domingo, 16 de dezembro de 2018

DIA 17 DEZEMBRO III SEMANA DO ADVENTO - 17 DEZEMBRO 2018. Primeira leitura: Génesis 49,2.8-10 Jacob moribundo reúne a família e pronuncia palavras consideradas sagradas e proféticas sobre o futuro dos seus doze filhos e da descendência deles. Refere-se especialmente a Judá, pai da tribo homónima, na qual haveria de nascer o Messias (cf. vv. 8- 10). Esta profecia, que remonta ao tempo de Isaías (século VIII-VII), é misteriosa, mas exalta a superioridade de Judá entre os seus irmãos por causa da sua força real, semelhante à do leão, e pelo «ceptro» e pela autoridade (v. 1Qa), que exercerá sobre as tribos de Israel e sobre todos os seus inimigos. Trata-se de uma alusão à monarquia davídica, que receberá o ceptro do Ungido do Senhor, que trará a salvação esperada. Essa profecia irá realizar-se quando o verdadeiro rei anunciado, a quem pertence o ceptro, a autoridade e o reino, dominar sobre todos os povos. Este rei ideal e definitivo aparecerá no Messias, de que fala o Apocalipse: «Venceu o leão da tribo de Judá» (Apoc 5,5). Só ele possui o ceptro de Deus, cujo reino não é um domínio, um poder, mas serviço e amor em favor de todos os povos, que lhe deverão obediência filial. Evangelho: Mateus 1,1-17 Mateus abre o seu evangelho com a narração das origens humanas de Jesus: a «Genealogia de Jesus Cristo» (v. 1), que começa em Adão e termina em «José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo» (v. 16). O evangelista divide a história da salvação, que tem o seu ponto culminante em Jesus-Messias, em três grandes períodos: Abraão, David, o exílio. Apesar da monotonia e do carácter artificial da sucessão dos nomes, o texto tem importante valor teológico, pois nos oferece a genealogia humana dAquele que será o protagonista do Evangelho. Confirmam-se as promessas dos profetas, segundo as quais Jesus é descendente de Abraão e de David e, portanto, possui as bênçãos e a glória dos antepassados. o projecto de Deus foi longamente preparado, como mostra a genealogia com que Mateus inicia o seu evangelho. Cristo veio na plenitude dos tempos, uma plenitude, à primeira vista, desconcertante: o tempo nada fazia esperar de bom, o lugar do nascimento é uma pequena aldeia, José, embora sendo da descendência de David, era um modesto trabalhador desconhecido. Mas Deus é senhor do impossível e realiza os seus planos, quando nada o fazia prever. A primeira leitura é uma profecia de Jacob que fala do ceptro de Judá, que promete um vencedor: «um leãozinho, Judá», um dominador: «Os filhos de teu pai inclinar-se-ão diante de ti!». Judá é o elo que liga a primeira leitura ao evangelho. Cristo é filho de Judá. O segundo Adão entrou na aventura humana, marcada pelo pecado, pelo sofrimento e pela morte, por causa da desobediência dos nossos primeiros pais, não para punir a humanidade, mas para a transformar e reconduzir à amizade com Deus, como estava previsto no primeiro projecto. Toda a história de Israel é testemunho do anúncio da vinda de um redentor, que os homens esperam para receber a promessa: toda a lei está grávida de Cristo, diria Agostinho de Hipona. Em Jesus, Deus fez-se efectivamente homem, e o sonho tornou-se realidade. O Deus-connosco fez Deus- para-nós, apesar das nossas infidelidades e do nosso fraco acolhimento. Fazemos parte desta história, que nos liga a Abraão e a David, fio de ouro que muitas vezes quebrámos com o nosso pecado e que Deus volta a ligar em Jesus, aproximando-nos cada vez mais do seu coração. E Ele, que conheces as fragilidades do espírito humano, sabe compreender e perdoar a nossa fraqueza, mas espera a conversão do nosso coração e o reconhecimento dAquele a quem pertence toda a realeza e a quem todos os povos devem obediência, fidelidade e amor. Cristo, Verbo eterno de Deus, assumiu a carne humana, da estirpe de David. Fez-Se intimamente próximo de nós homens: pela sua humanidade, ergueu a sua tenda no meio das nossas (cf. Jo 1,14); tornou-Se nosso companheiro da caminhada terrena, peregrino connosco rumo à pátria celeste, em tudo igual a nós, com as nossas fragilidades, os nossos sofrimentos, excepto o pecado; mas carregou sobre Si os nossos pecados e ofereceu-Se em sacrifício por eles. Assim alcançou a vitória: «venceu o Leão da tribo de Judá, o rebento da dinastia de David» (Apoc 5, 5). Mas este vencedor é um Cordeiro imolado, não um leão que devora a presa. E todavia é verdadeiramente o leão de Judá, o vencedor. Mas a sua vitória não foi obtida de maneira humana. Venceu-a com o sacrifício de si mesmo. E a sua vitória continua a realizar-se: Cristo, de Lado aberto e Coração trespassado, continua a atrair todos os homens. É, na verdade, o vencedor prometido, que vem da tribo de Judá. Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia/”

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