quarta-feira, 22 de março de 2023

II Aniversário da Ordenação Episcopal de Dom inácio Lucas


 No dia 21 de Março do corrente, a Igreja diocesana de Gurúè celebrou jubilosamente a comemoração do II aniversário da Ordenação Episcopal de Dom Inácio Lucas.

As festividades tiveram o seu epicentro no paço episcopal, onde foi celebrada a Missa de Acção de graças, presidida por Dom Inácio, concelebrada por Dom Tonito Muananoua, Bispo Auxiliar eleito da Arquidiocese de Maputo e pelos sacerdotes da Casa Diocesana, do Seminário Propedêutico S. José e da Paróquia de Invinha. Estiveram presentes na celebração, as Irmãs Filhas de Nossa Senhora da Visitação e finalistas do Curso Teológico.
Dom Inácio Lucas

Em sua homilia, Dom Inácio agradeceu a Deus pelo dom do serviço episcopal, proporcionado ao povo de Deus nestes dois anos. Partilhou sem reservas dos momentos significativos da sua experiência sacerdotal e episcopal, para vincar que o serviço é exigente e requer muita disponibilidade  e dedicação.

Após a Missa teve lugar no Salão da Casa Diocesana, um momento de confraternização e recreação.

Desde a nossa página, parabéns Dom Inácio!!!

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

ANIVERSÁRIO NATALICIO DE DOM INÁCIO

 Na Festa de São Mateus, a Igreja Diocesana de Gurue revive o aniversário natalício do seu Bispo, Dom Inácio Lucas.

Desde a nossa página, queremos endereçar ao Senhor Bispo, os nossos melhores votos de muitas felicidades, rogando  a Deus Pai, copiosas graças e bênçãos no testemunho seu ministério apostólico.

Feliz Aniversário!!!



terça-feira, 21 de junho de 2022

24º aniversário da Ordenação sacerdotal

 A Igreja diocesana vive hoje momentos de gratidão e louvor, pela celebração dos 24 anos de Ordenação sacerdotal de Dom Inácio Lucas, terceiro Bispo da Diocese.

Imerso no meio do povo, Dom Inácio revive esta data na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima de Alto Molócue, onde está a efectuar a visita pastoral e a conferir o sacramento de Crisma.

Há 24 anos (21.06.1998), na Paróquia de São Mateus de Mirrote, Dom Inácio Lucas foi ordenado sacerdote por S.E.R. Dom Germano Grachane, 1º Bispo da Diocese de Nacala.

Desde a página do nosso Blogger, queremos desejar ao nosso Bispo na abertura do seu jubileu de p

sábado, 7 de maio de 2022

CINCO NOVOS DIÁCONOS

 A Diocese de Gurúè acolheu hoje, cinco novos Diáconos da Igreja. Trata-se do Diácono Comido Lucas Munhenhua, Diácono Eustácio Domingos Namanla, Diácono Lázaro  Germano Namalua, Diácono Samuel Alegria dos Santos Manuel e Diácono Tarcísio Pereira.



O rito da ordenação teve lugar na Paróquia de Santo António da Sé Catedral e foi presido pelo Bispo da Diocese, Dom Inácio Lucas. Em sua homilia, depois de comentar os textos da liturgia do dia em torno da figura de Cristo, protótipo do Bom Pastor, Dom Inácio evidenciou as qualidades do Bom Pastor e as exigências do rebanho para corresponder às orientações do Pastor.

Falando concretamente aos Diáconos, Dom Inácio desencorajou a corrida ao dinheiro e lucros desonestos, como realidades que eclipsam as qualidades do servidor. Aliás, Dom Inácio disse que Cristo é o Bom Pastor por excelência e Pastor modelo a imitar.

Após a celebração, seguiu-se um momento de confraternização na Casa família.

