SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
– ANO B - 8 de Junho 2018 -
1ª Leitura:
Oseias 11, 1. 3-4. 8c-9
2ª Leitura:
Efésios 3, 8-12. 4-19
Evangelho:
João 19, 31-37
Quem é esse Deus em quem
acreditamos? Qual é a sua essência? Como é que o podemos definir? A liturgia
deste dia diz-nos que “Deus é amor”. Convida-nos a contemplar a bondade, a ternura e a
misericórdia de Deus, a deixarmo-nos envolver por essa dinâmica de amor, a
viver “no amor” a nossa relação com Deus e com os irmãos.
É uma catequese sobre essa história de amor
que une Jahwéh a Israel. Ensina que foi o amor – amor gratuito, incondicional,
eterno – que levou Deus a eleger Israel, a libertá-lo da opressão, a fazer com
ele uma Aliança, a derramar sobre ele a sua misericórdia em tantos momentos
concretos da história… Diante da intensidade do amor de Deus, Israel não pode
ficar de braços cruzados: o Povo é convidado a comprometer-se com Jahwéh e a
viver de acordo com os seus mandamentos.
A essência de Deus: “Deus é amor”. Esse “amor” manifesta-se, de forma concreta, clara e inequívoca em Jesus Cristo, o Filho de Deus que Se tornou um de nós para nos manifestar – até à morte na cruz – o amor do Pai. Quem quiser “conhecer” Deus, permanecer em Deus ou viver em comunhão com Deus, tem de acolher a proposta de Jesus, despir-se do egoísmo, do orgulho e da arrogância e amar Deus e os irmãos.
Esse Deus que é amor tem um projecto de salvação e de vida eterna para oferecer a todos os homens. A proposta de Deus dirige-se especialmente aos pequenos, aos humildes, aos oprimidos, aos excluídos, aos que jazem em situações intoleráveis de miséria e de sofrimento: esses são não só os mais necessitados, mas também os mais disponíveis para acolher os dons de Deus. Só quem acolhe essa proposta e segue Jesus poderá viver como filho de Deus, em comunhão com Ele.
A essência de Deus: “Deus é amor”. Esse “amor” manifesta-se, de forma concreta, clara e inequívoca em Jesus Cristo, o Filho de Deus que Se tornou um de nós para nos manifestar – até à morte na cruz – o amor do Pai. Quem quiser “conhecer” Deus, permanecer em Deus ou viver em comunhão com Deus, tem de acolher a proposta de Jesus, despir-se do egoísmo, do orgulho e da arrogância e amar Deus e os irmãos.
Esse Deus que é amor tem um projecto de salvação e de vida eterna para oferecer a todos os homens. A proposta de Deus dirige-se especialmente aos pequenos, aos humildes, aos oprimidos, aos excluídos, aos que jazem em situações intoleráveis de miséria e de sofrimento: esses são não só os mais necessitados, mas também os mais disponíveis para acolher os dons de Deus. Só quem acolhe essa proposta e segue Jesus poderá viver como filho de Deus, em comunhão com Ele.
A liturgia hoje põe em relevo, antes de mais,
o amor de Deus pelo seu Povo: esse amor gratuito, incondicional, inexplicável.
O nosso Deus – esse Deus que nos escolheu e que nos chamou à comunhão com Ele –
tem um coração que ama e que derrama incondicionalmente a sua bondade e a sua
ternura sobre cada um de nós. Não interessam os nossos merecimentos, as nossas
qualidades ou defeitos, o nosso peso na comunidade internacional: só interessa
o amor de Deus”. Neste dia do Coração de Jesus, somos convidados a redescobrir
este amor e a espantar-nos com a sua gratuidade e eternidade.
O amor de
Deus pelos seus filhos é uma realidade com que topamos em cada passo do caminho da vida. Manifesta-se
concretamente naqueles mil e um gestos de ternura, de amizade, de solidariedade, de serviço que todos os
dias testemunhamos e que acendem uma luzinha de esperança no coração dos
sofredores, dos pobres, dos abandonados, dos excluídos… Por um lado, somos convidados a
detectar a presença do amor de Deus na nossa vida através dos irmãos
que nos rodeiam e que são os instrumentos de que Deus se serve para nos
oferecer a sua bondade, a sua ternura, o seu afecto; por outro lado, somos convidados
a ser, nós próprios, testemunhas vivas do amor de Deus e a manifestar,
em gestos concretos de bondade, de partilha, de solidariedade, a solicitude de
Deus pela humanidade.
