Brinde à saúde de alunos e professores da Universidade Católica no Gurúè na Festa de S. Agostinho |
A
Extensão de Gurúè da Universidade Católica de Moçambique (EGUCM), celebrou pela
primeira vez a Festa do seu Padroeiro Santo Agostinho.
Os
vários actos programados pela instituição deram início às 8.00h, na Sé
Catedral, com a celebração da Eucaristia presidida por D. Francisco Lerma,
Bispo da Diocese e concelebrada pelo Director da extensão, o Pe. Daniel A.
Raul, o Chanceler e Secretário da Diocese, Pe. Agostinho Vasconcelos e pelo Pe.
Paulino Nicau, Vigário Paroquial e Professor.
A Celebração da Eucaristia na Catedral presidida por D. Francisco Lerma |
Participaram
os alunos, professores e pessoal auxiliar da extensão e as Autoridades Civis do
Distrito e do Município e da Direcção Distrital de Educação e mais outras
pessoas convidadas da comunidade.
O Director da Extensão, Dr. Pe. Daniel Raul, abre a sessão académica. |
À
seguir à Eucaristia, no Cinema Gurúè, realizou-se o acto académico com uma
palestra sobre a Vida e Escritos de Santo Agostinho, apresentada pelo Prf. Pe.
Paulino Nicau, seguida de um vivo debate entre algumas questões levantada pelo
palestrante.
O Dr. Pe. Paulino Nicau orientou a palestra sobre a Vida e Escritos de S. Agostinho |
Depois
de uma breves palavras de agradecimento a todos os que colaboraram pela
instauração da Universidade Católica de Moçambique na Diocese de Gurúè, o Bispo
deu por encerrada a sessão académica.
O corte do bolo em sinal de unidade e comunhão entre os membros da família académica |
Eis o texto da Homilia proferida por D. Francisco durante a Eucaristia
DUAS
PALAVRAS: “SANTO e AGOSTINHO”
I.-
Santo e Padroeiro da UCM. Sentido: celebramos alguém que viveu em plenitude o
caminho de todo cristão: o discipulado de Jesus, a sua doutrina e o seu
exemplo. Ele escreveu no Livro das Confissões: “Para vós sou pastor –bispo- ,
mas convosco sou colega, sou cristão”.
O
Padroeiro é para ser imitado, e exemplo de vida. Mas, ao mesmo tempo, o
padroeiro torna-se protector e intercessor junto de Deus pois ele já atingiu a
meta aonde todos nós desejamos chegar um dia, meta de plenitude absoluta de
paz, verdade, vida e amor.
II.
AGOSTINHO
Um
homem dos primeiros tempos da nossa era (viveu entre o séculos IV (354) e V
(430), mas um homem do nosso tempo pelo seu estilo de vida, pelos seus
ensinamentos.
1.A
Inquietação.
“O nosso coração está inquieto em
quanto não descansa em Vós”.
Um
homem de dimensões enormes e muito variadas: uma pessoa, de carne e ossos como
nós; um homem que, desde a sua juventude – ainda aluno- andava inquieto à
procura da verdade, da beleza, do amor, dimensões humanas que procuro
constantemente através de leituras, diálogos, viagens. Uma sede de verdade que
nunca se apagou.
Esta
é a característica que sobressai na vida de gostinho, grande pensador,
filósofo, professor pastor manje e santo, a inquietação do coração, um suspiro
de verdade e de amor.
2.O encontro com a Verdade.
Na sua constante procura nada lhe satisfazia
até que encontro a luz do Evangelho, a luz de Deus”
“Oh eterna verdade! Tarde Vos amei;
Oh beleza tão antiga e tão nova, tarde
Vos amei!
Vós estáveis dentro de mim, mas eu
estava fora
E fora de mim Vos procurava com o meu
espírito deformado”
Agostinho
finalmente encontra a Verdade e o Amor absolto, Deus. Abre toda a sua vida a
Deus: o seu passado, o seu presente e o seu futuro. Ele escreve:
“Fizeste-nos para Ti, Senhor; e o nosso
coração não encontra sossego até não repousar em Ti”.
3.
Na sua morte, em Agostinho nada morre.
Para
ele, nasce a plenitude da verdade e do amor, a paz definitiva que sempre
procurou.
Para
nós nasce um caminho a percorrer, um exemplo a imitar e seguir, uma doutrina a
ler e estudar.
Desde
aquele longínquo 28 de Agosto do ano 430 há qualquer traço de Agostinho na
história da humanidade e na história de cada um de nós.
Gurúè,
28.08.2014
+
flerma
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