Desde a nossa página do blogger, queremos endereçar aos neo ordenados Diáconos, votos de um profícuo serviço, com os olhos postos em Cristo que veio para servir e não ser servido.



sábado, 15 de janeiro de 2022

Instituição de Leitores e Acólitos

 Teve lugar na Capela do Paço episcopal de Gurúè, às 11 horas de hoje, 15 de Janeiro de 2022, uma celebração eucarística presidida pelo nosso Bispo, na qual foram Instituídos 5 Leitores e 4 Acólitos, todos eles candidatos ao ministério sacerdotal no Curso de Teologia em Maputo. 




Concelebraram a Missa os Reverendos Padres: João Enresto Tárua- Reitor do Seminário Propedêutico, José Pedro Vasco, pregador do Retiro dos seminaristas Maiores e Pároco de Santa Cruz de Molumbo, Pe Diogo Muanido, Padre Paulino Nicau, Pároco da Sé Catedral, Pe Franice Moisés João da Diocese de Inhambane , Pe Ivêncio Julião Setele, da Diocese de Inhambane, Pe Luciano Cominotti, ecónomo da Diocese e Padre Tonito Muananoua. 

Em sua homilia, Dom Inácio encorajou os jovens a serem perseverantes e citando o discurso do Papa Francisco a quando a sua visita em Moçambique em 2019, convidou os seminaristas a viver do essencial.

Eis os seminaristas hoje instituídos:

Leitores

1) Alfândega Uaissone Cabterra da Paróquia S. Tiago Maior de Namarrói

2) Atanásio Afonso Inchilo da Paróquia de São Bernardo

3) Bernardo Marcelino da Paróquia da Imaculada Conceição de Invinha

4) Porto Patrício Porto da Paróquia -Santuário Nossa Senhora Raínha do Mundo Malua

5) Uilcamo Bonifácio Tampavi da Paróquia de São Carlos Luwanga

Acólitos

1) Amarchande Mateus Pereira da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima de Alto Molócue

2) Evaristo António Musselo, da Paróquia de S. Carlos Luwanga

3) Jeremias Francisco Piloto da Paróquia de São Pedro Claver de Muiane

4) Quisito Benício, da Paróquia de Santo António de Gurúè

No fim da celebração, teve lugar uma confraternização.





terça-feira, 11 de janeiro de 2022

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2022

 «Sereis minhas testemunhas» (At 1, 8)

Queridos irmãos e irmãs!

Estas palavras encontram-se no último colóquio de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, antes de subir ao Céu, como se descreve nos Atos dos Apóstolos: «Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo» (1, 8). E constituem também o tema do Dia Mundial das Missões de 2022, que, como sempre, nos ajuda a viver o facto de a Igreja ser, por sua natureza, missionária. Neste ano, o citado Dia proporciona-nos a ocasião de comemorar algumas efemérides relevantes para a vida e missão da Igreja: a fundação, há 400 anos, da Congregação de Propaganda Fide – hoje designada Congregação para a Evangelização dos Povos – e, há 200 anos, da «Obra da Propagação da Fé; esta, juntamente com a Obra da Santa Infância e a Obra de São Pedro Apóstolo, há 100 anos foram reconhecidas como «Pontifícias».

Detenhamo-nos nestas três expressões-chave que resumem os três alicerces da vida e da missão dos discípulos: «Sereis minhas testemunhas», «até aos confins do mundo» e «recebereis a força do Espírito Santo».

1. «Sereis minhas testemunhas» – A chamada de todos os cristãos a testemunhar Cristo

É o ponto central, o coração do ensinamento de Jesus aos discípulos em ordem à sua missão no mundo. Todos os discípulos serão testemunhas de Jesus, graças ao Espírito Santo que vão receber: será a graça a constituí-los como tais, por todo o lado aonde forem, onde quer que estejam. Tal como Cristo é o primeiro enviado, ou seja, missionário do Pai (cf. Jo 20, 21) e, enquanto tal, a sua «Testemunha fiel» (Ap 1, 5), assim também todo o cristão é chamado a ser missionário e testemunha de Cristo. E a Igreja, comunidade dos discípulos de Cristo, não tem outra missão senão a de evangelizar o mundo, dando testemunho de Cristo. A identidade da Igreja é evangelizar.

