O Domingo de Ramos foi celebrado solenemente na Diocese de Gurúè, com a Celebração da Paixão do Senhor nas nossas comunidades e com a Celebração da Jornada Mundial da Juventude.
Na Paróquia da Sé Catedral a bênção dos Ramos teve lugar na Capelinha de S. António com a participação de numerosos fiéis. Dai partiu a corresponde Procissão até à Catedral, que demorou que demorou uma hora e 45 minutos. Seguiu a Solene Celebração da Eucaristia com a leitura da Paixão do Senhor.
Na parte da tarde, os jovens das três Paróquias da Sede, Santo António, S. Carlos Lwanga e Capelania S. Bernardo entraram-se com D. Francisco para comemorar a Jornada Mundial da Juventude. Os jovens, que encheram a catedral, escutaram a reflexão do Sr. Bispo sobre o tema proposto pelo Papa Francisco na sua Mensagem para este dia e estabeleceram um interessante diálogo com o próprio Bispo, D. Francisco.
Para animar encontro, cada grupo juvenil das referidas paróquias apresenta algumas actividades recreativas, nomeadamente uma peça teatral e cânticos corais. No fim, os jovens quiseram homenagear o Sr. Bispo com alguns presentes.
HOMILIA E D. FRANCISCO NA MISSA DO DOMINGOS DE RAMOS
A liturgia deste último Domingo da Quaresma convida-nos a contemplar
esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa
humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o
pecado fossem vencidos. A cruz apresenta-nos a lição suprema, o último
passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da
vida por amor.
A
primeira leitura (Is 50, 4-7), apresenta-nos
um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra
da salvação. Apesar do sofrimento e da
perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa
fidelidade, os projectos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a
figura de Jesus.
• quem é
este “servo “?;: ele é a Palavra de Deus feita carne, que oferece a sua vida
para trazer a salvação/libertação aos homens… A vida de Jesus realiza
plenamente esse destino de dom e de entrega da vida em favor de todos; e a sua
glorificação mostra que uma vida vivida deste jeito não termina no fracasso,
mas na ressurreição que gera vida nova.
• Jesus, o “servo” sofredor que faz da sua vida um dom por amor, mostra aos seus seguidores o caminho: a vida, quando é posta ao serviço da libertação dos pobres e dos oprimidos, não é perdida mesmo que pareça, em termos humanos, fracassada e sem sentido. Temos a coragem de fazer da nossa vida uma entrega radical ao projecto de Deus e à libertação dos nossos irmãos Temos consciência de que, ao escolher este caminho, estamos a gerar vida nova, para nós e para os nossos irmãos?
. A segunda leitura (Filip 2, 6-11), apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.
• Jesus, o “servo” sofredor que faz da sua vida um dom por amor, mostra aos seus seguidores o caminho: a vida, quando é posta ao serviço da libertação dos pobres e dos oprimidos, não é perdida mesmo que pareça, em termos humanos, fracassada e sem sentido. Temos a coragem de fazer da nossa vida uma entrega radical ao projecto de Deus e à libertação dos nossos irmãos Temos consciência de que, ao escolher este caminho, estamos a gerar vida nova, para nós e para os nossos irmãos?
. A segunda leitura (Filip 2, 6-11), apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.
• Os valores que marcaram a existência
de Cristo continuam a não ser demasiado apreciados no nosso tempo e na nossa
sociedade. De acordo com os critérios …os grandes “ganhadores” não são os que
põem a sua vida ao serviço dos outros, com humildade e simplicidade, mas são os
que enfrentam o mundo com agressividade, com auto-suficiência e fazem por ser
os melhores, mesmo que isso signifique não olhar a meios para passar à frente
dos outros. Como pode um cristão conviver com estes valores?
• a nós é pedido, nestes últimos dias antes da Páscoa, um passo em frente neste difícil caminho da humildade, do serviço, do amor: será possível que, também aqui, sejamos as testemunhas da lógica de Deus?
• Os acontecimentos que, nesta semana, vamos celebrar garantem-nos que o caminho do dom da vida não é um caminho de “perdedores” e fracassados: o caminho do dom da vida conduz ao sepulcro vazio da manhã de Páscoa, à ressurreição. É um caminho que garante a vitória e a vida plena.
O Evangelho (Mc 14, 1 - 15,47), convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.
• Celebrar a paixão e a morte de Jesus é contemplar Deus a quem o amor tornou frágil… Por amor, Ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites e fragilidades, experimentou a fome, o sono, o cansaço, conheceu a mordedura das tentações, experimentou a angústia e o pavor diante da morte; e, estendido no chão, esmagado contra a terra, atraiçoado, abandonado, incompreendido, continuou a amar.
• a nós é pedido, nestes últimos dias antes da Páscoa, um passo em frente neste difícil caminho da humildade, do serviço, do amor: será possível que, também aqui, sejamos as testemunhas da lógica de Deus?
• Os acontecimentos que, nesta semana, vamos celebrar garantem-nos que o caminho do dom da vida não é um caminho de “perdedores” e fracassados: o caminho do dom da vida conduz ao sepulcro vazio da manhã de Páscoa, à ressurreição. É um caminho que garante a vitória e a vida plena.
O Evangelho (Mc 14, 1 - 15,47), convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.
• Celebrar a paixão e a morte de Jesus é contemplar Deus a quem o amor tornou frágil… Por amor, Ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites e fragilidades, experimentou a fome, o sono, o cansaço, conheceu a mordedura das tentações, experimentou a angústia e o pavor diante da morte; e, estendido no chão, esmagado contra a terra, atraiçoado, abandonado, incompreendido, continuou a amar.
• Contemplar a cruz onde se manifesta o amor
e a entrega de Jesus significa assumir a mesma atitude que Ele assumiu e
solidarizar-Se com aqueles que são crucificados neste mundo: os que sofrem
violência, os que são explorados, os que são excluídos, os que são privados de
direitos e de dignidade…
Olhar a cruz de Jesus
significa denunciar tudo o que gera ódio, divisão, medo, em termos de
estruturas, valores, práticas, ideologias; significa evitar que os homens
continuem a crucificar outros homens;
significa aprender com Jesus a entregar a vida por amor…
• Um dos
elementos mais destacados no relato da paixão é a forma como Jesus Se comporta ao longo de todo o processo que conduz
à sua morte…
• A “angústia” e o
“pavor” de Jesus diante da morte, o seu lamento pela
solidão e pelo abandono, tornam-n’O muito “humano”, muito próximo das nossas
debilidades e fragilidades. Dessa forma, é mais fácil identificarmo-nos com
Ele, confiar n’Ele, segui-l’O no seu caminho do amor e da entrega. A humanidade
de Jesus mostra-nos, também, que o
caminho da obediência ao Pai não é um caminho impossível, reservado a
super-heróis ou a deuses, mas é um caminho de homens frágeis, chamados por Deus
a percorrerem, com esforço, o caminho que conduz à vida definitiva.• A solidão de Jesus diante do sofrimento e da morte anuncia já a solidão do discípulo que percorre o caminho da cruz. Quando o discípulo procura cumprir o projecto de Deus, recusa os valores do mundo, enfrenta as forças da opressão e da morte, recebe a indiferença e o desprezo do mundo e tem de percorrer o seu caminho na mais dramática solidão. O discípulo tem de saber, no entanto, que o caminho da cruz, apesar de difícil, doloroso e solitário, não é um caminho de fracasso e de morte, mas é um caminho de libertação e de vida plena.
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