terça-feira, 25 de julho de 2017

PARA A REFLEXÃO: 26.07:S. Joaquim e S. Ana,



S. Joaquim e S. Ana, Pais de Nossa Senhora
26 Julho 

O evangelho de S. Tiago, escrito apócrifo do século II, reconstrói, decalcando a história de Ana, mãe de Samuel (cf. 1 Sam 1, 1-28), a história da Virgem Maria. Joaquim, idoso sacerdote do templo de Jerusalém, era casado com Ana, mulher estéril. Depois de uma aparição angélica, concebem a futura Mãe do Redentor, que oferecerão a Deus no templo (cf. 21 de Novembro). Mas não há qualquer referência a estes santos nos evangelhos canónicos. Na tradição da Igreja, Joaquim e Ana são protótipos dos esposos cristãos. De há uns anos para cá, a sua festa é também celebrada como “Dia dos Avós”.

Primeira leitura: Ben Sirá 44, 1.10-15
Ben Sirá evoca figuras ilustres que marcaram o passado da história de Israel, em ordem a infiltrar, com o seu exemplo, nova vida no presente e a projectar a esperança do povo na direcção do futuro. O bem praticado é um capital precioso e fecundo, que permanece, e de que se pode dispor. Quando é praticado em e por homens virtuosos, tece a verdadeira trama da história da salvação. Deus intervém nessa história, para redimir o homem, mas servindo-se do próprio homem. A fidelidade do Senhor tem o seu fundamento no céu, mas radica na terra, graças aos que permanecem fiéis às suas promessas.

Evangelho: Mateus 13, 16-17
Os discípulos de Jesus têm a sorte de ver a realização das promessas. Gerações de profetas e justos construíram, degrau a degrau, uma história de confiança, de espera e de esperança. Esses profetas e justos são ditosos porque, ainda que não tenham visto nem ouvido o que os discípulos veem e ouvem, acreditaram e apostaram a sua vida baseando-se na Palavra da aliança. Os discípulos são ditosos porque veem e ouvem a Palavra feita carne, Jesus Cristo nossa Vida e Salvação. Eles são o último elo da geração herdeira das promessas e o primeiro da que deve transmitir o testemunho da sua realização.

Sabemos muito pouco sobre os pais de Maria. Também eles estão sob a lei do silêncio e do escondimento que Deus aplicou à vida de Maria e à maior parte da vida histórica de Jesus.
Os evangelhos apócrifos falam das suas dificuldades. Um texto da igreja arménia do século XIII diz-nos que Joaquim e Ana eram justos e puros, levavam uma vida piedosa e um comportamento inocente e imune à calúnia. Eram zelosos na oração, no jejum e na abstinência. Eram uma família assídua ao templo, cheia de caridade, incansável no trabalho e, em consequência, rica de bens. Dividiam o rendimento anual em três partes: uma para o Templo e sustento dos sacerdotes; outra para os pobres, e a terceira para eles mesmos. É lógico pensar que Deus os tenha chamado a participar no mistério de Jesus, cuja chegada prepararam. Permanece a glória de terem sido os pais de Nossa Senhora.

S. Joaquim e S. Ana encorajam a nossa confiança: Deus é bom e na história da humanidade, história de pecado e de misericórdia, o que fica é a glória, é o positivo que construiu em nós.
Joaquim e Ana foram escolhidos entre o povo eleito, mas de dura cerviz, para que, entre esse povo, florescesse Maria e, dela, Jesus. É a maior manifestação do amor misericordioso de Deus.
Agradeçamos ao Senhor. Nós somos os ditosos, nós que vemos e ouvimos, o que muitos profetas e justos apenas entreviram na fé e na esperança.

Lembremos os nossos avós. Um provérbio africano afirma: “Das panelas velhas, tira-se a melhor sopa”. Os “avós” são verdadeiras preciosidades. Há que rodeá-los de cuidados e carinhos, e não desperdiçar o muito que têm para nos dizer e ensinar, particularmente a sua fé e a sua esperança.

Fonte. <dehonianos.org/portal/liturgia>

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