Uma releitura de conjunto mais aprofundada esclarece-nos alguns aspetos sempre atuais da missão confiada por Cristo aos discípulos: «Sereis minhas testemunhas». A forma plural destaca o caráter comunitário-eclesial da chamada missionária dos discípulos. Todo o batizado é chamado à missão na Igreja e por mandato da Igreja: por isso a missão realiza-se em conjunto, não individualmente: em comunhão com a comunidade eclesial e não por iniciativa própria. E ainda que alguém, numa situação muito particular, leve avante a missão evangelizadora sozinho, realiza-a e deve realizá-la sempre em comunhão com a Igreja que o enviou. Como ensina São Paulo VI, na Exortação apostólica Evangelii nuntiandi (um documento de que muito gosto), «evangelizar não é, para quem quer que seja, um ato individual e isolado, mas profundamente eclesial. Assim, quando o mais obscuro dos pregadores, dos catequistas ou dos pastores, no rincão mais remoto, prega o Evangelho, reúne a sua pequena comunidade ou administra um Sacramento, mesmo sozinho, ele perfaz um ato de Igreja e o seu gesto está certamente conexo, por relações institucionais, como também por vínculos invisíveis e por raízes recônditas da ordem da graça, à atividade evangelizadora de toda a Igreja» (n.º 60). Com efeito, não foi por acaso que o Senhor Jesus mandou os seus discípulos em missão dois a dois; o testemunho prestado pelos cristãos a Cristo tem caráter sobretudo comunitário. Daí a importância essencial da presença duma comunidade, mesmo pequena, na realização da missão.

Em segundo lugar, é pedido aos discípulos para construírem a sua vida pessoal em chave de missão: são enviados por Jesus ao mundo não só para fazer a missão, mas também e sobretudo para viver a missão que lhes foi confiada; não só para dar testemunho, mas também e sobretudo para ser testemunhas de Cristo. Assim o diz, com palavras verdadeiramente comoventes, o apóstolo Paulo: «Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo» (2 Cor 4, 10). A essência da missão é testemunhar Cristo, isto é, a sua vida, paixão, morte e ressurreição por amor do Pai e da humanidade. Não foi por acaso que os Apóstolos foram procurar o substituto de Judas entre aqueles que tinham sido, como eles, testemunhas da ressurreição (cf. At 1, 22). É Cristo, e Cristo ressuscitado, Aquele que devemos testemunhar e cuja vida devemos partilhar. Os missionários de Cristo não são enviados para comunicar-se a si mesmos, mostrar as suas qualidades e capacidades persuasivas ou os seus dotes de gestão. Em vez disso, têm a honra sublime de oferecer Cristo, por palavras e ações, anunciando a todos a Boa Nova da sua salvação com alegria e ousadia, como os primeiros apóstolos.

Por isso, em última análise, a verdadeira testemunha é o «mártir», aquele que dá a vida por Cristo, retribuindo o dom que Ele nos fez de Si mesmo. «A primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos salvos por Ele que nos impele a amá-Lo cada vez mais» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 264).

Enfim, a propósito do testemunho cristão, permanece sempre válida esta observação de São Paulo VI: «O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres (…) ou então, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas» (Evangelii nuntiandi, 41). Por conseguinte é fundamental, para a transmissão da fé, o testemunho de vida evangélica dos cristãos. Por outro lado, continua igualmente necessária a tarefa de anunciar a pessoa de Jesus e a sua mensagem. De facto, o mesmo Paulo VI continua mais adiante: «Sim! A pregação, a proclamação verbal duma mensagem, permanece sempre como algo indispensável. (...) A palavra continua a ser sempre atual, sobretudo quando ela for portadora da força divina. É por este motivo que permanece também com atualidade o axioma de São Paulo: “A fé vem da pregação” (Rom 10, 17). É a Palavra ouvida que leva a acreditar» (Ibid., 42).

