APRESENTAÇÃO DO SENHOR - 2 FEVEREIRO
2019
Esta festa já era celebrada em Jerusalém, no século
IV. Chamava-se festa do encontro,hypapántè , em grego. Em 534, a festa
estendeu-se a Constantinopla e, no tempo do Papa Sérgio, chegou a Roma e ao
Ocidente. Em Roma, a festa incluía uma procissão até à Basílica de S. Maria
Maior. No século X, começaram a benzer-se as velas.
José e Maria levam o Menino Jesus ao templo,
oferecendo-o ao Pai. Como toda a oferta implica renúncia, a Apresentação do
Senhor é já o começo do mistério do sofrimento redentor de Jesus, que atingirá
o seu ponto culminante no Calvário. Maria e José unem-se à oferta do seu divino
Filho estando a seu lado e colaborando, cada um a seu modo, na obra da
Redenção.
Primeira Leitura: Malaquias 3, 1-4
Os dois mensageiros anunciados pelo profeta introduzem-se
mutuamente: um prepara a vinda do Senhor e outro realiza a Aliança, é o
Esperado. Estas duas figuras perspetivam João Baptista e Cristo. Um é apenas
precursor; o outro é o Messias esperado, de origem divina, o Redentor. O
primeiro prepara o caminho; o segundo entra efetivamente no templo,
santificando, pela oferta de si mesmo, o sacrifício da nova Aliança, os
ministros e o culto.
Segunda leitura: Hebreus 2, 14-18
A carne e o sangue, submetidos ao poder da morte pelo
inimigo, são divinizados e libertados por Cristo, Deus feito homem. A
descendência de Abraão é restituída à vida. O Filho de Deus apresenta-se como
primeiro entre muitos irmãos e como sacerdote, mediador na sua divindade e
humanidade, da fidelidade de Deus, Pai da vida.
Evangelho: Lucas 2, 22-40
O Evangelho da Infância de Jesus tem o seu ponto
alto no templo, lugar da plenitude do povo de Israel. É aí que Zacarias ouve a
palavra que dirige a história para a sua meta (anúncio de João); é aí que o
Menino é apresentado a Deus, revelado a Simeão e a Ana. É daí que regressa a
Nazaré. Pano de fundo da cena da apresentação é lei judaica segundo a qual os
primogénitos são sagrados e, por isso, devem ser apresentados a Deus. O Pai
responde à apresentação e oferta de Jesus com o dom do Espírito ao velho
Simeão, que profetiza. Israel pode estar descansado: a sua história não acaba
em vão. Simeão viu o Salvador e sabe que a meta é agora o triunfo da vida.
Meditatio
Os pais de Jesus, de acordo com a lei mosaica, 40 dias
depois do nascimento do primeiro filho, foram ao Templo de Jerusalém para
oferecer o primogénito ao Senhor e para a mãe ser purificada. Mas este rito não
foi exatamente igual aos outros. Nos ritos comuns, eram os pais que
apresentavam os filhos a Deus em sinal de oferta e de pertença; neste rito é
Deus que apresenta o seu Filho aos homens. Fá-lo pela boca do velho Simeão e da
profetisa Ana. Simeão apresenta-O ao mundo como salvação para todos os povos,
como luz que iluminará as gentes, mas também como sinal de contradição; como
Aquele que revelará os pensamentos dos corações.
O encontro de Jesus com Simeão e Ana no Templo de Jerusalém é símbolo de uma realidade maior e universal: a Humanidade encontra o seu Senhor na Igreja. Malaquias preanunciava este encontro: «Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro, a fim de que ele prepare o caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor, que vós procurais». No Templo, Simeão reconheceu Jesus como o Messias esperado e proclamou-o salvador e luz do mundo. Compreendeu que, doravante, o destino de cada homem se decidia pela atitude assumida perante Ele; Jesus será ruína ou salvação. Como dirá João Baptista: Ele tem na mão a joeira para separar o trigo bom da palha (cf. Mt 3, 12).