A liturgia
hoje convida os a responder com amor ao amor de Deus. Como é que o homem
traduz, em termos concretos, o seu amor a Deus?
Em primeiro
lugar, é preciso que Deus ocupe na vida do homem o lugar que merece. Deus não pode ser uma figura de
segundo plano: tem de ser o centro de referência, à volta do qual se estrutura
toda a vida do homem.
Em segundo
lugar, é preciso que o homem observe “os mandamentos, as leis e os preceitos” que
Deus propôs ao homem. Viver na lógica dos valores de Deus é reconhecer
a preocupação e o amor de Deus pelos homens, e é acolher a proposta de Deus
como a única proposta válida de realização, de felicidade, de salvação.
Quem é Deus?
Como é que Ele se relaciona com o homem? Ele preocupa-Se connosco, ou vive totalmente alheado
desses homens e mulheres que criou?
“Deus é
amor”. O que é que isso significa?
Significa
que ao relacionar-Se com os homens, Deus não pode deixar de tocá-los com a sua
ternura, a sua bondade, a sua misericórdia. Esse amor manifesta-se de forma
concreta, real, histórica, em Jesus Cristo – o Deus que desceu até nós,
que vestiu a nossa humanidade, que partilhou os nossos sentimentos, que lutou
contra as injustiças que magoavam os homens e que morreu na cruz pedindo ao Pai
perdão para os seus assassinos.
“Se Deus nos
amou, também nós devemos amar-nos uns aos outros”
“Ser
profetas do amor e servidores da reconciliação dos homens e do mundo em Cristo” (Constituições dos Sacerdotes do
Coração de Jesus).
Ser objecto
do amor de Deus nos insere numa dinâmica de amor que exige o testemunho, a
vivência, a partilha do amor com aqueles que a todo o momento se cruzam connosco
nos caminhos do mundo.
A
consciência do amor de Deus dá-nos a coragem de enfrentar o mundo e de, no
seguimento de Jesus, fazer da vida um dom de amor. O
cristão não teme o confronto com a injustiça, com a perseguição, com a morte:
tudo isso é secundário, perante o Deus que nos ama e que nos desafia a amar sem
medida. Enfrente quem enfrentar, o que importa ao crente é ser, no mundo, um
sinal vivo do amor de Deus.
Deus ama os homens com um amor sem
limites (Evangelho)
e quer que eles cheguem à vida eterna, à felicidade sem fim; por isso, enviou
ao mundo o próprio Filho que, com o sacrifício da sua própria vida, anunciou o
Reino e indicou aos homens um caminho de liberdade e de vida plena.
Para concretizar esse projecto do Pai, Jesus lutou contra tudo aquilo que
provocava opressão e escravidão e anunciou a todos os homens – com palavras e
com gestos – o amor, a misericórdia, a bondade de Deus.
Esse
projecto de amor toca especialmente os pequenos, os pobres, os excluídos, os
desprezados, os que sofrem, pois são eles que mais necessitam de salvação.
Aqueles que
centram a sua vida na espiritualidade do Coração de Jesus devem ser, em razão
da sua vocação e carisma, testemunhas privilegiadas desse amor de Deus,
materializado em Jesus e no mistério do seu Coração trespassado.
O amor de
Deus dirige-se, de forma especial, aos pequenos, aos marginalizados, aos
necessitados de salvação. Os pobres e débeis que encontramos nas ruas das
nossas cidades ou à porta das igrejas das nossas paróquias encontram em nós –
profetas do amor – a solicitude maternal e paternal de Deus?
Apesar do
imenso trabalho, do cansaço, do “stress”, dos problemas que nos incomodam,
somos capazes de “perder” tempo com os pequenos, de ter disponibilidade para
acolher e escutar, de “gastar” um sorriso com esses excluídos, oprimidos,
sofredores, que encontramos todos os dias e para os quais temos a
responsabilidade de tornar real o amor de Deus?
Tornar o amor
de Deus uma realidade viva no mundo significa lutar objectivamente contra tudo
o que gera ódio, injustiça, opressão, mentira, sofrimento.
Fonte: adaptação de um
texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia/”
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