1 JULHO: 13º
DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B
Deus ama a vida! Ele quer apenas a vida! “Deus criou o
homem para ser incorruptível” (primeira leitura). Pelo seu Filho, salva-nos da
morte: eis porque Lhe damos graças em cada Eucaristia. Na sua vida terrena,
Jesus sempre defendeu a vida. O Evangelho de hoje relata-nos dois episódios que
assinalam a defesa da vida: Ele cura, Ele levanta. Ele torna livres todas as
pessoas, dá-lhes toda a dignidade e capacidade para viver plenamente. Sabemos
dizer-Lhe que Ele é a nossa alegria de viver?
O 13º domingo celebra a vida mais forte que a morte, celebra Deus apaixonado pela vida. Convém, pois, que na celebração deste dia a vida expluda em todas as suas formas: na beleza das flores, nos gestos e atitudes, na proclamação da Palavra, nos cânticos e aclamações, na luz. No cântico do salmo e na profissão de fé, será bom recordar que é o Deus da vida que nós confessamos, as suas maravilhas que nós proclamamos. Durante toda a missa, rezando, mantenhamos a convicção expressa pelo Livro da Sabedoria: “Deus não Se alegra com a perdição dos vivos”.
LEITURA I – Sab 1, 13-15; 2,23-24
O Livro da Sabedoria foi composto um pouco antes da
vinda de Jesus. A sua doutrina é mais serena que a dos livros mais antigos, em
particular quando apresenta o rosto de Deus.
Este anúncio deve ser proclamado com força, porque vem
contradizer ideias ainda muito espalhadas, segundo as quais agradaria a Deus
fazer morrer o homem. A morte vem de outro, pois “não foi Deus quem fez a
morte”. Pelo contrário, Ele cria a vida e dá-la à humanidade, modelada à sua
imagem. Ele restaura a vida, quando esta está em perigo de se apagar. Dá a vida
quando está perdida, como testemunha o Evangelho deste domingo.
“Vivificaste-me”, diz o salmista.
“Vivificaste-me”, diz o salmista.
No seguimento da primeira leitura, o salmo exprime a
experiência de um Deus que quer a vida dos seus fiéis. Em Jesus ressuscitado, e
para todos os que n’Ele acreditam, a oração do salmo encontra toda a sua
verdade.
LEITURA II – 2 Cor 8, 7.9.13-15
As primeiras comunidades cristãs praticaram a
entreajuda e a partilha, não apenas entre os seus membros, mas também entre
comunidades. O apóstolo Paulo solicitou-as nesse sentido.
O apóstolo Paulo tinha organizado um peditório junto
das comunidades que tinha fundado na Ásia Menor, na Macedónia e na Grécia, em
favor dos irmãos de Jerusalém que estavam em dificuldades. Esta iniciativa
correspondia às orientações da jovem Igreja, segundo Act 4,32-35. Paulo
justifica esta acção de partilha pela generosidade de Cristo: esta é modelo
para os cristãos e eles próprios já beneficiaram dela.
EVANGELHO – Mc 5, 21-43
1. O Reino de Deus é a vida. Jesus percorre o país
para o anunciar e o estabelecer. Ele fala e age. A sua fama espalha-se, porque
uma força brota d’Ele, é a força da ressurreição, o Espírito de vida.
“Sê curada”. O imperativo de Jesus tem algo de
afectuoso para com esta mulher, restaurada na sua dignidade, restabelecida na
sociedade que excluía o seu mal. Este “sê curada” aparece também como uma
constatação: é a sua fé que a salvou, e Jesus alegra-Se por isso. A cura é
consequência da fé, que é sempre fonte de vida e de felicidade.
“Levanta-te”. Este segundo imperativo do Evangelho
deste dia é dinâmico e traduz perfeitamente este louco desejo de Deus em ver o
homem vivo, o seu amor incondicional pela vida. “Adormecida”, no “sono da
morte”… um estado do qual Deus nos quer fazer sair, um estado do qual Jesus nos
salva. “Eu te ordeno: levanta-te”. A palavra evoca a ressurreição, o novo
surgir da vida, o amor divino que nos coloca de pé. Jesus pede ao pai da jovem
apenas uma coisa: “basta que tenhas fé”. E quanto a nós, cremos
verdadeiramente?