É o que acontece, a outra escala, também hoje: no novo templo de Deus que é a Igreja, os homens «encontram» Cristo, aprendem a conhecê-lo, recebem-no na Eucaristia, como Simeão o recebeu nos braços; a sua palavra torna-se, aí, para eles, luz e o seu corpo força e alimento. É a experiência que fazemos, sempre que vamos à missa. A comunhão é um verdadeiro encontro entre Deus e nós. Hoje, essa experiência é acentuada pelo simbolismo da festa: a procissão com que entramos na igreja com o sacerdote, levando a vela acesa e cantando, era, sinal deste ir ao encontro de Jesus que nos chama no interior da sua igreja, na esperança de irmos ao seu encontro um dia no Hypapante eterno, quando formos nós a ser apresentados por Ele ao Pai.
A Candelária é festa de luz. A luz da fé não nos foi dada apenas para iluminar o nosso caminho, desinteressando-nos dos outros... A luz da fé também não é para ter acesa apenas na igreja, ou em certos momentos, mas em todos os momentos e situações da nossa vida... A nossa fé há de ser luz que ilumina, fogo que aquece... É luz e fogo quem é compreensivo e bom com todos... quem sabe apoiar os pequenos esforços... os pequenos progressos... quem tem palavras de amizade, de estímulo, de apoio... quem sabe dizer uma boa palavra, dar uma ajuda... O amor cristão tem a sua origem em Deus que nos amou e nos enviou o seu Filho com quem nos encontramos em vários momentos da nossa vida, particularmente quando celebramos a Eucaristia. Esse é o nosso encontro, enquanto esperamos o encontro definitivo no Céu.
O encontro de Jesus com Simeão e Ana no Templo de Jerusalém é símbolo de uma realidade maior e universal: a Humanidade encontra o seu Senhor na Igreja. Malaquias preanunciava este encontro: «Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro, a fim de que ele prepare o caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor, que vós procurais». No Templo, Simeão reconheceu Jesus como o Messias esperado e proclamou-o salvador e luz do mundo. Compreendeu que, doravante, o destino de cada homem se decidia pela atitude assumida perante Ele; Jesus será ruína ou salvação. Como dirá João Baptista: Ele tem na mão a joeira para separar o trigo bom da palha (cf. Mt 3, 12).
É o que acontece, a outra escala, também hoje: no novo templo de Deus que é a Igreja, os homens «encontram» Cristo, aprendem a conhecê-lo, recebem-no na Eucaristia, como Simeão o recebeu nos braços; a sua palavra torna-se, aí, para eles, luz e o seu corpo força e alimento. É a experiência que fazemos, sempre que vamos à missa. A comunhão é um verdadeiro encontro entre Deus e nós. Hoje, essa experiência é acentuada pelo simbolismo da festa: a procissão com que entramos na igreja com o sacerdote, levando a vela acesa e cantando, era, sinal deste ir ao encontro de Jesus que nos chama no interior da sua igreja, na esperança de irmos ao seu encontro um dia no Hypapante eterno, quando formos nós a ser apresentados por Ele ao Pai.
A Candelária é festa de luz. A luz da fé não nos foi dada apenas para iluminar o nosso caminho, desinteressando-nos dos outros... A luz da fé também não é para ter acesa apenas na igreja, ou em certos momentos, mas em todos os momentos e situações da nossa vida... A nossa fé há de ser luz que ilumina, fogo que aquece... É luz e fogo quem é compreensivo e bom com todos... quem sabe apoiar os pequenos esforços... os pequenos progressos... quem tem palavras de amizade, de estímulo, de apoio... quem sabe dizer uma boa palavra, dar uma ajuda... O amor cristão tem a sua origem em Deus que nos amou e nos enviou o seu Filho com quem nos encontramos em vários momentos da nossa vida, particularmente quando celebramos a Eucaristia. Esse é o nosso encontro, enquanto esperamos o encontro definitivo no Céu.
Fonte: “Dehonianos.org/portal/liturgia/”
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