quinta-feira, 11 de outubro de 2018

QUINTA-FEIRA – XXVII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 11 OUTUBRO 2018

QUINTA-FEIRA – XXVII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 11 OUTUBRO 2018 Primeira leitura: Gálatas 3, 1-5 Paulo dirige aos Gálatas palavras duras. Para compreendê-las, devemos recordar que o Apóstolo, seu pai e mestre na fé, vive para comunicar a sua convicção fundamental: «o homem não é justificado (salvo) pelas obras da Lei, mas unicamente pela fé em Jesus Cristo porque pelas obras da Lei nenhuma criatura será justificada» (Gl 2, 16). Paulo mostra aos Gálatas a sua insensatez, por voltarem a considerar-se devedores da Lei, como se não tivessem conhecido o Evangelho, como se aos seus olhos não tivesse sido exposto «Jesus Cristo crucificado» (Gl 3, 1), única fonte de salvação. Pode-se viver plenamente incarnados neste mundo, mas vivendo simultaneamente «na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim» (Gl 2, 20). Nessa perspectiva, o horizonte muda radicalmente, como o daquele que antes vivia dependente de uma máquina de oxigénio e agora pode respirar a plenos pulmões. É para isso que Deus lhes concede o Espírito Santo, que opera maravilhas. Dotados pelo Espírito, os Gálatas podem tornar-se verdadeiros crentes e actuar na caridade. O crente, de facto, não é chamado a um esforço voluntarista para cumprir as obras da Lei, mas a ser dócil ao Espírito, que os torna crentes de cumprirem os mandamentos, crucificando o próprio egoísmo, a ponto de poderem dizer: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (2, 20). Por Ele e com Ele, não só deixaremos de fazer o mal, mas procuraremos, com a força do Espírito, fazer todo o bem possível. Evangelho: Lucas 11, 5-13 Depois de nos transmitir o «Pai nosso», a oração de Jesus, Lucas dá-nos alguns ensinamentos sobre a atitude interior com que havemos de dirigir-nos a Deus, que é Pai e amigo do homem. Fá-lo com duas parábolas: a primeira é a do amigo importuno que, no meio da noite, vai pedir pão a outro amigo. A nota principal é a insistência de quem sabe bater ao coração (mais do que à porta) de um amigo, e a confiança em obter o que pede. A segunda parábola usa coloridas imagens (peixe/serpente, ovo/escorpião) para aprofundar o conceito de «pai». O peixe, tal como o pão, é símbolo de Cristo; a serpente evoca o inimigo por excelência do homem (cf. Gn 3). O ovo é símbolo da vida, enquanto o escorpião, que tem veneno na cauda, simboliza a morte. Os verbos fortemente correlativos entre eles (pedir/obter, procurar/achar, bater/abrir) ensinam-nos que a oração nunca é perda de tempo, ou desafio a um deus longínquo e surdo. A oração tem sempre resposta positiva. Mas precisa de ser perseverante (cf. Lc 18, 1). A interrogação de Jesus, depois da segunda parábola, interpela fortemente a nossa sensibilidade. Sabemos que, por natureza, não somos bons. Mas o instinto paterno é tão forte que leva a corresponder positivamente aos pedidos dos filhos, dando-lhes o que é bom. O Espírito Santo é o Dom por excelência, que jamais será negado a quem O pedir. Rezar é estar em diálogo de amor perene com Deus, Pai amoroso em Quem podemos confiar, e com os irmãos; rezar é fazer do amor oblativo a nossa vida. Devemos, todavia, beber esse amor oblativo na sua fonte, que é Deus. Daí a necessidade da oração de intimidade pessoal, da oração trinitária. Podemos servir-nos das formas simples e profundas que aprendemos nos joelhos da nossa mãe: «Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo», entendendo o «em nome» no sentido de posse: «Sou Teu, ó Pai; sou Teu, ó Filho; sou Teu, ó Espírito Santo» – «Amem»: Sim, com todo o meu coração, com toda a minha vida, no tempo e na eternidade. Fonre: Resumo adaptação de um texto de F. Fonseca em “dehonianos.org/portal/liturgia/”

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