domingo, 22 de outubro de 2017

NOTA DO BISPO DE GURÚÈ SOBRE OS TRÁGICOS ACONTECIMENTOS OCURRIDOS ULTIMAMENTE NO DISTRSITO DE GILÉ

NOTA DO BISPO DE GURÚÈ SOBRE OS TRÁGICOS ACONTECIMENTOS OCURRIDOS NO DISTRITO DE GILÉ DESDE O DIA 8 DE OUTUBRO DO CORRENTE ANO.

Agradeço imensamente a  informação recebida sobre os graves e injustificados  actos que, uma vez mais, com a morte de 4 pessoas inocentes, inumeráveis feridos  e desstruição de bens da população e de estruturas sociais, ensombram a vida dos cidadãos do Distrito de Gilé.

Nesta minha primeira reacção aos tristes acontecimentos, uno a minha voz à de todas as pessoas de boa vontade e a todos os meus irmãos na fé para , juntos, denunciarmos o uso de qualquer tipo de violência seja qual for o fim que se queira atingir. O fim não justifica os meios.

E mais ainda, quando está em causa a vida das pessoas, para todos os crentes, o V Mandamento da Lei de Deus, que encontramos já proclamado no Antigo Testamento e confrmado no Novo, "Não matarás"  (Deut. 5,17). é mais do que nunca actual e deve orientar as nossas acções e modo de conduta familiar, social e política. Ainda soa aos nossos ouvidos a voz do Criador quando, depois do homicídio de Abel, se dirige a Caim para lhe perguntar pela sorte do seu irmão: "Onde está o teu irmão Abel? Que fizeste! Eis que a voz do sangue do teu irmão clama por mim desde a terra" (Génesis 4, 9-11).

Vivemos momentos terríveis que desfiguram a vida humana criada por Deus. O homem olha sem piedade o irmão; atira a matar o irmão; odeia o irmão; assassina o irmão. Esquece o seu irmão, nascido ao mesmo ventre, crescido na mesma terra, arrastado pela mesma violência, mata o seu irmão Tenhamos coragem de denunciár tais actos, pois o sangue continua a correr em abundância, e é sangue cohecido, tem um nome, é sangue humano: Não esqueçamos é sangue de nosso irmão!

O trágico fenómeno chamado "chupa-sangue", espargido por vários Distritos da nossa Diocese, e hoje choramos também no meio das Paróquias de Muiane, Moneia e Gilé, carece de fundamento real, caracterizado com boatos, aproveitando de uma falsa interpretação pseudo-cultural com finalidades múltiplas de roubo e de confussão social no meio da população com objectivos adversos à convivência, à tolerância e ao bom entendimebto pacífico da população.

Chamo ao coração de todos: cristãos, crentes, pessoas de boa vontade, e a todos os membros das nossas comunidades católicas e de toda a sociedade, para não se deixarem enganar pelos falsos profetas que hoje aparecem no nosso meio e que só crian confusão, destruiçaõ de bens, sofrimento e morte de pessoas. Confiem e colaborem com todos os que detêm o sagrado dever de vigiar e defender o bem comum.
Peço o favor de transmitir esta minha breve comunicação e divugá-la por todos os meios possíveis.
+ FRANCISCO LERMA MARTÍNEZ, IMC
   BISPO DE GURÚÈ
"Para consolar a todos los que lloran" Is 61,2.

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