Por isso, na evangelização, caminham juntos o exemplo de vida cristã e o anúncio de Cristo. Um serve ao outro. São os dois pulmões com que deve respirar cada comunidade para ser missionária. Este testemunho completo, coerente e jubiloso de Cristo será seguramente a força de atração para o crescimento da Igreja também no terceiro milénio. Assim, exorto todos a retomarem a coragem, a ousadia, aquela parresia dos primeiros cristãos, para testemunhar Cristo, com palavras e obras, em todos os ambientes da vida.

2. «Até aos confins do mundo» – A atualidade perene duma missão de evangelização universal

Ao exortar os discípulos a serem as suas testemunhas, o Senhor ressuscitado anuncia aonde são enviados: «Em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo» (At 1, 8). Aqui emerge muito claramente o caráter universal da missão dos discípulos. Coloca-se em destaque o movimento geográfico «centrífugo», quase em círculos concêntricos, desde Jerusalém – considerada pela tradição judaica como centro do mundo – à Judeia e Samaria, e até aos extremos «confins do mundo». Não são enviados para fazer proselitismo, mas para anunciar; o cristão não faz proselitismo. Os Atos dos Apóstolos narram-nos este movimento missionário: o mesmo dá-nos uma imagem muito bela da Igreja «em saída» para cumprir a sua vocação de testemunhar Cristo Senhor, orientada pela Providência divina através das circunstâncias concretas da vida. Com efeito, os primeiros cristãos foram perseguidos em Jerusalém e, por isso, dispersaram-se pela Judeia e a Samaria, testemunhando Cristo por toda a parte (cf. At 8, 1.4).

Algo semelhante acontece ainda no nosso tempo. Por causa de perseguições religiosas e situações de guerra e violência, muitos cristãos veem-se constrangidos a fugir da sua terra para outros países. Estamos agradecidos a estes irmãos e irmãs que não se fecham na tribulação, mas testemunham Cristo e o amor de Deus nos países que os acolhem. A isto mesmo os exortava São Paulo VI, ao considerar a «responsabilidade que se origina para os migrantes nos países que os recebem» (Evangelii nuntiandi, 21). Com efeito, experimentamos cada vez mais como a presença dos fiéis de várias nacionalidades enriquece o rosto das paróquias, tornando-as mais universais, mais católicas. Consequentemente, o cuidado pastoral dos migrantes é uma atividade missionária que não deve ser descurada, pois poderá ajudar também os fiéis locais a redescobrir a alegria da fé cristã que receberam.

A indicação «até aos confins do mundo» deverá interpelar os discípulos de Jesus de cada tempo, impelindo-os sempre a ir mais além dos lugares habituais para levar o testemunho d’Ele. Hoje, apesar de todas as facilidades resultantes dos progressos modernos, ainda existem áreas geográficas aonde não chegaram os missionários testemunhas de Cristo com a Boa Nova do seu amor. Por outro lado, não existe qualquer realidade humana que seja alheia à atenção dos discípulos de Cristo, na sua missão. A Igreja de Cristo sempre esteve, está e estará «em saída» rumo aos novos horizontes geográficos, sociais, existenciais, rumo aos lugares e situações humanos «de confim», para dar testemunho de Cristo e do seu amor a todos os homens e mulheres de cada povo, cultura, estado social. Neste sentido, a missão será sempre também missio ad gentes, como nos ensinou o Concílio Vaticano II (veja-se, por exemplo, o Decreto Ad Gentes, sobre a atividade missionária da Igreja, 07/XII/1965), porque a Igreja terá sempre de ir mais longe, mais além das próprias fronteiras, para testemunhar a todos o amor de Cristo. A propósito, quero lembrar e agradecer aos inúmeros missionários que gastaram a vida para «ir mais além», encarnando a caridade de Cristo por tantos irmãos e irmãs que encontraram.

