SOLENIDADE DO PENTECOSTES – ANO B
20 Maio 2018
O tema deste domingo é, evidentemente, o Espírito Santo. Dom de Deus a
todos os crentes, o Espírito dá vida, renova, transforma, constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo.
Na primeira leitura (Actos 2,1-11) Lucas sugere que o
Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes. É Ele que cria a
nova comunidade do Povo de Deus, que faz com que os homens sejam capazes de
ultrapassar as suas diferenças e comunicar, que une numa mesma comunidade de
amor, povos de todas as raças e culturas.
Temos os elementos essenciais que definem a Igreja:
uma comunidade
de irmãos reunidos por causa de Jesus, animada pelo Espírito do Senhor
ressuscitado e que testemunha na história o projecto libertador de
Jesus.
Desse testemunho resulta a comunidade universal da
salvação, que vive no amor e na partilha, apesar das diferenças culturais e
étnicas.
Antes do Pentecostes, tínhamos apenas um grupo fechado
dentro de quatro paredes, incapaz de superar o medo e de arriscar, sem a
iniciativa nem a coragem do testemunho; depois do Pentecostes, temos uma
comunidade unida, que ultrapassa as suas limitações humanas e se assume como
comunidade de amor e de liberdade.
Para se tornar cristão, ninguém deve ser espoliado da
própria cultura: nem os africanos, nem os europeus, nem os sul-americanos, nem
os negros, nem os brancos; mas todos são convidados, com as suas diferenças, a
acolher esse projecto libertador de Deus, que faz os homens deixarem de viver
de costas voltadas, para viverem no amor.
Na segunda leitura (1 Cor
12,3b-7.12-13) Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da
comunidade cristã. É Ele que concede os dons que
enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso,
esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos
ao serviço de todos.
Os “dons” que recebemos não podem gerar conflitos e divisões,
mas
devem servir para o bem comum e para reforçar a vivência comunitária.
O Evangelho ( 20,19-23) apresenta-nos a comunidade cristã, reunida
à volta de Jesus ressuscitado. É o Espírito que permite aos crentes
superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus
viveu até às últimas consequências.
A comunidade cristã só existe de forma consistente, se está centrada em
Jesus. Jesus é a sua identidade e a sua razão de ser. É
n’Ele que superamos os nossos medos, as nossas incertezas, as nossas limitações,
para partirmos à aventura de testemunhar a vida nova do Homem Novo.
Identificar-se como cristão significa dar testemunho
diante do mundo dos “sinais” que definem Jesus: a vida dada, o amor partilhado.
Fonte: Resumo e adaptação local de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia/”
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