segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A UNIVERSIDADE CATÓLICA NO GURUE CELEBRA A FESTA DE S. AGOSTINHO

A Extensão de Gurúè da Universidade Católica de Moçambique celebrou na Segunda FEira, 29.08.20111, a Festa do seu Padroeiro S. Agostinho, nas instalações da Casa de Hospedagem "Leon Dehon", no Gurúè.

D. Francisco Lerma, Bispo da Diocese, presidiu a Solene Eucaristia, concelebrada p
concelebrada pelo Pe. Daniel Raul, Director da Extensão; pelo Pe. Agostinho Vasconcelos,  Capelão da Universidade, pelo Pe. Francisco Matias.
A Liturgia esteve animada pelo grupo juvenil do Instituto Secular Família Missionária e pelo Grupo e Voluntários Dehonianos de Itália e Espanha, que se encontravam numa experiência missionária.
Participaram numerosos alunos, membros da Direcção e do Corpo Docente, pessoal auxiliar re numerosos amigos.
Logo a seguir à celebração litúrgica, serviu-se um copo de água, em que participaram todos os convidados.
REFLEXÃO SOBRE SANTO AGOSTINHO
I.- AS ETAPAS DA SUA VIDA

1.-Ambiente familiar.

Nasceu no Norte de África, a antiga cidade de Tagaste (13.11.354: meados do 4º século N.E.)

Educado nos costumes cristãos pela sua mãe, Mónica (Santa Mónica).

Um jovem de mutas qualidades. Estudou em Cartago (hoje na Argélia)

Jovem inquieto interiormente.

2.Sede de conhecimento total, de querer compreender as razões da existência do mundo, sede da verdade total. Sede e procura da VERDADE ABSOLUTA. Procurou-a nas leituras e no estudo dos clássicos latinos, da Sagrada Escritura e nas correntes filosóficos da época, aderindo ao racionalismo e ao materialismo dos Maniqueos.

3.A sua ânsia  de Verdade Absoluta levou- a um percurso  espiritual de desenvolve, orientado por uma grande personalidade intelectual, teológica e pastoral, S. Ambrósio, Arcebispo de Milão. Com ele, se abre definitivamente à luz e à riqueza de Cristo.

4.Na terceira etapa da sua vida, Agostinho regressa a África, sua terra natal, onde funda uma comunidade monástica seguindo o modelo das primeiras comunidades cristãs. Sacerdote e Bispo em Hipona, dedica-se inteiramente à vida da Igreja, na evangelização, no serviço da Palavra e na defesa da Fé.

Foi um grande modelo para todos  nós, na juventude e na idade adulta; na vida social e na vida eclesiástica; no estudo e na acção educativa; na vivência da fé e na sua defensa.

II.-LEITURAS DA MISSA

I Jo 4,7-14.

“Deus é amor”

Uma frase breve, de um só período gramatical, mas se a sopesamos, quantas realidades ela contém, afirma Agostinho no seu Comentário à 1ª Carta de S. João.

Deus, continua Agostinho, é invisível, não é necessário procura-lo com os olhos, mas sim com o coração. Com o coração limpo veremos a Deus tal qual Ele é (Mt 5,8).

Que faz tem o amor? Que forma? Que estatura? Que pés? Que mãos? Ninguém o pode dizer. Mas tem os pés que conduzem à Igreja; Tem as mãos que doam aos pobres; tem os olhos com os quais descobrimos aos que se encontram em necessidade.

Nunca vi a Deus! Mas não poderás afirmar que nunca vistes um homem, uma pessoa. Ama pois o teu irmão. Se amares o teu irmão que vês, poderás ao mesmo tempo ver a Deus porque verás a própria caridade, o próprio amor, e Deus habita no amor, Deus é amor...

EVANGELHO: Jo 15,9-17

“Amai-vos uns aos outros”

É o amor que nos precede à observância dos mandamentos.

Quem não ama, não tem nenhum fundamento para observar os mandamentos.

O amor é a plenitude da Lei (Rm 13,10).

Onde há amor, há fé e esperança; onde há amor ao próximo, necessariamente há amor a Deus. (Comentário ao Evangelho de João).

III.- CONCLUSÕES.

Considerações finais

Uma inquietação do coração, uma nostalgia, um desejo que se tornam procura inestancável, possível e fecunda

Um desejo de verdade e de amor, formam a sua identidade mais profunda. Uma vez encontrada a sua identidade, Agostinho abre-se totalmente a Deus: o seu passado, o seu presente e o seu futuro.

“Fizeste-nos para Vós, ó Senhor, e o nosso coração não tem paz enquanto não descanse em Vós.

À luz da Verdade reencontrada, Agostinho vê toda a sua vida.

“Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova; Tarde Vos amei. Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava.

Chamastes, clamastes e rompestes a minha surdez. (Confissões).

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