terça-feira, 7 de agosto de 2018

QUARTA-FEIRA – XVIII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 8 AGOSTO 2018

QUARTA-FEIRA – XVIII SEMANA –TEMPO COMUM – ANOS PARES - 8 AGOSTO 2018 Primeira leitura: Jeremias 31, 1-7 Jeremias, cheio de entusiasmo, anuncia o regresso dos exilados, tingindo a sua linguagem de um colorido folclórico. Israel já não está divido em dois reinos, mas reunificado sob a soberania de Javé (vv. 2s.). O Seu amor gratuito e fiel, a sua ternura para com o povo eleito, fê-lo regressar (cf. v. 3). A memória do deserto, da libertação do Egipto, símbolo de todos os desterros e libertações, volta agora a ser o lugar em que todos os que escaparam à espada, os que constituem o «resto», encontrarão a graça, ou, mais precisamente, Javé. Deus forma a identidade do seu povo, dá-lhe uma cidade onde habitar, terra para cultivar e dela tirar o sustento (vv. 4ª.5; cf. Js 24, 13; Sl 107, 35-37). De todos estes dons, brota a alegria, manifestada ao som de instrumentos e de danças (v. 4bc). Esta alegria de Israel vai contagiar as nações vizinhas, que hão-de convergir para Jerusalém, centro restabelecido do culto javista. Aí louvarão a Deus pela salvação, inesperada pelo pequeno grupo dos sobreviventes à deportação, mas maravilhosamente realizada pelo poder divino (v. 6s.; cf. Sl 105, 12-15.43-45; Is 52, 7-10).. Evangelho: Mateus 15, 21-28 A mulher cananeia, de que nos fala o texto, é designada por «siro-fenícia» em Marcos (7, 24-30). O que ambos os evangelistas pretendem indicar é que se trata de uma mulher pagã, não judia. A cena, sob o ponto de vista literário, está construída no esquema pedido-recusa, num crescendo que, partindo do silêncio de Jesus à primeira interpelação da mulher, continua com a referência à sua missão, que teria por alvo unicamente o povo judeu, e culmina com a distinção brutal entre filhos e cachorrinhos. Tanto Mateus como Marcos coincidem em que a missão de Jesus, durante o seu ministério terreno, se limitou ao povo judeu. Mas também coincidem em que Jesus, neste caso, abriu uma excepção. Para Mateus, a razão da excepção foi a grande fé da mulher, o que é omitido por Marcos. O encontro entre Jesus e a mulher cananeia anuncia, e já realiza, o encontro entre a salvação e o paganismo. Sem negar a escolha preferencial de Israel, «filho primogénito» (v. 24; cf. Os 11, 1; Mt 10, 5ss.), a missão salvífica de Jesus é dirigida a todos os povos. Será, também essa, a característica da acção da Igreja, por mando específico do seu Senhor e Mestre (cf. Mt 28, 18-20). A luta que a mulher cananeia trava com Jesus, para alcançar o que pede, é um exemplo concreto do que Jesus mandou: «Pedi… procurai… batei…» (cf. Lc 11, 9). Fonte: Resumo e adaptação local de um texto de: “dehonianos.org/portal/liturgia

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