sexta-feira, 19 de outubro de 2018

SEXTA-FEIRA – XXVIII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 19 OUTUBRO 2018

SEXTA-FEIRA – XXVIII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 19 OUTUBRO 2018 Primeira leitura: Efésios 1, 11-14 Ao concluir o hino sobre o projecto salvífico de Deus, o autor introduz o conceito de «predestinação», que tantas polémicas motivou na Igreja. O termo parecerá menos ambíguo, se o lermos à luz do conceito de «herança». Estamos predestinados à salvação no sentido em que Deus, em Jesus Cristo, nos redimiu, sem qualquer mérito da nossa parte, tornando-nos herdeiros da sua própria vida. Estamos todos salvos; mas, sendo livres, podemos recusar essa herança e, por isso, excluir-nos da salvação que nos foi dada gratuitamente. Portanto, dizer que estamos predestinados, não significa dizer que estamos necessariamente salvos: «Deus, que nos criou sem nós, não nos pode salvar sem nós» (S. Agostinho). Mas, sempre que a fé está pronta a acolher a salvação, manifesta-se a eficácia da vontade salvífica de Deus. Por isso, tanto os hebreus, como os pagãos, uma vez que acreditaram no Evangelho, tornaram-se herdeiros, recebendo, sem qualquer diferença, pelo baptismo, a antecipação dos bens futuros, isto é, o Espírito Santo, que torna possível, já na terra, a vida que havemos de viver plenamente depois da morte. Outro termo chave, que aparece na conclusão do hino, é «glória de Deus». Este termo tem na Bíblia um significado preciso. Trata-se da manifestação da sua presença e daquilo que Ele é. Os cristãos são chamados a ser «para louvor da sua glória» (v. 14c), isto é, a deixar transparecer, na santidade da sua vida, a beleza de Deus: «Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto» (Jo 15, 8ª). Evangelho: Lucas 12, 1-7 Os «ai de vós» dirigidos por Jesus aos fariseus e doutores da lei têm por objectivo alertar os discípulos para a necessidade de se defenderem da hipocrisia farisaica. Não se trata de avisos de natureza moral. Lucas escreve a comunidades que vêem chegar ao fim o tempo apostólico sem que se verifique a última vinda de Jesus para instaurar o Reino de Deus, a parusia. Além disso, essas comunidades estão ameaçadas por perseguições e por falsas doutrinas. Põe-se o problema da perseverança e da fidelidade. Lucas solicita aos cristãos um comportamento marcado pela autenticidade e pela clareza (vv. 2s.) e oferecendo-lhes uma palavra de consolação que se torna convite à confiança em Deus (vv. 4-7). Os cristãos, ao contrário dos fariseus, devem fazer com que as suas palavras correspondam ao que pensam e sentem, professando abertamente e sem medo a sua fé, custe o que custar, porque «nada há encoberto que não venha a descobrir se» (v.2). Quando vier o Filho do homem cairão por terra as astúcias e mentiras que se tornarão causa de condenação e não de salvação. O verdadeiro risco que os cristãos correm, no meio das perseguições, não é perder a vida do corpo, mas, sim, a vida verdadeira, a vida eterna. Lucas já tinha lembrado, ao apresentar as condições para o seguimento de Jesus que «quem quiser salvar a sua vida há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la» (9, 24). Por outro lado, porque não havemos de nos abandonar a este Deus que cuida com amor das suas criaturas mais insignificantes (vv. 6s.)? Fonte: resumo/adaptação local de um texto de “dehonianos.org/portal/liturgia