3. «Recebereis a força do Espírito Santo – Deixar-se sempre fortalecer e guiar pelo Espírito

Ao anunciar aos discípulos a missão de serem suas testemunhas, Cristo ressuscitado prometeu também a graça para uma tão grande responsabilidade: «Recebereis a força do Espírito Santo e sereis minhas testemunhas» (At 1, 8). Com efeito, segundo a narração dos Atos, foi precisamente a seguir à descida do Espírito Santo sobre os discípulos de Jesus que teve lugar a primeira ação de testemunhar Cristo, morto e ressuscitado, com um anúncio querigmático: o chamado discurso missionário de São Pedro aos habitantes de Jerusalém. Assim começa a era da evangelização do mundo por parte dos discípulos de Jesus, que antes apareciam fracos, medrosos, fechados. O Espírito Santo fortaleceu-os, deu-lhes coragem e sabedoria para testemunhar Cristo diante de todos.

Como «ninguém pode dizer: “Jesus é Senhor” senão pelo Espírito Santo» (1 Cor 12, 3), também nenhum cristão poderá dar testemunho pleno e genuíno de Cristo Senhor sem a inspiração e a ajuda do Espírito. Por isso cada discípulo missionário de Cristo é chamado a reconhecer a importância fundamental da ação do Espírito, a viver com Ele no dia a dia e a receber constantemente força e inspiração d'Ele. Mais, precisamente quando nos sentirmos cansados, desmotivados, perdidos, lembremo-nos de recorrer ao Espírito Santo na oração (esta – permiti-me destacá-lo mais uma vez – tem um papel fundamental na vida missionária), para nos deixarmos restaurar e fortalecer por Ele, fonte divina inesgotável de novas energias e da alegria de partilhar com os outros a vida de Cristo. «Receber a alegria do Espírito é uma graça; e é a única força que podemos ter para pregar o Evangelho, confessar a fé no Senhor» (Francisco, Mensagem às Pontifícias Obras Missionárias, 21/V/2020). Assim, o Espírito é o verdadeiro protagonista da missão: é Ele que dá a palavra certa no momento justo e sob a devida forma.

É à luz da ação do Espírito Santo que queremos ler também os aniversários missionários deste 2022. A instituição da Sacra Congregação de Propaganda Fide, em 1622, foi motivada pelo desejo de promover o mandato missionário nos novos territórios. Uma intuição providencial! A Congregação revelou-se crucial para tornar a missão evangelizadora da Igreja verdadeiramente tal, isto é, independente das ingerências dos poderes do mundo, a fim de constituir aquelas Igrejas locais que hoje mostram tanto vigor. Esperamos que, à semelhança dos últimos quatro séculos, a Congregação, com a luz e a força do Espírito, continue e intensifique o seu trabalho de coordenar, organizar e animar as atividades missionárias da Igreja.

O mesmo Espírito, que guia a Igreja universal, inspira também homens e mulheres simples para missões extraordinárias. E foi assim que uma jovem francesa, Pauline Jaricot, há exatamente 200 anos fundou a Associação para a Propagação da Fé; celebra-se a sua beatificação neste ano jubilar. Embora em condições precárias, ela acolheu a inspiração de Deus para pôr em movimento uma rede de oração e coleta para os missionários, de modo que os fiéis pudessem participar ativamente na missão «até aos confins do mundo». Desta ideia genial, nasceu o Dia Mundial das Missões, que celebramos todos os anos, e cuja coleta em todas as comunidades se destina ao Fundo universal com que o Papa sustenta a atividade missionária.

