8 DEZEMBRO - SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO –
ANO C
Na Solenidade da Imaculada Conceição somos convidados
a equacionar o tipo de resposta que damos aos desafios de Deus. Ao propor-nos o
exemplo
de Maria de Nazaré, a liturgia convida-nos a acolher, com um coração aberto e
disponível, os planos de Deus para nós e para o mundo.
LEITURA I – Gen 3,9-15.20
O mal nunca vem de Deus… Deus criou-nos para a vida e
para a felicidade e deu-nos todas as condições para imprimirmos à nossa
existência uma dinâmica de vida, de felicidade, de realização plena.
O mal resulta das nossas escolhas erradas, do nosso
orgulho, do nosso egoísmo e auto-suficiência. Quando o homem escolhe viver
orgulhosamente só, ignorando as propostas de Deus e prescindindo do amor,
constrói cidades de egoísmo, de injustiça, de prepotência, de sofrimento, de
pecado…
Prescindir de Deus e caminhar longe dele leva o homem
ao confronto e à hostilidade com os outros homens e mulheres. Nasce, então, a
injustiça, a exploração, a violência. Os outros homens e mulheres deixam de ser
irmãos, para passarem a ser ameaças ao próprio bem-estar, à própria segurança,
aos próprios interesses.
Prescindir de Deus e dos seus caminhos significa
construir uma história de inimizade com o resto da criação. A natureza deixa de
ser, então, a casa comum que Deus ofereceu a todos os homens como espaço de
vida e de felicidade, para se tornar algo que eu uso e exploro em meu proveito
próprio, sem considerar a sua dignidade, beleza e grandeza.
LEITURA II – Ef 1,3-6.11-12
Deus tem um projecto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher .Esse projecto, apresentado aos homens através de Jesus
Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem
subterfúgios.
Deus “elegeu-nos… para sermos santos e
irrepreensíveis”. Já vimos que “ser santo” significa ser consagrado para o
serviço de Deus.
O nosso texto afirma, ainda, a centralidade de Cristo
nesta história de amor que Deus quis viver connosco…
EVANGELHO – Lc 1,26-38
O Evangelho apresenta a resposta de Maria ao plano de
Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e
a auto-suficiência e preferiu conformar a sua vida, de forma total e radical,
com os planos de Deus. Do seu “sim” total, resultou salvação e vida plena para
ela e para o mundo.
É através de homens e mulheres atentos aos projectos
de Deus e de coração disponível para o serviço dos irmãos, que Deus actua no
mundo.
Maria era uma jovem mulher de uma aldeia obscura dessa “Galileia dos pagãos” de onde não podia “vir nada de bom”. Não consta
que tivesse uma significativa preparação intelectual, extraordinários
conhecimentos teológicos, ou amigos poderosos nos círculos de poder e de
influência da Palestina de então… Apesar disso, foi escolhida por Deus
para desempenhar um papel primordial na etapa mais significativa na história da
salvação. Deus age através de homens e mulheres, independentemente das suas
qualidades humanas. O que é decisivo é a disponibilidade e o amor com que
se acolhem e testemunham as propostas de Deus.
Maria de Nazaré foi, certamente, uma mulher para quem Deus ocupava o
primeiro lugar e era a prioridade fundamental. Maria de Nazaré foi, certamente,
uma pessoa de oração e de fé, que fez a
experiência do encontro com Deus e aprendeu a confiar totalmente n’Ele.
Fonte: “dehoniano.org/portal/liturgia”
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