A liturgia deste
domingo apresenta-nos o projecto de salvação e de vida plena que Deus tem para
oferecer ao mundo: o projecto do “Reino”.
Na primeira leitura, (Is 8,23b-9,3), o profeta/poeta Isaías anuncia uma luz que Deus irá fazer brilhar por cima das montanhas da Galileia e que porá fim às trevas que submergem todos aqueles que estão prisioneiros da morte, da injustiça, do sofrimento, do desespero. É Jesus, a luz que ilumina o mundo com uma aurora de esperança, que dá sentido pleno a esta profecia messiânica de Isaías. Ele é “Aquele que veio de Deus” para vencer as trevas e as sombras da morte que ocultavam a esperança e instaurar o mundo novo da justiça, da paz, da felicidade. No entanto, a luz de Jesus é, hoje, uma realidade instituída, viva, actuante na história humana? Porquê?
Na primeira leitura, (Is 8,23b-9,3), o profeta/poeta Isaías anuncia uma luz que Deus irá fazer brilhar por cima das montanhas da Galileia e que porá fim às trevas que submergem todos aqueles que estão prisioneiros da morte, da injustiça, do sofrimento, do desespero. É Jesus, a luz que ilumina o mundo com uma aurora de esperança, que dá sentido pleno a esta profecia messiânica de Isaías. Ele é “Aquele que veio de Deus” para vencer as trevas e as sombras da morte que ocultavam a esperança e instaurar o mundo novo da justiça, da paz, da felicidade. No entanto, a luz de Jesus é, hoje, uma realidade instituída, viva, actuante na história humana? Porquê?
• Acolher Jesus é
aceitar esse projecto de justiça e de paz que Ele veio propor aos homens.
Esforçamo-nos por tornar realidade o “Reino de Deus”? Como lidamos com as
situações de injustiça, de opressão, de conflito, de violência: com a
indiferença de quem sente que não tem nada a ver com isso enquanto essas
realidades não nos atingem directamente, ou com a inquietação de quem se sente
responsável pela instauração do “Reino de Deus” entre os homens?
• Em que, ou em quem,
coloco eu a minha esperança e a minha segurança: nos políticos que me prometem
tudo e se servem da minha ingenuidade para fins próprios? No dinheiro que se
desvaloriza e que não serve para comprar a paz do meu coração? Só podemos confiar em Deus e na sua decisão
de vir ao nosso encontro para nos apresentar uma proposta de vida e de paz.
A segunda leitura (1
Cor 1,10-13.17), apresenta as vicissitudes de uma comunidade de discípulos,
que esqueceram Jesus e a sua proposta. Paulo, o apóstolo, exorta-os
veementemente a redescobrirem os fundamentos da sua fé e dos compromissos
assumidos no baptismo.
• A experiência cristã
é, fundamentalmente, um encontro com Cristo; é d’Ele e só d’Ele que brota a salvação.
O Evangelho, tem de estar a nossa aposta em Cristo; é n’Ele e só n’Ele que
bebemos a salvação; é a Ele e só a Ele que o nosso compromisso baptismal nos
liga. É à volta d’Ele e da sua proposta de vida que a minha experiência de fé
se constrói? Que sentido é que faz
afastar-se da comunidade porque não gostamos da atitude ou do jeito de ser
deste ou daquele animador?
• Neste contexto,
ainda, que sentido fazem os ciúmes, os conflitos, os partidos, que existem, com
frequência, nas nossas comunidades cristãs? Cristo pode estar dividido? As guerras e rivalidades dentro de uma
comunidade não serão um sinal evidente de que o que nos move não é Cristo, mas
os nossos interesses, o nosso orgulho, o nosso egoísmo?
• Há casos em que as
pessoas com responsabilidade de animação nas comunidades cristãs favorecem,
consciente ou inconscientemente, o culto da personalidade. Não se preocupam em
levar as pessoas a descobrir Cristo.
O Evangelho (Mt
4,12-23 ), descreve a realização da promessa profética: Jesus é a luz que
começa a brilhar na Galileia e propõe aos homens de toda a terra a Boa Nova da
chegada do “Reino”. Ao apelo de Jesus, respondem os discípulos: eles serão os
primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o
“Reino” a toda a terra.
• Jesus é o Deus que vem ao nosso encontro para realizar os nossos sonhos de felicidade sem limites e de paz sem fim. N’Ele e através d’Ele (das suas palavras, dos seus gestos.. Sobretudo, o anúncio de Jesus toca e enche de júbilo o coração dos pobres e humilhados, daqueles cuja voz não chega ao trono dos poderosos.
• Jesus é o Deus que vem ao nosso encontro para realizar os nossos sonhos de felicidade sem limites e de paz sem fim. N’Ele e através d’Ele (das suas palavras, dos seus gestos.. Sobretudo, o anúncio de Jesus toca e enche de júbilo o coração dos pobres e humilhados, daqueles cuja voz não chega ao trono dos poderosos.
• Para que o “Reino”
seja possível, Jesus pede a “conversão”. Ela é, antes de mais, um refazer a
existência, de forma a que só Deus ocupe o primeiro lugar na vida do homem.
Implica, portanto, despir-se do egoísmo que impede de estar atento às
necessidades dos irmãos; implica a renúncia ao comodismo, que impede o
compromisso com os valores do Evangelho; implica o sair do isolamento e da
auto-suficiência, para estabelecer relação e para fazer da vida um dom e um
serviço aos outros… O que é que nas estruturas da sociedade ainda impede a
efectivação do “Reino”? O que é que na minha vida constitui um obstáculo à
chegada do “Reino”?
• A história do
compromisso de Pedro e André, Tiago e João com Jesus e com o “Reino” é uma
história que define os traços essenciais da caminhada de qualquer discípulo… Em
primeiro lugar, é preciso ter
consciência de que é Jesus que chama e que propõe o Reino; em segundo
lugar, é preciso ter a coragem de
aceitar o chamamento e fazer do “Reino” a prioridade essencial; em terceiro
lugar, é preciso acolher a missão que
Jesus confia e comprometer-se corajosamente na construção do “Reino” no
mundo. É este o caminho que eu tenho vindo a percorrer?
• Em certos momentos
da história, procura vender-se a ideia de que o mundo novo da justiça e da paz
se constrói a golpes de poder militar, de mísseis, de armas sofisticadas, de
instrumentos de morte… Atenção: a lógica do “Reino” não é uma lógica de
violência, de vingança, de destruição; mas é uma lógica de amor, de doação da vida,
de comunhão fraterna, de tolerância, de respeito pelos outros. A tentação da
violência é uma tentação diabólica, que só gera sofrimento e escravidão: aí, o
“Reino” não está.