QUINTA-FEIRA – I
SEMANA DO ADVENTO - ANOS ÍMPARES - 6 DEZEMBRO 2018
Primeira leitura: Is. 26, 1-6
Isaías apresenta um hino de acção de graças pela ajuda do Senhor que faz de Jerusalém uma cidade forte, em oposição a Babilónia.
O hino é entoado pelos habitantes da cidade, que
precisa de ser reconstruída e de muros que lhe garantam a segurança. Mas esses
muros podem tornar-se uma defesa do bem-estar próprio, uma barreira contra os
humildes. Por isso, é que o profeta convida a abrir as portas da cidade, para
que os seus habitantes não se fechem nas suas próprias seguranças, mas estejam
abertos ao mundo. Assim, a cidade tomar-se-é refúgio para outros, chamados
«povo justo. (v. 2). A expressão sugere que os habitantes da cidade não são
justos, nem fiéis. Mas, abrindo-se aos outros, aos pobres, pode encontrar a
salvação.
Evangelho: Mt. 7, 21.24-27
As imagens antitéticas do homem prudente e do
insensato, e o diferente resultado do modo de agir de um e de outro
correspondem às fórmulas da aliança de Deus com Israel que se concluem com as
bênçãos e com as maldições. Tais bênçãos e maldições dependem da consistência
do agir humano e do fundamento sobre que se apoiam.
É certamente mais custoso construir sobre a rocha (v.
24) do que construir sobre a areia. Mas, a casa construída sobre a rocha é
sólida e resiste aos temporais e às enxurradas, enquanto a que é construída
sobre a areia facilmente se desmorona e cai em ruínas. A qualidade do
fundamento é, pois, decisiva. A Palavra é o fundamento imperecível para apoiar
as nossas obras e a nossa vida. Não são as emoções fáceis resultantes de
milagres ou de manifestações espectaculares que dão fundamento seguro à nossa
vida e à nossa realização pessoal, mas a obediência filial à vontade de Deus:
«Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim
aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu> (v. 21).
O Advento é tempo de viver mais intensamente a
esperança e de crescer na confiança, porque Deus prometeu e vem efectivamente
salvar-nos. «Temos uma cidade forte ... o Senhor protege-nos, constrói para nós
a paz ... é preciso pôr a nossa confiança no Senhor, porque Ele é a rocha
segura ... É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem ... Abri-me
as portas da justiça: quero entrar e dar graças ao Senhor». Estes são alguns
dos gritos de confiança, que escutamos durante o advento, que nos dão coragem e
criam à nossa volta uma atmosfera de tranquilidade e de segurança.
O evangelho diz-nos qual é o verdadeiro fundamento do
discipulado e da nossa confiança. Não são as coisas extraordinárias - os
exorcismos, as curas, os milagres - mas na Palavra devidamente escutada e posta
em prática. Não é suficiente dizer «Senhor; Senhor» para ser verdadeiro
discípulo. É preciso obedecer à Palavra do Senhor encarnada na vida. Também não
posso fundamentar a minha vida no excepcional. no aparente ou na vaidade das
minhas realizações efémeras. Com isso só mascaro a inconsistência da minha
vida, esquecendo-me de que, mesmo os mais pequenos gestos de bem, que eu possa
realizar, são dom da graça, que exigem humildade e reconhecimento. E, se
repentinamente me vejo confrontado com a minha fragilidade, deixo-me tomar pelo
terror e pelo desespero, como quando cai uma casa, porque verifico que não
tenho morada na «cidade torte-, habitada exclusivamente por «um povo justo, que
cumpre com os seus compromissos» e fundamenta a sua existência no Senhor, rocha
eterna.
Diferente será a minha sorte, se apoiar a minha vida na Palavra do Senhor. Ela será para mim solidez e protecção. Talvez até possa esquecer as minhas boas obras, afastando-me de qualquer forma de auto complacência. Então, hei-de experimentar o que escreve o livro do Apocalipse: «Depois, ouvi uma voz que vinha do céu e me dizia:
Descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham» (cf. Apoc 14, 13). Quem se gloria unicamente na bondade do Senhor, vê abrirem-se-lhe as portas da «cidade torte-. E poderá entrar no Reino do Filho muito amado do Pai.
O Advento é tempo de Maria. Ela é, para nós, modelo de esperança e de confiança em Deus. Ela ensina-nos a fundamentar a nossa vida na Palavra. A nossa preparação para o Natal deve acontecer em união com Maria.
Diferente será a minha sorte, se apoiar a minha vida na Palavra do Senhor. Ela será para mim solidez e protecção. Talvez até possa esquecer as minhas boas obras, afastando-me de qualquer forma de auto complacência. Então, hei-de experimentar o que escreve o livro do Apocalipse: «Depois, ouvi uma voz que vinha do céu e me dizia:
Descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham» (cf. Apoc 14, 13). Quem se gloria unicamente na bondade do Senhor, vê abrirem-se-lhe as portas da «cidade torte-. E poderá entrar no Reino do Filho muito amado do Pai.
O Advento é tempo de Maria. Ela é, para nós, modelo de esperança e de confiança em Deus. Ela ensina-nos a fundamentar a nossa vida na Palavra. A nossa preparação para o Natal deve acontecer em união com Maria.
Escreve João Paulo II:
"Maria apareceu cheia de Cristo no horizonte da história da salvação" (RM 3). "Na noite da espera, Maria é a estrela da manhã", é "a aurora" que anuncia o dia, o surgir do sol. Maria é espera cheia de esperança e amorosa confiança. É Ela que nos traz Jesus, a Palavra, o Verbo de Deus feito carne, sobre o Qual havemos de fundamentar a nossa vida: "Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha ... " (Mt 7, 24). "Rocha", "Rochedo" são imagens típicas de Deus que exprimem solidez, segurança: "Deus é a rocha da minha defesa ... " (SI 62(61), 3): "Vós sois, meu Deus, a rocha da minha salvação ... " (SI 89(88), 27).
"Maria apareceu cheia de Cristo no horizonte da história da salvação" (RM 3). "Na noite da espera, Maria é a estrela da manhã", é "a aurora" que anuncia o dia, o surgir do sol. Maria é espera cheia de esperança e amorosa confiança. É Ela que nos traz Jesus, a Palavra, o Verbo de Deus feito carne, sobre o Qual havemos de fundamentar a nossa vida: "Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha ... " (Mt 7, 24). "Rocha", "Rochedo" são imagens típicas de Deus que exprimem solidez, segurança: "Deus é a rocha da minha defesa ... " (SI 62(61), 3): "Vós sois, meu Deus, a rocha da minha salvação ... " (SI 89(88), 27).
Fonte: “dehonianos.org/portal/liturgia/”
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