2. As duas beneficiárias das acções de Jesus neste
Evangelho têm isto em comum: a primeira estava doente desde os 12 anos e a
jovem filha morreu aos 12 anos, a idade em que se devia tornar mulher. No povo
de Israel, o percurso destas duas mulheres era sinal de um fracasso. Uma estava
atingida, como Sara, a mulher de Abraão, na sua fecundidade: ela perdia o seu
sangue, princípio de vida na mentalidade semítica. A outra perdia a vida,
precisamente na idade em que se preparava para a transmitir (era tradição
casar-se muito cedo). Cristo cura as duas mulheres e permite-lhes assim assumir
a sua vocação maternal.
Estas duas mulheres representam a Igreja, na sua
vocação maternal de dar e de alimentar a vida em Cristo. As alusões aos santos
mistérios da Igreja orientam a compreensão do relato: Jairo pede a Jesus para
impor as mãos, para salvar e dar a vida à sua filha. Ora, toda a preparação
para o Baptismo está sinalizada pela imposição das mãos. Jesus levanta a jovem,
tomando-a pela mão, como o diácono fazia sair da água o baptizado, tomando-o
pela mão, para que fosse desperto para a vida em Deus. Jesus pede, de seguida,
que se dê de comer a esta jovem ressuscitada da morte: é uma alusão à
Eucaristia que se segue ao Baptismo.
3. Bilhete de Evangelho: a transformação pela fé. Um
chefe de sinagoga cai de joelhos e suplica a Jesus para curar a sua filha… Uma
mulher atingida por hemorragias não diz nada, mas contenta-se em tocar as
vestes de Jesus, sem dúvida porque se considera impura. Isto basta Àquele que
veio para levantar, curar, salvar a humanidade ferida. As reacções dos que
acompanham Jesus são diversas. Riem-se d’Ele. Só a fé solicita um sinal de
Jesus, a fé de Jairo, a fé da mulher, a fé de Pedro, Tiago e João… E esta fé
faz Jesus agir e transforma os beneficiários: a mulher é curada, a jovem
levanta-se, as testemunhas ficam abaladas. Decididamente, Jesus não é um
taumaturgo: é reconhecido por aqueles que acreditam, recomenda insistentemente
que ninguém saiba, com receio, sem dúvida, que se valorize os seus sinais sem os
ver com os olhos da fé.
4. Na escuta da Palavra… Eis Jesus mergulhado no
barulho e nos apertos da multidão. Para mais, circula o rumor: Jesus vai fazer
um milagre, curar a jovem filha de Jairo! A multidão esmaga Jesus. E eis que
uma mulher quer aproximar-se de Jesus, a todo o custo, para tocar ao menos as
suas vestes. Ela quer ser também beneficiária do poder do homem de Deus, ser,
enfim, curada da sua doença que dura há doze anos. Ela chega por detrás, toca
as suas vestes. Conhecemos o diálogo que se segue… O mesmo acontece com Jairo
que se aproxima…
No meio da multidão, Jesus está atento a estas pessoas
concretas, manifesta uma disponibilidade extraordinária, está extremamente
atento à sua presença. No meio da multidão, Jesus está atento a cada um.
Ninguém fica anónimo aos olhos de Jesus. Está habitado pelo amor de Deus para
com os seus filhos.
No Coração do Pai, Jesus é capaz de uma atenção
extrema a cada angústia do ser humano. Não interessa quem possa vir junto
d’Ele, não interessa qual é a situação: ele será sempre acolhido, Jesus dará
sempre a sua atenção como se cada um estivesse sozinho no mundo com Ele.
Isto continua a ser verdadeiro, agora que Jesus está
na plenitude da glória do seu Pai. Se eu também começasse a fazer silêncio em
mim para melhor escutar Jesus, através da sua Palavra, se eu tivesse tempo para
a oração interior, para aprofundar o meu silêncio interior… certamente ficaria
mais disponível, mais atento aos outros. Senhor Jesus, dá-me a graça do
silêncio interior que escuta e que ama.
