A
Igreja Católica em Moçambique defende que o actual modelo de
negociações entre o Governo e a Renamo não é eficaz. O bispo auxiliar em
Maputo, João Nunes, diz que as negociações devem ser lideradas pelos
presidentes da República, Armando Guebuza, e da Renamo, Afonso Dhlakama.
O
bispo auxiliar da Igreja Católica em Maputo, João Nunes, diz que as
actuais equipas de negociações por parte do Governo e da Renamo não são
capazes de desbloquear a tensão que se vive, actualmente, no país.
“Pela
importância e urgência da situação, somos apologistas de que, mais do
que utilizar delegações, seria importante que o diálogo fosse ao nível
mais alto, ou seja, os dois protagonistas, sua excelência Presidente da
República de Moçambique e Dhlakama que se encontrassem efectivamente.
Acho que seria um gesto importante porque algumas questões iriam se
suprir e ultrapassar”, sugeriu.
João
Nunes considera que o que está a ser feito no país não é negociação,
porque as delegações criadas têm ainda problemas de concertação e sabem
apenas representar, sendo que levam muito tempo para tomarem decisões.
A
Igreja Católica apela aos partidos políticos para que actuem pelo bem
comum e não pelos interesses políticos. “Apelamos ao bom senso entre as
partes. Dialoguem verdadeiramente, busquem consensos e procurem aquilo
que une o povo. Tenham em conta, no diálogo, todo Moçambique, não olhem
só as suas fracções. Parece-nos que cada um está a preocupar-se com o
seu partido”, disse o bispo auxiliar em Maputo, João Nunes.
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