18 a 24 DE OUTUBRO: VISITA PASTORAL À PARÓQUIA DE CRISTO REI DE MUALAMA – PEBANE

VISITA PASTORAL À PARÓQUIA DE CRISTO REI DE MUALAMA – PEBANE – De 18 a 24 de Outubro do corrente ano, D. Francisco Lerma Martínez, Bispo de Gurúé realiza a sua 5ª Visita Pastoral à Paróquia de Cristo Rei, no Posto Administrativo de Malema, povoação de Mualama, Distrito de Pebane. Nesta visita o Bispo é acompanhado pelo Vigário Geral da Diocese, o Pe. Francisco Cunlela. A Rádio Diocesana de Gurúè transmite em directo as actividades da Visita Pastoral A Paróquia foi criada em 20 de Maio de 1948 pelos Padres Dehonianos. Actualmente a Paróquia está sob o cuidados pastorais do clero diocesano de Gurúè, sendo o seu Pároco o P. Miguel António Oliveira Namacalima e Vigário paroquial o Pe. Manuel José Nassuruma. Eis o programa da Visita Pastoral: 18.10.2018. Dia de Chegada do Bispo e acompanhantes. 19.10.2019 Concentração em Muligoli 1º. Zonas Pastorais de Namanla, Muligoli e Mucocoro com as suas comunidades cristãs. 20.10.2018 Concentração em Nahavara. Zonas Pastorais de Muamwanula, Nacuruco e Ntxonyane e suas comunidades. 21.10.2018 Concentração em Txalalani. Zonas Pastorais de Kolossini, Muligoli 2º e Naheka e suas comunidades. 22.10.2018 Concentração em Nadugo. Zonas Pastorais de Nadugo, Fusi, Nanjoka e suas comunidades. 23.10.2018 Concentração em Mukussa. Zonas Pastorais de Namiguri, Nakuatani, Alto Maganya e Npurela e suas comunidades. 24.10.2018 Concentração em Mualama, sede da Paróquia. Zonas Pastorais de Sakane, Malema e Sapatxaka e suas comunidades

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

18 OUTUBRO 2018 - S. LUCAS, EVANGELISTA -

18 OUTUBRO 2018 - S. LUCAS, EVANGELISTA - S. Lucas nasceu em Antioquia da Síria. Foi educado no paganismo e exerceu a profissão de médico (cf. Cl 4, 14). Convertido ao cristianismo, torou-se colaborador de S. Paulo, estabelecendo com ele uma grande amizade (Fm 24). Homem culto, S. Lucas, é o autor do terceiro evangelho e dos Actos dos Apóstolos, sendo também um dos responsáveis pela ação missionária nos primeiros tempos da Igreja. Primeira leitura: 2 Timóteo 4, 10-17b Paulo manifesta o seu conforto por Lucas lhe permanecer fiel, enquanto outros, por cansaço ou por medo, o abandonaram. É sobretudo a presença do Senhor que anima o Apóstolo a pregar o Evangelho aos gentios, mantendo-se fiel à sua vocação inicial. Mas não pode deixar de lembrar os que o abandonaram, quando mais precisava de apoio, tendo de se defender sozinho em tribunal, e tendo de defender a Cristo e à fé que abraçara. O que provoca mais satisfação em Paulo é poder afirmar que foi por seu intermédio que o Evangelho foi anunciado, de modo especial aos gentios. A missão recebida em Damasco estava realizada. Evangelho: Lucas 10, 1-9 Só Lucas que nos fala deste episódio. Jesus, depois de ter enviado os Doze em missão (Lc 9, 1ss), envia também estes setenta e dois