domingo, 23 de dezembro de 2018

DIA 24 DEZEMBRO - TEMPO DO ADVENTO -

DIA 24 DEZEMBRO - TEMPO DO ADVENTO - Missa da manhã. Primeira leitura: 2 Samuel 7, 1-5. 8b-12. 14a. 16 Natan exerce a sua missão profética num período em que o reino de Judá goza de paz e de notável prosperidade. David vive num palácio luxuoso e pretende construir uma «casa» para Deus, uma casa onde acolher a Arca da Aliança. O profeta opõe-se a esse projecto, porque Deus tem um plano bem maior para David e para a sua descendência. O próprio Deus dará a David, não uma casa de pedra, mas uma casa estável e duradoura, uma estirpe real: «o SENHOR faz hoje saber que será Ele próprio quem edificará uma casa para ti .. A tua casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de mim, e o teu trono estará firme para sempre» (w. 11.16). O Senhor recorda a David quanto fez por ele e promete à sua dinastia uma duração perene: chamou-o do meio dos rebanhos de Isaí para fazer dele pastor de Israel (cf. 1 Sam 16, 11-13); fê-lo vitorioso sobre os inimigos e estará sempre com ele; a sua glória, e a da sua descendência, serão grandes porque terá uma progenitura divina; o rei e o povo serão abençoados pelo senhor e terão uma «casa» estável e tranquila, uma dinastia que durará séculos. A mensagem é clara: a salvação não vem de um templo construído com pedras ou por mãos humanas, mas da aliança com Deus, a Quem tudo pertence, o homem e a história. Evangelho: Lucas 1, 67-79 O cântico de Zacarias exalta a realização das promessas feitas por Deus. Zacarias, sacerdote da Antiga Lei, mas cheio de Espírito Santo, entoa um cântico cheio de reminiscências bíblicas. Bendiz o Senhor por ter visitado o seu povo, por ter inaugurado a Nova Aliança, que terá João como precursor e que satisfaz séculos de expectativas. O cântico divide-se em duas partes: a primeira sintetiza a história da salvação, evidenciando a misericórdia de Deus para com os pais e a sua perene fidelidade à Aliança, que se realizará plenamente no Messias (vv. 68-75); a segunda refere-se à figura do Baptista, «profeta do Altíssimo» (v. 76), destinado a preparar o caminho ao Senhor com a pregação da redenção e da salvação universal, que se actuará na pessoa de Jesus, por meio do perdão dos pecados, fruto da sua imensa bondade. O cântico exalta a Cristo, sol da ressurreição, gerado antes da aurora, que ilumina todos os que estão nas trevas e nas sombras da morte. Ele é a paz destinada aos que sabem dar louvor e glória a Deus. Ele, Verbo do Pai, é a luz e a vida dos homens. Estamos na vigília do Natal. A Igreja lê e medita as profecias dando graças e louvando a Deus pela iminente chegada do Salvador. O dom que estamos para receber do Pai foi preparado com grande amor, durante muito tempo. Há que viver intensamente esta vigília, não nos deixando dispersar por coisas certamente interessantes, mas secundárias. A vinda histórica do Messias confirma que Deus escolheu a sua «casa» no meio de nós, no corpo de Jesus, seu Filho (cf. Jo 1, 14). Agora vive com o seu povo, não de modo passageiro, mas de modo estável (cf. Apoc 7, 15; 12,2; 13,6; 21, 3). Se, no Antigo Testamento, o seu lugar ideal era o templo e a tenda (cf. Ex 25, 8; 40, 35; Ez 37,27), agora a sua presença concretiza-se na própria vida do homem e na carne visível de Jesus, que a comunidade do primeiros discípulos tocou e contemplou na fé (cf. 1 Jo 1, 1-4). Cristo é a revelação e a luz do Pai, mas de modo escondido e humilde; algo de interior que, apenas os homens de fé, como os profetas, os santos e Maria, podem compreender. A sua glória há-de manifestar com poder apenas quando, elevado na cruz, atrair a Si todos os homens (cf. Jo 12, 32). Isto pode parecer um paradoxo, mas tudo se torna luminoso se pensarmos que «Deus é emor» (1 Jo 4, 10) e a sua maior manifestação acontece quando se revela o maior amor. Jesus é para nós o centro da história, a nossa morada e a plenitude de todas as nossas mais profundas aspirações. Com Maria, e com a sua intercessão, abramos o coração ao Dom que Deus nos quer dar esta noite. O dom do Pai, no Natal, perpetua-se na Eucaristia, sacramento da presença de Cristo no meio de nós, sob as espécies simples do pão e do vinho, e por meio das palavras, ainda mais simples: "Isto é o Meu corpo ... Isto é o Meu sangue ... " (cf. Mt 26, 26.28). A Eucaristia, para além de actualizar no tempo a Última Ceia e o Sacrifício da cruz, perpetua a Incarnação, de que é substancial continuidade e expansão sacramental. A Eucaristia torna presente na terra, insere na história do mundo e na nossa vida o Cristo glorioso e sempre em estado de vítima. O sacerdócio de Cristo é eterno: "Um sacerdócio eterno" (Heb 7, 24). Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia”

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