QUARTA-FEIRA - I
SEMANA DO ADVENTO - ANOS ÍMPARES - 5 DEZEMBRO 2018
Primeira leitura: Is. 25, 6-10ª
O banquete simboliza a comunhão, o diálogo, a festa, a
vitória. O banquete anunciado por Isaías celebrará a derrota, por Deus, dos
poderes que subjugam o homem, mas também a realeza universal do mesmo Deus.
Esse banquete será oferecido em Sião, símbolo da eleição de Israel.
Como era costume, o Rei, ao ser entronizado, oferece
presentes aos convidados.
O primeiro é a sua presença, e a sua manifestação aos povos: «arrancará o véu de luto que cobre todos os povos, o pano que encobre todas as nações» (v. 7). Outro presente será a aniquilação da morte. Finalmente, o próprio Deus passará a enxugar as lágrimas de todas as faces, a consolar todos os que sofrem. É o terceiro dom, um dom personalizado.
O primeiro é a sua presença, e a sua manifestação aos povos: «arrancará o véu de luto que cobre todos os povos, o pano que encobre todas as nações» (v. 7). Outro presente será a aniquilação da morte. Finalmente, o próprio Deus passará a enxugar as lágrimas de todas as faces, a consolar todos os que sofrem. É o terceiro dom, um dom personalizado.
Esta esperança baseia-se unicamente na promessa de
Deus, e não em cálculos humanos: «Foi o Senhor quem o proclarnou» (v. 8). É uma
esperança segura. Por isso, irrompe o hino de louvor, ainda antes da realização
da promessa da salvação.
Evangelho: Mt. 15, 29-37
Mateus apresenta-nos um magnifico quadro em que Jesus
que cura os doentes e dá a todos o pão, sinal do banquete messiânico. Assim
revela a sua compaixão para com a multidão que O seguiam. Os discípulos nem
tinham reparado na fome e falta de meios daquela gente. Por isso, antes de
fazer o milagre, Jesus chama-os e convida-os a participar da sua compaixão para
com os pobres e carenciados.
Mateus narrara, pouco antes, uma viagem de Jesus a
terra estrangeira (15, 21), o que nos permite pensar que a multidão fosse
formada, pelo menos em boa parte, por pagãos. O evangelista, que sabe que a
missão universal é pós-pascal, quer sublinhar que a compaixão de Deus,
manifestada em Jesus, abrange todos os povos. Na primeira multiplicação dos
pães (Mt 14, 13-21), Jesus tinha-se revelado o bom pastor de Israel. Agora,
também os pagãos são convidados para o banquete messiânico.
Os pães que sobejam mostram que nesse banquete há
sempre lugar para todos. O número 7 dos cestos do pão que sobejou, bem como o
número 4.000 dos que comeram, simbolizam, mais uma vez, o tema da salvação
universal, que Jesus tem em mente.
Todos nós sentimos um forte desejo de felicidade. Foi
Deus que pôs em nós esse desejo, para que O procurássemos. Por isso quer
satisfazer-nos.
Na liturgia de hoje, Deus promete-nos o fim das nossas penas e muita felicidade. De facto as leituras são uma ilustração coerente do rosto de Deus, que vem curar a humanidade ferida e satisfazer o nosso desejo de salvação.
Na liturgia de hoje, Deus promete-nos o fim das nossas penas e muita felicidade. De facto as leituras são uma ilustração coerente do rosto de Deus, que vem curar a humanidade ferida e satisfazer o nosso desejo de salvação.
Desejamos essa salvação, mas só Deus no-Ia pode dar,
iluminando os nossos corações ameaçados pelo não conhecimento d ' Ele e pelo
desânimo. Reconhecemo-nos a nós mesmos no meio da multidão de pobres e doentes
que se acotovelam ao redor de Jesus, pois n ' Ele descobrem Deus hóspede da
humanidade, que cura os doentes e a todos oferece uma refeição, símbolo do
banquete eterno para o qual vem convidar todos os homens.
Por isso, todos nos sentimentos também convidados a
proclamar o poder do Hóspede divino, que vence a dor e a morte, que prepara o
banquete para todos os povos, e a contemplar o seu rosto. De facto, a
misericórdia divina assume para nós os contornos do rosto e dos gestos de Jesus
que cura os doentes e sacia as multidões famintas que O seguem.
Na compaixão de Jesus, torna-se visível, para nós, o
rosto de um Deus, médico que cura a nossa humanidade cansada e doente. Nele
encontramos o divino e generoso Hóspede que nos acolhe à sua mesa e declara
quanto somos importantes e preciosos aos seus olhos.
Ao lermos este evangelho no Advento, podemos ver nele
alguns símbolos da Incarnação. Jesus fez-se homem porque teve compaixão dos
homens e lhes quis dar de comer. Para poder dar-nos a sua carne e o seu sangue,
pediu a colaboração da Virgem Maria. Mais tarde pedirá aos Apóstolos para
estarem disponíveis, isto é, para darem o que têm para que Ele possa
multiplicar o pouco de que dispõem e responder aos grande problemas do mundo.
O mesmo quer continuar a fazer nos nossos dias. Por
isso nos mostra as necessidades do mundo de hoje, nos sensibiliza para elas e
nos pergunta: «Quantos pães tendes?» Pede-nos para pormos à disposição de todos
o pouco que temos, pede-nos disponibilidade, para continuar a sua obra de
salvação, de libertação.
Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia/”
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