Cristo, nossa Justiça |
Iª Semana Social, organizada
pela CIRM-CONFEREMO, representando 38 Congregações de Vida Consagrada, 2
Institutos Seculares e a Secretária Geral da Comissão Episcopal de Justiça e
Paz
Nós, os 53 participantes da Iª Semana Social, organizada
pela CIRM-CONFEREMO, representando 38 Congregações de Vida Consagrada, 2
Institutos Seculares e a Secretária Geral da Comissão Episcopal de Justiça e
Paz, em missão em todas as províncias do país, acolhidos por S. Excia Rev.ma
Dom Cláudio Dalla Zuanna, Arcebispo da Beira e Presidente da Comissão Episcopal
para a Vida Consagrada; reunidos de 22 a 26 de Abril de 2013, no Centro de
Formação de Nazaré, cidade da Beira, reflectimos sobre os seguintes temas: A Lei da Terra, o Tráfico de Seres Humanos e
a Violência contra a rapariga. Contou-se com a presença de especialistas:
Dr. João Mosca, economista e académico, Dr. Agostinho Serôdio Rotuto,
Procurador Provincial-Chefe de Manica, Sra. Margarida Pascoa Guitunga e Dr.
Joseph Matongo, ambos da SANTAC. Fomos norteados pelas reflexões inspiradas na
Exortação Apostólica Pós-Sinodal Africae
Munus, no Capitulo II – Campos de Apostolado (nº 132 a 138), feitas pelo
Pe. Paul Nadolny, Presidente da CIRM e Ir. Ester Lucas, Presidente da CONFEREMO.
Constatamos que no povo e nas nossas comunidades, há um
grande desconhecimento e consequente fraca aplicação da Declaração Universal
dos Direitos Humanos, da Lei da Terra, da Lei de Tráfico de Seres humanos, como
também de outros instrumentos legais afins, o que dificulta uma acção pastoral
mais eficiente e efectiva em defesa da vida. Assim, com o profeta Oseias,
afirmamos “o meu povo está a morrer por
falta de conhecimento” (Os 4,6).
Chocados com a magnitude das injustiças sociais na forma de
violação dos Direitos Humanos,
DECLARAMOS
(1)
Que repudiamos fortemente o
Tráfico de Seres Humanos, a Violência contra a rapariga e o desarreigo da terra
que acontece nas comunidades;
(2)
Que condenamos todas as acções que
levam a destruição da vida e da dignidade humana;
(3)
Que denunciamos a impunidade, a
indiferença e cumplicidade que favorece os autores materiais e morais que
perpetuam tais crimes;
(4)
Que assumimos o compromisso de desenvolver acções concretas para aumentar o conhecimento da
Lei do Trafico de Seres Humanos e da Lei da Terra, e a capacidade de prevenir e
responder aos crimes relacionados contra os Direitos Humanos, a partir
das comunidades onde actuamos, unindo esforços para alcançar os valores do
Reino de Deus; de paz, justiça e reconciliação em Moçambique, na região e no
mundo.
Beira, 25 de Abril de 2013
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