discípulos. A missão é uma das grandes preocupações do terceiro evangelista. Nos Actos dos Apóstolos, além das missões de Pedro e de Paulo, fala das missões de Estêvão, de Filipe e de outros apóstolos. A messe do Senhor precisa de muitos trabalhadores. Há que pedi-los e que enviá-los. A oração, não só prepara, mas é parte integrante da missão. A missão começa na oração; e rezar é estar em missão. Como o seu Mestre e Senhor, os discípulos devem ir em missão “como cordeiros para o meio de lobos” (v. 3). O anúncio essencial é: “O Reino de Deus já está próximo de vós.” (v. 9). Trata-se de uma expressão densa de significado: os tempos completaram-se, isto é, estão cheios da presença de Deus que salva. A presença de Deus concretiza-se na pessoa de Jesus e nos seus ensinamentos. S. Lucas escreveu o terceiro evangelho, com alguns elementos que nos permitem distingui-lo dos outros três evangelistas: * S. Lucas é o evangelista de Maria: só ele nos fala da anunciação, da visitação, do nascimento de Jesus e da sua apresentação no templo. * É o evangelista do Coração de Jesus: é o que melhor nos revela a sua misericórdia nas parábolas da dracma perdida e reencontrada, da ovelha perdida e achada, do filho pródigo. * É o evangelista da caridade: só ele narra a parábola do bom samaritano, e fala do amor de Jesus aos pobres com acentuações mais ternas do que os outros evangelistas. * Apresenta-nos Jesus comovido diante do sofrimento da viúva de Naim; Jesus que acolhe delicadamente a pecadora em casa de Simão, o fariseu, e lhe assegura o perdão de Deus; Jesus que acolhe Zaqueu com tanta bondade que muda o coração ganancioso do publicano em coração arrependido e generoso. * Lucas é o evangelista da confiança, da paz, da alegria. É o evangelista do Espírito Santo. É ele que apresenta a comunidade cristã como tendo “um só coração e uma só alma”. O evangelho de Lucas revela o seu zelo missionário. Só ele fala da missão dos setenta e dois discípulos e alguns pormenores dessa missão. Há, pois, muitos tesouros a explorar na obra lucana. Havemos de fazê-lo com gratidão, entregando-nos, também nós, generosamente ao Senhor, vivendo como discípulos e carregando com Ele a nossa cruz de cada dia. Lucas acompanhou Paulo em algumas das suas viagens missionárias e durante o cativeiro em Roma. Com a morte do Apóstolo eclipsa-se a história de Lucas. Um escrito do século III diz-nos que morreu virgem na Bitínia, com a idade de 74 anos, cheio de Espírito Santo. Uma tradição do século IV assegura-nos que derramou o sangue por Cristo. Lucas é um médico bondoso e serviçal, um literato, mas sobretudo um santo e mártir, que regou com o seu sangue as sementes do Evangelho por ele lançadas. É considerado padroeiro dos médicos, por causa das palavras de Paulo: “Saúda-vos Lucas, nosso querido médico” (Col 4, 14). Fonte: Resumo/adaptação local de um texto de “dehonianos.org/portal/liturgia”

