QUINTA-FEIRA
- IV SEMANA –
TEMPO COMUM – ANOS ÍMPARES –
Primeira leitura: Hebreus 12, 18-19.21-24
O cristão deve estar consciente do seu estado. Para o
ajudar, o autor da Carta aos Hebreus propõe-nos uma última oposição entre a
antiga e a nova aliança servindo-se de dois lugares simbólicos: o monte Sinai e
o monte Sião. Os dois montes expressam dois modos diferentes de se aproximar de
Deus.
A primeira teofania aconteceu num lugar
impressionante, a montanha do Sinai, com os seus granitos vermelhos, as suas
nuvens de tempestade, a queda dos raios, o fulgor dos relâmpagos e o fragor dos
trovões impressionaram vivamente o povo habituado às calmas planícies do
Egipto. O próprio Moisés se encheu de temor e tremor (cf. Dt 4, 11 e 5, 22 LXX;
Ex 19, 16 e 20, 18).
A experiência dos cristãos é muito diferente. Eles
aproximaram-se de outro monte, o Sião, alegria de toda a terra (cf. Sl 48,
2-4), da santa Jerusalém (cf. Sl 122), para o qual, desde sempre, Deus queria
conduzir o seu povo para fazer comunhão com ele, no encontro festivo dos anjos
e dos santos.
Os cristãos podem ser admitidos nesse lugar “celeste”,
graças à conversão e ao baptismo que nos introduziram na morte e na
ressurreição do único «Mediador da nova aliança», Jesus Cristo. O seu sangue
inocente torna-nos também a nós “perfeitos”, isto é, agradáveis ao Pai na
obediência e no amor.
Evangelho: Mc 6, 7-13
A proclamação do reino não se faz de modo ocasional.
Jesus cria uma «instituição» que põe em movimento e planifica o anúncio da Boa
Nova. São os Doze que, depois da visita a Nazaré, Jesus envia em missão,
dando-lhes os seus próprios poderes (cf. v. 7).
Distinguimos no texto três momentos: no primeiro, Jesus dá orientações quanto ao estilo de vida dos missionários: não devem levar provisões, mas confiar na generosidade daqueles a quem se dirigem; no segundo, define o método de pregação: deter-se em casa de quem os acolhe, mas abandonar sem lamentações as daqueles que os não recebam; o terceiro momento é o da execução: os discípulos partem, pregam a conversão, fazem exorcismos e curas com sucesso (vv. 12s.).
Distinguimos no texto três momentos: no primeiro, Jesus dá orientações quanto ao estilo de vida dos missionários: não devem levar provisões, mas confiar na generosidade daqueles a quem se dirigem; no segundo, define o método de pregação: deter-se em casa de quem os acolhe, mas abandonar sem lamentações as daqueles que os não recebam; o terceiro momento é o da execução: os discípulos partem, pregam a conversão, fazem exorcismos e curas com sucesso (vv. 12s.).
Contentar-se com o essencial da vida, que se apoia na
absoluta confiança no Senhor, é condição indispensável para estar ao serviço da
Palavra. Isto tem a ver com cada um dos missionários, mas também com a própria
Igreja que, não só há-de ser Igreja dos pobres, mas também Igreja pobre.
O autor da Carta aos Hebreus insiste no privilégio de
termos entrado na intimidade divina: «Vós, porém, aproximastes-vos do monte
Sião e da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celeste, de miríades de anjos, da
reunião festiva, da assembleia dos primogénitos inscritos nos céus, do juiz que
é o Deus de todos, dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição, de
Jesus, o Mediador da Nova Aliança» (vv. 22-24a).
A tomada de consciência desta situação há-de
encher-nos de alegria. O Mediador da nova aliança, Jesus, possibilitou-nos esta
comunhão, esta paz, este amor luminoso. É, sobretudo, na celebração da
Eucaristia que vivemos este mistério, aproveitando a presença do Mediador para
entrarmos cada vez mais profundamente nele e lhe saborearmos os frutos.
Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia”
Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia”
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