domingo, 5 de março de 2017

REFLEXÃO PARA O 1º DOMINGO DA QUARESMA

REFLEXÃO PARA
1º DOMINGO DA QUARESMA ANO A

No início da nossa caminhada quaresmal, a Palavra de Deus convida-nos à “conversão” – isto é, a recolocar Deus no centro da nossa existência, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus projectos.
A primeira leitura
(Gen 2,7-9;3,1-7), afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.

• De onde vimos? Para onde vamos? Porque é que estamos aqui? Qual o sentido da nossa vida? São perguntas eternas, que o homem de todos os tempos coloca a si próprio. A Palavra de Deus que hoje nos é proposta responde: é Deus a nossa origem e o nosso destino último. Somos seres que Deus criou com amor, a quem Ele deu o seu próprio “sopro”, a quem animou com a sua própria vida. O fim último da nossa existência é a felicidade sem fim, a comunhão plena com Deus.

• Como é que chegamos a essa felicidade? Deus nada impõe e respeita sempre – de forma absoluta – a nossa liberdade.

• E o mal que vemos, todos os dias? A Palavra de Deus responde: o mal nunca vem de Deus; o mal resulta das nossas escolhas erradas, do nosso orgulho, do nosso egoísmo e auto-suficiência.

A segunda leitura Rom 5,12-19),  propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decidir, por si só, os caminhos da salvação e da vida plena; Jesus é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus e que vive na obediência aos projectos do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; o esquema de Jesus gera vida plena e definitiva.

• Na nossa sociedade há quem afirma que a fonte da salvação não é Deus, mas o homem e as suas conquistas; e que as propostas de Deus são resquícios de uma época pré-científica, obscurantista, ultrapassada, e que a plenitude da vida está no corte radical inclusive com Deus.

•. Quando o homem deixa de dar ouvidos a Deus, dá ouvidos ao lucro fácil, destrói a natureza, explora os outros homens, torna-se injusto e prepotente, sacrifica em proveito próprio a vida dos seus irmãos

O Evangelho  (Mt 4,1-11), apresenta, de forma mais clara, o exemplo de Jesus. Ele recusou  uma vida vivida à margem de Deus e dos seus projectos. A Palavra de Deus garante que uma vida que ignora os projectos do Pai  é uma vida perdida e sem sentido; e que toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas é uma tentação diabólica e que o cristão deve, firmemente, rejeitar.

  Jesus recusou, de forma absoluta, conduzir a sua vida à margem de Deus e das suas propostas. Para Ele, só uma coisa é verdadeiramente decisiva e fundamental: a comunhão com o Pai e o cumprimento obediente do seu projecto… E nós, seguidores de Jesus?

• Quando o homem esquece Deus e as suas propostas, e se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, facilmente cai na escravidão de outros deuses que, no entanto, estão longe de assegurar vida plena e felicidade duradoura. Quais são os deuses que estão no centro da minha própria vida ?

• Deixar-se conduzir pela tentação dos bens materiais, do acumular mais e mais, do subordinar toda a vida à lógica do “ter  é seguir o exemplo de Jesus?

• Procurar o poder a todo o custo  e exercê-lo com prepotência, com intolerância, com autoritarismo (quantas vezes humilhando e magoando os outros) é seguir o exemplo de Jesus?
FONTE: Adaptação de :<wwwdehonianos.org>

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