quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A EXTENSÃO DE GURÚÈ DA UNIVERSIDADE CATÓLICA FESTEJA S. AGOSTINHO SEU PADROEIRO

A EXTENSÃO DE GURÚÈ DA UNIVERSIDADE CATÓLICA FESTEJA S. AGOSTINHO SEU PADROEIRO No passado 29 de Agosto do corrente ano, a Extensão de Gurúè da Universidade Católica de Moçambique (EGUCM) festejou o seu Padroeiro, S. Agostinho com diversos actos. Uma delegação da Universidade visitou o Hospital Rural de Gurúè e ofereceu um presente à criança nascida nas primeiras horas desta data comemorativa. Os pais do recém nascido e como sugestão dos universitários, aceitou dar-lhe o nome de “Agostinho”. Na parte desportiva, a Equipa de futebol da Universidade enfrentou a Equipa do Centro de Informática local, com um resultado favorável aos universitários. No fim da tarde, na Capela episcopal da Casa Diocesana, D. Francisco Lerma, Bispo da Diocese, presidiu â Celebração da Eucaristia, concelebrada pelos Padres Francisco Cunlela, Vigário Geral ad Diocese; Daniel Raul, Director da Extensão; Agostinho Vasconcelos, Director do Secretariado da Coordenação Pastoral e Pedro Esquadro, Pároco da Paróquia de N. S. de Fátima de Muliquela. Eis os tópicos/resumo da homilia de D. Francisco: “Em Agostinho não vive um homem só. Vive nele o homem concreto de carne e ossos, de nervos e sangue; o apaixonado; vive o escritor, o filósofo, o teólogo, o poeta, o cristão, o monge, o sacerdote, o bispo, o santo. Ele recebeu de Deus tantos dons: a juventude tormentosa, a palavra creadora, o silêncio da reflexão e da oração, experiências humanas de pai e de filho, de pecador e de perdoado, de aluno e de professor, de mestre de seu povo e de formador e guia espiritual. Quando ele morreu para esta vida, ele nascia para nós como guia, mestre, modelo, testemunho e companheiro da nossa caminhada humana e cristã. Agostinho – nas “Confissões” - comenta a mensagem central do texto de João “DEUS É AMOR” - 1ª Leitura: 1Jo 4,7-14 – que escutamos como 1ª leitura desta celebração. Deus é invisível, não precisa procura-Lo com os olhos, mas com o coração. Da mesma maneira como para ver o sol, libertamos os nossos olhos de qualquer imperfeição material, assim se queremos ver a Deus, devemos purificar aqueles olhos com os quais Deus pode ser visto: “Bem-aventurados os limpos de coração porque eles verão a Deus (Mt 5,8). Que forma tem o amor? Que estatura? Que pés? Quais as mãos? Ninguém o pode saber! Mesmo assim, há pés que conduzem à verdade, à comunidade. Há mãos que doam aos pobres. Há olhos com os quais podemos conhecer aos que se encontram em maior necessidade. Perguntemo-nos em que campo podemos exercitar este amor. No campo da caridade fraterna. Poderás dizer que nunca vi a Deus; mas poderás dizer que nunca vi uma pessoa, um homem, uma mulher. Ama pois o teu irmão que vês, e assim poderás contemplar a Deus, porque verás a própria caridade e Deus mora na caridade” (Agostinho de Hipona: Comentário da 1ª Carta de S. João IX; VII, 10, v.7). Palavras de um apaixonado. Uma inquietação interior, da inteligência e do coração, uma nostalgia, um desejo, uma ânsia que se traduzem na procura intensa, constante, possível, e fecunda apenas numa profunda oração e reflexão interior. Um desejo de verdade, de felicidade e de amor profundo que Agostinho acolhe como sua identidade. Agostinho abre a Deus todo o seu ser: o passado –a sua juventude, a sua vida desregrada, as suas primeiras opções -; o presente – o encontro final “dentro de si” com a verdade eterna: DEUS que dá plenitude e identidade a sua existência -; e o seu futuro – a certeza de que Deus definitivamente há-de saciar para sempre a sua sede de verdade , de felicidade e de amor. “Fizeste-nos para Ti, Senhor e o nosso coração não tem paz até que descanse em Ti” (Confissões, 1,I). À luz da verdade encontrada, ele ve com maior nitidez o seu passado, a necessidade de >Deus na sua vida. “Que cosa amo quando Te amo? Não uma beleza corpórea, não uma graça temporal; não candor da luz desta vida, não os doces sons das melodias, não o perfume das flores ou de aromas, não a doçura do mel, nem membros que se oferecem ao abraço: NADA DE TUDO ISTO EU AMO QUANDO TE AMO, MEU DEUS! (Confissões, X, 6.8). PALESTRA DO PE. FRANCISCO CUNLELA No salão polivalente da Casa Diocesana, e como último acto comemorativo, o Prof. Dr. Padre Francisco Cunlela, Vigário Geral da Diocese, proferiu a sua palestra sobre o tema “Catolicidade da Universidade Católica de Moçambique

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