terça-feira, 16 de outubro de 2018

QUARTA-FEIRA – XXVIII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 17 OUTUBRO 2018

QUARTA-FEIRA – XXVIII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 17 OUTUBRO 2018 Primeira leitura: Gálatas 5, 18-25 Paulo continua a insistir com os Gálatas para que fundamentem a sua existência na liberdade a que foram chamados: uma vez que são filhos de Deus, deixem-se conduzir pelo Espírito, caminhando de acordo com os seus desejos e seguindo o seu caminho de liberdade e de amor. Só o Espírito é guia seguro para se tornarem novas criaturas, homens novos regenerados por Cristo, libertos da Lei que não é capaz de impedir «as obras da carne» (vv. 19-21). Também nós fomos chamados a essa liberdade: «Que o pecado não reine mais no vosso corpo mortal, de tal modo que obedeçais às suas paixões… Pois o pecado não terá mais domínio sobre vós, uma vez que não estais sob a lei, mas sob a graça» (Rm 8, 12.14). A liberdade do Espírito é contrária ao desregramento da «carne». Paulo apresenta «o fruto do Espírito» e põe-lo em contraste com «as obras da carne». «Amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, 23mansidão, continência» (v. 22) são obras do Espírito e são resultado da livre adesão de quem escolheu a lei da caridade (cf. 2 Pe 1, 10). Quase a terminar a carta aos Gálatas, Paulo dá alguns avisos para que «a lei de Cristo» se torne serviço, caridade «sobretudo para com os irmãos na fé». Evangelho: Lucas 11, 42-46 Jesus pronuncia dois «ai de vós» contra os fariseus, os mais observantes e comprometidos, e contra os doutores, encarregados de ensinar e guiar os outros pelos caminhos de Deus. Estigmatizou os que querem sinais para acreditar, desmascarou os corações hipócritas e, agora, dirige palavras duras contra aqueles que aproveitam as suas prerrogativas de cultura e de autoridade para se envaidecerem e oprimirem os outros. São como túmulos disfarçados, cheios de podridão (cf. Mt 23, 27), capazes de contaminar – de acordo com a Lei – aqueles que sobre eles passam. Ironicamente, Lucas põe na boca de um doutor a observação: «Mestre, falando assim, também nos insultas a nós» (v. 45). A resposta de Jesus revela a sua tristeza pela atitude defensiva de quem, querendo salvaguardar a própria imagem, não consegue dar-se conta da mesquinhez da sua realidade, nem enxergar o que é verdadeiramente essencial: «a justiça e o amor de Deus». Jesus acusa os educadores do seu povo, dizendo que, em vez de favorecerem a liberdade, a dificultam. A educação deve conduzir para a liberdade, formando o coração. Por vezes, os educadores insistem demasiadamente sobre aspectos exteriores, descuidando a formação da consciência e do coração. Assim, formam escravos e não homens livres: «carregais os homens com fardos insuportáveis e nem sequer com um dedo tocais nesses fardos» (Lc 11, 46), «pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as plantas e descurais a justiça e o amor de Deus» (v. 42). A perfeição nas coisas exteriores alimenta a soberba do educador. Mas o esforço por libertar o coração torna-o humilde, porque sabe que ele mesmo ainda não está completamente livre. Na carta aos Gálatas, S. Paulo vai no mesmo sentido quando contrapõe a carne e o Espírito. A carne é o homem natural, corrompido pelo pecado original, que realiza actos que impedem a liberdade e levam à escravidão. Contra estes actos, a Lei apenas dispõe de proibições: «Não farás… Não dirás…», indicando o indispensável para não desagradar a Deus. O Espírito, pelo contrário, faz-nos actuar no amor, que não se contenta com uma observância mínima, mas tende à plenitude, a liberdade de nos darmos, de nos entregarmos totalmente. E o mesmo Espírito faz-nos descobrir uma imensa riqueza nesta doação total: «o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, continência» (vv. 22-23). «Contra tais coisas não há lei» (v. 23), acrescenta S. Paulo. De facto, no Espírito vive-se livres, alegremente livres e cheios de paz. O dom do Espírito vêm-nos, como sabemos, do sacrifício de Jesus, sacrifício total, fruto do seu amor oblativo, donde brota a liberdade total do Ressuscitado. Somos convidados a converter-nos a uma fé cada vez mais concreta: a fé das “obras” e da “verdade” (1 Jo 3, 18), a converter-nos às obras do Espírito, como exorta S. Paulo, depois de ter excluído as obras da carne (cf. Gl 5, 19-21); irradiar os frutos do Espírito: «O fruto do Espírito é…, caridade, alegria, paz, paciência, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão, temperança… Os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e apetites (é a morte progressiva ao “homem velho”: Ef 4, 22). Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também segundo o Espírito» (Gl 5, 22.24-25). Fonte: resumo/adaptação local de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia”