Neste contexto, recordo também o Bispo francês Charles de Forbin-Janson, que iniciou a Obra da Santa Infância para promover a missão entre as crianças sob o lema «As crianças evangelizam as crianças, as crianças rezam pelas crianças, as crianças ajudam as crianças de todo o mundo»; e lembro ainda a senhora Jeanne Bigard, que deu vida à Obra de São Pedro Apóstolo, para apoio dos seminaristas e sacerdotes em terras de missão. Estas três obras missionárias foram reconhecidas como «pontifícias», precisamente há cem anos. E foi também sob a inspiração e guia do Espírito Santo que o Beato Paolo Manna, nascido há 150 anos, fundou a atual Pontifícia União Missionária a fim de sensibilizar e animar para a missão os sacerdotes, os religiosos e as religiosas e todo o povo de Deus. Desta última Obra, fez parte o próprio Paulo VI, que lhe confirmou o reconhecimento pontifício. Menciono estas quatro Obras Missionárias Pontifícias pelos seus grandes méritos históricos e também para vos convidar a alegrar-vos com elas, neste ano especial, pelas atividades desenvolvidas em apoio da missão evangelizadora na Igreja universal e nas Igrejas locais. Espero que as Igrejas locais possam encontrar nestas Obras um instrumento seguro para alimentar o espírito missionário no Povo de Deus.

Queridos irmãos e irmãs, continuo a sonhar com uma Igreja toda missionária e uma nova estação da ação missionária das comunidades cristãs. E repito o desejo de Moisés para o povo de Deus em caminho: «Quem dera que todo o povo do Senhor profetizasse» (Nm 11, 29). Sim, oxalá todos nós sejamos na Igreja o que já somos em virtude do Batismo: profetas, testemunhas, missionários do Senhor! Com a força do Espírito Santo e até aos extremos confins da terra. Maria, Rainha das Missões, rogai por nós!

Roma, São João de Latrão, na Solenidade da Epifania do Senhor, 6 de janeiro de 2022.

 

Franciscus

Calendário de Actividades Pastorais 2022 «Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão»

 

Calendário de Atividades Pastorais 2022

«Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão»

«... uma actividade de serviço, para a construção do Corpo de Cristo» (Ef 4, 12)

Janeiro

Data e local

Actividades e destinatários

01 – Paróquias

Dia Mundial da Paz – CEM

02 – Paróquias

Infância Missonária – Ofert. especial OMP

03 a 05 – Gurúè

Avaliação dos candidatos

12 a 15 – Gurúè

Retiro dos Seminaristas e Instituição do Leitorado e Acolitado

18 – Muhogole

Missa e encontro  com os responsáveis da Capelania

23 – Paróquias

Domingo Palavra de Deus – CEM

24 – Paróquias

Dia Internacional de Educação – CEM

26 a 29 – Gurúè

Assembleia diocesana de pastoral

30 – Paróquias

Dia Internacional de não Violência – CEM

 

Fevereiro

02 – Diocese e CIRMO

Dia dos Consagrados e Missionários

04 – Paróquias

Dia Internacional da Fraternidade Humana

17 a 18 – Nampula

Bispos da Província eclesiástica de Nampula – CEM

15 a 18 – Prov. Ecles. de Sul

Encontro da Pastoral Bíblica

20 (22) – Paróquias

Cadeira de S. Pedro (Ofert. especial) e Dia mundial da Justiça Social

20 – Paróquias

Celebração dominical e envio de catequistas

21 a 23  – Nampula

Conselho Permanente da CEM

22 – Gurúè

I Secretariado de pastoral

22 a 25 – Prov. Ecles. do Centro

Encontro da Pastoral Bíblica

27 – CEM

Debate sobre «orientações para pastoral juvenil»

 

Março

02 – Paróquias

Quarta-feira de Cinzas e Início da Quaresma

06 – Paróquias

I Domingo da Quaresma

08 a 11 – Prov. Ecles. do Norte

Encontro da pastoral Bíblica

13 a 27 – CEM

Inscrição para Jornada mundial da Juventude (JMJ)