5.
Jesus passou à outra margem,
uma grande multidão reuniu-se à sua volta.
Chega um chefe de sinagoga…
Para Ti, Senhor, a multidão não é uma massa anónima
a quem se dirige uma mensagem impessoal…
Para Ti, Senhor, trata-se de pessoas concretas, com rostos particulares.
Chamas cada um pelo seu nome.
Tu sabes escutar, estar atento, permanecer disponível.
Vens dizer a todos e a cada um:
Eu vim para que todos os homens tenham vida… em abundância.
As multidões reúnem-se à tua volta porque, talvez inconscientemente,
encontraram em Ti a verdadeira fonte de vida.
É o caso de Jairo: Vem impor-lhe as mãos para que ela viva!
É o caso da mulher: Se chegar a tocar-Lhe, serei salva!
Tu vais ajudá-los a crescer na fé…
A mulher, humanamente incurável:
ousou violar a lei que a proibia de tocar alguém.
Ela quer ser curada a todo o custo.
Ao tocar as tuas vestes, é a fonte da vida que ela atinge.
Desde então, está curada.
Mas Tu não és um mágico que faz prodígios sem o saber.
Viras-Te para ela: queres fazê-la progredir na sua fé.
Ela, que esperava uma cura corporal,
encontra em Ti a Salvação, a Vida em plenitude.
Jairo acaba de saber da morte da sua filha.
Tu apoia-lo na sua caminhada: Não temas, crê somente!
Segue-lo até à sua casa…
Aproximas-Te do seu filho inerte, toma-la pela mão:
Levanta-te!
É a palavra da ressurreição… e a fonte de vida corre de novo nela:
a jovem começou a andar.
Ele disse-lhes para lhe darem de comer.
Manténs os pés bem assentes na terra, Senhor!
Os pais, abalados, não pensavam que a sua filha tinha fome!
É a nós que Tu Te diriges também
convidando-nos para a tua Eucaristia:
Tomai, todos, e comei: isto é o meu corpo entregue por vós!
Quem me come viverá!
Jesus passou à outra margem,
uma grande multidão reuniu-se à sua volta.
Chega um chefe de sinagoga…
Para Ti, Senhor, a multidão não é uma massa anónima
a quem se dirige uma mensagem impessoal…
Para Ti, Senhor, trata-se de pessoas concretas, com rostos particulares.
Chamas cada um pelo seu nome.
Tu sabes escutar, estar atento, permanecer disponível.
Vens dizer a todos e a cada um:
Eu vim para que todos os homens tenham vida… em abundância.
As multidões reúnem-se à tua volta porque, talvez inconscientemente,
encontraram em Ti a verdadeira fonte de vida.
É o caso de Jairo: Vem impor-lhe as mãos para que ela viva!
É o caso da mulher: Se chegar a tocar-Lhe, serei salva!
Tu vais ajudá-los a crescer na fé…
A mulher, humanamente incurável:
ousou violar a lei que a proibia de tocar alguém.
Ela quer ser curada a todo o custo.
Ao tocar as tuas vestes, é a fonte da vida que ela atinge.
Desde então, está curada.
Mas Tu não és um mágico que faz prodígios sem o saber.
Viras-Te para ela: queres fazê-la progredir na sua fé.
Ela, que esperava uma cura corporal,
encontra em Ti a Salvação, a Vida em plenitude.
Jairo acaba de saber da morte da sua filha.
Tu apoia-lo na sua caminhada: Não temas, crê somente!
Segue-lo até à sua casa…
Aproximas-Te do seu filho inerte, toma-la pela mão:
Levanta-te!
É a palavra da ressurreição… e a fonte de vida corre de novo nela:
a jovem começou a andar.
Ele disse-lhes para lhe darem de comer.
Manténs os pés bem assentes na terra, Senhor!
Os pais, abalados, não pensavam que a sua filha tinha fome!
É a nós que Tu Te diriges também
convidando-nos para a tua Eucaristia:
Tomai, todos, e comei: isto é o meu corpo entregue por vós!
Quem me come viverá!
Fonte:
de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia”
Sem comentários:
Enviar um comentário