TERÇA-FEIRA – XXVIII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 16 OUTUBRO 2018

TERÇA-FEIRA – XXVIII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 16 OUTUBRO 2018 Primeira leitura: Gálatas 5, 1-6 Paulo acentua vivamente a liberdade oferecida por Cristo e alerta os Gálatas para o perigo de voltarem «ao jugo da escravidão» (v. 1) da Lei. Não propõe a transgressão da Lei ou a sua revogação. Também Jesus não veio para revogar a Lei ou a sua mais pequena expressão, uma vez que está inscrita no coração do homem e na lei de Moisés. O que Jesus e Paulo afirmam é que não devemos agarrar-nos à observância de prescrições meramente exteriores, nem absolutizar o que foi prescrito como simples preparação para as fortes exigências do Evangelho. «A Lei e os Profetas subsistiram até João; a partir de então, é anunciada a Boa-Nova do Reino de Deus, e cada qual esforça se por entrar nele» (Lc 16, 16). A liberdade verdadeira consiste em se deixar conduzir pelo Espírito de Cristo, abrindo-se a uma vida nova, já não sujeita aos ritos judaicos, mas fundamentada na «fé que actua por meio da caridade» (Gl 5, 6). «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (v. 1): só em Cristo a Lei encontra pleno significado; só a fé n´Ele nos dá segurança e nos permite perseverar na graça. Voltar à circuncisão é separar-se de Cristo, da sua graça e do seu amor. Para nós, hoje, o perigo é agarrar-nos a práticas exteriores ou procurar vãs seguranças que nos afastem da esperança na justificação que só a fé nos permite esperar. Evangelho: Lucas 11, 37-41 Em casa de um fariseu, Jesus continua o discurso sobre a honestidade de pensamento e sobre a pureza das intenções. Jesus fala e comporta-se com total liberdade, parecendo mesmo provocar o espanto e o desprezo do fariseu. Atira-se contra o formalismo e a vaidade de quem se pensa justo só porque cumpre pontualmente os ritos. A propósito da purificação do copo e do prato, Jesus fala da pureza do coração do homem. A higiene evangélica exige a exclusão da ganância e do egoísmo, que geram «rapina e maldade» (v. 39). O que garante a pureza do coração é a caridade. Da caridade vem a generosidade, que sabe dar esmolas, quando reconhece ter recebido tudo de Deus (v. 41). Confronte o texto paralelo de Mateus (7, 15.21-23), onde Jesus dá mais explicações sobre a pureza do coração. Tanto a primeira leitura como o evangelho nos dizem que a única coisa verdadeiramente importante é apoiar-nos em Jesus pela fé. A fonte da caridade não está em nós, mas em Jesus, fonte da vida, do bem, da caridade que nos arranca do egoísmo e nos leva a dar-nos aos outros, “purificados” pelo amor. Os Mandamentos da Lei de Deus, e todas as leis e prescrições – incluindo as da Igreja – têm sentido e valor na medida em que nos chamam a atenção para as más inclinações e para os instintos perversos que se escondem dentro de nós. Mas não são eles que definem ou realizam o grau de pureza a que a santidade de Deus nos chama e deseja de nós. A raiz do pecado desenvolve-se dentro de nós, ainda que Deus nos tenha feito bons e nos queira tais. Por isso, não serve para nada, e é mesmo nocivo, confiar-nos a uma fiel observância fingida, a um perfeccionismo exterior. O mais importante é permanecermos unidos a Cristo, para sermos alimentados pelo seu Espírito, que em nós produz os seus frutos, a começar pela caridade. É o Espírito de Cristo que nos permite pôr em acção «a fé que actua por meio da caridade», para darmos «em esmola o que temos dentro», e queimarmos na caridade tudo quanto acabaria por apodrecer, se ficasse encerrado no egoísmo. Só então «tudo estará limpo». Só então poderemos receber «da fé a justificação que esperamos». A verdadeira pureza de coração não vem de ritos exteriores, mas da união a Cristo e da vivência da fé e da caridade. S. João aponta essa regra na sua Primeira Carta, onde encontramos óptimo fundamento para uma verdadeira espiritualidade e mística da acção. “Conhecemos” verdadeiramente Deus, fazemos d´Ele experiência de vida e vivemos em comunhão com Ele, «se observarmos os Seus mandamentos…» Mas o seu mandamento é que acreditemos no nome do Seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos outros (cf. 1 Jo 3, 22-23). A vivência da fé torna consistente e autêntica a observância. A observância centra-se no mandamento do amor. Só se amarmos os irmãos (por meio do nosso apostolado e da acção social) o amor de Deus é perfeito em nós. «Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o Seu amor é perfeito em nós» (1 Jo 4, 12). A circularidade do amor é completa. Como podes dizer que amas a Deus que não vês, se não amas o irmão que vês? (cf. 1 Jo 4, 20). Assim realizamos, com autenticidade, toda a Lei e os Profetas, o amor de Deus e o amor do próximo. Fonte: adaptação de um texto de F. Fonseca em “dehonianos.org/portal/liturgia”

