1º DOMINGO DA QUARESMA ANO A
No início da nossa caminhada quaresmal, a Palavra de Deus convida-nos à “conversão”
– isto é, a recolocar Deus no centro da nossa existência, a aceitar a comunhão
com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade –
os seus projectos.
A primeira leitura (Gen 2,7-9;3,1-7), afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.
A primeira leitura (Gen 2,7-9;3,1-7), afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.
• De onde vimos? Para onde vamos? Porque é que estamos
aqui? Qual o sentido da nossa vida? São perguntas eternas, que o homem de todos
os tempos coloca a si próprio. A Palavra de Deus que hoje nos é proposta
responde: é Deus a nossa origem e o nosso destino último. Somos seres que
Deus criou com amor, a quem Ele deu o seu próprio “sopro”, a quem animou com a
sua própria vida. O fim último da nossa
existência é a felicidade sem fim, a comunhão plena com Deus.
• Como é que chegamos a essa felicidade? Deus nada
impõe e respeita sempre – de forma absoluta – a nossa liberdade.
• E o mal que vemos, todos os dias? A Palavra de Deus
responde: o mal nunca vem de Deus; o mal resulta das nossas escolhas erradas,
do nosso orgulho, do nosso egoísmo e auto-suficiência.
A segunda leitura Rom 5,12-19), propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão
representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decidir, por si
só, os caminhos da salvação e da vida plena; Jesus é o homem que escolhe viver
na obediência às propostas de Deus e que vive na obediência aos projectos do
Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; o esquema de Jesus
gera vida plena e definitiva.
• Na nossa sociedade há quem afirma que a fonte da
salvação não é Deus, mas o homem e as suas conquistas; e que as propostas de
Deus são resquícios de uma época pré-científica, obscurantista, ultrapassada, e
que a plenitude da vida está no corte radical inclusive com Deus.
•. Quando o homem deixa de dar ouvidos a Deus, dá
ouvidos ao lucro fácil, destrói a natureza, explora os outros homens, torna-se
injusto e prepotente, sacrifica em proveito próprio a vida dos seus irmãos
O Evangelho (Mt 4,1-11), apresenta, de forma mais clara, o
exemplo de Jesus. Ele recusou uma vida
vivida à margem de Deus e dos seus projectos. A Palavra de Deus garante que uma
vida que ignora os projectos do Pai é
uma vida perdida e sem sentido; e que toda a tentação de ignorar Deus e as suas
propostas é uma tentação diabólica e que o cristão deve, firmemente, rejeitar.
• Jesus
recusou, de forma absoluta, conduzir a sua vida à margem de Deus e das suas
propostas. Para Ele, só uma coisa é verdadeiramente decisiva e fundamental: a
comunhão com o Pai e o cumprimento obediente do seu projecto… E nós, seguidores
de Jesus?
• Quando o homem esquece Deus e as suas propostas, e
se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, facilmente cai na escravidão de
outros deuses que, no entanto, estão longe de assegurar vida plena e felicidade
duradoura. Quais são os deuses que estão no centro da minha própria vida ?
• Deixar-se conduzir pela tentação dos bens materiais,
do acumular mais e mais, do subordinar toda a vida à lógica do “ter é seguir o exemplo de Jesus?
• Procurar o poder a todo o custo e exercê-lo com prepotência, com intolerância,
com autoritarismo (quantas vezes humilhando e magoando os outros) é seguir o
exemplo de Jesus?
FONTE: Adaptação de :<wwwdehonianos.org>
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