19 – Paróquias e Seminário

S. José, Esposo da Virgem Santa Maria

21 – Diocese de Gurúè

1º Aniversário da ordenação episcopal de D. Inácio Lucas

26 a 27 - Gurúè

Cirmo – Assembleia electiva

27 – Paróquias 

Renúncia Quaresmal – Cáritas

 

Abril

10 – Paróquias

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor

10 a 11 – Gurúè

Encontro espiritual dos sacerdotes diocesanos

12 – Sé Catedral  

Missa Crismal

15 – Paróquias

Sexta-feira Santa – Ofert. especial para lugares santos

17 – Paróquias

Páscoa da Ressurreição do Senhor

24 – Diocese

3º Aniversário da morte de D. Francisco Lerma Martinez

25 a 30 – Maputo

I Sessão Plenária da CEM

 

Maio

01 – Diocese, Gurùé

Convívio padres diocesanos, consagrados e missionários

02 a 08 – Beira

Conselho Universitário UCM

05, 12, 19 e 26  Paróquias: CEM

Ciclo de Conferências sobre Doutrina Social da Igreja

14 e 15 – Muliquela

Peregrinação diocesana

16 a 22 – Gilé

Visita pastoral e Crismas: Paróquia de Santa Josefina Bakita

19 – Paróquias: CEM

Dia da Cidadania nas Escolas

22 – Diocese

28º Aniversário de Ord. Episcopal D. Manuel C. Machado

24 a 29 – Gilé

Visita pastoral e Crismas: Paróquia de Anunciação de Maria de Moneia

29 – Paróquias

Dia Mundial das Comunicações Sociais

30 – CEM

Encontro virtual sobre as práticas comunicacionais de cada diocese

31 – Gurúè

Encerramento do mês mariano – na Santinha

 

Junho

01 – Paróquias

Dia mundial da Criança

03 – Paróquias

 S. Carlos Lwanga e companheiros: padroeiros de África

03 a 17 – CEM

2ª Catequese JMJ

05 – Paróquias

Pentecostes – renovação e envio de animadores

07 – Gurúè

Secretariado de Pastoral

09-17 – Namarrói

Visita pastoral e Crismas: Paróquia de S. Tiago Maior

13 – Catedral

Padroeiro da diocese de Gurúè: Solen. e festas nas paróquias

16 – Paróquias

Dia da Criança Africana

 

Retiro dos Bispos da CEM

19-23 – Alto-Molocué

Visita pastoral e Crismas: Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

21 – Gurúè

XXIV Aniversário de ordenação sacerdotal de D. Inácio Lucas

24 – Paróquias

Dia de oração pela sanntificação do clero

29 – Paróquias

S. Pedro e S. Paulo, dia de oração pelo Papa – Ofert. especial

 

Julho

02-03 – Milevane

CIRMO – formação permanente

11 a 17 – Alto-Molocué

Visita pastoral e Crismas: Paróquia Rainha dos Mártires de Mutala

20 a 24 – Alto-Molocué

Visita pastoral e Crismas: Paróquia Rainha da Paz

24 a 30 – Paróquias

Semana Nacional de Fé e Compromisso Social – Justiça e Paz

 

Agosto

01-07 – Muliquela

Visita pastoral e Crismas (Centros): Paróquia de Nossa Senhora de Fátima  

04 – Paróquias

S. João Maria Vianey: padroeiro dos párocos

08 a 13 – Paróquias

CIRMO e Vida Consagrada

12 a 13 – Gurúè

Encontro espiritual dos sacerdotes diocesanos

20 a 21 – Malua

Peregrinação diocesana

24 – Diocese, Gurúè

II Reunião do Secretariado de pastoral

24-29 – Gurúè

Visita pastoral e Crismas (centros): Paróquia de S. Carlos Lwanga

28 – CEM

Entrega final das «orientações para pastoral juvenil»