domingo, 14 de outubro de 2018

ORDENAÇÃO SACERDOTAL DO DIÁCONO ADELINO EDUARDO MUALICAMO

ORDENAÇÃO SACERDOTAL DO DIÁCONO ADELINO EDUARDO MUALICAMO

 "Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça e tudo o mais vos será dado oir acrescimo" (Mt 6,33). 

No Domingo 14 de Outubro de 2018, na Paróquia de Santa Teresa do Menino Jesus de Ile-Sede, será ordenado sacerdote o diácono ADELINO EDUARDO MUALICAMO, do clero diocedsano de Gurúè. 

A Missa Nova será celebrada pelo neo-sacerdote no dia 21 de Outubro do corrente ano, na referida Igreja Paroquial.

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B - 14 OUTUBRO 2018

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B - 14 OUTUBRO 2018 A liturgia do 28º Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre as escolhas que fazemos; recorda-nos que nem sempre o que reluz é ouro e que é preciso, por vezes, renunciar a certos valores perecíveis, a fim de adquirir os valores da vida verdadeira e eterna. Na primeira leitura - Sab 7,7-11- um “sábio” de Israel apresenta-nos um “hino à sabedoria”. Convida-nos a adquirir a verdadeira “sabedoria” (que é um dom de Deus) e a prescindir dos valores efémeros que não realizam o homem. O verdadeiro “sábio” é aquele que escolheu escutar as propostas de Deus, aceitar os seus desafios, seguir os caminhos que Ele indica. A “sabedoria” é um dom de Deus que o homem deve acolher com humildade e disponibilidade. Ela não chega a quem se situa diante de Deus numa atitude de orgulho e de auto-suficiência; ela não atinge quem se fecha em si próprio e constrói uma vida à margem de Deus; ela não encontra lugar no coração e na vida de quem ignora Deus, os seus desafios, as suas propostas. Talvez um dos grandes dramas do nosso tempo seja o prescindir de Deus e de passar com total indiferença ao lado das propostas de Deus. Dessa forma, construímos com frequência esquemas de egoísmo, de violência, de exploração, de ódio, que desfeiam o mundo e magoam aqueles que caminham ao nosso lado. Há valores efémeros e passageiros (o dinheiro, o poder, o êxito, a moda, o reconhecimento social…) que não podem ser absolutizados. Eles não são maus, por si próprios; não podemos é deixar que eles tomem conta da nossa vida, condicionem todas as nossas opções, nos escravizem de tal modo que nos levem a esquecer outros valores mais importantes e mais duradouros. Não se trata de nos fecharmos ao mundo, de renunciarmos definitivamente às coisas belas que o mundo nos pode oferecer e que nos dão segurança e estabilidade; trata-se de darmos prioridade àquilo que é realmente importante e que nos assegura, não momentos efémeros, mas momentos eternos de felicidade e de vida plena. A segunda leitura - Heb 4,12-13 - convida-nos a escutar e a acolher a Palavra de Deus proposta por Jesus. Ela é viva, eficaz, actuante. Uma vez acolhida no coração do homem, transforma-o, renova-o, ajuda-o a discernir o bem e o mal e a fazer as opções correctas, indica-lhe o caminho certo para chegar à vida plena e definitiva. Essa Palavra é salvadora e libertadora; só ela indica ao homem o caminho certo para chegar à vida plena e definitiva. Qual o lugar e o papel que a Palavra de Deus assume na minha vida? Sou capaz de encontrar tempo para escutar a Palavra de Deus, disponibilidade para a discutir e partilhar, vontade de confrontar a minha vida com as suas exigências? O que acontece é que escutamos, acolhemos e apreendemos outras “palavras” e passamos com indiferença ao lado da Palavra de Deus. É preciso voltarmos a “escutar” a Palavra de Deus – isto é, a ouvi-la com os nossos ouvidos, a acolhê-la no nosso coração, a deixarmos que ela nos transforme e se expresse em gestos concretos de vida nova. Sem o nosso “sim”, a Palavra de Deus não encontra lugar no nosso coração e na nossa vida. Para que esta Palavra seja eficaz é preciso que, com humildade e simplicidade, aceitemos questionar-nos, transformarmo-nos, convertermo-nos. O Evangelho - Mc 10,17-30 - apresenta-nos um homem que quer conhecer o caminho para alcançar a vida eterna. Jesus convida-o renunciar às suas riquezas e a escolher “caminho do Reino” – caminho de partilha, de solidariedade, de doação, de amor. É nesse caminho – garante Jesus aos seus discípulos – que o homem se realiza plenamente e que encontra a vida eterna. O “caminho do Reino” é um caminho de despojamento de si próprio, que tem de ser percorrido no dom da vida, na partilha com os irmãos, na entrega por amor. O discípulo que quer integrar a comunidade do Reino deve estar sempre numa atitude radical de partilha, de solidariedade, de doação. A vida eterna passa pela adesão a esse Reino que Ele veio anunciar. Jesus, com a sua vida, com as suas propostas, com os seus valores, veio propor aos homens o caminho da vida eterna. Quem quiser “alcançar a vida eterna” tem de olhar para Jesus, aprender com Ele, segui-l’O, fazer da própria vida – como Jesus fez da sua vida – uma escuta atenta das propostas de Deus e um dom de amor aos irmãos. Muitas vezes, a lógica do mundo sugere que a vida eterna está na acumulação de dinheiro, na concretização dos nossos sonhos de “ter” mais coisas, na conquista de poder, no reconhecimento social, nos privilégios que conquistamos. A história do homem rico, que buscava a vida eterna mas não estava disposto a prescindir da sua riqueza, alerta-nos para a impossibilidade de conjugar a vida eterna com o amor aos bens deste mundo. A riqueza escraviza o coração do homem, absorve todas as suas energias, desenvolve o egoísmo e a cobiça, leva o homem à injustiça, à exploração, à desonestidade, ao abuso dos irmãos… Jesus garante que não se trata de um caminho de fracasso e de perda, mas de um caminho que realiza plenamente os sonhos e as necessidades dos homens que O escolheram. Seguir o “caminho do Reino” não é, portanto, aceitar viver infeliz e sacrificado nesta terra, com a esperança de uma recompensa no mundo que há-de vir; mas é, livre e conscientemente, escolher um caminho de vida plena, de realização, de alegria, de felicidade. O cristão não é um pobre coitado condenado a passar ao lado da vida e da felicidade; mas é uma pessoa que renunciou a certas propostas falíveis e parciais de felicidade, pois sabe que a vida plena está em viver de acordo com os valores eternos propostos por Jesus. Fonte: um texto de “dehonianos.org/portal/liturgia!”