
     
  2. Formação. Nos encontros do catecumenado, da catequese de preparação para a 1ª Comunhão e para  o  Crisma,  nos encontros da Infância Missionária e dos Jovens, e os de preparação para o Matrimónio, o tema do discípulo de Jesus como baptizado  e como missionário deve ser apresentado e estudado aos catequizandos, seja qual for a sua idade e condição.
  3. Oração. Além de incentivar a oração pessoal, também se devem organizar momentos de oração apropriados com a intenções do Ano Extraordinário Missionário.
  4.  
  5. Apostolado. Cada grupo de catequese e cada movimento, se empenhe em actividades apostólicas missionárias: visitar os doentes, as famílias em dificuldade, os que se afastaram, e os que se encontrem em qualquer necessidade ou abandono.
     
  6. Vocação. Esta Ano Extraordinário Missionário é uma oportunidade muito importante para renovar,  organizar, fortalecer e qualificar a Pastoral Vocacional – os grupos dos vocacionados-  preparado o coração dos jovens para acolher o chamamento de Deus para as vocações sacerdotais,  missionários e à vida consagrada e apostólica.
     
    Esperamos que, com estas e outras actividades, todos compreendamos o sentido profundo e os objectivos que o Papa  quis tingir com esta iniciativa para consolidar a Igreja e para que a Boa Nova de Jesus chegue a todos os nossos irmãos que ainda não a conhecem.

    Vosso Bispo
    + Francisco Lerma