29 – Paróquias

Dia Nacional do Catequista

 

Setembro

01 – Paróquias

Dia de Oração pela Criação

04 a 09 – Paróquias

3º Aniversário da visita do Papa

04 a 11 – Muiane

Visita pastoral e Crismas: Paróquia de S. Pedro Claver de Muiane

08 – Paróquias

Dia Mundial da Alfabetização

11 – CEM

3ª Catequese de JMJ

11 a 18 – Paróquias

Semana Bíblica

21 – Diocese

Aniversário natalício de D. Inácio Lucas

19 a 21 – CEM 

Conselho Permanente da CEM

22 a 27 – IMBISA

XIII Assembleia da IMBISA em Windhoek

 

Outubro

12 – Paróquias

Dia Mundial do Professor

 

·        Assembleia Eclesiástica no Centro

 

·        Assembleia Eclesiástica em Maputo

 

·        Conselho Universitário da UCM

18 a 19 – Nampula

Bispos da Província Eclesiástica do Norte – CEM

19 – CEM

Inscrição da Delegação Nacional da JMJ

21 a 23 – Nampula

IV ANP: Assembleia Eclesiástica em Nampula

23 – Paróquias

Dia Mundial das Missões – Ofert. especial OMP

25 a 29 – Naburí

 Visita pastoral e Crismas: Paróquia de S. Paulo Apóstolo Paulo

29 – Paróquias

Vigília Missionária Nacional

 

Novembro

01 – Paróquias

Solenidade de todos os Santos

02 – Paróquias

Comemoração de fiéis defuntos

07 a 12 – Maputo

II Sessão Plenária da CEM

13 – Paróquias

Dia mundial dos pobres

17 a 19 – Gurúè

Reunião dos párocos e agentes de pastoral

19 – Nampula

Nampula: 2ª Jornada Nnacional da Juventude

20 – Paróquias

Solen. Cristo Rei do Universo e Jornada Mundial da Juventude

27 – Paróquias

I Domingo de Advento

 

Dezembro

06 – Diocese

Dedicação da Igreja da Catedral: Solen.e Festa nas Paróquias

06 – Gurúè

III Secretariado de pastoral

10 a 11 – Invinha

Peregrinação Diocesana a Invinha

12 a 17 – Paço

Retiro Espiritual  dos sacerdotes diocesanos

25 – Paróquias

Natal do Senhor

30 – Paróquias

Sagrada Família de Jesus, Maria e José

 

 

Gurúè, 06 de Janeiro de 2022, Solenidade da Epifania do Senhor

 

Nota:

1.      Ano pastoral 2022

a)      de 01 a 15 de Fevereiro, se for possível, convoca-se o primeiro Conselho Paroquial do ano pastoral.

b)     20 de Fevereiro será início do ano pastoral com Missa ou Liturgia da Palavra e envio dos catequistas na paróquia e comunidades cristãs.

2.      Secretariado de Pastoral

a)      os encontros do Secretariado Diocesano de Pastoral são necessários e importantes para verificar o nível de execução e dinamização e para avaliar do plano pastoral do Calendário Anual de actividades.

b)     convoca-se os padres, as irmãs religiosas e os leigos responsáveis das regiões, secretários das comissões diocesanas, ecónomo diocesano e outros convidados.

3.      Visita pastoral e crismas

a)      aconselha-se organizar e preparar cuidadosamente esse momento especial do encontro dos fiéis com o pastor (confissões, as listas dos eleitos e convidados).

b)     escolher e determinar os centros onde o bispo vai reunir-se com jovens, famílias e conselho paroquial.

4.      Leigos

a)      facilitar a formação periódica dos catequistas nas paróquias ou comunidades cristãs.

b)     favorecer os encontros dos professores católicos na diocese ou paróquia de acordo com o calendário.

c)      animar e mobilizar os movimentos eclesiais nas paróquias e comunidades.