3º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C
A liturgia deste domingo coloca no centro
da nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à
volta do qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina
abstracta, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio
libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos
cristãos.
Na primeira leitura (Ne 8,2-4a.5-6.8-10), exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e
como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.
Que lugar ocupa a Palavra de Deus na vida de cada um de nós e na vida das nossas comunidades?
Que lugar ocupa a Palavra de Deus na vida de cada um de nós e na vida das nossas comunidades?
A Palavra interpela-nos, leva-nos à conversão, à
mudança de vida, ou a Palavra não só para os outros.
A segunda leitura – 1 Cor 12,12-30, apresenta a comunidade gerada e alimentada pela
Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de
Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão
e solidariedade.
A Igreja é o corpo de Cristo onde se manifesta, na
diversidade de membros e de funções, a unidade, a partilha, a solidariedade, o
amor, que são inerentes à proposta salvadora que Cristo nos apresentou. A nossa
comunidade cristã é, para nós, uma família de irmãos, que vivem em comunhão,
que se respeitam e que se amam?
Usamos os “carismas” que Deus nos confia para o
serviço dos irmãos e para o crescimento do corpo, ou para a nossa promoção
pessoal e social?
Sentimo-nos co-responsáveis na construção dessa
comunidade da qual somos membros e desempenhamos, com sentido de
responsabilidade, o nosso papel, ou remetemo-nos a uma situação de passividade
e de comodismo, esperando que sejam os outros a fazer tudo?
No Evangelho, (Lc 1,1-4;4,14-21), apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de
levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento
e da miséria.
Jesus manifesta de forma bem nítida a consciência de
que foi investido do Espírito de Deus e enviado para pôr cobro a tudo o que
rouba a vida e a dignidade do homem.
A fidelidade ao “caminho” percorrido por Cristo é a
exigência fundamental do ser cristão. Preocupa-nos a libertação dos nossos
irmãos escravizados? Que posso eu fazer, em concreto, para continuar no meio
deles a missão libertadora de Cristo?
Neste texto, como Jesus “actualiza” a Palavra de Deus
proclamada e a torna um anúncio de libertação que toca de muito perto a vida
dos homens. Os que proclamam a Palavra, que a explicam nas homilias, têm esta
preocupação de a tornar uma realidade “tocante” e um anúncio verdadeiramente
transformador e libertador, que atinge a vida daqueles que os escutam?
Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia/”
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